Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 No mês da ‘paciência negra’, curadora de livros cobra mais pesquisa em obras infantis https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/no-mes-da-paciencia-negra-curadora-de-livros-cobra-mais-pesquisa-em-obras-infantis/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/no-mes-da-paciencia-negra-curadora-de-livros-cobra-mais-pesquisa-em-obras-infantis/#respond Fri, 19 Nov 2021 13:24:45 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/kit-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9438 Ao longo de todo o mês de novembro, a educadora Sarah Carolina, do @maternagempreta, está usando seu Instagram para publicar pílulas antirracistas.

“Bullying é diferente de racismo” ou “Assuma que definitivamente não somos todos iguais” estão entre os tópicos das postagens do mês da Consciência (ou paciência) negra, como ela diz.

Leitora voraz, aos 11 anos Sarah percebeu pela primeira vez a falta de representatividade nos livros em “O mundo de Sofia”.

“Perguntei pra minha mãe se não existia filósofo preto. Ela me deu uma resposta bem dura, mas que foi muito importante: pessoas brancas escrevem sobre pessoas brancas, para leitores brancos. Então eu tive o start de procurar autores negros”, conta.

Sarah começou a lecionar em escolas públicas em 2010 e sempre se deparou com racismo, inclusive conta que ele era reproduzido entre os alunos negros.

“Achei que era uma obrigação como professora e também como negra educar para mudar isso.  Nós, pessoas pretas, geralmente não podemos nos dar ao luxo de não incentivar o antirracismo, é uma questão de sobrevivência”, afirma.

Ao deixar a sala de aula, decidiu manter a empreitada que iniciou na última escola onde lecionou: divulgar publicações de qualidade. Nasceu aí o kit Kekerê, um clube de assinatura de literatura infantil antirracista, cujo lema é que a leitura não pode ser privilégio de famílias brancas, com dinheiro, e sim, deve alcançar a todos.

Curadora de livros infantis cobra mais pesquisa e respeito à história dos negros (Arquivo Pessoal)

Na curadoria, ela leva em consideração se as histórias apresentam personagens negros, se todas as crianças, inclusive brancas sentem interesse, se a publicação valoriza a cultura e história afro-brasileiras, se os autores são negros (que sabem o que é ser uma criança preta em uma sociedade racista), ou brancos com trajetória assumidamente antirracista e se o material possui impressão de qualidade.

“No fim tem que passar pelo crivo da criançada. Leio pro meu filho Lucas ou filhos de amigos e observo as reações deles. Já aconteceu de eu achar um livro incrível e as crianças acharem chato”, revela a mãe de Murilo, 18, Lucas, 6 e Maya, 1.

Sarah faz uma crítica aos livros que são considerados afirmativos, mas que foram escritos apenas  para atender um nicho. “Pessoas negras finalmente passaram a ser vistas como consumidoras e por isso muita gente correu para escrever para leitores negros, apenas para se aproveitar da demanda e pela pressa do lucro. Não se deram tempo de refletir sobre o que e como essas obras estavam sendo escritas”, observa.

“Não adianta apenas pegar um personagem branco e lhe atribuir características físicas que o transformem em negro. Falta criticidade e conhecimento sobre alguns temas. Faltam pesquisa e um diálogo sobre as dores do ser negro: mesmo na infância, a vivência da pessoa negra é diferente, e um autor comprometido precisa entender isso”, pontua.

Ela diz que um autor que se propõe a escrever sobre a cultura esquimó, por exemplo, pesquisa e conversa com pessoas que vivenciam essa cultura. Da mesma forma, escrever sobre pessoas pretas requer pesquisa. “Muitos autores parecem dispensar essa etapa, pois supostamente já conhecem nossa cultura (ensinada tortamente na escola onde o negro é sempre o escravizado, a mão de obra etc). Isso é inclusive, o reflexo de um racismo estrutural onde o negro não representa uma cultura, separado da história branca eurocêntrica”, conclui.

SERVIÇO

Kit Kekerê – clube de assinatura de leitura infantil com conteúdo antirracista, a partir de R$29,90 (assinatura mensal)

Instagram –https://www.instagram.com/maternagempreta/

Contato: maternagempreta@gmail.com

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‘Equilíbrio não existe’, afirma Flávia Calina sobre atenção dada aos filhos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/equilibrio-nao-existe-afirma-flavia-calina-sobre-atencao-dada-aos-filhos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/equilibrio-nao-existe-afirma-flavia-calina-sobre-atencao-dada-aos-filhos/#respond Fri, 05 Nov 2021 17:01:23 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/2-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9360 Quem assiste aos vídeos da educadora Flávia Calina no YouTube pode até pensar que seus filhos nunca brigam, não fazem birra ou jogam as coisas longe quando são contrariados.

Na verdade, ela afirma que Victória, 7, Henrique, 5 e Charlie, 2, são como todas as crianças e passam por tudo isso também, mas que exibir cenas constrangedoras deles não é o intuito do canal, que tem quase oito milhões de inscritos.

Seu primeiro vídeo no YouTube foi publicado em fevereiro de 2009. Na época, ensinava a usar maquiagem e testava produtos.

Com o nascimento de Victoria, há 7 anos, as gravações saíram da frente do espelho e passaram a acompanhar a rotina da família, incluindo viagens, idas ao médico e teste de receitas. As gestações seguintes também foram exibidas no canal, assim como a mudança de casa e um surto recente de pé mão boca.

Flávia mora nos Estados Unidos desde 2005 e conta que algumas diferenças culturais são bastante acentuadas. A principal delas, a forma como os pais americanos ensinam seus filhos a serem independentes desde cedo.

Em conversa com o Blog Maternar, Flávia falou sobre educação respeitosa, equilíbrio na hora de dar atenção para as crianças e a importância de respeitar os sentimentos delas, assunto que aborda nos três livros que lançou recentemente em parceria com a Johnson’s.

Blog Maternar – Você está nos Estados Unidos desde 2005 e trabalhou um tempo como educadora aí. Quais as principais diferenças você encontrou na educação entre os dois países?

Flávia Calina – Há muitas diferenças, mas a principal delas é a independência. No Brasil, a gente era “babá” dos alunos. É normal tratarem as crianças como bebezões por mais tempo. Aqui, com dois anos, por exemplo, eles já se servem e raspam o prato. Em 2007, eu fiz um curso na Califórnia sobre respeito com bebês. Ele abriu minha mente sobre o quanto tentamos fazer tudo por eles, inclusive controlar os sentimentos ou ditar como devem se sentir. Quando comecei a observar as crianças no meu trabalho e depois os meus filhos, a relação melhorou muito, porque eles se sentiam vistos e ouvidos. Também trabalhei com muitas professoras tradicionais que achavam que criança tinha que ficar no seu lugar, eram ríspidas. É difícil mudar essa mentalidade, não fomos ensinados dessa forma. A gente tem vergonha do que a gente sente, não falamos que temos inveja para ninguém. Precisamos aplicar esses ensinamentos primeiro com a gente e aí enxergamos a criança como uma pessoa completa.

Blog Maternar – Os livros trazem seus filhos em momentos de raiva, tranquilidade, medo, confiança, tristeza e alegria. Como escolheu os temas e como faz para trazer leveza a temas delicados, como a birra? 

Flávia Calina – Assim como os adultos, as crianças também experimentam quase todos os dias raiva, tristeza, inveja e medo. A diferença é que nem sempre eles conseguem identificar esses sentimentos. E por não conseguirem explicar o que estão sentindo, pode ser que se joguem no chão ou joguem alguma coisa na parede. Isso não é ok, mas todo comportamento é uma comunicação que ocorre quando elas não conseguem expressar o que estão sentindo. É a partir desses comportamentos que elas mostram o que realmente precisam. Os livros convidam a prestar atenção nesses sentimentos, porque muitas vezes ficamos cegos diante dos comportamentos e mascaramos a necessidade real das crinaças.

Blog Maternar – O choro das crianças pode causar incômodo em alguns adultos e por vezes é silenciado pelo famoso “engole o choro”. Como mudar essa raíz cultural que normaliza esse e outros tipos de violência?  

Flávia Calina- Temos que normalizar o choro. Uma criança não chora porque é mimada, mas porque está realmente sentindo algo. Muitos buscam distrair a criança porque ficam desconfortáveis com aquele sentimento. Normalizar os sentimentos move a violência para longe, por meio da empatia. Chorar não é errado e não é defeito, como digo no livro. Se a criança está com raiva, por exemplo, no lugar de falar “não pode”, observe e diga: você tá com raiva? Como está se sentindo? O que podemos fazer para você não sentir raiva? Eu não sou perfeita, também piso na bola, mas quando isso ocorre, eu peço desculpas e aproveito para ensinar aos meus filhos que sempre há uma nova chance, uma esperança que dá para melhorar, fazer diferente.

Equilíbrio não existe, diz Flávia sobre atenção dada aos filhos (Arquivo Pessoal)

Blog Maternar – Você tem três filhos de idades diferentes (7, 5 e 2). Como faz para equilibrar a atenção para cada um deles e continuar produzindo conteúdo na internet, cuidando da casa e da empresa (loja de roupas)?

Flávia Calina – Cheguei a conclusão de que o equilíbrio não existe. Sempre a gente vai dar mais atenção de um lado e acabar deixando o outro. Mas sigo alguns principios que me ajudam a priorizar. Por exemplo, o Charlie quando era bebê precisava de muito colo, do contato físico. A Vic pede uma atenção diferente , típica da idade dela. O Henrique é o mais independente, mas tem necessidade de ter um tempo junto brincando. Em geral não me pede muitas coisas, apenas para que eu jogue um pouco com ele. O importante é sempre enxergar a pessoa, ouvir, se colocar no lugar e perceber qual a necessidade naquele momento. Todos querem se sentir vistos e amados.

Blog Maternar – Recentemente, no aniversário de um dos seus filhos, os demais irmãos entregaram presentes para o aniversariante e não ganharam nada. Como educar para não sentir inveja e entender que naquele dia não ganharão nada?   

Flávia Calina – Não há solução rápida para criar filhos, todo dia é uma sementinha. É preciso regar, falar e aparar arestas. Quem tem irmão ou teve primos próximos sabe que há competição. O que não devemos fazer é envergonhá-los por sentirem o que sentem, porque muitas vezes eles não sabem lidar com aquilo. Já passei por isso aqui e procuro dizer: você também queria isso? Eu entendo, mas você se lembra de quando foi sua vez? Como será no seu aniversário? Procuro levar pro lado de sentir algo gostoso ao ver o outro feliz e curtir junto. Nós ensinamos o ABC para as crianças, a se vestirem, e não ficamos bravos quando erram a conta ou a forma de colocar a roupa. Porém, quando sentem ciúmes, nós ficamos bravos. O problema é que eles vão dar um jeito desse sentimento fazer sentido para eles e o comportamento pode virar uma bola de neve. Costumo dizer que o papel dos pais é serem mentores: como eu quero que ele enxergue a vida? As crianças têm que saber que eles sempre têm com quem contar.

Blog Maternar – Seu canal exibe sua vida, sua rotina, você fala sobre algumas dificuldades e até expõe vulnerabilidades. Um exemplo é quando se trancou no closet e chorou falando sobre suas dores no puerpério do Charlie. Qual o limite da exposição? O que entra e o que você prefere ocultar do seu público?

Flávia Calina – Essa é a pergunta que me faço diariamente. Eu tento me colocar no lugar deles, mas sei que não sou eles. Evito choros, cenas que podem soar engraçadinhas, mas que gerem constrangimentos. Vídeos com biquini ou momento de birras também não entram. Pode até soar que quero parecer perfeita, mas não é isso. Não consigo imaginar eu discutindo com meu marido e alguém colocando o vídeo na internet. Eu sempre aviso que vou gravar antes e agora que são maiores conseguem entender esse trabalho, principalmente quando nos reconhecem na rua.  A Vi é quem mais veta coisas. Ela tem mais vergonha e o não dela é não. Além disso, o canal não é das crianças. Se fosse, teria que forçar a gravação. Depender somente da criança é ruim porque uma hora expana. Minha bandeira é o respeito com a criança. Minha missão é que mais  pessoas entendam essa mensagem.

LIVROS

Flávia lançou recentemente, em parceria com a Johnson´s, três livros infantis que falam sobre emoções. Cada “Me sinto amado quando estou…” traz dois sentimentos distintos (tristeza e felicidade, medo e confiança, e raiva e tranquilidade).

Por meio de vivências com seus filhos, ela mostra como reconhece, valida e lida da melhor forma com o que sentem. “Sentir-se amado em todas as ocasiões faz toda diferença”, diz a idealizadora do movimento “Ganhe o coração de uma criança”.

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Quer contratar uma babá e não sabe por onde começar? Veja algumas dicas https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/#respond Sat, 30 Oct 2021 17:38:50 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-25-at-15.42.40-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9354 Está pensando em contratar uma babá e não sabe por onde começar? Aqui vão algumas dicas que poderão te dar uma luz na hora de escolher alguém para cuidar dos seus pequenos.

Em primeiro lugar, pergunte para pessoas próximas se há alguma indicação. Grupos de pais da escola, academia, do condomínio, amigos dos amigos e colegas no trabalho podem facilitar a busca e indicar pessoas conhecidas.

Durante o período de entrevista e contratação, verifique referências (ligando para antigos patrões),  pergunte sobre flexibilidade de horário, verifique a experiência (facilidades e dificuldades), se tem noção de primeiros socorros e quais atividades ela poderia fazer com a criança da idade da sua.

Sonde se a profissional está disposta a aprender e se é aberta a novos conceitos: envie posts, artigos e empreste livros. Vale perguntar qual o sonho dela e como você poderia ajudá-la. “Essa pergunta aproxima, conecta e abre infinitas possibilidades de troca”, diz Olga Capri, do Amamente Mais. Olga também orienta pedir um relato de alguma situação difícil que ela viveu e como resolveu a questão.

Valores inegociáveis como tempo de telas, uso de bicos artificiais ou ingestão de açúcares, por exemplo, devem ser pontuados o quanto antes.

DIREITOS

As babás se enquadram na modalidade serviços domésticos. Precisam ser registradas em carteira e ter vale transporte, FGTS, férias, 13º salário, horas extras, adicional noturno, licença-maternidade, aviso prévio e outros benefícios que o empregador queira oferecer.

É importante ter claro que além do salário bruto, é preciso incluir na organização financeira o INSS de 8,8% e os 11,2 % do FGTS, além do vale transporte (é permitido descontar até 6% do salário da profissional para arcar com esse benefício).

Babás não podem receber salário inferior ao mínimo federal ou piso da categoria no estado. Em São Paulo, por exemplo, o piso hoje está em R$ 1.163,55. A experiência da profissional, formação, quantidade de crianças sob sua responsabilidade, se precisará dirigir e demais tarefas que ela realizará também devem influenciar no valor a ser pago.

FUNÇÃO E COMBINADOS

Pelas regras da CBO, Classificação Brasileira de Ocupações, as babás devem cuidar de bebês e crianças, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer.

Todos os combinados com a funcionária, sejam horários, salário, intervalos e atividades devem estar descritos em um contrato. Pode haver um ajuste para que ela exerça outras atividades, como lavar as roupas do bebê, por exemplo. “O importante é que as atividades estejam descritas no contrato para que não se configure acúmulo ou desvio de função”, explica Karolen Gualda, advogada e especialista na área do Direito do Trabalho.

“O contrato estabelece todas as cláusulas que irão reger essa relação. Assim, as duas partes ficarão seguras a respeito do que foi ajustado”, explica a coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Mansur.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Ao empregar uma profissional pela primeira vez, Karolen indicada fazer um contrato de experiência. “Assim, é possível avaliar o trabalho, se o envolvimento com a criança foi o esperado e se a relação está se desenvolvendo como o esperado (o que, principalmente nesse tipo de relação tão próxima, só se descobre mesmo na prática)”.

Se a experiência não for satisfatória, o empregador poderá rescindir o contrato sem precisar arcar com os custos do aviso prévio indenizado ou multa do FGTS. É preciso, porém, ficar atento à dois pontos: o contrato de experiência deverá ser, necessariamente, por escrito e seu prazo não poderá ultrapassar 90 dias.

Nessa situação, se a rescisão acontecer por iniciativa do empregador (antes do final do período), ele deverá pagar as mesmas verbas que a empregada teria direito no final do contrato, além de uma indenização equivalente à metade do salário que ela receberia até a data final.

Se a rescisão antecipada acontecer por iniciativa da empregada, ela receberá as verbas citadas, mas deverá indenizar o empregador pelos prejuízos causados. Esse valor não poderá ser superior ao devido na situação contrária, ou seja, metade dos valores a que ainda teria direito no curso da contratação.

FÉRIAS

A cada 12 meses de trabalho a colaboradora tem direito a 30 dias de férias remuneradas com acrescimo de 1/3. A data não precisa ser exatamente quando a funcionária completa um ano no serviço, mas não pode ultrapassar 12 meses após completar um ano no trabalho. Se isso ocorrer, a babá terá direito a receber férias em dobro.

PAUSAS E DESCANSO

De acordo com a PEC das Domésticas, o intervalo para repouso e alimentação deve ser no mínimo de 30 minutos, e no máximo de 2 horas. Os intervalos não são considerados como horas trabalhadas no cálculo do salário, e devem ser concedidos a cada 6 horas de trabalho.

O trabalho exercido após às 22h até às 5h deverá ser pago com adicional de 20% a mais, como noturno, e caso a pessoa more na empresa, não poderá ser chamada nesse período, tendo em vista se for chamada, o empregador deverá pagar o adicional.

Gleibe Pretti, professor de direito trabalhista da Estácio lembra que o horário noturno deverá ser calculado com a hora reduzida, ou seja, 52 minutos e 30 segundos .

O professor explica que os trabalhos aos finais de semana, que excedam às 44h semanais, tem como escopo o pagamento de 50%. “Caso o descanso semanal remunerado não seja respeitado, o pagamento será de 100%”, diz.

MONITORAMENTO

Se os pais quiserem instalar câmeras para monitorar os filhos em casa, a babá precisa estar ciente.

DEMISSÃO

Quando a babá indica que quer deixar o emprego, ela precisa escrever uma carta de próprio punho pedindo demissão. Devem ser pagos o saldo de férias (se houver), férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário integral ou proporcional.

Se a demissão partir do empregador, ele deve pagar o aviso prévio, saldo de salários, férias, 13º salário e levantar o FGTS, e guias de seguro desemprego. A multa de 40% já foi recolhida nas guias do FGTS/DAE.

Já nos casos em que há maus tratos (natureza física ou psicológica),  improbidades como furto, roubo ou estelionato, assédios ou desleixo, a demissão pode ser por justa causa. “Neste caso, a babá só receberá apenas o saldo de salário e férias vencidas se houver”, explica o professor Gleibe Pretti.

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Pais empreendedores servem famílias e fazem dos clientes rede de apoio https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/07/pais-empreendedores-servem-familias-e-fazem-dos-clientes-rede-de-apoio/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/07/pais-empreendedores-servem-familias-e-fazem-dos-clientes-rede-de-apoio/#respond Sat, 07 Aug 2021 14:04:33 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-04-at-16.27.28-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9161 Antes de fechar uma venda, Ricardo Figaro, 34, pergunta outras coisas além de quais serão os sabores das comidas que o cliente levará pra casa.

Quer saber a história dos bebês, o que gostam de comer, como anda o sono e como os pais têm lidado com o cansaço típico de quem tem um filho pequeno.

Sua empresa, a Papai Que Fez, fabrica porções de refeições orgânicas congeladas para bebês a partir do sexto mês de vida, quando ocorre o início da introdução alimentar.

O empurrãozinho para abrir um negócio veio da pediatra do filho. Vários pacientes dela estavam preocupados com o início da alimentação dos filhos. Qual grupo de alimentos usar? Como temperar? O terror de muitos pais era a paixão de Ricardo, e a doutora viu um nicho e brincou com a sugestão. Ricardo tinha acabado de perder o emprego por causa da pandemia.

Comidas congeladas facilitam a vida de pais que trabalham fora (Reprodução Instagram @papaiquefez_)

“Cresci vendo meus avós na cozinha e todos os grandes momentos da minha vida têm alguma relação com a comida”, explica o pai de Henrique, de um ano e meio.

Além do feedback sobre os pratos, ele e sua esposa, Erika, também trocam figurinhas com outros pais -e clientes- sobre sono, cama compartilhada, introdução alimentar e salto de desenvolvimento.

“Gosto de passar para os clientes que essa é uma fase gostosa. Meu objetivo é facilitar a vida de outros pais e também proporcionar experiências gustativas como as que eu tento proporcionar para meu filho”, conta.

Foi um pedido do filho ainda pequeno que despertou outro pai para empreender.

Quando era menor, Henry, 12, pediu um cavalinho para Bruno Soares, 35, de Dia das Crianças. Ele também ganhou um boneco que falava, era cheio de luzes e soltava teias pelas mãos.

O cavalo ganhou a corrida. Senta lá, Spider!

“Foi essa simplicidade do meu filho que me impulsionou para trabalhar com meu hobby. O boneco ficou de lado e ele preferiu o cavalo de pau”, conta o artesão, proprietário da Imaginação Sem Limite.

Parte da produção de brinquedos pedagógicos da Imaginação sem Limites (Arquivo Pessoal)

Após também perder o emprego como orientador socioeducativo, ele passou a trabalhar integralmente com a arte em madeira -ofício que aprendeu sozinho, “na marra”, conta.

No começo, fazia peças religiosas, porta-retratos e luminárias e, recentemente, passou a investir em brinquedos montessorianos, que estimulam o desenvolvimento infantil.

Assim como Ricardo, que aproveita as sugestões dos clientes para criar novas receitas, Bruno também recebe diversos pedidos para criar brinquedos em madeira.

“Quando você ouve um pai ou uma mãe falando que sua arte fez o filho deles feliz é emocionante. Ser uma referência de criatividade para meu filho e pros seus amigos, também”, diz.

Bruno passou a fazer objetos de madeira após um pedido do filho Henry, há alguns anos (Arquivo Pessoal)

SERVIÇO

Imaginação Sem Limites – Arte em Madeira

(peças a partir de R$ 35)

Instagram: https://www.instagram.com/isl_imaginacao

Contato: 11 99017-5143

 

Papai Que Fez – Comida para bebês

Porções a partir de R$ 9

Instagram:  https://www.instagram.com/papaiquefez_/

Contato: 11  4211-9606

 

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Sem publicidade infantil, canal conquista famílias que evitam incentivar o consumismo https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/11/18/sem-publicidade-infantil-canal-conquista-familias-que-evitam-incentivar-o-consumismo/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/11/18/sem-publicidade-infantil-canal-conquista-familias-que-evitam-incentivar-o-consumismo/#respond Fri, 18 Nov 2016 09:04:47 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6786 O fotógrafo Ricardo o filho José (Arquivo Pessoal)
O fotógrafo Ricardo o filho José (Arquivo Pessoal)

Pais que assistem TV ao lado dos filhos sabem o quão torturante pode ser a hora do intervalo. É um filme publicitário atrás do outro. Todos mostrando brinquedos que se transformam em objeto de desejo para as crianças. É o momento em que mais se ouve a frase: “compra, por favor”.

Para fugir desse universo de incentivo ao consumo, algumas famílias migraram para o ZooMoo, canal de TV que não tem publicidade de produto infantil.

“Fazer anúncio para criança ficou meio condenável. Mudou a mentalidade dos pais, eles não aceitam que o anunciante peça para comprar. É muito justo que isso seja proibido [direcionar propaganda para o público infantil]”, afirma a diretora de programação do canal, Rosa Crescente.

A diretora-executiva do ZooMoo, Larissa Eberhart, diz que o canal tem uma pegada “verde” e por isso não faz sentido incentivar o consumismo.

“A gente é um canal que fala de animais, de natureza, não tem sentido fazer esse tipo de publicidade. A grande discussão que se faz é se a publicidade infantil vai se sustentar e por quanto tempo. Cada vez vai ter mais empecilho”, conta Larissa.

Como o canal faz para se manter então? As executivas dizem que a receita vem por meio assinaturas, já que ele é distribuído por operadores de TV paga (Sky e NeoTV), mas há também licenciamento dos programas em plataformas digitais.

Entre o público do ZooMoo está o fotógrafo Ricardo Lisboa, 36, e seu filho José, de 3 anos e meio. “Sempre detestei a programação e a publicidade veiculadas em outros canais. Não ter publicidade me chamou a atenção”, diz ele sobre ZooMoo.

Para ele, a programação e a publicidade infantil são feitas “olhando uma para outra”. “Sem querer ser conspiratório, o que parece é que programa incentiva o comercial que vai ser veiculado depois.”

O efeito disso, na opinião do fotógrafo, é o incentivo ao consumo infantil. “A criança vai ao supermercado e vê a bolacha do personagem do programa que assiste. É normal que ela peça para comprar. Sempre procurei olhar para essa cadeia do funcionamento das coisas.”

Ricardo diz que também não incentiva o contato do filho com produtos eletrônicos. “Não acostumados a dar o iPad para ele em restaurante como muitas pessoas fazem.”

Segundo ele, o filho tem contato com esses aparelhos, mas não como mecanismo para ficar quieto.

Sobre a relação com a TV, Ricardo diz que o filho é incentivado a brincar a céu aberto e que sabe a hora de desligar o aparelho. “A TV não fica ligada o tempo todo, como que preenchendo um espaço das casas.”

PROGRAMAÇÃO

O ZooMoo é classificado como um cabeq (Canal Brasileiro de Espaço Qualificado) no Brasil. Isso significa que 50% de sua programação no horário nobre tem de ser nacional.

Rosa diz que o horário nobre infantil é mais extenso do que nas demais faixas: das 11h às 14h e das 17 às 21h.

“É bem difícil cumprir [essa cota de 50%], mas no nosso caso é possível porque a programação infantil, sobretudo a nossa, que é para uma criança em idade pré-escolar, tem um certo grau de repetição” afirma Rosa.

Segundo ela, a base da programação gira em torno de dois temas: natureza e animais. “A gente tem animação, tem bonecos manipuláveis, tem ficção, muita imagem documental e real de animal e natureza.”

O ZooMoo está disponível na SKY, plataformas web, YouTube, além de aplicativo para smartphones e tablets.

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Que tal doar um brinquedo em vez de comprar mais um para seu filho? https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/09/28/que-tal-doar-um-brinquedo-em-vez-de-comprar-mais-um-para-seu-filho/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/09/28/que-tal-doar-um-brinquedo-em-vez-de-comprar-mais-um-para-seu-filho/#respond Wed, 28 Sep 2016 16:13:27 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6526 Crianças do Colégio Marista doam brinquedos para campanha (Divulgação)
Crianças do Colégio Marista doam brinquedos para campanha (Divulgação)

Os intervalos dos programas dos canais infantis despejam uma infinidade de propagandas que incentivam a compra de brinquedos neste Dia das Crianças. Chega a ser irritante! Mesmo nas casas em que os pais não têm a tradição de presentear nesta data fica quase impossível evitar que a mensagem consumista chegue até as crianças.

Não seria melhor se em vez de comprar mais um brinquedo, que vai entulhar a sua casa, a gente pudesse doar algum para uma criança que não tem?

Algumas organizações lançaram campanhas de doação de brinquedos. Esse é o caso da Gol e do Colégio Marista Glória.

A Gol realiza de 1 a 7 de outubro a campanha “Esqueci na Gol”, que tem o objetivo de presentear crianças carentes atendidas pelo programa de voluntariado da empresa.

Para participar, os passageiros que voarem pela companhia nesse período só precisam deixar um brinquedo em bom estado no avião. Os brinquedos serão recolhidos pelos comissários e guardados. Quem quiser, pode deixar uma mensagem com o presente.

O Colégio Marista Glória, localizado no Cambuci, arrecadará brinquedos até o dia 5 de outubro. A escola pede que sejam doados brinquedos em bom estado.

As doações passarão por um ateliê e depois serão encaminhados para crianças de até 11 anos das instituições parceiras do colégio.

Imagino que outras tantas campanhas de arrecadação de brinquedos estejam acontecendo, não é preciso participar destas duas especificamente.

Doar ajuda a ensinar seu filho sobre a necessidade de ajudar quem precisa e a se desprender de seus pequenos bens.

Se você não quiser doar, também pode participar de uma feira de troca de brinquedos. O Instituto Alana, por exemplo, realiza várias.

O objetivo não é condenar quem está disposto a abrir a carteira para comprar um presente para o filho em outubro, batizado de mês das crianças. Mas refletir um pouco sobre a necessidade de fazer essa compra, ainda mais neste momento de crise que o país atravessa.

Vale lembrar que brincar independe de ter brinquedo. Para criança, tudo pode ser usado como brinquedo _como as tampas de panela que ajudam a fazer uma batucada.

Campanha da Gol (Divulgação)
Campanha da Gol (Divulgação)

 

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Casal quer infância ‘livre’ de consumismo, televisão e tecnologia para os filhos; veja fotos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/31/casal-quer-infancia-livre-de-consumismo-televisao-e-tecnologia-para-os-filhos-veja-fotos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/31/casal-quer-infancia-livre-de-consumismo-televisao-e-tecnologia-para-os-filhos-veja-fotos/#respond Wed, 31 Aug 2016 14:04:21 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6339 Uma das fotos da série 'Retratos de Yayá' (Crédito:  Irmina Walczak e Sávio Freire/PanoptesnFotografia)
Uma das fotos da série ‘Retratos de Yayá’ (Crédito: Irmina Walczak e Sávio Freire/PanoptesnFotografia)

O casal de fotógrafos Irmina Walczak e Sávio Freire quer que os filhos Yasmin, 5, e Kajetan, de 1 ano, tenham uma infância livre de televisão, tecnologia e consumismo. Moradores de uma casa com um grande quintal arborizado em Brasília, eles querem que as crianças brinquem ao ar livre e cresçam mais próximas da natureza.

Na casa deles não há TV há quatro anos. Por isso, as crianças não estão acostumadas a assistir aos desenhos da Peppa, Luna ou Lady Bug. Sem acesso a esses programas da TV paga, elas também são inundadas pelos vários filmes publicitários que são exibidos nos intervalos.

“A ideia é evitar os excessos e vontades exacerbadas, pois a publicidade contamina todas as crianças. Ficar sem TV não resolve [a questão do consumismo], mas é um passo importante. Infelizmente, no Brasil, a programação infantil é repleta de publicidade e as crianças não sabem se proteger ainda”, afirma Irmina.

Mas não foi sempre assim. Quando Yasmin tinha 1 ano, ela chegou a assistir programas e desenhos infantis.

“Mas a gente observava que ela ficava agitada e que aquele período de TV nunca era suficiente. Parecia que se ela passasse o dia inteiro também seria insuficiente, pois a envolvia tanto, atraía demais e tirava o encanto das brincadeiras comuns por ter tantos estímulos”, diz a fotógrafa.

Segundo ela, a influência da TV parecia deixar a filha “meio monotemática”. “Tudo era daquele personagem, daquela série. Ela acaba teatralizando cenas daquela personagem e deixando de lado um leque enorme de personagens que poderia inventar.”

Irmina diz saber que os filhos terão contato com a tecnologia e com a TV logo mais. “A ideia não é criar crianças totalmente out, a ideia é protegê-los nessa primeira infância, pois é muito fácil cair nos excessos. Um dia ela vai ganhar seu computador, ter seu celular e acesso a jogos.”

Para os que perguntam se ela não está privando os filhos de conhecimento, ela responde: “Ela não está perdendo, pelo contrário, está ganhando em liberdade, em criatividade e possibilidade de vivenciar outras coisas”.

RETRATOS DE YAYÁ

Desde 2012, o casal de fotógrafos iniciou o projeto ‘Retratos de Yayá’, que é uma espécie de diário da infância de Yasmin, vivida à moda antiga.

“Ao longo desses anos, as fotos, feitas quase que diariamente num pedacinho do cerrado que invade nosso quintal, foram publicadas nas redes sociais, em revistas de fotografia e diversas plataformas virtuais”, dizem eles.

Agora, o casal quer reunir as fotos em um livro. Para publicar o livro, eles abriram uma página em um site de financiamento coletivo (clique aqui).

“Agora chegou a hora de depositá-las num lindo livro que vai celebrar não somente a fotografia, a fotografia de família em especial, mas também aquela infância que desejamos para nossas crianças”, escreveu o casal de fotógrafos.

No livro, o casal também vai mostrar como desenvolve seus processos criativos, além dos benefícios e desafios que a infância livre tem plantado no seu caminho.

Falta menos de um mês para a campanha de crowdfunding para publicação do livro se encerrar. O objetivo é arrecadar R$ 45 mil. Já foram coletados R$ 24 mil.

“Queremos cultivar uma sensação que a tela do computador não permite, a de folhear um livro, sentir a textura e o cheiro do papel e com isso potencializar a experiência da foto”, escreveu o casal na página do site de arrecadação.

 

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Cliente em treinamento ou incentivo ao consumo? Carrinho de mercado gera polêmica https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/07/07/cliente-em-treinamento-ou-incentivo-ao-consumo-carrinho-de-mercado-gera-polemica/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/07/07/cliente-em-treinamento-ou-incentivo-ao-consumo-carrinho-de-mercado-gera-polemica/#respond Thu, 07 Jul 2016 15:09:48 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6000 Carrinho de criança (Reprodução/Facebook/Infância Livre de Consumismo)
Carrinho de criança (Reprodução/Facebook/Infância Livre de Consumismo)

O Movimento Infância Livre de Consumismo publicou post nesta semana criticando a rede de supermercados Pão de Açúcar por colocar carrinhos de compras para crianças em suas lojas. Similar ao dos adultos, o carrinho foi projetado para ficar na altura das crianças.

Cada carrinho tem um cano com uma espécie de bandeirola na qual está escrito: “cliente em treinamento #praserfeliz”.

“Mais que um carrinho para acompanhar os responsáveis na tarefa de suprir a casa, a ideia é treiná-los para o consumo colocando o que quiserem no carrinho, principalmente aquilo que o mercado deixa convenientemente à altura dos seus olhos nas gôndolas. Assim, as crianças são treinadas para consumir e, principalmente, fidelizadas à marca da rede. Não precisamos adestrar crianças para o consumo, mas conversar sobre a necessidade de pensarmos sobre esta parte inevitável da vida em nossa sociedade”, diz o post do Infância Livre de Consumismo.

O post dividiu a opinião dos pais. Alguns acharam um absurdo a rede de supermercados adotar uma ação que incentiva o consumo infantil. Outras disseram que a crítica era um exagero e que o dever de educar as crianças é dos pais, e não do supermercado.

Por e-mail, Mariana Sá e Vanessa Anacleto, cofundadoras do Movimento Infância Livre do Consumismo, disseram que ainda vigora o “paradigma de que a criança é responsabilidade apenas da família”. “O trabalho do publicitário é afetar a emoção do público sem passar pelo racional: é por isso que consumimos tantos produtos que não suprem necessidades reais, nem mesmo trazem conforto e alegria. Produtos desnecessários. Não nos surpreende que ações de ponto de venda encantem e mobilizem as pessoas a defendê-las. Uma característica marcante da sociedade de consumo é a defesa que o consumidor faz do seu algoz.”

Na opinião delas, “as redes de supermercado descobriram que o carrinho pode ser muito útil para distrair as crianças favorecendo que os pais façam uma compra maior que a lista planejada, uma vez que podem passar mais tempo em paz no estabelecimento”. “E o tempo extra significa maior possibilidade de compra por impulso. Os pais podem ser influenciados a comprar itens por impulso para agradar e recompensar os filhos pelo bom comportamento durante as compras e sofrer nag fatctor em relação aos itens que não comprariam normalmente (quando as crianças insistem ou até mesmo fazem birra, no caso das menores, querendo algo).”

Em nota, o Pão de Açúcar informa que o “objetivo desta iniciativa é incluir a criança na rotina familiar do supermercado e ainda oferecer a oportunidade para que os pais insiram assuntos como alimentação saudável, princípios básicos de economia e gastos com as compras da casa, de forma atraente e lúdica”.

E você, o que pensa dessa iniciativa? E o que os pais devem fazer para evitar que os filhos sejam impactados por ações promocionais que visam o consumo? “Devem dialogar com os filhos e desmistificar o encantamento que sentimos ao sermos impactados por ações promocionais como esta. […] Não há nada a fazer que não seja entender como agem as corporações, desconstruir conceitos internamente e ensinar aos filhos a perceberem estas artimanhas. No post sobre os carrinhos, muitas mães fizeram relatos incríveis do uso que fazem do instrumento para promover uma educação para o consumo consciente junto com os filhos: listas de compras, comparação de preços, leituras de rótulos, estabelecimento de prioridades de produtos.”

Csarrinho do cliente em treinamento (Reprodução/Facebook/Criança Livre do Consumismo)
Csarrinho do cliente em treinamento (Reprodução/Facebook/Criança Livre do Consumismo)
Carrinho do cliente em treinamento (Reprodução/Facebook/Infância Livre do Consumismo)
Carrinho do cliente em treinamento (Reprodução/Facebook/Infância Livre do Consumismo)
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Leve sua mãe de graça ao cinema; veja outras promoções em shoppings e teatro https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/06/leve-sua-mae-de-graca-ao-cinema-veja-outras-promocoes-em-shoppings-e-teatro/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/06/leve-sua-mae-de-graca-ao-cinema-veja-outras-promocoes-em-shoppings-e-teatro/#respond Fri, 06 May 2016 17:16:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5638 Cena da peça infantil 'O Palhaço e a Bailarina', que terá 50% de desconto no dia 8 no Teatro Porto Seguro (Divulgação)
Cena da peça infantil ‘O Palhaço e a Bailarina’, que terá 50% de desconto no dia 8 no Teatro Porto Seguro (Divulgação)

O dinheiro está curto? Leve sua mãe de graça ao cinema neste domingo (8). O documentário ‘O Começo da Vida’, que trata sobre as necessidades da crianças na primeira infância, estreia nesta quinta (5) com entrada gratuita até domingo em 21  salas de cinema do país das redes Cinemark e Espaço Filmes (Espaço Itaú de Cinemas, Cine Arte, Cine Espaço).

Outra promoção é a da operadora de cinemas PlayArte, que dará entrada gratuita para as mães acompanhadas de filho pagante em qualquer filme e sessão deste domingo (8).

No Teatro Porto Seguro, as famílias poderão assistir aos espetáculos ‘O Palhaço e a Bailarina’ e ‘Os Realistas’ pagando meia-entrada nas sessões de domingo.

Cartaz do filme 'O Começo da Vida', que terá entrada gratuita até o dia 8
Cartaz do filme ‘O Começo da Vida’, que terá entrada gratuita até o dia 8

SHOPPINGS

Em tempos de crise, é preciso dar um incentivo para o consumidor comprar até mesmo o presente do Dia das Mães. Para movimentar as vendas, os shoppings de São Paulo realizam promoções vinculadas à data.

Na maioria delas, o cliente precisa comprar um determinado valor para ter direito a um cupom para ser usado em um sorteio. Alguns poucos entregam brindes para consumidores que comprarem um valor mínimo no estabelecimento.

Veja abaixo algumas promoções de shoppings:

Center Norte

Shopping sorteará três pessoas para um almoço exclusivo preparado pelo chef do restaurante Mocotó, Rodrigo Oliveira. Os vencedores ganharão um anel e um par de brincos em prata com ródio e poderão nove convidados cada um. Cada R$ 380 em compras dará direito a um cupom até o dia 8.

Granja Vianna

Um jardim com mais de 20 mil flores e plantas, instalado em uma área de 300 m2, recepcionará os visitantes do empreendimento a partir desta sexta (6). Jardim terá área de diversão para crianças, com escorregador e miniescalada. Também haverá atividades, como customização de cartão, plantio de mudinhas de tempero e confecção de flores com copos descartáveis.

JK Iguatemi

Shopping sorteio uma viagem para Abu Dhabi com acompanhant. Cada R$ 600 em compras pode ser trocado por um cupom do sorteio até o dia 8.

Pátio Higienópolis

A cada R$ 550 em compras, o consumidor pode trocar suas notas ficais por um lunch bag.São três estampas diferentes. Promoção válida até o dia 8.

Pátio Paulista

Cada R$ 350 em compras podem ser trocadas por uma raspadinha até 12 de maio. Essas raspadinhas podem sortear prêmios como créditos para serviços de marido de aluguel, personal organizer, dog walker, diária com motorista particular, diária de faxina, serviços de estética. Promoção limitada a três raspadinhas por CPF

Raposo

Clientes que responderam à pergunta “Por que sua mãe é uma estrela?” concorrem ao sorteio de um celular Samsung J7 e um book fotográfico digital com três fotos. Outros 100 consumidores ganharão um book fotográfico digital com três fotos. Regulamento prevê que criatividade, originalidade, uso correto da língua portuguesa, adequação ao tema proposto são critérios para escolha dos ganhadores. Promoção vai até o dia 25.

Villa-Lobos

A cada R$ 400 em compras, o cliente ganha um ganache e concorre a uma viagem com três acompanhantes para o Patagonia Camp, primeiro camping de luxo da América do Sul. A promoção acontece até 8 de maio.

OUTROS

PARQUE DA MÔNICA

Crianças poderão participar de oficina de cartões nos dias 7 e 8. A oficina acontece no Atelier da Marina, com duração de 15 minutos e capacidade para dez crianças por vez.

BAZARES

Darling – a partir desta sexta, das 10h às 19h

A Darling promover nesta sexta um bazar especial para o dia das mães, que  permanece até o fim dos estoques. Durante o bazar, o preço do soutien cai de R$ 61,90 para R$ 29,90. Pijamas e camisolas, que custavam R$ 119, saem por R4 34.90.  Endereço:  Rua Doutor Homem de Melo, 1157 Perdizes, São Paulo, SP. Das 10h as 19h.

Benção da Paz – dias 6 e 8 de maio, das 9h às 18h

Roupas novas, bijuterias, sapatos, flores e artesanatos. Organizadores prometem a venda de peças a partir de R$ 2. Endereço: Rua Lutécia, 679, Vila Carrão, São Paulo – SP. Entrada grátis

Mothers Day – By Chega de Crise – 6 e 7 de maio, das 11h às 20h

Haverá oficinas de maquiagem, curso de culináris e workshop de arranjos florais. Personal organizer e style vão orientar tanto os expositores quanto os visitantes.  Também haverá uma homenagem aos pais do menino Tancrède, Luc Bouveret e David Arzel, com o lançamento do livro “O homem que deu à luz!”Local: Planet Party Buffef – Av. Hélio Pellegrino, 801 – Vila Olímpia – São Paulo – SP. Entrada: doação espontânea de alimentos não perecíveis que serão revertidos para as obras assistenciais da Instituição Beneficente “A Luz Divina”  http://www.aluzdivina.org.br/

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Consumidor pesquisa mais antes de comprar presente para o Dia das Mães, diz pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/03/consumidor-pesquisa-mais-antes-de-comprar-presente-para-o-dia-das-maes-diz-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/03/consumidor-pesquisa-mais-antes-de-comprar-presente-para-o-dia-das-maes-diz-pesquisa/#respond Tue, 03 May 2016 10:35:11 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5616  

Veja opções de bazar que acontecem a partir desta sexta  (Foto: Leonardo Soares -23.nov.2013/Folhapress)
Veja opções de bazar que acontecem a partir desta sexta
(Foto: Leonardo Soares -23.nov.2013/Folhapress)

Apesar da crise econômica, o Dia das Mães continua sendo uma das principais datas para o varejo. Pesquisa Ibope encomendada pelo Google Brasil informa que 90% dos entrevistados pretendem comprar algo para presentear nesta data. Em 2015, 88% disseram que iriam presentear.

A diferença é que neste ano o percentual de consumidores que está pesquisando antes de comprar praticamente dobrou: passou de 41% para 80% de 2015 para cá.

De acordo com o levantamento, 77% procuram em sites de busca e comparação de preços, 67% em lojas online (tanto e-commerce de varejistas quanto site de fabricantes) e 53% em lojas físicas.

“As pessoas estão muito conscientes da limitação do seu dinheiro e de como precisam fazer um uso eficiente dele”, diz Carolina Rocha, Gerente de Insights do Google Brasil.

O valor médio do gasto com os presentes para o Dia das Mães deste ano é de R$ 467, uma alta de 15% em relação ao ano passado.

Roupas, acessórios e calçados são mais uma vez os presentes mais desejados (62%). Em seguida, estão produtos para uso pessoal (50%), como perfume e produtos de beleza, lembranças (41%), como flores e chocolates, itens para a casa (26%), como utensílios domésticos e móveis, eletroeletrônicos e eletrodomésticos (25%), como smartphones, viagens (8%) e artigos esportivos como bicicleta (4%).

A pesquisa ouviu 1.500 brasileiros de 18 a 55 anos das principais regiões do país (Grande SP e Interior, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Salvador), das classes A, B e C, que costumam realizar compras online (fizeram ao menos uma nos seis meses anteriores à pesquisa).

 

 

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