Pais devem deixar objetos com pilhas e baterias fora do alcance das crianças, diz ONG

FABIANA FUTEMA

Os pais devem deixar os filhos afastados de objetos movidos a pilhas e baterias. A recomendação é da ONG Criança Segura e do Inmetro. É que uma vez engolidas, essas pilhas e baterias podem ficar presas na garganta, causar queimaduras graves e até levar à morte.

“O que percebemos é que os brinquedos já possuem um compartimento seguro para as pilhas e baterias. Mas os demais objetos, não”, diz Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.

A dificuldade é que esses objetos movidos a pilhas e baterias estão por todo canto da casa: controle remoto, controle do portão, chave do carro, calculadora e até mesmo dentro de tênis infantis com solado piscante.

Françoia diz que cabe aos pais fazer um trabalho preventivo. “Uma vez sabendo dos riscos que o vazamento do material interno dessas pilhas e bateria pode causar, os pais devem deixar esses objetos fora do alcance das crianças.”

Para alertar pais, médicos e cuidadores sobre os riscos da ingestão acidental de pilhas e baterias, o Inmetro e a ONG Criança Segura vão participar de campanha mundial de conscientização juntamente com outros 11 países.

Nos EUA, por exemplo, são relatados cerca de 3.500 casos por ano de ingestão de pequenas baterias por crianças.

CASOS DEVEM SER NOTIFICADOS

O Inmetro diz que ainda não existem estatísticas sobre esses casos no Brasil. O Instituto orienta que os pais notifiquem os casos de ingestão de pilhas e baterias no site: www.inmetro.gov.br/acidenteconsumo

Essas notificações podem ajudar o Inmetro a elaborar no futuro uma regulamentação para o compartimento de pilhas e baterias de aparelhos eletrônicos, por exemplo.

Mas antes de partir para a regulamentação, o instituto pretende convencer as empresas a adotarem voluntariamente mecanismos que dificultem a abertura do compartimento de pilhas e baterias.