ANS quer levar projeto de incentivo ao parto normal para mais 25 hospitais

FABIANA FUTEMA

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) quer levar o projeto de incentivo ao parto normal para mais 25 hospitais do país. O primeiro a aderir ao projeto-piloto foi o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, em outubro de 2014.

Para apresentar a proposta e convidar as entidades a participarem dele, a ANS marcou um encontro para esta quarta-feira (25) no Rio de Janeiro.

Neste encontro, voltado para representantes de hospitais privados e de operadoras de planos de saúde, serão apresentados os detalhes da parceria entre a ANS, o Einstein e a o IHI (Institute for Healthcare Improvement).

Os hospitais que aderirem seguirão o modelo que está começando a ser adotado no Einstein.

Martha Oliveira, diretora substituta da ANS, diz que já mais do que 25 hospitais interessados em participar do projeto. “Talvez tenhamos até de fazer uma seleção.”

O projeto trabalha com três modelos de atendimento da grávida em trabalho de parto: 1) equipe de plantonistas; 2) enfermeiras obstetras e acompanhante; 3) médicos que fizeram o pré-natal da gestante.

Segundo Martha, a ideia é que a gestante possa ser atendida por até quatro médicos durante seu pré-natal. Um desses quatro profissionais ficaria de sobreaviso para fazer seu parto.

Essa seria a forma de manter um médico da confiança da grávida fazendo seu parto, pois há resistência ao atendimento por plantonistas, pois são profissionais que ela não conhece.

Pode ser que o atendimento seja misto também.  “Até que o médico particular chegue à maternidade, é possível que o primeiro atendimento seja feito por um médico de suporte, por enfermeiras ou obstetrizes”, diz Rita Sanchez, coordenadora da maternidade do Einstein.

Segundo ela,  o processo de adequação do parto envolve a estrutura e ampliação da mão-de-obra dos hospitais e maternidades.

A assinatura desse projeto faz parte da série de ações para reduzir a taxa de cesáreas no país, que chega a 84% na rede privada.