Campanha pede que mães não agendem parto para evitar emenda de feriado
Para evitar o parto agendado, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) lançou uma campanha contra cesárea eletiva. Desenvolvida em parceria com o hospital Albert Einstein e o IHI (Institute for Healthcare Improvemente), a campanha pede que as mães digam não ao parto agendado.
Segundo Martha Oliveira, diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, os meses de dezembro a fevereiro concentram as cesáreas agendadas.
“São meses em que notamos aumento das cesáreas desnecessárias agendadas em função das diversas datas comemorativas”, diz.
Para reduzir o número de partos agendados, a campanha alerta para os riscos das cesarianas sem necessidade, além de tentar sensibilizar as gestantes, seus familiares e profissionais de saúde.
Estudos científicos apontam que bebês nascidos de cesarianas apresentam riscos maiores de dificuldades respiratórias e são internados em UTI neonatal com mais frequência.
Sem indicação clínica, a cesariana aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios do recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.
Em cesarianas desnecessárias, o recém-nascido pode sofrer complicações respiratórias imediatas, e se o parto for realizado antes das 39 semanas de gestação, o nascimento pode ocorrer antes da completa maturação pulmonar do bebê. E como em toda intervenção cirúrgica, existe risco de mortalidade derivada do próprio ato cirúrgico ou da situação vital de cada paciente.
CAMPANHA
A mensagem-chave da campanha é: Respeite o tempo do seu bebê. Para o nascimento, não há feriado: evite o parto agendado, escolha o #partoadequado.