Vítima de tromboembolia por uso de pílula, mãe comemora nascimento sadio da filha
Foram 226 injeções. Uma por dia. Esse foi o tratamento realizado pela tradutora de libras Lívia Vilas Boas, 32, durante a gestação de Lis.
O motivo: tromboembolia pulmonar, causada pelo uso de anticoncepcional antes da gestação.
O problema começou em 2011, após o uso de um anticoncepcional. Ganho de peso, dores de cabeça e enjoos frequentes foram alguns dos problemas que sentiu após tomar a medicação.
Em 2012, teve uma forte crise respiratória, tratada inicialmente como pneumonia pelos médicos do pronto-socorro. Como a falta de ar persistia, uma médica pediu exames de coagulação. Foi aí que descobriu a tromboembolia e deixou de usar o medicamento.
Como consequência, até hoje o seu sangue tem forte propensão à formação de coágulos e isso fez com que sua gravidez fosse considerada de alto risco. As consultas de pré-natal foram realizadas pelo convênio e pelo SUS (para conseguir a medicação gratuitamente).
Desde a nona semana de gestação até os quarenta dias da bebê precisou tomar injeções para evitar coágulos. “Muitas vezes tive medo de não ter minha filha em meus braços”, desabafou a mãe que precisou fazer um curto repouso por causa da baixa oxigenação do útero.
No pré-natal ouviu de seu obstetra que jamais conseguiria um parto normal por causa da sua condição. “Tentei agendar a cesárea, como meu médico havia orientado, mas nenhum hospital que procurei admitia agendar antes de 39 semanas”.
Então decidiu esperar e monitorar, como orientaram todos os demais médicos pelos quais passou.
“Ouvi de cinco profissionais diferentes que eu tinha condições para ter a Lis de parto normal, então comecei a me sentir segura”, diz Lívia.
No dia 4 de fevereiro, às 3h30, poucas horas após realizar a indução, nasceu Lis, super saudável, de parto normal.
Lívia comemora o nascimento sadio da filha e afirma que ficará longe dos anticoncepcionais. “Eu e meu marido estamos decidindo outro método que usaremos para evitar uma nova gravidez”, afirma a tradutora.
Leia abaixo o relato de Lívia nas redes sociais:
“Ontem encerramos um ciclo.
Em 2012, tive uma tromboembolia pulmonar devido ao uso de anticoncepcionais. O médico não me alertou o quanto eram perigosos, não me pediu nenhum exame… cheguei bem perto da morte.
Passada a recuperação, passei a levar uma vida normal e não achava que isso poderia ser um problema numa gravidez, mas era.
Meu sangue tem forte propensão à formação de coagulos, por isso o TEP, e esses podem tomar conta da placenta e ocasionar um aborto.
Recebi essa notícia na primeira consulta pré-natal, um susto, mas não maior do que saber que a profilaxia é feita com uma injeção beeem cara. Precisava delas todos os dias da gravidez e puerpério. Dava pra comprar um carro! O.O
Consegui pelo SUS, não foi fácil, muitas idas e vindas, muitas lágrimas, muitos meses não tinham injeções disponíveis, às vezes estavam disponíveis em UBSs do outro lado da cidade, meu sogro comprou algumas para termos uma reserva (gratidão eterna!)
Muitas, muitas vezes tive medo de não ter minha filha em meus braços. Também tive medo da morte (era uma possibilidade, caso tivesse alguma complicação) e com ela a impossibilidade de ver minha filha crescer.
Me senti frustrada, pois meu médico descartou o parto normal e me alertou que teríamos que tirar o bebê mais cedo.
Em determinado momento da gravidez, meu útero não estava recebendo toda a circulação necessária, o bebê teve uma queda muito grande na curva de crescimento, havia uma possibilidade de parto prematuro.
Enfim, foram muitos momentos difíceis, mas ontem tomei a última dose e hoje só posso ser grata!
Sou grata a Deus por todo cuidado, por suprir o bebê com tudo o que precisava, ainda que meu corpo não fosse eficiente em fazer isso. Sou grata pela feliz surpresa de poder trazer a Lis ao mundo com 39 semanas e 7 dias num parto normal e sem anestesia (dor infinita! Rs). Sou grata por ter família e amigos tão queridos que nos deram o suporte que precisamos e nos ajudaram a ter as injeções em mãos todos os dias.”
Em 2012, tive uma tromboembolia pulmonar devido ao uso de anticoncepcionais. O médico não me alertou o quanto eram perigosos, não me pediu nenhum exame… cheguei bem perto da morte.
Passada a recuperação, passei a levar uma vida normal e não achava que isso poderia ser um problema numa gravidez, mas era.
Meu sangue tem forte propensão à formação de coagulos, por isso o TEP, e esses podem tomar conta da placenta e ocasionar um aborto.
Recebi essa notícia na primeira consulta pré-natal, um susto, mas não maior do que saber que a profilaxia é feita com uma injeção beeem cara. Precisava delas todos os dias da gravidez e puerpério. Dava pra comprar um carro! O.O
Consegui pelo SUS, não foi fácil, muitas idas e vindas, muitas lágrimas, muitos meses não tinham injeções disponíveis, às vezes estavam disponíveis em UBSs do outro lado da cidade, meu sogro comprou algumas para termos uma reserva (gratidão eterna!)
Muitas, muitas vezes tive medo de não ter minha filha em meus braços. Também tive medo da morte (era uma possibilidade, caso tivesse alguma complicação) e com ela a impossibilidade de ver minha filha crescer.
Me senti frustrada, pois meu médico descartou o parto normal e me alertou que teríamos que tirar o bebê mais cedo.
Em determinado momento da gravidez, meu útero não estava recebendo toda a circulação necessária, o bebê teve uma queda muito grande na curva de crescimento, havia uma possibilidade de parto prematuro.
Enfim, foram muitos momentos difíceis, mas ontem tomei a última dose e hoje só posso ser grata!
Sou grata a Deus por todo cuidado, por suprir o bebê com tudo o que precisava, ainda que meu corpo não fosse eficiente em fazer isso. Sou grata pela feliz surpresa de poder trazer a Lis ao mundo com 39 semanas e 7 dias num parto normal e sem anestesia (dor infinita! Rs). Sou grata por ter família e amigos tão queridos que nos deram o suporte que precisamos e nos ajudaram a ter as injeções em mãos todos os dias.”
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