Pais não podem afastar avós dos netos, principalmente após separação
Pais não têm o direito de afastar avós de seus netos. Existe até uma lei que garante aos avós o direito à convivência com os netos em caso de separação dos pais.
Regina Beatriz Tavares da Silva, especialista em direito de família e presidente da ADFAS (Associação Brasileira de Direito de Família e das Sucessões), diz que os avós podem entrar com uma ação caso um dos pais dificulte a visita ao neto.
“O pedido de regulamentação das visitas dos avôs é muito bem visto pelos juízes, até por existir diversas pesquisas que mencionam o benefício dessa convivência para as crianças e adolescentes”, afirma a advogada.
A psicopedagoga Elizabeth Monteiro, autora de vários livros sobre convivência familiar, diz que os pais deveriam aproveitar a experiência dos avós, principalmente em momentos de crise, como a separação do casal.
“Os avós podem ser aliados dos pais neste momento, podem ajudar a criança a compreender melhor o que está ocorrendo”, diz Betty.
Segundo ela, os pais precisam entender que quem está se separando são eles. “Os avós não têm nada a ver com isso.”
Betty afirma que os pais não podem falar mal dos avós para as crianças, nem mesmo quando estão com a razão. “Nada justifica denegrir a imagem de uma pessoa que a criança ama. Deixa a criança crescer e ela mesmo saberá fazer suas escolhas.”
Para a psicopedagoga, os pais devem estimular a convivência entre netos e avós. “Existem pesquisas mostrando que crianças que convivem com avós são mais felizes.”
VIVER MELHOR EM FAMÍLIA
Autora do livro “Viver Melhor em Família”, publicado pela Mescla Editorial, Betty estreia um programa com o mesmo nome em setembro no SBT. O programa será exibido nas manhãs de domingo.
Segundo ela, o programa será totalmente diferente daqueles no estilo ‘super nanny’. “Não vamos dar a receita, objetivo é fazer a pessoa pensar. Não existe uma fórmula mágica O que funciona para uma pessoa pode não ser bom para outra.”
No caso de crianças que fazem birra, por exemplo, Betty sugere que os pais se coloquem no lugar dela e entendam por que está agindo daquela maneira. “E também pensem sobre s atitudes que têm que podem interferir. Vamos estimular a pessoa a se colocar no lugar do outro para entendê-lo melhor.”