Pais fazem troca de brinquedos pela internet
Seu filho faz aniversário ou depois do Dia da Criança ou do Natal você não sabe de onde vieram tantos e tantos brinquedos dados pelos tios, avós e primos. É claro que nossos filhos não brincam com tudo e fica um amontoado de objetos esquecidos no quarto e nos armários. Como já mostramos no Maternar, as feiras da troca de brinquedos são uma ótima solução para ter um brinquedo novo em casa e ao mesmo tempo se desfazer do antigo. E o melhor: não gastar nada por isso.
Agora, os pais podem participar de feira de troca de brinquedos praticamente sem sair de casa. O site Quintal de Trocas, que foi criado na semana passada, permite anunciar gratuitamente e negociar com outra família. A idealizadora do site, a atriz e empresária Carol Guedes, diz que além de brinquedos é possível ‘anunciar’ livros, jogos e até fantasias.
Para participar é simples, o pai faz um cadastro no site, tira foto do produto – pode ser pelo celular mesmo – e coloca filtros como faixa etária indicada, tipo, marca, etc. Nenhum dos brinquedos é classificado, por exemplo, se é para meninos ou meninas. Afinal, cada criança pode escolher livremente qual brinquedo quer, ou seja, uma menina pode optar por um carrinho e o menino por um kit de panelinhas, por exemplo.
“Todos os itens são acompanhados por fotos e uma descrição detalhada do estado em que se encontram”, explica Carol, que é mãe de Maria Beatriz, 2 anos.
Na internet, é possível achar outros sites de trocas, mas nenhum voltado exclusivamente para as crianças.
Carol disse que a ideia surgiu depois de levar a filha para uma feira de trocas promovidas pelo Instituto Alana (entidade de defesa dos direitos da criança). “Achei tudo aquilo tão fantástico e fiquei extremamente encantada em ter aprendido tantas coisas ‘brincando’. Queremos proporcionar a novidade de uma boneca, um jogo, um livro, de maneira lúdica e explorando a fantasia de cada criança, além de promover uma economia colaborativa”, comenta.
Segundo ela, é comum nas feiras de trocas a criança trocar um objeto de alto valor, como uma boneca que fala e anda, por um outro brinquedo mais simples, como bolinhas de gude. Ela explica que, para as crianças, não é visto o valor de mercado do produto, mas o interesse dela por aquele objeto. “É fantástico pois a criança encontra o valor no brincar e não quanto custou em reais aquele brinquedo.”
Ao escolher o site e topar a troca, os pais podem optar em enviar o brinquedo pelos Correios ou em levar até um dos pontos de troca que serão cadastrados no site. Em São Paulo, isso é permitido fazer atualmente apenas na Casa do Brincar, em Pinheiros (zona oeste de SP). “Também podem marcar de fazer a troca em um parque ou shopping. Os pais têm a opção de escolher”, comenta.
Além do consumo compartilhado, a ideia do site é resgatar coisas simples que as crianças de hoje em dia raramente fazem, como escrever uma carta. “Ao se desapegar daquele brinquedo, a criança escreve uma cartinha contando para quem vai receber aquela boneca, por exemplo, o que vivenciou com ela, como ela entrou na sua vida, etc.”, comenta Carol.
No site da Alana também é possível conferir as próximas feiras de troca que vão acontecer ou anunciar a sua. Lá também dá para receber dicas de como montar a sua própria feira no parque perto de casa, na escola ou em um encontro menor só entre conhecidos. Pegue os filhotes, revire os brinquedos e veja o quais deles está na hora de ‘desapegar’. Renovar os brinquedos sem gastar nada com isso pode ser uma tarefa divertida. Vale tentar!