Selfie de amamentação oprime mãe de mamadeira, diz estudo com britânicas

FABIANA FUTEMA
Brelfies com celebridades, como a cantora Gewn Stefani (Instagram)
Brelfies com celebridades, como a cantora Gewn Stefani (Instagram)

Mães que dão mamadeira aos filhos estão se sentindo oprimidas e julgadas por selfies de amamentação, segundo estudo divulgado pelo site britânico Channel Mums.

Das 2.075 mães ouvidas no fórum do site, mais de um terço disse que recebeu comentários negativos por usar mamadeira. Metade afirmou que esses comentários eram cruéis.

Entre aquelas que usam mamadeira para amamentar, 69% responderam que se sentem julgadas. Outras 41% acham que ‘falharam como mães’ por não terem conseguido dar o peito ao filho.

A pesquisa revelou ainda que essas mães de mamadeira mentem para a família e amigos sobre o tipo de amamentação: dizem que dão o peito e completam com leite artificial. Mas a verdade é que a fórmula predomina no cardápio do bebê. Elas também dizem que amamentaram com leite materno por mais tempo que a realidade.

Algumas mães britânicas chegaram até a criar um termo para a pressão para amamentar: bressure _mistura de pressure (pressão) com breast (peito).

Essa pressão teria aumentado após as ‘brelfies’ (selfies de amamentação) de celebridades, como a modelo Miranda Kerr e a cantora Gwen Stefani.

E se fosse aqui no Brasil? Ninguém tem dúvidas sobre os benefícios do leite materno. Mas será que as mães de mamadeira também se sentem diminuídas?

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que os bebês recebam exclusivamente leite materno durante os primeiros seis meses de idade.

Depois dos seis meses, a criança deve começar a receber alimentação, juntamente com a amamentação, até os dois anos de idade – ou mais.

Para que isso aconteça, a OMS e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) iniciar a amamentação nas primeiras horas de vida da criança; 2) amamentação exclusiva; 3) que a amamentação aconteça sob demanda; 4) não usar mamadeiras nem chupetas.  No Reino Unido, segundo o site que encomendou a pesquisa, apenas 1% das mães amamentam até os bebê chegar aos 6 meses.