Para federação de hospitais, prazo mínimo de 39 semanas para cesárea beneficia a criança
A resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), que determina que cesáreas a pedido da gestante só poderão ser realizadas a partir da 39ª semana de gestação, ainda causa divergências. Algumas mulheres alegam que têm o direito de escolher a via de parto e quando ele será realizado.
O problema é que muita gente cresceu ouvindo que o bebê já está maduro e pronto para nascer a partir da 37ª semana. Só que a definição de parto a termo _não prematuro_ subiu para 39 semanas.
Em nota, a FEHOESP (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) diz apoiar a resolução do CFM.
Para o presidente da federação, Yussif Ali Mere Júnior, a medida visa preservar a segurança da criança , já que estudos em várias partes do mundo concluem que a partir desse período há menos riscos para o bebê.
“A medida pode também colaborar para que haja menos intercorrências nos hospitais por conta de cesáreas precipitadas”, enfatiza o representante dos hospitais.
Segundo a Acog (Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas), bebês que nascem antes do tempo têm maior possibilidade de apresentar problemas respiratórios, como a síndrome do desconforto respiratório; dificuldades para manter a temperatura corporal e para se alimentar.
Essa diferença de apenas duas semanas na gestação representa muito para o bebê, pois neste período tem uma fase acelerada de desenvolvimento do cérebro, dos pulmões e do fígado.
Vale lembrar que esse prazo vale apenas para cesáreas eletivas em que não há nenhum motivo médico para antecipação.