Empresas ampliam período da licença-paternidade de funcionários

FABIANA FUTEMA
Cena do documentário "Pai Não é Visita!" (Divulgação)
Cena do documentário “Pai Não é Visita!” (Divulgação)

Pela lei, a maioria dos pais tem direito a apenas cinco dias de licença-paternidade. Um período muito curto, considerando que a mulher acabou de ganhar um bebê e precisa muito da sua ajuda.

O Marco Legal para a Primeira Infância, sancionado em março, ampliou esse período para 20 dias, mas o benefício não atinge todos os pais. Vale apenas para funcionários de empresas participantes do programa Empresa-Cidadã _as mesmas que ampliam a licença-maternidade para seis meses.

Mas algumas empresas decidiram aumentar o período da licença-paternidade. Esse é o caso do Twitter e da Natura.

A Natura ampliou a licença para 40 dias. A iniciativa vale também para casais do mesmo sexo e em casos de adoção.

Em nota, a empresa diz que os 40 dias após o parto correspondem ao puerpério, período em que a mulher se recupera da gestação e enfrenta alterações físicas e psicológicas.  Por isso, a proximidade do pai nesse período é importante para toda a família.

“Por acreditar na importância desse vínculo, ampliamos a licença paternidade para 40 dias. Decisões como esta reforçam as crenças e os valores da Natura”, afirma Roberto Lima, presidente da empresa.

No Twitter, a ampliação foi ainda maior. A licença-paternidade foi estendida para 20 semanas. Com isso, os pais terão direito ao mesmo período de afastamento do trabalho ao qual funcionárias do Twitter têm direito após o nascimento de seus filhos. A medida também vale para casos de adoção.

O programa, que teve início nos EUA em maio deste ano, está sendo adotado internacionalmente em todos os escritórios do Twitter e passa a valer também para os funcionários que trabalham no Brasil, divididos entre Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia é que os pais possam participar, assim como as mães, dos primeiros meses de vida de seus filhos, reforçando laços afetivos e atuando em seu processo de criação.