Dicas para comprar carrinhos de bebê – 2 (segurança)
Não adianta o carrinho ser lindo e prático se não oferecer as condições mínimas de segurança para o transporte do bebê. A coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, diz que os próprios pais podem prestar atenção a detalhes que indicam se o produto pode oferecer risco.
“Existem carrinhos com cintos de segurança, que só de olhar, a gente percebe que não são resistentes”, afirma.
Os cintos de segurança devem possuir cinco pontos: dois no ombro, dois no quadril e um entre as pernas.
Alessandra dá algumas dicas sobre o que os pais devem observado no quesito segurança. “É importante que o produto não tenha peças cortantes, dobradiças ou espaços que possam machucar a criança. O sistema de freio deve ser fácil para travar e destravar. O mecanismo de abertura e fechamento deve ser descomplicado.”
Segundo ela, muitos acidentes decorrem do uso devido do carrinho, como a mania de pendurar bolsas pesadas nele. “Isso pode desestabilizar o carrinho e a criança pode tombar para trás.”
Normatização
Para evitar acidentes envolvendo carrinhos de bebês, o governo criou um grupo de trabalho que estudou normas de segurança a serem seguidas pela indústria na fabricação de todos os carrinhos infantis.
Alessandra, que fez parte do grupo de trabalho brasileiro, diz que isso ocorreu após os EUA realizarem um recall de carrinhos após vários bebês terem os dedos amputados na dobradiça de um carrinho.
As regras brasileiras fazem parte de uma portaria publicada em junho de 2012, que estabelece os requisitos mínimos de segurança.
Segundo o Inmetro, os prazos para o cumprimento dessas regras começam a contar a partir de janeiro de 2014, quando só poderão ser fabricados e importados produtos que se enquadrem nesses requisitos.
No entanto, os fabricantes e importadores terão ainda mais seis meses (10/07/2014) para escoar a produção antiga.
Já o varejo terá até 10 de julho de 2015 para começar a comercializar somente produtos que sigam às determinações da portaria.