Tem filho pequeno e quer conhecer os Lençóis Maranhenses? Vá na baixa temporada
Recentemente, publiquei no caderno de Turismo da Folha um texto sobre como evitar perrengues com crianças pequenas durante as viagens.
Munidos dessas informações, eu e meu marido tiramos férias em janeiro e levamos nossa filha de dois anos aos Lençóis Maranhenses.
Escolhemos voos mais cedo, para que ela pudesse dormir a maior parte do tempo (deu certo) e levamos um estoque de atividades para entretê-la. Vale lembrar que, nessa idade, a atenção da criança se dilui rapidinho, então, optamos por variadas brincadeiras como colorir e colar adesivos (Playkids Explorer é um dos modelos que fazem muito sucesso com ela).
Decidimos ir na baixa temporada, quando as lagoas não estão tão cheias e há mais chuva. As vantagens são inúmeras. As temperaturas são mais amenas e não há fila nas balsas, por exemplo, para chegar até o Parque Nacional. Guias turísticos dizem que a espera para atravessar pode chegar a quatro horas em meses mais movimentados, como julho e agosto.
Escolhemos um passeio por dia para não cansá-la tanto e o restante do tempo ficávamos na piscina do hotel, no parquinho ou nadando no rio do outro lado da rua. A previsão do tempo errou na maioria das vezes e as pancadas de chuva ocorriam de madrugada.
Nosso primeiro passeio foi para o povoado de Cardosa. Fizemos boia cross pelo Rio Formiga. Foi a primeira vez que andamos de jardineira, carro 4×4 que dá conta do trajeto em Barreirinhas (MA), onde a restinga é a vegetação predominante.
Por estarmos com a Helena, éramos colocados sempre na cabine: chacoalhava bem menos e ela dormia a maioria do trajeto.
Almoçamos à beira do rio, comemos peixe fresco em um povoado e tomamos suco de bacuri, fruta típica da região.
Passeamos de lancha voadeira pelo rio Preguiças e visitamos Vassouras, onde há vários macaquinhos. Como a maioria dos turistas contrariam as regras e alimentam os animais em troco de likes no Instagram, decidimos ficar afastados.
Eles se aproximaram de nós (buscando comida, certamente) e a Helena perdeu o medo e até curtiu a experiência.
Conhecemos Caburé, onde o rio se encontra com o mar. Pelo caminho, mangues e igarapés encantaram minha pequena. Almoçamos e cochilamos nas redes –bem turista, sabe?
Seguimos para Mandacaru, onde está o farol “em eterna reforma”, como contam os moradores. Foi ali que tomamos o melhor sorvete de morango da nossa vida, perto do porto. Há muito artesanato barato e doces típicos também.
Fizemos o circuito da Lagoa Bonita e pudemos nadar em várias lagoas. A profundidade chega a 1,5 metro, no máximo. No período de cheia, a partir de julho, elas ficam bem mais fundas, explicam os guias.
Descansar a mente, comer comidas diferentes e deliciosas, conversar com outros turistas, ouvir histórias sem precisar olhar para o celular toda hora e nem se preocupar com relógio são as coisas mais incríveis que nós podemos oferecer para nossa filha.
Nosso acordo é viajar uma vez por ano, e sempre para um lugar novo. A gente já está planejando a próxima.
Que seu ano seja abençoado e que a gente possa continuar compartilhando aprendizados, vivências e descobertas por aqui.
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