Prefeitura de SP vai criar sete centros para o parto normal

Giovanna Balogh

A Prefeitura de São Paulo informou que serão construídos sete centros de parto normal na cidade, sendo seis em hospitais da rede municipal e um na estadual. Diferente da casa de parto de Sapopemba, que é a única da capital mantida pela prefeitura, esses novos espaços vão funcionar dentro de hospitais, mas em alas distintas. Além da casa de Sapopemba, atualmente as parturientes contam também com a Casa Angela, que é mantida por uma ONG na zona sul de SP.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a ideia desses espaços é permitir que a mulher consiga ter um parto humanizado, além de reduzir as taxas de cesarianas e mortes maternas. Apesar de não dar prazos de quando os centros vão passar a atender, a secretaria diz que cada um desses espaços terá cinco quartos e capacidade de realizar até 80 partos por mês.

Segundo a secretaria, os centros de parto são voltados para gestantes de baixo risco e são diferentes das casas de parto justamente por ficarem em áreas anexas de hospitais.  No caso de uma intercorrência durante o trabalho de parto, explica a pasta, a parturiente poderá ser removida para o hospital e ir para o centro cirúrgico caso haja necessidade de uma cesárea, por exemplo.

Assim como nas casas de parto, nesses centros de parto a mulher terá o bebê acompanhada de obstetriz, de enfermeiras obstétrica e de doulas – mulheres que dão assistência antes, durante e após o parto para a gestante. Os acompanhantes na hora do parto também serão escolhidos pela gestante que deverá ter alta no dia seguinte ao parto caso ela e o bebê passem bem.

O projeto faz parte da Rede Cegonha, uma iniciativa do Ministério da Saúde que tem o objetivo de assegurar o atendimento à gestante pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com consultas de pré-natal, atenção humanizada no parto e pós-parto e também atendimento do bebê até os 2 anos de idade.

A secretaria diz que a definição dos locais que receberão os centros foi feita com base em avaliações e diagnósticos das equipes técnicas que montam o plano de ação de implantação da Rede Cegonha, que conta com recursos da União, da prefeitura e do governo estadual. O recurso total para a cidade de São Paulo será de R$ 82,9 millhões para todo o programa, mas não é especificado quanto sairá cada centro já que os recursos serão liberados aos poucos.

No final do ano passado, o prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou um projeto de lei da vereadora Juliana Cardoso (PT) que prevê a criação desses centros de parto normal. O projeto ainda aguarda a regulamentação do prefeito, que será feita com base em audiências publicas. A  ideia, de acordo com a lei, é que sejam espaços que permitam a mulher ter o bebê de forma mais natural possível.

ONDE VÃO SER CONSTRUÍDOS OS CENTROS DE PARTO

Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Correa Netto

Hospital Municipal  Waldomiro de Paula

Hospital Municipal Prof. Mario Degni

Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria

Hospital Municipal M’ Boi Mirim

Hospital Amparo Maternal

Santa Casa de São Paulo

Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros