Festejado entre famosos, colar de âmbar pode trazer riscos para as crianças

FABIANA FUTEMA
Gisele e a filha Vivian Lake com o colar de âmbar (Reprodução/Instagram/giseleofficial)
Gisele e a filha Vivian Lake com o colar de âmbar (Reprodução/Instagram/giseleofficial)

Festejado entre famosas, como a modelo Gisele Bündchen e a atriz Bárbara Borges, o colar de âmbar ganha a adesão de mães que acreditam em suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias naturais.

O colar é feito do âmbar, uma resina vegetal fossilizada. Segundo defensores do produto, o âmbar terapêutico é o oriundo da região báltica, por possuir grande concentração de ácido succínico.

Entre seus benefícios, segundo as mães que acreditam na sua utilização, estaria a capacidade de aliviar os desconfortos da fase da dentição, como dor, febre e inchaço das gengivas.

Sites que vendem o produto também alardeiam a suposta capacidade do colar de atuar sobre cólicas, doenças respiratórias, alergias, eczemas e até melhoria da qualidade do sono.

Eficaz ou não sobre tantos males que afligem bebês e respectivas mamães, o colar de âmbar pode oferecer risco à saúde da criança.

A coordenadora-nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, diz que crianças não devem usar nenhum tipo de cordão em volta do pescoço. “Existe o risco de estrangulamento.”

Segundo ela, é complicado pais assumirem a responsabilidade de vigiar 100% do tempo o uso do colar no filho. “Muito difícil monitorar sempre.”

Françoia não recomenda que o colar seja usado em outras partes do corpo, como calcanhar. “As pedrinhas podem se soltar, a criança pode engolir e engasgar.”

 

A atriz Bárbara Borges publicou foto com o filho usando o colar (Reprodução/Instagram/BBorges)
A atriz Bárbara Borges publicou foto com o filho usando o colar (Reprodução/Instagram/BBorges)