‘Cesárea desnecessária é menor no SUS’, diz Padilha após alta da filha
O secretário municipal de Relações Governamentais, Alexandre Padilha, e a mulher dele, Thássia Alves, comemoram poder passar o feriado de Páscoa com a família reunida em casa ao lado da filha Melissa, que nasceu prematuramente em fevereiro. A menina, primeira filha do casal, ficou 28 dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de SP.
Padilha disse que a mulher optou em fazer o pré-natal e ter seu bebê no SUS (Sistema Único de Saúde) por ter “ciência de que quando se trata de assistência ao parto, a chance de “uma decisão por cesárea desnecessária é infinitamente menor no SUS”. A mulher de Padilha foi submetida a uma cesárea de urgência que foi bem indicada por conta de um quadro de pré-eclâmpsia no último trimestre da gravidez.
Padilha disse também que toda a equipe médica que atendeu a mulher e afilha fizeram condutas “baseadas rigorosamente nas evidências que sustentam um parto humanizado e adequado.”
Em sua página no Facebook, o secretário e ex-ministro fez vários elogios para a equipe que cuidou da filha durante a internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal. “Agradeço e parabenizo a toda equipe do berçário do Cachoeirinha , que nos deu aulas e mais aulas de humanização no cuidado aos recém-nascidos e envolvimento dos pais na recuperação destas criaturinhas que vieram ao nosso mundo. Durante este período, Thássia e Melissa conviveram com outras mães e RNs [recém-nascidos] que já se transformaram em amigas e que darão lições sobre as diversidades sociais a nossa filha ao longo da sua vida.”
O secretário, que também foi ministro da Saúde, definiu o hospital como sendo “sua segunda casa” durante a internação da filha.
Segundo a publicação do secretário, nesta terça-feira (31) os médicos permitiram que a pequena Melissa conhecesse a família. Ao receberem alta do hospital, as visitas a um bebê prematuro é restrita para que não fique doente e tenha que retornar ao hospital. Padilha disse que foram 28 dias de internação de Melissa na UTI e vários retornos no ambulatório de prematuro.
BOATOS
Padilha também comentou que durante a internação da filha ele e a mulher foram vítimas de vários boatos e que documentos do próprio hospital e da direção da unidade de saúde desmentem declarações de que o casal teve privilégios durante a internação. “Já solicitamos e recebemos toda a documentação e histórico hospitalar que desmontam todas as inverdades publicadas em perfis falsos das redes sociais ou blogs e a utilizaremos quando oportuno”, comentou.
“Aliás, perfis falsos,boatos ou cartas anônimas foram a prática de todos esses dias, enquanto Thássia e Melissa estiveram internadas para tentar, inclusive ,criar um clima hostil no hospital à minha esposa e à minha filha. Nunca conseguiram porque suas inverdades não se sustentavam diante dos fatos e do cotidiano da nossa convivência com usuários e profissionais. Sinceramente, eu,médico, e Thássia , jornalista, nunca imaginamos que chegariam a este ponto”, diz Padilha.