Grávida aos 40, e agora?

FABIANA FUTEMA

O tic-tac da maternidade bateu mais forte lá pelos 37 anos. Estava numa relação estável, gostava de criança, mas não sabia se isso era o suficiente para assumir a responsabilidade de ser mãe.

Não havia cobrança por parte do parceiro nem da família. Pelo contrário: ele dizia que não tinha nascido para ser pai. E a família admirava a filha profissional, independente e dedicada ao trabalho.

Sempre me emocionava com reportagens sobre maternidade ou comerciais de OMO com criancinhas. Mas não sabia se isso me credenciava ao cargo. Acho que não me questionaria até ser pressionada pelo ginecologista. Estava perto dos 40, tinha mioma e ele disse o tempo para decidir se iria querer ou não ser mãe estava acabando

Foi assim que comecei a tentar engravidar. Não foi do dia para noite (levou pouco mais de um ano), mas também não recorri a nenhum tratamento.

E o que uma grávida da faixa dos 40 anos precisa fazer? A primeira coisa é ter o apoio de um ginecologista/obstetra de confiança. Minha recomendação é fazer um bom acompanhamento pré-natal e adotar uma rotina de vida mais equilibrada. No meu caso tive de reduzir doces para evitar uma diabetes gestacional. E mesmo tendo tendência ao sobrepeso tive de suspender atividades físicas para evitar um parto prematuro.

Mas cada gravidez tem sua peculiaridade. E só seu médico poderá dizer qual a melhor rotina de saúde a ser adotada.

Exames

Toda grávida tem sua encucação (ou não). Eu temia o risco do bebê ter alguma síndrome genética por conta da minha idade. Laboratórios já oferecem exames de sangue que detectam o risco de Down no feto.

Meu ginecologista ajudou a decidir sobre esse exame: me perguntou o que iria fazer se o resultado mostrasse elevado risco de Down ou de outra anomalia cromossômica. Decidi não fazer porque já amava aquele filho na barriga _ele nasceu super bem. Mas entendo as mães que fazem. Cada uma deve ficar confortável com sua maternidade.