FMU abre sindicância para apurar caso da estudante de Odonto que diz furar gengiva de crianças

FABIANA FUTEMA
Conversa do Face entre supostas estudantes de Odonto (Reprodução)
Conversa do Face entre supostas estudantes de Odonto (Reprodução)

O caso da estudante de Odontologia que escreveu em seu perfil no Facebook que furava gengiva de criança para que ela parasse de chorar enfureceu muita gente. De forma irônica, ela diz que perguntou a um menino se ele queria o tratamento com ou sem dor.

Depois do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), agora é o Complexo Educacional FMU que informa ter aberto uma sindicância interna para verificar o caso. É que ela seria estudante da FMU.

Em nota, a universidade afirma que vai tomar as providências e que “a condução explicitada em post de Facebook não condiz com as orientações da instituição”.

“Ressaltamos que o Complexo Educacional FMU incentiva o atendimento humanizado da comunidade por intermédio das clínicas da sua escola da saúde”, diz a nota.

No post, a aluna diz que a professora que “sempre berra com crianças que fazem birra” pediu que tomasse uma atitude com o garoto que chorava. “Eu peguei a carpule e dei uma furadinha na gengiva dele, o moleque deu um PULO aí eu falei: vc quer com dor ou sem dor? Aí ele sem dor, ai eu falei então abre a boca e fica quieto! NÃO CHOROU MAIS NADA”, escreveu.

A amiga responde que olha feio para fazer as crianças ficarem quietas. “Mas FURAR amei.”

Os nomes dos perfis das duas supostas alunas não podem mais ser localizados no Facebook.

Segundo o Crosp, é comum haver “manifestações de medo e ansiedade por parte do paciente, em especial quando se trata de crianças, que geram a necessidade de o profissional recorrer a estratégias de comunicação para estabelecer uma relação de confiança, com o uso de técnicas de controle de comportamento e condicionamento”.

Mas afirma que “não há qualquer recomendação técnica no sentido de furar a gengiva do paciente para estabelecer um vínculo de respeito, confiança e colaboração”.

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