Filha do ex-ministro Padilha nasce prematura no SUS
Nasceu na última quinta-feira (12) a filha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. Como havia anunciado durante a campanha eleitoral do ano passado, quando concorreu ao governo do Estado, a filha dele com a jornalista Thássia Alves nasceu em um hospital do SUS (Sistema Único de Saúde).
A ideia do casal era ter um parto humanizado e, segundo fontes do Maternar, não foi possível pois a gestante precisou passar por uma cesárea de urgência devido a um quadro de pré-eclâmpsia. O bebê nasceu prematuro e está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de SP.
Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou que o bebê nasceu por meio de uma cesárea na manhã de quinta-feira. O quadro de saúde da mãe e do bebê, no entanto, não foi divulgado. A pasta não informou com quantas semanas de gestação estava Thássia.
Médico e então ministro da Saúde, Padilha declarou em 2012, durante entrevista no Roda Viva, da TV Cultura, que era usuário do SUS e não tinha plano de saúde privado.
Assim que anunciou a gravidez, Padilha, que atualmente é secretário municipal de Relações Governamentais, disse que o pré-natal e o parto seriam todos feitos pelo SUS.
No dia da primeira consulta, ele escreveu nas redes sociais sua satisfação em ter o bebê pelo SUS. “Hoje, eu e Thássia passamos por uma experiência única. Dois defensores do SUS como somos, cientes do que se avançou nestes 25 anos, mas mais cientes ainda de tudo o que precisamos avançar e melhorar para garantir uma Saúde de Qualidade para toda a população, fomos a uma UBS do município de São Paulo”, contou.
Procurada, a assessoria do ex-ministro diz que ele vai se pronunciar somente pelas redes sociais, o que não havia acontecido até a tarde desta sexta-feira.
ÉTICA MÉDICA
Em uma página no Facebook chamada de Mais Médicos Fail, que faz várias críticas ao programa do governo federal, foram dados detalhes do caso. A página ainda satirizou o fato de o ex-ministro ter optado pelo SUS.
A postagem diz que os residentes foram expulsos do centro cirúrgico e que foram chamados “chefes” para fazer a cirurgia. O bebê “nasceu com apgar baixo e 1,3 kg”, diz a página.
O post mostra ainda uma bate-papo de whatsapp de algum funcionário da unidade passando informações privilegiadas sobre a paciente e seu bebê, o que fere o Código de Ética Médica.
A mensagem diz ainda que o casal pretendia fazer a transferência do bebê para um hospital particular. Procurada, a secretaria negou que haja qualquer transferência programada.