Amamentar em público constrange 32% das mulheres, diz pesquisa com mães de 10 países
Apesar da profusão de postagens de fotos em redes sociais de mães amamentando, ainda não são todas as mulheres que se sentem confortáveis em dar o peito para o filho em público. Pesquisa realizada com 13.300 mulheres de 10 países mostrou que 32% delas se sentem constrangidas com a amamentação em público.
O país com o maior percentual de mulheres envergonhadas com essa prática é a China: 45,9%. Em segundo lugar está a França (44,6%).
Para a maioria das mulheres de todo o mundo, amamentar em público é visto como algo perfeitamente natural (38,2%) ou inevitável (26,1%).
Somente na Turquia um número significante de entrevistadas (23,1%) enxerga a amamentação em público como algo errado, bem diferente das americanas (2,1%) e das brasileiras (1,7%).
Apesar de aprovarem a amamentação em público, 47,5% das brasileiras disseram que já foram criticadas ou sofreram preconceito por esse gesto. Em seguida, aparecem as canadenses, onde 41% também se sentiram criticadas por amamentar em público.
Cidades como São Paulo e Rio aprovaram leis que preveem a aplicação de multas para empresas que constrangerem mulheres que estiverem amamentando em público.
AMAMENTADO CRIANÇAS MAIS VELHAS
A amamentação de crianças mais velhas não é vista com bons olhos por mulheres de todas as partes do mundo. O percentual médio de mulheres dos 10 países pesquisados que aprovaria uma mãe amamentando um filho de 2 anos caiu de 32% para 23% de 2014 para 2015.
Para 71% das entrevistadas, a criança é grande demais para continuar a ser amamentada.
As brasileiras, entretanto, são as que mais aprovam a amamentação de crianças mais velhas: 48%. As mães francesas e chinesas foram as que mais reprovaram amamentar por tanto tempo.
A pesquisa foi realizada pela Lansinoh Laboratórios, líder mundial em produtos para amamentação, com mães de do Brasil, Alemanha, Canadá, China, Colômbia, Estados Unidos, França, México, Reino Unido e Turquia.
Foram entrevistadas entrevistadas mulheres de 18 a 45 anos que estavam grávidas ou tinham pelo menos um filho de até 2 anos de idade.