Lactose e corantes lideram lista de alergias em crianças, aponta pesquisa

Uma pesquisa sobre a alimentação infantil realizada pela MindMiners revelou que lactose e corantes lideram a lista de produtos que mais causam alergias nas crianças.

Segundo o levantamento da startup especializada em pesquisas digitais, 7% dos pais afirmaram que seus filhos possuem algum tipo de alergia.

Desse universo, 33% são alérgicos à lactose e 19% alérgicos a corantes. A lista segue com temperos, cevada e trigo, com 17%, 15% e 10% respectivamente.

A pesquisa também mostrou que 48% desses pais disseram acreditar que a alergia dos filhos foi consequência da má alimentação ou falta de nutrientes.

O objetivo do estudo era identificar a influência dos pais na rotina alimentar dos filhos e o quanto eles se preocupam com o assunto.

“Mesmo os pais que se preocupam em prover uma alimentação saudável para seus filhos, admitiram fazer as vontades dos pequenos”, diz Danielle Almeida, marketing manager da MindMiners.

Para ela, a falta de tempo é a principal justificativa para não acompanharem a alimentação dos filhos tão de perto.

“A alimentação da criança reflete a alimentação daquela família em que convive. É muito comum vermos pais ou cuidadores oferecerem alimentos ultraprocessados como bolachinhas e snacks integrais, ricos em aditivos químicos e até açúcares e gorduras acreditando que estão oferecendo uma alimentação saudável “, diz Aline Teles, nutricionista materno infantil.

A especialista cita outra pesquisa que mostra que hoje no Brasil 63% das criança referem comer o que querem e aonde querem.

“Há necessidade de um resgate com os cuidadores para reassumirem a responsabilidade da alimentação. Uma criança não possui discernimento para escolher o que quer comer. Essa deve ser uma responsabilidade do adulto, e o que fica de direito da criança é delimitar a quantidade que quer comer — e sempre deve ser respeitada”, conclui.

A pesquisa também fala sobre introdução alimentar e a relação com comidas vegetarianas, veganas ou industrializadas.

“Muitos pais ainda não identificam as papinhas industrializadas como algo de má qualidade, ou até mesmo não a identificam como um alimento industrializado”, explica Danielle Almeida, da MindMiners.

O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 16 de junho e ouviu 1000 pessoas. Do total, 19% pertencem à classe A, 45% à classe B e 36% à classe C. 55% são homens e 45% mulheres. A pesquisa completa pode ser vista nesta página.

Curta o Maternar no Facebook e no Instagram.