Empresa instala cabine sem janela para evitar amamentação em público
Quem amamenta ou amamentou sabe que na hora que o bebê quer, não tem conversa. Precisa ser ali, agora.
Nos últimos tempos, temos visto dezenas de relatos de mães que são impedidas ou constrangidas de amamentar em público – basta ver o grande número de mamaços (amamentação coletiva) feitos em protestos após esse tipo de censura.
Por conta desses casos, uma lei foi aprovada na Câmara de São Paulo recentemente e prevê multa ao estabelecimento que constranger ou impedir uma mãe de amamentar, conforme noticiou o Maternar. A proposta está nas mãos do prefeito Fernando Haddad (PT) que deverá sancionar ou vetar a lei nos próximos dias.
Na contramão de permitir a amamentação em qualquer lugar, uma empresa nos EUA chamada Mamava começou a instalar cabines para que as mães amamentem ou façam a ordenha com privacidade. Essas cabines estão sendo instaladas em aeroportos e outros locais com grande circulação de pessoas.
Segundo informações do site da empresa, há espaço para as lactantes guardarem, por exemplo, suas as malas, o carrinho de bebê e outros pertences para amamentar em uma espécie de trailer pequeno. O espaço não conta nem com janelas.
A novidade ganhou grande repercussão nas redes sociais e brigas de quem defende a amamentação em livre demanda (sempre que o bebê quer) e aqueles que são favoráveis a cobrir o rosto do bebê com uma toalha ou fralda. “Você comeria com uma fralda na cabeça?”, questionou uma mãe.
A cabine pode ser vantajosa para quem quer fazer a ordenha, ou seja, ser instalada em empresas para que a mãe retire com higiene e privacidade o leite para alimentar seu bebê que está na creche, por exemplo. Mas, no caso da amamentação não parece trazer muitas vantagens. Já imaginou uma fila de mães com bebês chorando esperando a sua vez de entrar na cabine secreta?