Avós não estragam os netos, diz criadora de site sobre ‘avosidade’
Maternidade e paternidade já são palavras incorporadas ao nosso dia a dia. O casal Elisabete Junqueira, 57, e Jorge Luiz de Souza, 64, decidiu discutir os desafios e experiências da ‘avosidade’ em um site.
A ideia de criar o Avosidade surgiu depois deles se tornarem avós. “Percebemos que não existia nenhum portal que discutisse as relações dos avós com os netos”, afirma Elisabete.
Esqueça a figura do avô acabadinho sentado no sofá ou da avó que passa o dia cozinhando gostosuras para os netinhos. Os avós entrevistados pelo Avosidade estão na ativa e cheios de vida e de ensinamentos.
“Os netos ainda são a prioridade, mas eles têm outras atividades”, diz Elisabete. “Mostramos como são os avós das novas configurações familiares, os avós de hoje.”
Elisabete diz que uma das propostas do site é quebrar estereótipos, como os de que avós estragam os netos ou que virar avô envelhece. “Você se sente rejuvenescido, olha a vida com outra perspectiva.”
Segundo ela, há pesquisas que mostram os benefícios da presença dos avós para o desenvolvimento da criança. “A relação entre avós e netos é diferente da que se tem com os pais. Não há disputa. Os avós são coadjuvantes.”
Um dos desafios do site, de acordo com Elisabete, é mostrar para alguns avós de hoje que é preciso seguir novas orientações em relação à criação.
“Aquilo que pensávamos antes que era certo, pode ter mudado”, diz Elisabete, que cita a entrevista com a consultora de programas para primeira Anna Maria Chiesa.
Nessa entrevista, Chiesa diz que os avós não podem fazer nada escondido, como dar doce aos netos. “É um desrespeito, uma intromissão”.
No ar desde julho de 2015, o site reúne uma série de entrevistas com avós respeitados nas áreas em que atuam, como a empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, o economista e ex-ministro Maílson da Nóbrega e os jornalistas Miriam Leitão, Juca Kfouri e Ricardo Kotcho.
Além do site, o Avosidade também mantém contato com os leitores pelas redes sociais e seu canal no YouTube. “Interagimos muito com nosso público, tanto pelas redes sociais como no próprio site”, diz a fundadora do Avosidade.