Festejado entre famosos, colar de âmbar pode trazer riscos para as crianças
Festejado entre famosas, como a modelo Gisele Bündchen e a atriz Bárbara Borges, o colar de âmbar ganha a adesão de mães que acreditam em suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias naturais.
O colar é feito do âmbar, uma resina vegetal fossilizada. Segundo defensores do produto, o âmbar terapêutico é o oriundo da região báltica, por possuir grande concentração de ácido succínico.
Entre seus benefícios, segundo as mães que acreditam na sua utilização, estaria a capacidade de aliviar os desconfortos da fase da dentição, como dor, febre e inchaço das gengivas.
Sites que vendem o produto também alardeiam a suposta capacidade do colar de atuar sobre cólicas, doenças respiratórias, alergias, eczemas e até melhoria da qualidade do sono.
Eficaz ou não sobre tantos males que afligem bebês e respectivas mamães, o colar de âmbar pode oferecer risco à saúde da criança.
A coordenadora-nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, diz que crianças não devem usar nenhum tipo de cordão em volta do pescoço. “Existe o risco de estrangulamento.”
Segundo ela, é complicado pais assumirem a responsabilidade de vigiar 100% do tempo o uso do colar no filho. “Muito difícil monitorar sempre.”
Françoia não recomenda que o colar seja usado em outras partes do corpo, como calcanhar. “As pedrinhas podem se soltar, a criança pode engolir e engasgar.”