Ativistas postam imagens de parto em protesto contra bloqueio de fotos

Giovanna Balogh

Após terem fotos de parto  bloqueadas pelo Facebook, ativistas do parto normal resolveram protestar nesta semana contra a censura nas redes sociais.

A ideia surgiu após a fotógrafa Line Sena ter seu perfil e página bloqueados pelo Facebook na semana passada depois de publicar um ensaio de um parto domiciliar.

Segundo a fotógrafa, algumas fotos desapareceram e ela agora tem restrições para usar a rede social. Ela conta que depois recebeu uma mensagem que a foto tinha sido denunciada por “violência explícita”. Ela e outras ativistas  se questionaram o motivo do parto ser considerado uma “violência” e organizaram um ‘placentaço’ no Facebook.

“Para o Facebook violência é uma imagem de placenta. Justo a placenta, fonte de vida de nossos bebês dentro do nosso corpo, órgão espetacular, temporário e fundamental a todos nós”, diz o evento organizado pela rede social.

Nesta segunda-feira (30) as mulheres vão postar fotos das placentas na sua timeline com a hastag #partonãoéobsceno. Na terça (31), a ideia é postar fotos de partos que foram censuradas com a mesma hastag.

O  Facebook informa que não proíbe fotos de parto, mas que as políticas da empresa não permitem nudez de qualquer tipo, ou seja, também estão proibidas fotos, por exemplo, de modelos e índios nus.

Pelas políticas do Facebook, as páginas de apoio ao parto natural na rede social precisam de critério na  hora de publicar fotos de mulheres durante o parto. O Facebook pode ser usado por crianças a partir dos 13 anos e a ideia é equilibrar os interesses de todos que utilizam a ferramenta.

Placenta da fotógrafa Line Sena (Foto: Carla Raiter)
Placenta da fotógrafa Line Sena (Foto: Carla Raiter)