Dengue e doenças respiratórias lotam hospitais infantis
Seu filho passou mal, teve febre ou se machucou na escola? Tente levá-lo rapidinho ao pronto-socorro de um hospital infantil de São Paulo. Essa possibilidade praticamente inexiste.
O avanço da dengue combinado às doenças respiratórias típicas desta época do ano estão lotando os prontos-socorros pediátricos.
Em abril, um pai fotografou o tempo de espera de atendimento no hospital Sabará: mais de 8 horas. Na semana passada, liguei para o hospital para perguntar qual era o tempo de espera no PS: passava de 5 horas. No hospital Nove de Julho, a espera era a mesma.
Questionados sobre a longa espera, o Sabará informou que está havendo um ‘pico de procura’ no PS devido aos casos de dengue e doenças respiratórias. O Nove de Julho não se pronunciou.
Para enfrentar esse aumento da demanda, o Sabará diz que “implantou seu plano de contingência que se estenderá até junho”.
“Estamos operando com aumento da equipe de médicos e de triagem. Em relação à dengue, incluímos na triagem critérios de dengue grave com objetivo de agilizar a identificação de pacientes emergenciais e urgentes”, informa o Sabará.
O Hospital São Luiz informa que houve aumento de procura por atendimento nos prontos-socorros infantis das unidades Morumbi, Anália Franco e Hospital da Criança nas últimas semanas devido à dengue e doenças sazonais. “Todas as unidades do São Luiz já implantaram, como em anos anteriores, plano de contingência para atender adequadamente todos seus pacientes.”
Segundo o Sabará, os casos emergenciais são atendidos de forma imediata e casos urgentes -aqueles em que o paciente corre maiores riscos de piora- são atendidos em 30 minutos em média.
“Já as crianças classificadas como de menor gravidade na escala de prioridade de atendimento podem enfrentar espera variável de acordo com volume de pacientes do pronto-socorro.”
O hospital informa aos pacientes assim que chegam sobre o tempo de espera a partir da abertura do cadastro. Dessa forma, um pai com muita pressa tem a chance de desistir e procurar outro hospital.