Ao contrário do esperado, choveu pouco nos meses de janeiro e fevereiro em São Paulo. Essa baixa umidade combinada às altas temperaturas favorece o aparecimento de algumas doenças e irritações, como a conjuntivite.

“Nas épocas de seca e calor a conjuntivite pode até virar epidemia. A baixa umidade do ar resseca também a região ocular, causando a síndrome do olho seco”, diz Tadeu Fernando Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). “Um dos fatores para o crescimento de problemas oculares é o aumento da poeira causado pelo calor, baixa umidade do ar, aumento dos poluentes e as intermináveis queimadas.”

Para não piorar a situação, evite coçar os olhos. “Esse trauma repetitivo e constante acaba lesando e infectando os olhos.” O duro é segurar as mãozinhas de uma criança que está com os olhos coçando. Mãe, faça seu melhor.

Segundo ele, a melhor forma de prevenir as irritações oculares é lavar as mãos com frequência fazer compressas e massagens suaves nos olhos com soro fisiológico gelado quando sentir irritação, evitar coçar, usar colírios lubrificantes (prescritos por um oftalmologista) e usar óculos de sol com lentes UVA e UVB.

O pediatra afirma que as conjuntivite viral também é comum em períodos de tempo seco. A contaminação costuma se dar pelas mãos, toalhas e lenços. Por isso, não compartilhe toalhas e lenços com outras pessoas.

Meu filho voltou às aulas na primeira semana de fevereiro. Depois de três dias estava com conjuntivite. Fui ao médico, que disse que era viral. Vi várias crianças e bebês com olhinhos vermelhos no hospital. Só de lembrar me dá agonia…

Piscinas

Segundo Fernandes, as piscinas refrescam, mas o cloro pode irritar os olhos e ressecar a pele. “Após piscina faça compressas com soro fisiológicos nos olhos para remover o cloro e após banho com sabonete neutro use um bom hidratante.”