Conheça diferenças entre a vacina contra gripe do posto e a particular

FABIANA FUTEMA
Agente de saúde vacina criança em posto de saúde (Rivaldo Gomes -25.nov.2011/Folhapress)
Agente de saúde vacina criança em posto de saúde (Rivaldo Gomes -25.nov.2011/Folhapres)

Os postos de saúde da cidade de São Paulo e Grande SP começam a aplicar a vacina contra a gripe partir da próxima segunda (11) nos grupos prioritários. Fazem parte deste grupo os idosos, as crianças menores de 5 anos e as grávidas.

Para outras localidades e demais segmentos populacionais, a campanha de vacinação começa somente no dia 30.

Além do grupo prioritário, a campanha também quer atingir doentes crônicos, puérperas, indígenas, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.

A vacina que será aplicada nos postos é a trivalente, que protege contra dois subtipos de Influenza A _o H1N1 e o H3N2_ e um da B _Brisbane.

Na rede particular, a vacina contra a gripe é a tetravalente e custa cerca de R$ 150. A diferença dela para a do posto é mínima. Ela oferece proteção contra quatro subtipos de Influenza _os mesmos três contidos na trivalente_ e mais uma cepa da B, o Victoria.

Nos últimos dias houve uma corrida às clínicas particulares em busca da vacina contra a gripe. Chegou a faltar vacina na rede particular.

A presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Isabella Ballalai, diz que a população não precisa se desesperar. “Quem está fora dos grupos de risco e não se vacinou até agora, pode esperar até o início da campanha de vacinação.”

Segundo ela, a composição das vacinas é definida um ano antes com base na previsão sobre o tipo de vírus que estará em circulação em cada hemisfério. “Nem sempre a previsão acerta. Nos últimos dez anos, a aposta sobre o tipo de Influzenza B que estaria em circulação foi errada.”

Por isso, Isabella diz que a tetravalente é a mais completa, pois oferece proteção contra os dois subtipos de Influenza B.

No entanto, ela afirma que 80% dos casos de gripe que acontecem no Brasil foram causados pelo subtipo A. E só 20% pelo subtipo B de Influenza.

“Apesar de todo o temor contra o vírus H1N1, já tivemos anos em que a maior causa de gripe foi o H3N2. Nos Estados Unidos, o H3N2 é o mais comum”, diz Isabella.

Em São Paulo, foram notificados neste ano 465 casos e 59 óbitos por SRAG atribuíveis ao vírus Influenza. No ano passado todo, foram 65 mortes.

Dos casos notificados neste ano, 372 foram relacionados ao vírus A (H1N1), com 55 óbitos. Outras 32 notificações foram pelo vírus B, com duas mortes.

Em 2015, foram notificados 342 casos de SRAG sendo 190 relacionados ao tipo A (H3N2) e 43 ao vírus B. Do total de 65 óbitos registrados em 2015, 28 tiveram também relação com o A (H3N2) e 10 com o B.