Em tempos de tablets, empresas ajudam pais a brincar com os filhos
Em tempos onde pais e mães usam a TV e tablets como babás eletrônicas para distrair os filhos, há quem pense em criar alternativas para que seja possível interagir e, é claro, ter uma participação maior na vida dos filhos. Mesmo após um dia exaustivo no trabalho dá para brincar ou simplesmente contar, por exemplo, uma historinha para a garotada na hora de colocar eles para dormir.
Foi pensando nisso que as publicitárias Anna Fauaz, 30, e Alessandra Sevzatian, 40, criaram em abril do ano passado o “Box Joanninha”. Os pais escolhem o pacote que desejam – mensal, trimestral, semestral ou anual – e recebem em casa uma caixinha com uma brincadeira surpresa. “Dentro da caixa vem todo o material para que a brincadeira, feita com materiais recicláveis, seja feita pelos pais com os filhos. Tudo vem com um guia de passo-a-passo bem detalhado de como criar o brinquedo”, comenta Anna. Ela explica que a brincadeira começa na confecção do brinquedo.
As brincadeiras, explica ela, são unissex e fáceis de fazer mesmo para quem não é tão habilidoso em cortar, colar, etc.
Ela e a sócia tiveram a ideia depois de colocarem as brincadeiras na rede social e ver como as pessoas tinham interesse em fazer os próprios brinquedos com objetos baratos e que normalmente temos em casa. “Mas sempre faltava um papel ou uma tinta específica. Aí resolvemos criar a caixinha para facilitar”, comenta Anna, que também é dona da empresa Joanninha, que faz a locação de brinquedos educativos.
Em outubro, por ser o mês das crianças , foi feita a caixinha com brincadeira de rua, com elástico e um peão feito com CD, bola de madeira e tampa plástica. O sucesso foi tanto que as caixinhas são enviadas para todos os Estados e até para o exterior, como EUA e Suíça.
A ideia é trabalhar a criatividade da garotada e interação com os pais. “Hoje em dia as crianças ficam muito na TV, usando tabletes e praticamente não há conversa entre pais e filhos. Esse é o momento de desligar tudo e interagir”, comenta. As brincadeiras são para crianças de três a oito anos, mas há clientes com filhos mais velhos que também curtem a caixinha.
LIVROS DELIVERY
A fotógrafa Aline Padro, 34, conta que tem dificuldades em comprar livros para a filha Lavínia, 1 ano e quatro meses. Ela comenta que descobriu pela internet o “Leiturinha”, uma empresa que entrega em casa os livros de acordo com a faixa etária da criança.
A empresa também trabalha com planos para que o cliente escolha se deseja receber dois livros por mês ou apenas presentear alguém em uma determinada data .
“Recebi os primeiros livros e foi perfeito. Ela amou o livro e fica com ele embaixo do braço o tempo todo”, comenta. Aline diz que optou em fazer a assinatura pois quer que a filha tenha contato com livros, mas que nem sempre tem tempo de ir até uma livraria e fazer a escolha certa.
Um dos idealizadores do Leiturinha, Guilherme Martins, diz que a ideia surgiu no fim do ano passado e que foi colocada em prática em maio deste ano. Ao todo, já são mais de 3.000 clientes. Segundo ele, as crianças têm idades entre zero até oito anos.
Martins explica que a escolha dos livros é feito de maneira criteriosa. “Um time de psicólogos e pedagogos seleciona os livros a serem enviados dentre as editoras parceiras”, comenta Martins, que é pai de duas crianças.