Coletivo em SP atende parto humanizado a preços acessíveis
Quem deseja viver uma experiência humanizada de parto ganhou mais uma opção em São Paulo. Trata-se do Coletivo Nascer, que oferece preços acessíveis para quem quer contratar uma equipe.
São 20 profissionais entre médicos, obstetrizes, pediatras e nutricionistas que trabalham em regime de plantão à distância, com a possibilidade de realizar o pré-natal de forma coletiva.
Para quem utiliza o convênio médico, é possível parcelar a diferença entre o valor orçado e o reembolsado dado pelo convênio.
O projeto será abrigado no Quintal do Parque , uma clínica localizada na Água Branca. Uma vaquinha virtual está aberta para realizar a reforma no local.
Até o dia 2 de setembro, o coletivo atendeu 13 partos, sento 12 normais. Desses 12, dois foram realizados após duas cesáreas, e dois após uma cesárea prévia.
“Como a vergonhosa taxa de cesarianas que temos no Brasil no setor privado, estamos conscientes que a maioria das mães de segunda viagem que nos procurarem terão cesárea anterior”, diz a obstetriz Ana Cristina Duarte, uma das idealizadoras do projeto.
A parteira também está a frente da quinta edição do Siaparto, Simpósio Internacional de Assistência ao Parto, que ocorre entre os dias 4 e 9 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca.
Nesse ano, as temáticas centrais são Spinning Babies e Paciência Ativa. O primeiro é um método que estimula a flexibilidade da pelve da mulher e facilita a rotação do bebê para o parto. Já o segundo tema refere-se à paciência dos profissionais para acompanhar os processos fisiológicos normais, reconhecendo sinais de distócia no parto.
Voltados para médicos obstetras, neonatologistas, pediatras, enfermeiros obstetras, doulas e educadoras perinatais, o evento reunirá mais de 1500 congressistas.
A maioria dos participantes está ligada à humanização e busca atualização, mas também há inscrições de profissionais que desejam atender um nicho cada vez maior de mulheres informadas que buscam um parto respeitoso.
“Não há outra forma de melhorar a assistência sem sensibilizar médicos e inserir a enfermeira obstetra e a obstetriz no atendimento”, conclui Ana Cristina.