Brasil fica em 77º em ranking de melhores países para ser mãe, diz ONG

FABIANA FUTEMA
Qualidade de vida e condições econômicas colocam Noruega no topo do ranking (Fotolia)
Qualidade de vida e condições econômicas colocam Noruega no topo do ranking (Fotolia)

O Brasil aparece em 77ª lugar no ranking de melhores países do mundo para ser mãe da ONG Save The Children. Em relação ao relatório do ano passado, o país caiu uma posição.

Entre os motivos que ajudam a explicar a colocação do Brasil, de acordo com o relatório, está o índice de mortalidade de recém-nascidos nas favelas, que é 50% que nas áreas urbanas das cidades.

No topo dos melhores do ranking estão países nórdicos, com a Noruega e Finlândia, que aparecem em 1º e 2º lugar, respectivamente.

Na Noruega, as mulheres ocupam 39,6% dos postos no governo. No Brasil, essa participação cai para 9,6%.

O relatório anual da Save The World, divulgado na semana do Dia das Mães, leva em conta indicadores econômicos e sociais de 179 países. Entre os dados analisados estão saúde materna, mortalidade infantil, educação, renda e status da mulher na sociedade.

A ONG destacou que o bom resultado da Noruega é reflexo do bom desempenho do país tanto na parte econômica como na área social.

Na Noruega, as crianças e adolescentes ficam, em média, 17,5 anos na escola. Esse tempo maior na escola acaba se refletindo depois na qualificação e chances de empregabilidade. No Brasil, esse tempo é de 14,2 anos.

No Brasil, a taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos é de 13,7 para cada mil nascimentos. Na Noruega, essa taxa é de 2,8 para cada mil nascimentos.

Já a taxa de mulheres que morreu durante a gravidez ou parto é de uma em 780 no Brasil. Na Noruega, esse número cai para uma morte a cada 14.900.

Para efeito de comparação, a Argentina aparece à frente do Brasil no ranking, beneficiada pelo tempo de permanência na escola (17,9 anos) e participação da mulher no governo (36,8).