Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quer desmamar seu filho? Sinais ajudam a reconhecer o melhor momento https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/quer-desmamar-seu-filho-sinais-ajudam-a-reconhecer-o-melhor-momento/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/quer-desmamar-seu-filho-sinais-ajudam-a-reconhecer-o-melhor-momento/#respond Thu, 09 Sep 2021 13:50:43 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-08-at-12.49.25-6-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9269 Assim como sentar, andar, correr ou falar, o desmame deve ser encarado como um processo e não um evento.

Partindo desse princípio, nenhuma criança anda ou fala antes de estar pronta e nenhuma deveria ser desmamada antes de estar madura para isso.

literatura não crava uma idade certa, mas aponta maturidade quando a criança aceita outras formas de consolo, permite não ser amamentada em certas ocasiões, consegue dormir fora do peito e prefere outra atividade a mamar. Além disso, não demonstra ansiedade quando o peito é recusado e tem uma alimentação variada estabelecida.

Aguardar os sinais do desmame nem sempre é fácil para todas as mulheres. Há crianças que acordam mais vezes durante a noite para mamar ou demoram para aceitar o fim da amamentação. Há um cansaço invisível e muitas antecipam o processo.

A OMS recomenda amamentar até os dois anos ou mais, e se uma mãe chegou nessa fase da vida, ela tem muitos motivos para comemorar, afinal o Brasil em 2020 apresentava a média de apenas 54 dias de amamentação exclusiva no peito.

Amamentar exclusivamente por seis meses e seguir amamentando até os dois anos, infelizmente, ainda é um privilégio em nosso país.

Especialistas no assunto orientam desmamar de forma gradual, em uma momento tranquilo da vida da criança, ou seja, sem estar enfrentando outras mudanças drásticas como início da vida escolar, chegada de um irmão ou desfralde. É preciso paciência, porque desmamar pode ser imprevisível e até doloroso para mãe para o filho.

Vale lembrar que desde o nascimento o peito é um local de aconchego, segurança e descanso para o bebê. É o maior porto seguro dele, além de fonte de alimentação, é claro.

Quando Jean* completou dois anos, a empresária Fabiana* decidiu começar o processo de desmame. Leu muito sobre o assunto, fez curso de desmame gentil e aos poucos foi aplicando o que aprendeu na consultoria.

“Sou superativista e pró-amamentação, queria que fosse algo suave e tranquilo igual a tantos relatos que a gente lê na internet, mas não foi tão simples assim”, conta a mãe.

A única “vitória” no processo foi conseguir desvincular o peito do sono do filho, mas no restante do dia, incluindo as madrugadas, o menino demandava muito.

“Quando ele me via já corria pro peito. Ele mamava sempre que estava comigo. A situação estava, na minha opinião, descontrolada”, diz.

Fabiana decidiu parar de ofertar de uma vez, oito meses após o início do processo. “A gentileza já tinha ido pro espaço. Acabei indo por um caminho considerado errado e foi um processo doloroso emocionalmente, que faz com que até hoje eu me sinta culpada pela forma que ele aconteceu”, desabafa.

Já para Mayara Freire, 30, desmamar não estava nos planos, mas Estêvão, de dois anos e sete meses começou a dar os primeiros sinais de que esse tempo está chegando.

Grávida de 5 meses, Mayara conta que surgiram fissuras em seus peitos e ela percebeu que a quantidade de leite também diminuiu.

O filho já ficou três dias sem mamar e inclusive disse que “o tetê agora é do neném”, referindo-se ao bebê que está na barriga. “Nós nunca falamos nada sobre isso com ele. A última vez que mamou foi bem rápido, só um aconchego antes de dormir”, conta a mãe. “Acredito também que o gosto do leite tenha mudado”, observa.

Segundo a pediatra Kelly Oliveira, Mayara tem razão. O leite materno pode sofrer alterações no sabor e na quantidade quando a mãe está grávida novamente.

Na maior parte das vezes é possível amamentar estando grávida. Essa condição é chamada de lactogestação.

“O cuidado maior nesses casos são os aspectos nutricionais da mãe, que devem ser acompanhados de perto. Quando a gestação é de risco, aí então o desmame pode ser considerado”, diz a consultora internacional de amamentação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE).

Outra forma possível é a amamentação em tandem, quando a mãe oferece o peito para crianças de idades diferentes. A orientação do ginecologista e obstetra também é imprescindível para esses casos.

Kelly não recomenda desmamar de um dia para o outro. “Desmamar de forma abrupta pode trazer consequências negativas para o bebê, principalmente gerar traumas e recusa de alimentos”.

A orientação da especialista é estipular combinados e conversar muito com a criança, cumprindo os combinados para que ela sinta segurança no processo. “Se a mãe define o desmame e volta atrás, a criança ficará confusa, sem saber o que esperar”, explica.

Para a mãe, é importante fazer ordenhas de alívio, retirando leite quando o peito estiver mais cheio. Isso evitará problemas como mastite e fará com que o corpo pare aos poucos de produzir leite. 

*Nomes trocados a pedido da entrevistada

MASTERCLASS

Pais que desejam mais informações sobre desmame gentil podem participar de um evento online e gratuito no YouTube da Pediatria Descomplicada na próxima quinta-feira (9), às 20h30.

A pediatra Kelly Oliveira, consultora internacional de amamentação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE), Alergista e Imunologista pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) dará uma aula sobre como desmamar sem romper o vínculo com a mãe.

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Dores, lágrimas e culpa: o que nem sempre te contam sobre amamentação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/25/dores-lagrimas-e-culpa-o-que-nem-sempre-te-contam-sobre-amamentacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/25/dores-lagrimas-e-culpa-o-que-nem-sempre-te-contam-sobre-amamentacao/#respond Tue, 25 Aug 2020 16:31:10 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-08-19-at-17.55.36-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8960 Todo ano, a campanha #AgostoDourado fala sobre os benefícios de dar de mamar, fala sobre a importância da informação, da preparação ainda no pré-natal, sobre confusão de bicos, consultorias de amamentação e sobre rede de apoio.

Saber sobre tudo isso é essencial, mas não é garantia de sucesso no processo. E é isso que esse relato corajoso da minha amiga Dani Braga mostra. Mesmo bem informada, cercada por uma rede de apoio e de profissionais especialistas no assunto, ela vivenciou momentos muito doloridos no corpo e na mente para seguir em frente com a amamentação de seu filho.

“Embora eu reconheça o vínculo que se estabelece por meio da amamentação, posso dizer que aqui em casa o entrosamento não veio por meio dela, ao menos não apenas por essa via. Hoje, o amor pelo meu filho é imenso, ao ponto de sentir saudade de estar perto dele mesmo estando no cômodo ao lado, e amamentar deixou de ser um peso”, comemora a mãe do Ian, um dos bebês mais simpáticos que já conheci (virtualmente, por causa da pandemia, claro).


“Quando engravidei, estudei e decidi pelo parto normal, mas sabia que poderia precisar de uma cesárea. E tudo bem, não sofria com isso, de verdade.

Algo que eu não tinha dúvida, no entanto, era que a amamentação seria com leite materno e em livre demanda (sempre que o bebê solicita). Fiz um curso de amamentação online e aprendi sobre os inúmeros benefícios para a criança e para a saúde da mãe. No meu plano de parto, expressei meu desejo pela “golden hour” — quando o bebê é colocado para mamar na sua primeira hora de vida.

Ao completar 40 semanas, senti todas as dores do parto até atingir nove dedos de dilatação. Ian nasceu rapidamente. Que sorte eu tive! Agora viria o próximo passo: o bebê em meu colo para ser amamentado. Aqui começa a história que quase ninguém conta. Você até lê que há alguma dificuldade, mas sempre impera o clima de que é algo tão natural que tudo se ajeita rapidamente. Provavelmente o obstetra não vai abordar o assunto a fundo e aquela médica humanizada que você segue no Instagram vai dizer que o grande problema é a cultura da indústria da fórmula láctea.

Quando o bebê veio para os meus braços, eu sabia que a boca dele tinha de ter a abertura semelhante a de um peixinho, que o corpinho dele devia estar barriga com barriga comigo e que ele tinha de abocanhar a aréola. Lembrei de checar tudo, mas não contava com um fator importante: não estava ali sozinha com o bebê da teoria. Ian chegou sugando com pressão e força e não abria a boca suficientemente, nem com a ajuda da minha mão.

Na primeira abocanhada, voou sangue do mamilo na cara dele. A enfermeira veio ajudar e falou que estava tudo certo no manejo. Uma outra técnica confirmou. Passei para o outro seio: sangue e hematoma no primeiro minuto. Doeu. Doeu muito, mas achei que na próxima daria certo. Até posei para uma foto sorrindo.

Não, não deu certo na próxima nem nas seguintes. Piorou. Dois dias depois, veio a apojadura —momento em que o leite de fato desce. Eu também já conhecia o termo. Estava presente quando ela surgiu para minha cunhada, há um ano e meio. Ela passou mal, quase desmaiou, sentiu-se fraca e ofegante durante o banho. Comigo, porém, não foi assim.

Fui tomar banho esperando sintomas semelhantes, mas nada fora do normal ocorreu. De repente, acordei com as mamas muito inchadas. A dor era tão alucinante que quando os fios do cabelo tocavam o peito, eu beliscava minha perna para ver se me concentrava em outra dor. O desespero era tão grande que cancelei todas as visitas.

Duas enfermeiras, uma de cada lado, massageavam as mamas de três em três horas. Eu chorava antes, durante e depois dos procedimentos. O bebê passou a mamar sangue em todas as doloridas tentativas. Foi então que começou a tomar alternadamente fórmula e meu leite ordenhado em um copinho.

Eu detestava ver a cena do bebê bebendo leite no copo, embora soubesse que era o mais indicado na ausência do peito, para não causar a má afamada confusão de bicos. Ao mesmo tempo, sentia-me culpada por odiar a fórmula, afinal, não fosse meu privilégio social, nem teria essa saída. Fórmulas custam caro.

A cabeça foi para o espaço e eu fui para casa sem nem saber quem eu era direito. E permaneci assim por um mês e meio. Queria amamentar, mas odiava. Lembro de bater a cabeça na parede de tanta dor e de desejar que o relógio parasse para não ter de amamentar de novo. Procurava na internet mães que desistiram da amamentação e, curiosamente, só encontrava relatos daquelas que superaram todas as adversidades. Estava claramente procurando na minha bolha, já que, no Brasil, o tempo médio que uma mãe amamenta é de apenas 54 dias.

Comecei a acreditar que era eu quem não amava suficientemente o próprio filho, por isso me sentia daquela forma, sem vontade de amamentar e sem ânimo para qualquer coisa que não fosse chorar. Diagnóstico psiquiátrico: princípio de depressão pós-parto –ao mesmo tempo em que o país entrava de cabeça na pandemia pelo coronavírus.

Além da dor física, doía mais ainda ouvir e ler que se a mãe não está bem, o bebê não fica bem. Era como se alguém gritasse na minha cara que eu estava prejudicando o meu filho.

Remédio. Terapia. Amor da família. Rede de apoio. Eu tive tudo isso, mas a dor da amamentação não passava, as feridas não cicatrizavam. Era peito no sol, peito na compressa fria, peito na pomada, peito no laser e peito na boca do nenê, que lacerava novamente.

Consultora de amamentação 1, consultora de amamentação 2, banco de leite, vídeos, conversas com especialistas. Lancei mão de tudo, insisti. Por quê? Não faço ideia. Talvez por querer que Ian tivesse todos os benefícios nutricionais, uma vez que, nos primeiros dias, não conseguia doar todo o meu afeto? Seria perfeccionismo? Ou por almejar ter a liberdade de alimentar meu filho a qualquer momento e em qualquer lugar, sem ter de esterilizar mamadeiras e carregar trambolhos? Hoje, penso que foi tudo isso.

Usei bombinha elétrica para tirar leite (tenho trauma do barulho que ela faz até hoje), fiz ordenha manual, Ian tomou leite no copinho, na colher dosadora e na mamadeira. Tive mastite e necessitei de antibiótico. Enquanto isso, insistia em colocá-lo no peito.

Precisei dar fórmula nos primeiros dias em casa também, mas não fazia ideia de como oferecer, só sabia sobre aleitamento materno. É ridículo para uma jornalista, que prega ouvir todos os lados, ter ido apenas atrás da informação que me interessava.

Durante a gestação, imaginava as respostas que daria quando falassem que era hora de desmamar ou quando sugerissem que seria melhor me esconder para amamentar, mas, no fim das contas, o pitaco que eu mais desejava ouvir era “minha filha, use logo uma mamadeira e pare de sofrer”.

Das poucas opiniões que recebi, uma das mais clássicas: “Seu meu leite não está sustentando o bebê”. Diante da perda de peso dele nas duas primeiras semanas, parecia muito real, o que me jogou ainda mais para baixo.

No mais, todas as pessoas a minha volta respeitaram a minha vontade de persistir amamentando. Enfim, depois de longas semanas, o negócio engrenou.

Quando estava no terceiro mês e tudo parecia normal, uma nova inflamação e um ducto lactífero entupido surgiram. Dor lancinante. O tratamento: usar uma agulha esterilizada ou esfregar uma toalha molhada até estourar a bolha de leite formada no mamilo, além de massagear as ingurgitações doloridas que apareceram no seio. Tentei tudo, sem sucesso imediato. Feito isso, coloquei o bebê para mamar em diferentes posições, a principal delas era a que eu ficava em quatro apoios com o seio na boca do bebê. A cena se repetiu no quarto mês e no quinto, com uma nova mastite e um febrão de três dias.

Alguém já viu alguma propaganda, filme, série ou novela com uma mãe nesta posição? Só observo mãe e filho se entreolhando e sorrindo, como se fosse um ato totalmente instintivo.

Nesta última crise, a ferida aberta no terceiro mês voltou a incomodar. Ao redor dela, o mamilo fica todo esbranquiçado, como se não circulasse sangue na região. Arde demais.

Obviamente nem todas as mães percorrem essa via crucis e muitas sentem prazer desde o início com a amamentação, mas isso não pode ser considerado o padrão. É necessário falarmos sobre as dificuldades para munirmos de informação outras mulheres. Sabendo dos eventuais problemas, podemos buscar soluções que não sejam o desmame precoce, para quem deseja continuar, e também apoio, para quem prefere desistir.

Seria hipocrisia dizer que não me orgulho de olhar as dobrinhas do Ian, frutos da amamentação. Ainda assim, não penso que toda mãe deva passar por isso, sobretudo as que têm pouco ou nenhum apoio. Respeitar-se e estabelecer limites também são atos de amor. Amor próprio e amor materno.

Embora eu reconheça o vínculo que se estabelece por meio da amamentação, posso dizer que aqui em casa o entrosamento não veio por meio dela, ao menos não apenas por essa via. Hoje, o amor pelo meu filho é imenso, ao ponto de sentir saudade de estar perto dele mesmo estando no cômodo ao lado, e amamentar deixou de ser um peso.

A maternidade tem um mantra, o “vai passar”. Junto dele deveríamos incluir “não julguemos outras mães. Não nos comparemos. Falemos sobre nossos filhos e nossas experiências sem precisar esfregar na cara de mães que estão inseguras nosso sucesso com as tais siglas LM/LD/PN/SN, entre outras. Não meçamos outro maternar com a nossa própria régua”.

Feliz fim de agosto dourado e início de primavera florida para quem amamenta no peito, para quem oferece mamadeira e principalmente para quem faz uso real da palavra da moda: empatia.”

 

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Problemas com a amamentação? Veja locais que oferecem ajuda de graça https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/06/problemas-com-a-amamentacao-veja-locais-que-oferecem-ajuda-de-graca/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/06/problemas-com-a-amamentacao-veja-locais-que-oferecem-ajuda-de-graca/#respond Thu, 06 Aug 2020 20:21:48 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-08-05-at-16.22.26-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8932 Apesar da amamentação estar cada vez mais na mídia, é muito comum ouvirmos relatos de mulheres que, mesmo informadas, penaram até a amamentação engrenar.

O respeito à hora dourada (a primeira de vida fora do útero e que o bebê fica em contato pele a pele com a mãe), a pega correta e a distância de mamadeiras e chupetas para evitar confusão de bico não significam sucesso no processo.

Débora que o diga. A mãe da pequena Lucia, de 4 meses, teve apoio no hospital onde a filha nasceu e contou com quatro visitas de uma consultora em amamentação ao longo dos últimos meses. Porém, até hoje passa por incômodos que achava que estariam distantes pelas informações que adquiriu ainda grávida.

“Uma das partes mais difíceis foi a apojadura [descida do leite, que pode ocorrer de 3 a 7 dias depois do parto]. Você tem alta do hospital e sozinha em casa, por causa da pandemia, se vê perdida, com dor, febre e sem saber posicionar o bebê, mesmo sendo algo tão simples”, conta.

“A desinformação ainda é a maior barreira a ser vencida para mudar o perfil de amamentação do nosso país. Muitas gestantes pensam que a amamentação é um processo instintivo e se informam pouco sobre o assunto durante o pré-natal”, observa Cristina Nunes dos Santos, coordenadora da sala e parto e alojamento conjunto do Hospital Sepaco, em São Paulo.

Para se ter uma ideia de como amamentar não é instintivo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a gestante tenha uma consulta com o pediatra ainda durante o pré-natal com 32 semanas de idade gestacional para se preparar para amamentar, mas essa prática não é comum no Brasil.

Deixar programada uma consulta para avaliação da amamentação de 48 a 72 horas após a alta hospitalar também pode ajudar no processo. “Pode ser na UBS ou Banco de Leite mais próximo da sua casa, uma consultora de amamentação ou com o pediatra”, explica Cristina.

Apesar das dores, culpa e até frustrações que passou, Débora conta que insistiu na amamentação por causa dos benefícios que Lucia teria e a insistência trouxe muitos resultados. A bebê está saudável, ganhando peso e apesar das dores que vivenciou por muitas ocasiões, a mãe comemora o resultado.

Em uma situação diferente está Aline. Sua filha, Lorena, de 8 semanas, nasceu bem antes da hora. A data provável do seu parto era 20 de setembro, mas uma pré-eclâmpsia antecipou o parto e a bebê, que nasceu com 26 semanas e 730 gramas, precisou ficar internada no Hospital Santa Joana, em São Paulo, desde então.

Lorena chegou a utilizar leite materno do banco de leite do hospital e hoje toma apenas o leite da mãe. “É impressionante como o leite materno tem trazido resultados no ganho de peso dela”, conta a mãe, que doa em média, 200 ml por dia ao hospital.

“Lorena precisou da doação e do mesmo jeito que foi beneficiada quero ajudar outros bebês na mesma situação”, afirma a mãe.

A previsão de alta é no próximo mês. Enquanto isso, Aline continua extraindo leite do peito e cuida dos hábitos alimentares, aguardando o dia em que pegará a filha e poderá amamentá-la direto no peito, em casa.

“O leite de uma mulher que teve bebê prematuro é diferente do leite de uma mãe que teve o filho com 40 semanas, por exemplo. O leite  tem nutrientes compatíveis com a necessidade de cada bebê”, explica Mercedes Sakagawa, nutricionista e coordenadora responsável pelo lactário e Banco de Leite Humano do Grupo Santa Joana.

Segundo ela, o corpo sempre vai se adaptar e produzir nutrientes necessários para cada fase do bebê. A profissional ressalta também que o leite da mãe tem benefícios de transferência imunológica que nenhum outro alimento pode oferecer.

ENCONTRE APOIO

Para quem não pode pagar pelos serviços de uma consultora em amamentação ou não que sair de casa durante a quarentena, para evitar se contaminar pelo novo coronavírus, segue uma lista de locais que apoiam lactantes de graça. Vale lembrar que gestantes e puérperas fazem parte do grupo de risco e muitas dúvidas podem ser sanadas por telefone, ou chamada de vídeo pelo WhatsApp, inclusive.

Grupo de Quinta – Grupo de Amamentação da Lumos Cultural – SP
Projeto da Lumos cujo objetivo é reunir gestantes e lactantes para discussões à respeito deste tema tão complexo. A roda acontece toda quinta-feira, às 14h30, gratuita e sem necessidade de inscrição prévia. A moderação fica à cargo da fonoaudióloga Kely Carvalho e da pediatra Renata Lamano tendo como premissa o respeito à individualidade e o acesso à informação baseadas em evidências científicas. Durante a pandemia a roda acontece virtualmente. Telefone: (11) 3862 5327 ou (11) 3872 6344


GVA (Grupo Virtual de Amamaentação – Facebook) – https://www.facebook.com/groups/grupovirtualdeamamentacao


Casa Curumim – SP

Rua Pereira Leite, 513, Sumarezinho, São Paulo – SP,

 Atendimento toda terça, no período da manhã, precisa agendar. Telefone: (11) 98133-9360 e (11) 3803-9926

Aplicativo Bella Materna

Em comemoração ao mês de incentivo à amamentação, o Agosto Dourado, a MAM disponibiliza um cupom de acesso a um mês de teste no aplicativo Bella Materna. A experiência oferece às mães e grávidas o acesso gratuito, 24 horas por dia, a consultas com pediatras, obstetras e enfermeiras, além de contar com um conteúdo exclusivo, informativo e especializado. Para utilizar o aplicativo, basta se cadastrar, inserir o cupom e começar a experiência de um mês, até 31 de agosto.  O aplicativo está disponível para Android e iOS, ou pode ser baixado por meio do link: https://www.bellamaterna.com.br/.


Lactare, banco de leite da Eurofarma

Telefone (11) 4144-9604, por WhatsApp (11)  96629-0681 e por e-mail:  bancodeleite@eurofarma.com.br

Hospital da Mulher – Santo André- SP

Rua América do Sul, 285 – Parque Novo Oratório,  Santo André – SP

Segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, Telefone: (11) 4478-5048 ou (11) 4478-5027


Banco de Leite – Unifesp – SP

R. Dr. Diogo de Faria, 395 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04037-001

Telefone: (11) 5576-4891

 


Banco de Leite do Hospital Fêmina – Porto Alegre- RS

Rua Mostardeiro, 17, 8º andar,  Porto Alegre, RS

Telefone: (51) 3314-5362

 


Mais endereços e telefones espalhados pelo país (cadastrados na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano)

Norte: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=norte

Nordeste: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=nordeste

Sudeste: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=sudeste

Centro-oeste: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=centro-oeste

Sul: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=sul


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Apoiar a mãe é a primeira grande oportunidade que o homem tem ao se tornar pai https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/09/apoiar-a-mae-e-a-primeira-grande-oportunidade-que-o-homem-tem-ao-se-tornar-pai/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/09/apoiar-a-mae-e-a-primeira-grande-oportunidade-que-o-homem-tem-ao-se-tornar-pai/#respond Fri, 09 Aug 2019 20:18:39 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/WhatsApp-Image-2019-08-09-at-17.08.09-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8505 De uns tempos pra cá a importância da participação do pai na criação dos filhos tem sido amplamente debatida. Apesar disso, ainda é muito comum um pai atuante ser elogiado, enquanto a mãe participativa é apenas uma mãe, mesmo.

Muitos homens defendem que apenas quando o bebê nasce é que a ficha sobre a paternidade cai, enquanto a mãe carrega o bebê no ventre, sente o filho mexer, além de passar pelo parto. Foi o caso de Beto Lima, pai de João Pedro, 5 e Helena, 1. Ele conta que enfrentou dificuldades para achar seu papel após o nascimento do primeiro filho.

Sua esposa enfrentou muitas dificuldades com a amamentação, ao ponto de não querer visitas em casa para não atrapalhar o processo. “Eu não sabia o que fazer e combinamos que ela deveria dizer o que queria, porque também estava perdido”. Ao evitar as visitas e apoiar a esposa, Beto entendeu que o papel de mediador do desejo da mãe foi importante para o sucesso da amamentação dela.

“Quando o bebê chega, a primeira grande oportunidade que o homem tem para ser pai é apoiando a mãe”, conclui.

Beto participou da 4ª mesa redonda sobre amamentação, realizada nesta quinta-feira (8), em São Paulo. Especialistas da Pro Matre e influenciadores digitais dividiram suas experiências sobre o assunto para fechar a semana mundial do aleitamento materno.

Pai do Léo, de apenas dois meses, Luan Ferreira acompanhava da plateia a fala da esposa Isabella Matte. Ele conta que também se viu perdido quando o filho chegou em casa. “Tudo é muito novo, tive muito medo de fazer algo errado, mas estou aprendendo”, conta o pai.

Debate sobre a amamentação promovido pela Pro Matre em São Paulo (Foto: Katia Lopes)

PATERNIDADE ATIVA

Um estudo divulgado em 2016 pela Universidade de Michigan comprovou que quanto mais atuante é o pai, mais autocontrole e cooperação terão os filhos. Essa relação também influencia na qualidade do desenvolvimento social da criança. Na ocasião, foram analisadas 730 famílias de diferentes regiões dos Estados Unidos.

Pai de Ana, de três anos, Pedro de Oliveira, do Canal Ser Pai, conta que quando pegou a filha no colo, se deu conta de que “pela primeira vez na vida teria algo que era pra sempre”.

Para ele, um bom pai vai muito além de prover financeiramente. “Ele deve prover afeto e atenção para o filho porque as crianças preferem ter o pai do lado e não um Porsche na garagem. Eles preferem muito mais dormir em nossa cama do que viver em uma casa enorme”, diz.

Ele critica o “aborto masculino”, aquele cometido pelos pais que colocam filhos no mundo e os ignoram após o nascimento. “Acredito que para mudar nossa sociedade, deixá-la mais igualitária e justa é preciso suprir as necessidades emocionais na infância”.

Nesse vídeo, se você é um pai participativo, certamente vai rolar uma identificação!

 

Feliz Dia dos Pais!

 

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Foto de filha de Beckham usando chupeta abre debate sobre idade e criação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/08/17/foto-de-filha-de-beckham-usando-chupeta-abre-debate-sobre-idade-maxima-para-usa-la/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/08/17/foto-de-filha-de-beckham-usando-chupeta-abre-debate-sobre-idade-maxima-para-usa-la/#respond Mon, 17 Aug 2015 10:01:23 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=4109 O ex-jogador e a filha Harper (Lucas Jackson/Reuters)
O ex-jogador e a filha Harper (Lucas Jackson/Reuters)

Casado com a ex-Spice Girl Victoria Beckham, o ex-jogador David Beckham está acostumado a ser clicado pelos paparazzi. Também fica à vontade em mostrar o corpo em anúncios de roupas íntimas masculinas.

Mas na semana passada o jogador ficou furioso depois do jornal ‘Daily Mail’ publicar uma foto dele ao lado da filha Harper, 4, na qual ela aparecia usando chupeta.

A reportagem alertava os pais Beckham e Victoria que o uso prolongado da chupeta poderia causa danos à dentição e fala da filha, entre outros problemas. Não foi a primeira vez que o jornal criticou o casal por deixa a menina usar chupeta. Em outubro, quando ela tinha 3 anos, outro texto reprovava o uso de chupeta.

Ele usou sua conta no Instagram para responder às críticas. “Todo mundo que tem um filho sabe que, quando eles não estão se sentindo bem ou com febre, você faz o possível para proporcionar conforto, o que, muitas vezes, pode significar dar uma chupeta”, escreveu Beckham.

Ele disse que ninguém tem o direito de criticar a criação que uma família dá a seu filho e que as pessoas devem pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa sobre os filhos dos outros. “Por que as pessoas sentem que têm o direito de criticar?”

Especialistas em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares dizem que a chupeta deve ser usada no máximo até os 2 anos de idade.

Depois disso, segundo eles, há riscos de seu uso contribuir para problemas na dentição, fala, respiração, postura da língua, entre outros desvios.

“Se usada até os dois anos, as alterações ocasionadas podem ser revertidas naturalmente”, diz Fúlvia Capecce Urbani Ribas, mestra e especialista em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares.

Beckham se irritou com reportagem sobre filha usando chupeta (Reprodução/Instagram)
Beckham se irritou com reportagem sobre filha usando chupeta (Reprodução/Instagram)

VEJA DICAS PARA TIRAR A CHUPETA DO SEU FILHO

-Reduza uso aos poucos, tente estipular horários;

-Não tenha várias chupetas pela casa, não facilite o acesso a ela;

-Não deixe a chupeta pendurada num cordãozinho preso à roupa;

-Não deixe a criança controlar o tempo de uso, o adulto é que deve ter controle da situação;

-Tente negociar com a criança o abandono da chupeta;

-Elogie a criança quando ela estiver sem chupeta

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Chupeta que mede temperatura e envia dados aos pais vence concurso de inovação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/12/chupeta-que-mede-temperatura-e-envia-dados-aos-pais-vence-concurso-de-inovacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/12/chupeta-que-mede-temperatura-e-envia-dados-aos-pais-vence-concurso-de-inovacao/#respond Mon, 12 Jan 2015 13:33:56 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=2656 Projeto da chupeta que mede temperatura e envia dados venceu prêmio de inovação (Foto: Divulgação)
Projeto da chupeta que mede temperatura e envia dados venceu prêmio de inovação (Foto: Divulgação)

Seu filho ficou doente e você não pode faltar ao trabalho. Ficaria menos aflito se recebesse em seu celular informações sobre o estado de saúde do filho?

E se a ferramenta que ligasse você no trabalho ao seu filho em casa fosse uma chupeta? O projeto de uma chupeta que mede a temperatura da criança e envia as informações sobre o estado da criança em tempo real para os pais venceu o Grand Prix Senai de Inovação deste ano.

Batizada de Termo Pipo, a chupeta foi eleita a melhor ideia entre as 286 apresentadas na disputa, além de ser a mais votada pela internet. O projeto prevê que além da temperatura, os pais também possam receber em seus celulares outros dados sobre a saúde do filho, como nível de oxigenação e batimentos cardíacos.

Além do prêmio de R$ 300 mil, a equipe vencedora vai para o Reino Unido em fevereiro para participar de workshops de inovação.

A estudante Nathaly Moraes Silva, 21, idealizadora da Termo Pipo, disse que o grupo já foi procurado por empresas interessadas no projeto. Mas antes, os integrantes querem participar da viagem.

“O desafio era descobrir como reduzir as preocupações dos pais que deixam os filhos doentes em casa e vão trabalhar.  Nossa proposta foi a criação dessa chupeta, que envia dados sobre a saúde da criança aos pais”, afirmou Nathaly.

Nathaly diz saber que existem várias restrições ao uso da chupeta. Pais, dentistas, fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas elencam várias razões para que os pais não deem chupeta ao filho. Entre os problemas apontados estão alterações na postura da língua, na fala e respiração do bebê, além da parte dentária.

Como mãe, não posso deixar de negar que talvez eu gostasse de ter essas informações sobre a saúde do meu filho no celular. Só não sei se me deixaria mais calma ou ansiosa.

Equipes vencedoras do Grand Prix de Iniovação festejam resultado (Foto: Divulgação)
Equipes vencedoras do Grand Prix de Iniovação festejam resultado (Foto: Divulgação)
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Três empresas anunciam recall de chupeta em 30 dias https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/09/26/tres-empresas-anunciam-recall-de-chupeta-nos-ultimos-30-dias/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/09/26/tres-empresas-anunciam-recall-de-chupeta-nos-ultimos-30-dias/#respond Fri, 26 Sep 2014 13:10:21 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=2134 Pais devem prestar atenção à marca da chupeta que o filho usa. Nos últimos 30 dias, ao menos três empresas anunciaram recall de chupetas que podem provocar o engasgamento das crianças.

A última empresa a chamar um recall foi a Petita Petita Indústria e Comércio de Produtos para Bebê para a chupeta Baby Silicone, referência 2362.

O recall envolve cerca de 1.000 chupetas, segundo a empresa, pertencentes ao lote 11.213, fabricado em abril de 2013.

De acordo com a Petita, foi constatado que após a fervura, a argola da chupeta pode se soltar. Nesse caso, se engolida, pode causar o engasgamento da criança.

Os consumidores que compraram essa chupeta devem procurar a empresa pelo telefone 11 94281-8554 (ligação a cobrar) ou pelo e-mail recall@petita.com.br para efetuar a troca do produto.O Procon-SP informa que “os consumidores que já passaram por algum acidente causado pelo defeito apontado poderão solicitar, por meio do Judiciário, reparação por danos morais e patrimoniais, eventualmente sofridos”.

OUTROS CASOS

A Pinpon e a Lillo também anunciaram recentemente recall de chupetas.

Segundo a Pinpon, a chupeta Borboleta Bico de Silicone, há o risco do bico se soltar e engasgar a criança.

O recall da Lillo atinge a chupeta Lillo Funny Coleção Bichos Ortodôntica, tamanho 2.

Como as demais empresas, a Lilla informou que testes mostraram que após a fervura, a chupeta poderia ser separada em diversas parte, provocando o engasgamento.

 

Chupeta da Petita (Divulgação)
Chupeta da Petita (Divulgação)
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Lillo faz recall de chupeta por risco de engasgamento https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/09/15/lillo-faz-recall-de-chupeta-por-risco-de-engasgamento/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/09/15/lillo-faz-recall-de-chupeta-por-risco-de-engasgamento/#respond Mon, 15 Sep 2014 14:48:05 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=2092 Chupeta passa por recall por risco de desmontar e as peças serem engolidas (Foto: Divulgação)
Chupeta passa por recall por risco de desmontar e as peças serem engolidas (Foto: Divulgação)

 

O risco da chupeta se desmontar e as partes pequenas serem engolidas pelos bebês fez com que a empresa Lillo anunciasse nesta segunda-feira (15) um recall de 6.432 chupetas.

No comunicado da empresa, é informado que as partes pequenas podem causar risco de engasgamento se forem engolidas.

A empresa diz que após testes de fervura e tração constatou problemas no modelo Lillo Funny – Coleção Bichos Ortodôntica – tamanho 2. A empresa afirma que o lote com problema é o 13137, código 6701110, com data de fabricação do dia 17 de maio de 2013.

Os consumidores devem procurar a empresa para fazer a troca do produto ou obter mais informações. A Lillo orienta os consumidores a não utilizar os produtos com problema e entrar em contato com a empresa pelo SAC (Serviço de Atendimento Consumidor) 0800 025-4415 de segunda a sexta-feira de 9h às 17h ou pelo e-mail sac.lillo@lillo.com.br.

A empresa diz ainda que com exceção deste lote, todos os produtos da marca estão em perfeitas condições para o uso.

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A polêmica da chupeta. E como ajudar seu filho a se livrar dela https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/10/01/a-polemica-da-chupeta-e-como-ajudar-seu-filho-a-se-livrar-dela/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/10/01/a-polemica-da-chupeta-e-como-ajudar-seu-filho-a-se-livrar-dela/#comments Tue, 01 Oct 2013 11:42:14 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=202 Atire a primeira chupeta quem nunca pensou em se valer dela para acalmar um bebê aos prantos. O tema é polêmico e divide até mesmo profissionais da área médica.

Numa coisa parece haver certa concordância: a chupeta deixou de ser o bicho papão de antigamente e há quem defenda seu uso em determinadas situações.

Fúlvia Capecce Urbani Ribas, mestra e especialista em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares, diz que a chupeta cumpre um papel fisiológico e psicológico importante no desenvolvimento da criança. “A chupeta é importante na fase oral, ajuda a acalmar. Também ajuda a desenvolver a sucção”, diz Fúlvia.

O pediatra Victor Nudelman, do Hospital Albert Einstein, vê utilidade nela em determinadas situações. “Ela pode ter seu papel junto aos prematuros, que precisam estimular a musculatura de sucção, como também em alguns casos de refluxo.”

Para a psicoterapeuta infantil Val Alves de Mira, a ‘sucção é uma necessidade fisiológica presente do nascimento até por volta dos 9-12 meses de vida do bebê’. “Quando a amamentação satisfaz a fome, mas a necessidade de sugar não é completamente satisfeita, o bebê encontrará alguma forma de suprir esta necessidade levando as mãos e dedos à boca. O uso da chupeta não é obrigatório, mas pode acalmar ou distrair o bebê.”

Nudelman lembra que a chupeta não deve ser introduzida logo na primeira semana de vida do bebê para não haver confusão de bicos, o que atrapalharia a amamentação.

“A chupeta pode confundir o bebê, que ainda está aprendendo a mamar. É muito diferente a forma de sugar um seio da sucção da chupeta”, diz.

Polêmica

Mas se a chupeta ajuda a acalmar o bebê, por que seu uso é tão criticado?

Fúlvia diz que o uso da chupeta pode causar alterações na postura da língua, na fala e respiração do bebê

Por isso ela defende que as crianças larguem a chupeta até os dois anos. “Se usada até os dois anos, as alterações ocasionadas podem ser revertidas naturalmente.”

A ortodontista diz que as alterações causadas após essa idade precisam de tratamento para serem corrigidas. Esse tratamento, segundo ela, pode envolver uma equipe multidisciplinar _dentista, ortopedista funcional dos maxilares e ortodontista, fonoaudiólogo e psicólogo e otorrinolaringologista.

Nudelman diz que quanto antes a chupeta for retirada, melhor.”A partir de um ano já dá para começar a tentar retirar a chupeta.”

A psicoterapeuta diz que quanto maior for o tempo de uso, mais difícil será a retirada da chupeta.

A educadora Vanessa Frolich Alves, 30, tentou tirar a chupeta quando o filho Eduardo completou 2 anos. Ela demorou menos de dez dias para conseguir.

Primeiro, tentou conversar e explicar que ele estava ‘grandinho’ e não precisava mais dela. Como não deu certo, tentou convencê-lo  a trocar chupeta por um ursinho. “Ele ficou com a chupeta e com o ursinho”, conta.

Passados cinco dias, Vanessa fez furinhos com uma agulha no bico da chupeta. “Ele não gostou, chorou. Mas não substituímos por outra. Em três dias ele largou a chupeta.”

A retirada da chupeta

Uma vez tomada a decisão de retirar a chupeta do filho, a psicoterapeuta diz que os pais precisam acreditar que a criança conseguirá sobreviver sem ela. “ Alguns pais não suportam ver a criança frustrada com a ausência da chupeta e acabam voltando atrás o que, muitas vezes, deixa a criança confusa e atrapalha o processo.”

Segundo ela, é natural que a criança fique mais chorosa no início do processo de retirada da chupeta. Logo no começo do processo de retirada, a criança pode ficar mais chorosa

Nessa fase, segundo ela, os pais podem ajudar com carinho, distração e brincadeiras. “A chupeta não é protagonista e nem tão importante para a vida da criança.”

Val lembra que a retirada da chupeta não deve ser feito em momentos de transição nem com outras mudanças, como a chegada do irmão, retirada da fralda, entrada na escolinha. “Uma mudança por vez.”

Para a psicoterapeuta, uma boa forma de ajudar o filho a se livrar da chupeta é deixando ela participar da decisão. “Quando a criança participa, costuma cooperar melhor e se sente valorizada.”

Dicas

-Reduza uso aos poucos, tente estipular horários;

-Não tenha várias chupetas pela casa, não facilite o acesso a ela;

-Não deixe a chupeta pendurada num cordãozinho preso à roupa;

-Não deixe a criança controlar o tempo de uso, o adulto é que deve ter controle da situação;

-Tente negociar com a criança o abandono da chupeta;

-Elogie a criança quando ela estiver sem chupeta

 

Ortodentista diz que chupeta causa problemas depois dos 2 anos (Crédito: Shutterstock)
Ortodentista diz que chupeta causa problemas depois dos 2 anos (Crédito: Shutterstock)

 

 

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