Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 No mês da ‘paciência negra’, curadora de livros cobra mais pesquisa em obras infantis https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/no-mes-da-paciencia-negra-curadora-de-livros-cobra-mais-pesquisa-em-obras-infantis/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/no-mes-da-paciencia-negra-curadora-de-livros-cobra-mais-pesquisa-em-obras-infantis/#respond Fri, 19 Nov 2021 13:24:45 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/kit-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9438 Ao longo de todo o mês de novembro, a educadora Sarah Carolina, do @maternagempreta, está usando seu Instagram para publicar pílulas antirracistas.

“Bullying é diferente de racismo” ou “Assuma que definitivamente não somos todos iguais” estão entre os tópicos das postagens do mês da Consciência (ou paciência) negra, como ela diz.

Leitora voraz, aos 11 anos Sarah percebeu pela primeira vez a falta de representatividade nos livros em “O mundo de Sofia”.

“Perguntei pra minha mãe se não existia filósofo preto. Ela me deu uma resposta bem dura, mas que foi muito importante: pessoas brancas escrevem sobre pessoas brancas, para leitores brancos. Então eu tive o start de procurar autores negros”, conta.

Sarah começou a lecionar em escolas públicas em 2010 e sempre se deparou com racismo, inclusive conta que ele era reproduzido entre os alunos negros.

“Achei que era uma obrigação como professora e também como negra educar para mudar isso.  Nós, pessoas pretas, geralmente não podemos nos dar ao luxo de não incentivar o antirracismo, é uma questão de sobrevivência”, afirma.

Ao deixar a sala de aula, decidiu manter a empreitada que iniciou na última escola onde lecionou: divulgar publicações de qualidade. Nasceu aí o kit Kekerê, um clube de assinatura de literatura infantil antirracista, cujo lema é que a leitura não pode ser privilégio de famílias brancas, com dinheiro, e sim, deve alcançar a todos.

Curadora de livros infantis cobra mais pesquisa e respeito à história dos negros (Arquivo Pessoal)

Na curadoria, ela leva em consideração se as histórias apresentam personagens negros, se todas as crianças, inclusive brancas sentem interesse, se a publicação valoriza a cultura e história afro-brasileiras, se os autores são negros (que sabem o que é ser uma criança preta em uma sociedade racista), ou brancos com trajetória assumidamente antirracista e se o material possui impressão de qualidade.

“No fim tem que passar pelo crivo da criançada. Leio pro meu filho Lucas ou filhos de amigos e observo as reações deles. Já aconteceu de eu achar um livro incrível e as crianças acharem chato”, revela a mãe de Murilo, 18, Lucas, 6 e Maya, 1.

Sarah faz uma crítica aos livros que são considerados afirmativos, mas que foram escritos apenas  para atender um nicho. “Pessoas negras finalmente passaram a ser vistas como consumidoras e por isso muita gente correu para escrever para leitores negros, apenas para se aproveitar da demanda e pela pressa do lucro. Não se deram tempo de refletir sobre o que e como essas obras estavam sendo escritas”, observa.

“Não adianta apenas pegar um personagem branco e lhe atribuir características físicas que o transformem em negro. Falta criticidade e conhecimento sobre alguns temas. Faltam pesquisa e um diálogo sobre as dores do ser negro: mesmo na infância, a vivência da pessoa negra é diferente, e um autor comprometido precisa entender isso”, pontua.

Ela diz que um autor que se propõe a escrever sobre a cultura esquimó, por exemplo, pesquisa e conversa com pessoas que vivenciam essa cultura. Da mesma forma, escrever sobre pessoas pretas requer pesquisa. “Muitos autores parecem dispensar essa etapa, pois supostamente já conhecem nossa cultura (ensinada tortamente na escola onde o negro é sempre o escravizado, a mão de obra etc). Isso é inclusive, o reflexo de um racismo estrutural onde o negro não representa uma cultura, separado da história branca eurocêntrica”, conclui.

SERVIÇO

Kit Kekerê – clube de assinatura de leitura infantil com conteúdo antirracista, a partir de R$29,90 (assinatura mensal)

Instagram –https://www.instagram.com/maternagempreta/

Contato: maternagempreta@gmail.com

Curta o Maternar no Instagram.

]]>
0
‘Equilíbrio não existe’, afirma Flávia Calina sobre atenção dada aos filhos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/equilibrio-nao-existe-afirma-flavia-calina-sobre-atencao-dada-aos-filhos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/equilibrio-nao-existe-afirma-flavia-calina-sobre-atencao-dada-aos-filhos/#respond Fri, 05 Nov 2021 17:01:23 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/2-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9360 Quem assiste aos vídeos da educadora Flávia Calina no YouTube pode até pensar que seus filhos nunca brigam, não fazem birra ou jogam as coisas longe quando são contrariados.

Na verdade, ela afirma que Victória, 7, Henrique, 5 e Charlie, 2, são como todas as crianças e passam por tudo isso também, mas que exibir cenas constrangedoras deles não é o intuito do canal, que tem quase oito milhões de inscritos.

Seu primeiro vídeo no YouTube foi publicado em fevereiro de 2009. Na época, ensinava a usar maquiagem e testava produtos.

Com o nascimento de Victoria, há 7 anos, as gravações saíram da frente do espelho e passaram a acompanhar a rotina da família, incluindo viagens, idas ao médico e teste de receitas. As gestações seguintes também foram exibidas no canal, assim como a mudança de casa e um surto recente de pé mão boca.

Flávia mora nos Estados Unidos desde 2005 e conta que algumas diferenças culturais são bastante acentuadas. A principal delas, a forma como os pais americanos ensinam seus filhos a serem independentes desde cedo.

Em conversa com o Blog Maternar, Flávia falou sobre educação respeitosa, equilíbrio na hora de dar atenção para as crianças e a importância de respeitar os sentimentos delas, assunto que aborda nos três livros que lançou recentemente em parceria com a Johnson’s.

Blog Maternar – Você está nos Estados Unidos desde 2005 e trabalhou um tempo como educadora aí. Quais as principais diferenças você encontrou na educação entre os dois países?

Flávia Calina – Há muitas diferenças, mas a principal delas é a independência. No Brasil, a gente era “babá” dos alunos. É normal tratarem as crianças como bebezões por mais tempo. Aqui, com dois anos, por exemplo, eles já se servem e raspam o prato. Em 2007, eu fiz um curso na Califórnia sobre respeito com bebês. Ele abriu minha mente sobre o quanto tentamos fazer tudo por eles, inclusive controlar os sentimentos ou ditar como devem se sentir. Quando comecei a observar as crianças no meu trabalho e depois os meus filhos, a relação melhorou muito, porque eles se sentiam vistos e ouvidos. Também trabalhei com muitas professoras tradicionais que achavam que criança tinha que ficar no seu lugar, eram ríspidas. É difícil mudar essa mentalidade, não fomos ensinados dessa forma. A gente tem vergonha do que a gente sente, não falamos que temos inveja para ninguém. Precisamos aplicar esses ensinamentos primeiro com a gente e aí enxergamos a criança como uma pessoa completa.

Blog Maternar – Os livros trazem seus filhos em momentos de raiva, tranquilidade, medo, confiança, tristeza e alegria. Como escolheu os temas e como faz para trazer leveza a temas delicados, como a birra? 

Flávia Calina – Assim como os adultos, as crianças também experimentam quase todos os dias raiva, tristeza, inveja e medo. A diferença é que nem sempre eles conseguem identificar esses sentimentos. E por não conseguirem explicar o que estão sentindo, pode ser que se joguem no chão ou joguem alguma coisa na parede. Isso não é ok, mas todo comportamento é uma comunicação que ocorre quando elas não conseguem expressar o que estão sentindo. É a partir desses comportamentos que elas mostram o que realmente precisam. Os livros convidam a prestar atenção nesses sentimentos, porque muitas vezes ficamos cegos diante dos comportamentos e mascaramos a necessidade real das crinaças.

Blog Maternar – O choro das crianças pode causar incômodo em alguns adultos e por vezes é silenciado pelo famoso “engole o choro”. Como mudar essa raíz cultural que normaliza esse e outros tipos de violência?  

Flávia Calina- Temos que normalizar o choro. Uma criança não chora porque é mimada, mas porque está realmente sentindo algo. Muitos buscam distrair a criança porque ficam desconfortáveis com aquele sentimento. Normalizar os sentimentos move a violência para longe, por meio da empatia. Chorar não é errado e não é defeito, como digo no livro. Se a criança está com raiva, por exemplo, no lugar de falar “não pode”, observe e diga: você tá com raiva? Como está se sentindo? O que podemos fazer para você não sentir raiva? Eu não sou perfeita, também piso na bola, mas quando isso ocorre, eu peço desculpas e aproveito para ensinar aos meus filhos que sempre há uma nova chance, uma esperança que dá para melhorar, fazer diferente.

Equilíbrio não existe, diz Flávia sobre atenção dada aos filhos (Arquivo Pessoal)

Blog Maternar – Você tem três filhos de idades diferentes (7, 5 e 2). Como faz para equilibrar a atenção para cada um deles e continuar produzindo conteúdo na internet, cuidando da casa e da empresa (loja de roupas)?

Flávia Calina – Cheguei a conclusão de que o equilíbrio não existe. Sempre a gente vai dar mais atenção de um lado e acabar deixando o outro. Mas sigo alguns principios que me ajudam a priorizar. Por exemplo, o Charlie quando era bebê precisava de muito colo, do contato físico. A Vic pede uma atenção diferente , típica da idade dela. O Henrique é o mais independente, mas tem necessidade de ter um tempo junto brincando. Em geral não me pede muitas coisas, apenas para que eu jogue um pouco com ele. O importante é sempre enxergar a pessoa, ouvir, se colocar no lugar e perceber qual a necessidade naquele momento. Todos querem se sentir vistos e amados.

Blog Maternar – Recentemente, no aniversário de um dos seus filhos, os demais irmãos entregaram presentes para o aniversariante e não ganharam nada. Como educar para não sentir inveja e entender que naquele dia não ganharão nada?   

Flávia Calina – Não há solução rápida para criar filhos, todo dia é uma sementinha. É preciso regar, falar e aparar arestas. Quem tem irmão ou teve primos próximos sabe que há competição. O que não devemos fazer é envergonhá-los por sentirem o que sentem, porque muitas vezes eles não sabem lidar com aquilo. Já passei por isso aqui e procuro dizer: você também queria isso? Eu entendo, mas você se lembra de quando foi sua vez? Como será no seu aniversário? Procuro levar pro lado de sentir algo gostoso ao ver o outro feliz e curtir junto. Nós ensinamos o ABC para as crianças, a se vestirem, e não ficamos bravos quando erram a conta ou a forma de colocar a roupa. Porém, quando sentem ciúmes, nós ficamos bravos. O problema é que eles vão dar um jeito desse sentimento fazer sentido para eles e o comportamento pode virar uma bola de neve. Costumo dizer que o papel dos pais é serem mentores: como eu quero que ele enxergue a vida? As crianças têm que saber que eles sempre têm com quem contar.

Blog Maternar – Seu canal exibe sua vida, sua rotina, você fala sobre algumas dificuldades e até expõe vulnerabilidades. Um exemplo é quando se trancou no closet e chorou falando sobre suas dores no puerpério do Charlie. Qual o limite da exposição? O que entra e o que você prefere ocultar do seu público?

Flávia Calina – Essa é a pergunta que me faço diariamente. Eu tento me colocar no lugar deles, mas sei que não sou eles. Evito choros, cenas que podem soar engraçadinhas, mas que gerem constrangimentos. Vídeos com biquini ou momento de birras também não entram. Pode até soar que quero parecer perfeita, mas não é isso. Não consigo imaginar eu discutindo com meu marido e alguém colocando o vídeo na internet. Eu sempre aviso que vou gravar antes e agora que são maiores conseguem entender esse trabalho, principalmente quando nos reconhecem na rua.  A Vi é quem mais veta coisas. Ela tem mais vergonha e o não dela é não. Além disso, o canal não é das crianças. Se fosse, teria que forçar a gravação. Depender somente da criança é ruim porque uma hora expana. Minha bandeira é o respeito com a criança. Minha missão é que mais  pessoas entendam essa mensagem.

LIVROS

Flávia lançou recentemente, em parceria com a Johnson´s, três livros infantis que falam sobre emoções. Cada “Me sinto amado quando estou…” traz dois sentimentos distintos (tristeza e felicidade, medo e confiança, e raiva e tranquilidade).

Por meio de vivências com seus filhos, ela mostra como reconhece, valida e lida da melhor forma com o que sentem. “Sentir-se amado em todas as ocasiões faz toda diferença”, diz a idealizadora do movimento “Ganhe o coração de uma criança”.

Curta o Maternar no Instagram.

]]>
0
Quer contratar uma babá e não sabe por onde começar? Veja algumas dicas https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/#respond Sat, 30 Oct 2021 17:38:50 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-25-at-15.42.40-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9354 Está pensando em contratar uma babá e não sabe por onde começar? Aqui vão algumas dicas que poderão te dar uma luz na hora de escolher alguém para cuidar dos seus pequenos.

Em primeiro lugar, pergunte para pessoas próximas se há alguma indicação. Grupos de pais da escola, academia, do condomínio, amigos dos amigos e colegas no trabalho podem facilitar a busca e indicar pessoas conhecidas.

Durante o período de entrevista e contratação, verifique referências (ligando para antigos patrões),  pergunte sobre flexibilidade de horário, verifique a experiência (facilidades e dificuldades), se tem noção de primeiros socorros e quais atividades ela poderia fazer com a criança da idade da sua.

Sonde se a profissional está disposta a aprender e se é aberta a novos conceitos: envie posts, artigos e empreste livros. Vale perguntar qual o sonho dela e como você poderia ajudá-la. “Essa pergunta aproxima, conecta e abre infinitas possibilidades de troca”, diz Olga Capri, do Amamente Mais. Olga também orienta pedir um relato de alguma situação difícil que ela viveu e como resolveu a questão.

Valores inegociáveis como tempo de telas, uso de bicos artificiais ou ingestão de açúcares, por exemplo, devem ser pontuados o quanto antes.

DIREITOS

As babás se enquadram na modalidade serviços domésticos. Precisam ser registradas em carteira e ter vale transporte, FGTS, férias, 13º salário, horas extras, adicional noturno, licença-maternidade, aviso prévio e outros benefícios que o empregador queira oferecer.

É importante ter claro que além do salário bruto, é preciso incluir na organização financeira o INSS de 8,8% e os 11,2 % do FGTS, além do vale transporte (é permitido descontar até 6% do salário da profissional para arcar com esse benefício).

Babás não podem receber salário inferior ao mínimo federal ou piso da categoria no estado. Em São Paulo, por exemplo, o piso hoje está em R$ 1.163,55. A experiência da profissional, formação, quantidade de crianças sob sua responsabilidade, se precisará dirigir e demais tarefas que ela realizará também devem influenciar no valor a ser pago.

FUNÇÃO E COMBINADOS

Pelas regras da CBO, Classificação Brasileira de Ocupações, as babás devem cuidar de bebês e crianças, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer.

Todos os combinados com a funcionária, sejam horários, salário, intervalos e atividades devem estar descritos em um contrato. Pode haver um ajuste para que ela exerça outras atividades, como lavar as roupas do bebê, por exemplo. “O importante é que as atividades estejam descritas no contrato para que não se configure acúmulo ou desvio de função”, explica Karolen Gualda, advogada e especialista na área do Direito do Trabalho.

“O contrato estabelece todas as cláusulas que irão reger essa relação. Assim, as duas partes ficarão seguras a respeito do que foi ajustado”, explica a coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Mansur.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Ao empregar uma profissional pela primeira vez, Karolen indicada fazer um contrato de experiência. “Assim, é possível avaliar o trabalho, se o envolvimento com a criança foi o esperado e se a relação está se desenvolvendo como o esperado (o que, principalmente nesse tipo de relação tão próxima, só se descobre mesmo na prática)”.

Se a experiência não for satisfatória, o empregador poderá rescindir o contrato sem precisar arcar com os custos do aviso prévio indenizado ou multa do FGTS. É preciso, porém, ficar atento à dois pontos: o contrato de experiência deverá ser, necessariamente, por escrito e seu prazo não poderá ultrapassar 90 dias.

Nessa situação, se a rescisão acontecer por iniciativa do empregador (antes do final do período), ele deverá pagar as mesmas verbas que a empregada teria direito no final do contrato, além de uma indenização equivalente à metade do salário que ela receberia até a data final.

Se a rescisão antecipada acontecer por iniciativa da empregada, ela receberá as verbas citadas, mas deverá indenizar o empregador pelos prejuízos causados. Esse valor não poderá ser superior ao devido na situação contrária, ou seja, metade dos valores a que ainda teria direito no curso da contratação.

FÉRIAS

A cada 12 meses de trabalho a colaboradora tem direito a 30 dias de férias remuneradas com acrescimo de 1/3. A data não precisa ser exatamente quando a funcionária completa um ano no serviço, mas não pode ultrapassar 12 meses após completar um ano no trabalho. Se isso ocorrer, a babá terá direito a receber férias em dobro.

PAUSAS E DESCANSO

De acordo com a PEC das Domésticas, o intervalo para repouso e alimentação deve ser no mínimo de 30 minutos, e no máximo de 2 horas. Os intervalos não são considerados como horas trabalhadas no cálculo do salário, e devem ser concedidos a cada 6 horas de trabalho.

O trabalho exercido após às 22h até às 5h deverá ser pago com adicional de 20% a mais, como noturno, e caso a pessoa more na empresa, não poderá ser chamada nesse período, tendo em vista se for chamada, o empregador deverá pagar o adicional.

Gleibe Pretti, professor de direito trabalhista da Estácio lembra que o horário noturno deverá ser calculado com a hora reduzida, ou seja, 52 minutos e 30 segundos .

O professor explica que os trabalhos aos finais de semana, que excedam às 44h semanais, tem como escopo o pagamento de 50%. “Caso o descanso semanal remunerado não seja respeitado, o pagamento será de 100%”, diz.

MONITORAMENTO

Se os pais quiserem instalar câmeras para monitorar os filhos em casa, a babá precisa estar ciente.

DEMISSÃO

Quando a babá indica que quer deixar o emprego, ela precisa escrever uma carta de próprio punho pedindo demissão. Devem ser pagos o saldo de férias (se houver), férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário integral ou proporcional.

Se a demissão partir do empregador, ele deve pagar o aviso prévio, saldo de salários, férias, 13º salário e levantar o FGTS, e guias de seguro desemprego. A multa de 40% já foi recolhida nas guias do FGTS/DAE.

Já nos casos em que há maus tratos (natureza física ou psicológica),  improbidades como furto, roubo ou estelionato, assédios ou desleixo, a demissão pode ser por justa causa. “Neste caso, a babá só receberá apenas o saldo de salário e férias vencidas se houver”, explica o professor Gleibe Pretti.

Curta o Maternar no Instagram.

]]>
0
Campanha quer desmitificar que filhos arruínam carreiras https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/campanha-quer-desmistificar-que-filhos-arruinam-carreiras/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/campanha-quer-desmistificar-que-filhos-arruinam-carreiras/#respond Thu, 07 Oct 2021 16:13:40 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/filhosnocurriculo-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9319 “Manhêêê, terminei, vem me limpar? Muitos profissionais em home office certamente passaram por essa situação durante a pandemia.

Mesmo quem não possui filhos foi convidado a olhar essa cena com outros olhos, afinal, o trabalho invisível ganhou luz.

Pensando em aumentar o sentimento de pertencimento e acolher colabordores com filhos, a campanha #filhosnocurrículo estimula patrões e empregados a incluirem essa informação nas redes sociais.

“Convidamos empresas a repensarem as suas relações de trabalho e desconstruírem vieses para que se tornem um lugar inspirador onde pessoas queiram entrar, estar e construir uma carreira”, diz Camila Antunes, cofundadora da Filhos no Currículo.

“Acreditamos que é possível construir uma relação de vínculo e presença com os filhos sem desconstruir uma carreira”, conclui.

Um dos modelos de card disponíveis para quem quiser participar da campanha (link abaixo para download)

NAS REDES

Quem deseja participar da campanha pode postar uma imagem  no Instagram ou Linkedin (link para download abaixo), incluir a hashtag #filhosnocurrículo e escrever uma breve reflexão sobre as  habilidades que os filhos ou enteados agregaram.

“A maternidade me estimulou a desenvolver gestão do tempo, capacidade de observação e percepção mais aguçadas, maior vontade de vencer, acolher os problemas do outro e [aprendi] a ouvir mais que falar”, destaca assistente executiva Annie Baracat,43, mãe de Lilo, 5.

“Hoje não sou somente mulher, ou somente mãe. Sou mulher-mãe, ou mãe-mulher. Uma não existe sem a outra. Após me tornar mãe, me senti muito mais potente e motivada e sou uma profissional muito melhor apos ele”, afirma Annie.

Para ganhar mais força, as organizadoras também sugerem desafiar amigos nas redes sociais.

Link para mais informações: https://filhosnocurriculo.com.br/downloads/

Curta o Maternar no Instagram.

 

 

]]>
0
Colar de âmbar não alivia dores, aponta pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/colar-de-ambar-nao-alivia-dores-aponta-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/colar-de-ambar-nao-alivia-dores-aponta-pesquisa/#respond Fri, 03 Sep 2021 12:29:25 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-02-at-13.19.56-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9249 Querido entre muitos pais, o colar de âmbar é vendido como calmante natural, anti-inflamatório e analgésico. Famosas como Isis Valverde, Karina Bacchi e Gisele Bündchen também são adeptas ao objeto, que é feito de resina vegetal fossilizada da região báltica.

A alta concentração de ácido succínio promete atuar sobre cólicas, instabilidade no sono infantil, alergias e incômodos durante o nascimento dos dentes.

Porém, uma pesquisa jogou um balde de água fria nessas crenças. A publicação da revista Altern Complement Med não encontrou evidências que sugiram que o ácido succínico possa ser liberado dos grânulos para a pele humana.

Além disso, os pesquisadores Michael Nissen, Esther Lau, Peter Cabot e Kathryn Steadman também não encontraram evidências que sugiram que o ácido tenha propriedades anti-inflamatórias.

Mãe de oito filhos, a doula e educadora perinatal Laura Muller acreditava nas promessas de calmaria do colar que ganhou de presente. Usou o enfeite em sua segunda filha, Margot, 5, a partir do terceiro mês.

Ela diz que acreditava nos “efeitos visíveis” do colar, porém “Margot vivia no peito, aconchegada no colo ou no sling”, lembra a empreendedora digital.

“Nunca foi o colar, sempre foi meu colo”, reconhece Laura, que, inclusive, foi quem divulgou essa pesquisa em suas redes sociais.

“Erramos tentando acertar. O desespero e a exaustão fazem isso com a gente”, diz.

“Falam muito sobre as dores de cólica ou dos dentes, mas se esquecem de que os saltos e picos de crescimento também alteram o sono e o comportamento do bebê. É sempre mais fácil associar essa mundaça a algo errado do que a um processo fisiológico e natural que se resolve sozinho”, afirma a doula criticando o mercado que vende soluções rápidas para as famílias.

Mãe de Pedro, 1, Christine Dias, 31, atribui ao colar o fato de seu bebê ser tranquilo e não ter sofrido com cólicas ou dores durante a dentição. Ele passou apenas por leves alterações no sono, mas sem febre ou diarreia –comuns aos bebês nessa fase.

“Não consigo dizer se foi o âmbar ou não, não tenho como provar que foi ele, mas vou continuar usando”, afirma a mãe.

RISCOS

Em 2019, a agência feral americana FDA (Food an Drug Administration, espécie de Anvisa deles) emitiu uma advertência sobre o risco que colares, pulseiras ou tornozeleiras representavam para bebês e crianças pequenas.

No documento, os riscos apontados são de mortes por estrangulamento e engasgo.

Casos os pais ainda queiram usar a joia, pediatras não recomendam usá-la sem supervisão, durante a noite ou quando os filhos estejam sentados no banco traseiro do carro, sem adultos por perto.

Curta o Maternar no Instagram.

 

]]>
0
Clareza sobre nossas feridas evita ferimentos emocionais nos filhos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/31/clareza-sobre-nossas-feridas-evita-ferimentos-emocionais-nos-filhos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/31/clareza-sobre-nossas-feridas-evita-ferimentos-emocionais-nos-filhos/#respond Tue, 31 Aug 2021 14:13:15 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-31-at-12.31.19-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9208 Ter clareza das nossas dores emocionais é o melhor caminho para não repeti-las em nossos filhos. Esse é um dos pilares da Teoria do Apego, que defende a criação segura para que a criança se desenvolva plenamente em todas as áreas.

Pais que apanharam na infância tendem a agir de forma violenta com seus filhos. Lembrando que gritos, ameaças, castigos e até o silêncio, ao ignorar um pedido de ajuda são considerados violência também.

Esse comportamento ocorre porque os pais repetem o padrão que receberam no passado. É o mais familiar e o que está internalizado dentro deles, independentemente de ser o melhor, é o conhecido e o mais fácil de ser acessado, explica a psicóloga e especialista em Teoria do Apego Arieli Groff.

Para encerrar esse ciclo, ela defende o autoconhecimento. “Não tem mágica, receita pronta ou rápida para isso. E isso requer coragem, disponibilidade interna, entrega e amor”, diz a especialista que lançou o livro “Quando uma Mãe Nasce: Confissões, Dores e Amores da Maternidade” (Editora Pirililampos).

Na obra, a autora aborda assuntos caros à maternidade, como raiva dos filhos, saudade da vida de antes, solidão e o cansaço mental por ter que tomar todas as decisões relacionadas à criança.

Dividido por assuntos, numa espécie de diário, Arieli também fala sobre a convivência forçada durante a pandemia, o dia da primeira birra pública e a fuga para o banheiro na expectativa de ter apenas um minuto de silêncio –o sonho de toda mãe.

“Minha filha tem minha melhor versão em vários momentos. Mas não é brincando de boneca”, revela a psicóloga destacando o mito da mãe perfeita. “Não somos boas em tudo. E não devemos nos cobrar isso. É cruel. É utópico”, afirma.

Reconhecer sentimentos, outro pilar da Teoria do Apego, aparece no capítulo “Hoje Tive Raiva”, onde ela ralata quando a filha a tirou do sério. “Ser mãe não me canonizou e ela ser minha filha não lhe dá o título de criança mais legal do universo. Ter raiva da minha filha foi o sentimento mais justo e honesto que pude oferecer. E eu disse o que estava sentindo. Nossa relação continua, com ainda mais verdade”, conta a mãe de Maitê, hoje com cinco anos.

“Criança pede presença. A cada comportamento difícil ou ataque de fúria nossos filhos estão nos dizendo ‘me olha’, ‘me ajuda’, ‘ não estou conseguindo sozinho’, ‘preciso de você’. É fácil amar quando ela está brincando de forma criativa e inteligente, de banho tomado, sendo meiga e dormindo como um anjo”, diz o livro.

No livro Quando Nasce uma Mãe, Arieli Groff fala sobre tabus na criação dos filhos (Divulgação)

O seu puerpério foi muito pesado? O que você sentiu e quanto tempo ele durou?

Ele não foi necessariamente pesado, mas me trouxe surpresas e vivências que mesmo já atuando com infância na clínica como psicóloga, eu não tinha clareza de como eram de fato vividos pelas mães. Me trouxe estranhamento e a angústia de por vezes não conseguir nomear o que eu sentia, e com isso, um sentimento de me ver só em tantos momentos, mesmo rodeada de uma rede de apoio afetiva e presente. Para mim foi aos dois anos da Maitê que senti e consegui retomar algumas questões mais voltadas a mim e conseguir me priorizar em algumas coisas. No final do primeiro ano eu senti um alívio do tipo “conseguimos, vivemos e sobrevivemos” e ao final dos dois anos dela veio esse sentimento de me ter de volta.

Por que a ideia de mãe perfeita faz tantas mães reféns?

Percebo que esse estranhamento que senti é também vivido por muitas mulheres, onde existe uma romantização de como é a chegada de um bebê e pouco se fala de sentimentos que não são vistos como positivos socialmente, como a tristeza, raiva, cansaço, questionamentos sobre a escolha de ter tido filhos, mas que se fazem presentes na realidade de muitas mães. E então quando a mulher sente isso, se percebe sozinha, inadequada, culpada de não sentir só amor e gratidão 24 horas por dia, que também estão presentes, mas não são exclusivamente o que se sente. E com isso, muitas mulheres se envergonham de compartilhar suas vivências, sentimentos, medos, cansaços, como se não tivessem o direito de reclamar. Acredito que esse é um aprisionamento que só iremos abrir aos poucos, com informação, diminuição da cobrança social em cima das mães e rede apoio, individual e coletiva, como sociedade.

Você conta sobre alguns momentos de fuga para cuidar de si, nem que seja no sofá para ter um tempo para ver uma série, ou no banheiro para fazer um xixi em silêncio. O quanto essas fugidinhas te ajudaram a não pirar ou levar a maternidade de forma mais leve?

Me ajudaram muito. Foram quase dois anos com a sensação que a minha vida não me pertencia mais, eu descansava enquanto trabalhava (atendimento em consultório). Esses pequenos momentos me traziam a sensação de ter o controle sobre alguma coisa, por menor que fosse, de que eu ainda tinha autonomia sobre meu tempo e espaço para escolher algo que fosse por mim e para mim.

Você assume que não gosta de brincar, que seu melhor é encontrado em outros momentos com a Maitê. Quando você descobriu isso e aceitou que brincar, algo tão importante para uma criança não era muito sua praia? 

Falo desse brincar mais tradicional, especialmente com meninas, que se espera que se brinque de bonecas, por exemplo, e que a mãe goste disso. Interagimos de outras formas, mas teve o tempo em que ainda me cobrei que precisava gostar de tudo que minha filha tivesse interesse em brincar. Até que entendi que aceitar quais eram as minhas brincadeiras favoritas e que eu não precisava gostar de tudo, me trouxe alívio e assim pude me entregar com mais prazer naquilo que gostava e até mesmo nas brincadeiras que não gostava muito, pois agora não havia cobrança, mas o amor de fazer algo pela felicidade dela.

Você fala sobre sentir raiva da sua filha em alguns momentos. Muitas mães têm medo de assumir isso e você fala com muita naturalidade sobre essa raiva. Alguma mãe já te deu feedback sobre sentir isso e estar aprisionada no medo das opiniões alheias sobre esse sentimento?

Muitas. Alguns sentimentos não são socialmente validados e tampouco valorizados. A raiva é um deles e se mostra como se fosse incompatível com a maternidade. Mas os sentimentos não são nem bons nem ruins, apenas são, o que fazem deles terem um aspecto mais positivo ou negativo é o que escolhemos fazer com eles, e isso vem de um lugar de consciência, autoconhecimento, empatia consigo mesma, o que leva a possibilidade de uma regulação emocional. Com isso, muitas mães me relatam que se sentem julgadas, culpadas, inadequadas e envergonhadas de assumirem o quanto seus filhos tantas vezes despertam raiva, aumentando o senso de solidão que leva à mais raiva. A raiva surge como a percepção de não se sentir vista, sem apoio, percebendo que chega em um limite e/ou quando se vê com recursos internos escassos para lidarem com os filhos. A raiva é uma expressão de cobranças externas e internas, frustrações e desamparos vividos pelas mães.

 O que a pandemia despertou de melhor em você como mãe ? E o pior?

 Ter minha filha 24 horas por dia em casa me fez agradecer por ter o privilégio de conseguir manter a rotina com ela e de trabalho (desde 2018 passei a atender somente online, e meu marido também já trabalhava home office, então já estávamos adaptados a esse modelo de trabalho), nos exigiu criatividade, readaptações, como todas as famílias, morávamos fora da nossa cidade, sem nenhuma rede de apoio (desde junho retornamos para Porto Alegre, morávamos em Florianópolis por uma escolha desde 2018 por mais qualidade de vida, mas a pandemia fez revermos prioridades e voltamos para mais perto da família e amigos daqui), mas ainda assim me fez agradecer pela vida que tinha, pelo privilégio da rotina que criamos e me fez também aproveitar mais os momentos com a minha filha. Ao mesmo tempo, precisei de mais “momentos de respiro”, mas aprendi a respeitar esses movimentos, entender quando meu melhor talvez fosse sair de cena, olhar para mim, me dar um tempo, e retornar podendo ser uma mãe o mais inteira possível.

Até que ponto sua filha pode ser ela e quando você “entra em cena” para evitar uma combinação de roupa que não acha adequada, ou fazer algo que não estava no script pelo fato dela ser criança?

Esse foi, e é, um grande desafio para mim. Sou opinativa, gosto de participar de escolhas e é uma nota mental que atualizo todos os dias, de entender que meu gosto, opinião, ponto de vista é somente uma única forma de entender e enxergar o que quer que seja, e não necessariamente a melhor, tampouco a preferida da minha filha, e que não é por ela ter cinco anos que a minha opinião precisa ter mais valor que a dela. Claro, há questões que aos cinco anos ela não tem sequer maturidade para decidir, e aí entendo ser meu dever entrar em cena. Mas em assuntos e situações que ela já possui autonomia pela idade para escolher, procuro incentivar que ela decida. Provoco ela a dizer o que prefere, o que gostaria. Isso vale para roupas por exemplo (desde que não queira sair fantasiada de sereia em um frio de 2ºC do sul) até para questões comportamentais. Quando se chateia ou nos desentendemos, procuro após estarmos emocionalmente mais estabilizadas, conversar com ela, perguntar se entende que a forma como reagiu foi a melhor, como poderia agir em uma próxima situação.

Muitos pais estão ao lado, mas não estão presentes na vida dos filhos. O que essa presença decorativa provoca no emocional das crianças ao seu ver?

Acredito que nada em nossa vida deva ser encarado como sentença, a capacidade de transformação é sempre possível, mas é fato que muitas das vivências da infância deixam marcas e influenciam no desenvolvimento emocional, construção de vínculos e relacionamentos futuros da criança. São várias as mensagens que podemos passar sendo uma presença ausente: fazer com que a criança não se sinta importante, gerar um entendimento que esse amor é condicionado (a criança perceber que é digna de atenção se faz determinadas coisas, por exemplo), gerar comportamentos intensos na criança como forma de chamar a atenção, apresentar dificuldades escolares para igualmente se sentir vista e com isso se desenvolverem adultos com um baixo senso de merecimento, que cultivam relacionamentos de submissão (sejam afetivos, de amizade ou no trabalho, com colegas e chefes) e por vezes expostas à violências (seja física, emocional e/ou psicológica), dificuldade de confiar nas pessoas e em si mesmos. Em termos de construção de vínculos, qualidade e quantidade importam.

Como os pais podem ter essa consciência que você diz necessária para criar sem aprisionar ou sem cometer tantos erros?

Autoconhecimento. Não tem mágica, receita pronta ou rápida para isso. E isso requer coragem, disponibilidade interna, entrega e amor, muito amor. Estudar sobre infância, educação, vínculos também é muito importante. Passamos a vida estudando para nossos trabalhos, por que temos a pretensão de achar que não precisamos estudar para a missão mais importante e de maior responsabilidade das nossas vidas? Além disso, poder se olhar com gentileza, empatia e a expectativa da busca pela perfeição, ela é utópica e cruel.

Por que vemos tantos pais repetirem os mesmos erros que juraram que não cometeriam com seus filhos?

O nascimento de um filho é como a abertura de um portal, onde nossos filhos nos catapultam a viver o afeto em sua máxima potência, pois conforme mostra a Teoria do Apego (a qual estudo e é a base teórica que permeia meu trabalho há 16 anos), a criança necessita se sentir segura e protegida para se desenvolver, isso é biológico e inato, e que em qualquer sinal de ameaça, liga seu comportamento de apego, solicitando esse amparo da figura principal de cuidado ( sendo essa ameaça real e legítima para quem a sente, podendo ser desde fome, frio até sentimento de solidão). Ao fazer isso, a criança muitas vezes pede aos pais algo que não receberam em suas próprias infâncias, tráz à tona dificuldades vinculares dos próprios pais, e então muitas vezes pais, com pouca clareza de suas dificuldades e com autoconhecimento não muito aprofundado, tendem a repetir o padrão que receberam, por ser o mais familiar e o padrão que está internalizado dentro de si, independente de ser o melhor, é o conhecido.

Psicóloga especialista em Teoria do Apego Arieli Groff, autora de Quando nasce uma Mãe (Arquivo Pessoal)

Trecho do livro: Nenhuma Novidade

“Especialmente nesse período de isolamento, me peguei pensando nas coisas que precisei abrir mão, seja para mantermos a saúde, seja porque nossa rotina mudou por aqui com Maitê 24 horas por dia em casa. Aí percebi que, por mais que tenha precisado de adaptações, não foi algo inédito.

Percebi que mãe quando vem a parir já abre mão de um monte de coisa. Quiçá já durante a gravidez. Ou pelo simples fato de sermos mulheres. Cursos de gestantes não deveriam ensinar como dar banho ou trocar fralda, tampouco fazer o desserviço de dizer que o bebê tem que mamar a cada 3 horas. Deveriam compartilhar mesmo “como abrir mão da sua vida e se manter sã”, “como se reconhecer após perder sua identidade”.

Deveria ser item obrigatório. Mas isso ninguém nos conta. Não é bonitinho, corrobora para manter as mulheres em uma posição de culpas e deveres como o patriarcado precisa. Enfim, esse tal patriarcado tem me tocado muito nos últimos tempos.

Mas voltando aos meus pensamentos, percebi que, de alguma forma desde meninas, somos ensinadas a sermos as boazinhas, as educadas, a ter modos de mocinha, a dizer amém para os outros e ainda rindo, a deixar nossos quereres de lado. Mas aí nos tornamos mães, e acredito que o que torna tão penoso nesse abrir mão de si mesma não são nossos filhos.

É a reedição de nos sentirmos, mais uma vez, como na nossa história, tendo que nos deixar de lado. Não é algo inédito. Nesse silêncio da casa, me vendo sozinha ainda, entendi que ser mãe não é somente sobre abrir mão de si, é sobre abrir espaços para permitir se transformar.

Deixar que o novo nos atravesse e faça morada. É autorizar trocar a roupa da alma e se preencher de sentimentos, vivências, pensamentos agora, sim, inéditos. E por isso, às vezes, tão assustadores que escolhemos fugir, nos proteger através de medos e reclamações.

Ser mãe é um ato de fé, é ter a coragem de se jogar no vazio e ser surpreendida por aquilo que ninguém nos conta e, ainda assim, seguir inteira, mas agora, de um outro jeito desconhecido. E aí o peso pode ir embora, por mais difícil que seja. O que fica é leveza e amor”.


 SERVIÇO

Quando uma Mãe Nasce: Confissões, Dores e Amores da Maternidade

Autora: Arieli Groff

R$ 45, Editora Pirililampos, 115 páginas.

Curta o Maternar no Instagram.

]]>
0
Saiba como aquecer os bebês e evitar acidentes durante o frio https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/27/saiba-como-aquecer-os-bebes-e-evitar-acidentes-durante-o-frio/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/27/saiba-como-aquecer-os-bebes-e-evitar-acidentes-durante-o-frio/#respond Tue, 27 Jul 2021 12:12:54 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-26-at-12.45.10-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9097 Quem bate? Se você é cringe como eu, sabe a resposta: é o frio! E parece que esse ano ele está bem empolgado.

Roupas mais grossas, banhos mais quentes ou demorados e alimentos mais calóricos estão entre as opções dos adultos para esse período.

Mas para os pequenos, não é bem assim e alguns cuidados são necessários para evitar acidentes ou superaquecimento. Abaixo, veja algumas dicas e cuidados para essa fase mais fria:

1. Banhos devem ser mais rápidos e com água morna. Água muito quente resseca a pele. Mesmo em bebês pequenos, o uso de hidratante é recomendado após o banho. O ideal é fechar bem portas e janelas, aquecer o ambiente antes do banho e escolher o horário mais quente do dia (12h). Se a temperatura estiver muito baixa, não é nenhum crime pular o banho dos bebês que não saem de casa. Porém, os que vão para a escola devem tomar banho após a volta.

2. Aquecedores de ar ressecam ainda mais o ambiente e o ar seco ajuda a espalhar os vírus respiratórios. Seu uso contínuo deve ser evitado. Outro problema é sair de um ambiente aquecido e seguir para outro com temperatura inferior. O choque térmico agride as vias aéreas, que tendem a responder com congestão nasal. Caso queira usar o aquecedor, use-o por um curto período e umidifique o ar junto. Também não é aconselhável o uso contínuo de umidificadores para não predispor a proliferação de fungos. Você pode colocar uma toalha úmida ou uma bacia com água no ambiente (em local seguro, longe dos bebês).

3. Agasalhe o bebê com tecidos naturais, principalmente as camadas que ficam em contato com a pele. Isso evita alergias de contato. As crianças têm o mesmo frio que os adultos, portanto use o bom senso e sinta a temperatura do corpo da criança pelo tronco ou barriga. Mãos e pés nem sempre dão uma boa referência, mas o uso de meias e luvas nesse período é essencial. Use toucas em ambientes abertos, mas para a hora do sono evite-as, pois há risco.

4. Para dormir, prefira pijamas mais grossos ou roupas flaneladas. Evite cobertores em excesso: além de incomodar o bebê, podem superaquecê-lo ou gerar maior risco de sufocamento e morte súbita. Eles devem estar entre 36,5 e 37,2 graus. Se o bebê começar a transpirar ou mostrar irritabilidade, tire uma peça de roupa. Bebês pequenos também podem dormir dentro de casulos.

Casulos são opção para aquecer e evitar sufocamento em bebês (Foto: Casulo de Anjo/Divulgação)

5. No frio todo mundo gosta de ficar juntinho, mas é bom evitar aglomerações e visitas. O tempo seco e frio aumenta a circulação de vírus e bactérias que causam doenças respiratórias, e as crianças podem sofrer com isso. Se não puder escolher ambientes arejados por conta de temperaturas muito baixas, evite sair.

6. Se for necessário, use máscara e álcool gel. Além do coronavírus, eles ajudam a proteger das demais doenças sazonais. Se encontrar pessoas, evite beijos, abraços e colo. Resfriados são facilmente transmitidos assim.

7. No caso das crianças, ofereça muito líquido, fibras e alimentos hidratantes. O organismo bem hidratado reage melhor ao frio e resiste mais ao ressecamento das vias aéreas. Além disso, o sistema imunológico está diretamente ligado à qualidade dos alimentos consumidos. Para crianças, ofereça sopas e caldos, que além de hidratar, podem ser fonte de proteínas para o corpo. Tomar sol em um horário mais quente também é indicado para ajudar a elevar a imunidade.

8. Areje os ambientes da casa de dia e nos horários mais quentes. Use pano úmido e aspirador para remoção de poeiras e ácaros. Isso reduzirá a possibilidade de doenças alérgicas e respiratórias. Troque roupas de cama e lave cobertores toda semana para evitar acumulo de ácaros e poeira.

9. Cuidado ao pegar roupas guardadas do inverno passado. Além do susto ao ver as canelas do seu filho de fora, essas roupas podem estar empoeiradas. Prefira lavá-las antes de usar e deixar secando ao sol.

10. Faça higiene das vias respiratórias com soro fisiológico sempre que notar desconfortos e produção aumentada de catarro e muco. As mucosas hidratadas e limpas têm menor risco de desenvolver inflamações e complicações secundárias. Por outro lado, se estiver tudo bem não é necessário lavar o nariz com soro ou soluções salinas. As evidências científicas recentes apontam que não há risco menor de desenvolver doenças em quem faz a lavagem nasal como prevenção.

11. Não deixe pessoas gripadas, com tosse, espirros ou febre por perto. Caso seja um familiar, procure isolar a pessoa doente e fique com as crianças em outro cômodo. Mantenha a carteira de vacinação em dia. Muitas doenças de inverno podem ser evitadas ou menos complicadas nas pessoas devidamente protegidas com as vacinas.

12. Procure um pediatra caso algo não esteja bem, principalmente os menores de 6 meses. Essa faixa etária tem menos resistência às infecções, precisam ser acompanhados e avaliados no caso de tosses, febre ou resfriados.

As informações são da pediatra e neonatologista Marcia Dias Zani, da Casa Anama, e Tadeu Fernandes, presidente do departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

TEMPERATURA EM QUEDA

As temperaturas devem cair por causa de uma massa de ar polar e devem provocar chuvas, geadas, temperaturas negativas e até neve em algumas partes do país.

Segundo o Inmet  (Instituto Nacional de Meteorologia), o inverno deve vir com tudo nas regiões Sul,  Sudeste e Centro-Oeste. No Sul, as mínimas devem estar entre -6ºC e -8ºC na próxima sexta-feira (30).

Curta o Maternar no Instagram.

]]>
0
‘Quarteto da ovorecepção’ reúne mulheres para falar da doação de óvulos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/07/quarteto-da-ovorecepcao-reune-mulheres-para-falar-da-doacao-de-ovulos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/07/quarteto-da-ovorecepcao-reune-mulheres-para-falar-da-doacao-de-ovulos/#respond Fri, 07 Aug 2020 19:01:56 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/7325c7aaa799613bad9a291ca4479154c67bb77912684f9704c09a744860e8e5_5f2b07b43526d-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8953 Texto de Tatiana Cavalcanti

O sonho de ser mãe pode se complicar para algumas mulheres, em especial àquelas que já estão na faixa dos 40 anos. Sem poder engravidar naturalmente, muitas recorrem à FIV (fertilização in vitro), mas nem sempre conseguem gerar um filho com seus próprios óvulos. É quando elas podem se deparar com uma opção de transformar seu sonho em realidade: a ovodoação.

A recepção de óvulos pode não ser uma opção facilmente aceita, é preciso inclusive de atendimento psicológico para compreender e abraçar esse procedimento —que também implica em muito investimento financeiro, mas quando a mulher aceita a chance de se tornar mãe dessa forma, mesmo que não seja biológica, pode gerar amor, como costuma dizer a consultora de marcas, Karina Steiger, 45 anos.

A consultora de marcas de moda Karina Steiger, 45 anos, e seu marido, o ator Pedro Cordetta Ribeiro, 46 anos, e o filho deles, Enrico, 1 ano e dez meses (Arquivo Pessoal)

Casada com o ator Pedro Corbetta, Karina e o marido idealizaram há um ano o “Nós Tentantes – Projeto de Vida” para falar da doação de óvulos, após se tornarem pais de Enrico, hoje com 1 ano e dez meses. “Foi através dessa linda forma de gerar amor que conseguimos trazer nosso sonho para a realidade.”

Karina e mais três mães que optaram pela doação de óvulos vão contar suas histórias de sucesso em live neste sábado (8), entre 15h e 17h, na plataforma online Go To Webinar (instruções para se escrever mais abaixo), com objetivo, segundo Karina, “de dar informação e acolhimento para todas as pessoas que querem formar suas famílias e possuem dificuldade”.

A empresária Alessandra Jacomassi, 49 anos, mãe da Aurora, de 1 ano e quatro meses, conta sua experiência com a recepção de óvulos. “Imaginar que com meus 47 anos poderia ser mãe novamente encheu meu coração de felicidade. Minha única chance era a ovorecepção, pois minha reserva ovariana é praticamente zero”, explica. “Foi assim que fomos em busca desse sonho que se tornou real na primeira tentativa. Aurora nasceu em um lindo amanhecer de sol para iluminar e encher nossas vidas de amor.”

Alessandra é loira, tem cabelos lisos e compridos. Está sentada e segura Aurora, uma bebê de cabelos curtos, olhos azuis, que usa vestido rosa e laço na cabeça
A empresária Alessandra Jacomassi, 49 anos, mãe da Aurora, de 1 ano e quatro meses

A dona de casa Araez Carmo, 41 anos, tentou engravidar por sete anos e fez várias operações para alcançar seu objetivo, sem sucesso com os próprios óvulos. Por meio da doação de óvulos, ela se tornou mãe do Beto aos 39 anos. Hoje o menino tem 2 anos.

“Quando descobri que estava estéril, quase pirei, porém o que mais me importava era ter um bebê em casa. Mergulhei de cabeça na ovo recepção e, no mês seguinte, estava grávida. Toda dor, todo tempo perdido e todo medo parece ter sido apagado da minha mente após o meu positivo”, conta Araez. Ela também é mãe de Saulo, 13 anos.

A advogada Liana Costa e Campos, 42 anos, teve uma filha biológica, Maya, 4 anos, ao fazer fertilização in vitro, mas posteriormente não conseguiu com os próprios óvulos.
Optou por receber óvulos de outra mulher e, assim, deu à luz aos gêmeos Dante e Nina, 1 ano. Ela admite que não foi fácil abrir mão da herança genética.

“Mas, de repente, percebi que poderia dar aos meus futuros filhos algo muito mais importante do que alguns genes. Minha herança seria, além da minha vontade de trazê-los ao mundo, o enorme amor que eu já tinha por eles. Multiplicamos o amor e éramos três —eu, meu marido e minha filha. Hoje, somos cinco pessoas mais felizes do que nunca!”

Liana Costa e Campos , mãe dos gêmeos Dante e Nina aos 41 anos

 

Mulheres que tenham problemas para engravidar poderão entender melhor o processo de recepção de óvulos no evento virtual. Karina, Araez, Liana e Alessandra formarão uma espécie de “quarteto da ovorecepção” vão dividir os medos e as angústias vividas ao longo do processo, assim como a alegria de ter tido a oportunidade de realizar o sonho de ser mãe.

Para tirar dúvidas, haverá a participação da geneticista Marcia Riboldi, diretora do Laboratório Igenomix Brasil, que falará de temas como epigenética, compatibilidade, biópsia embrionária, assim como outros assuntos desconhecidos pela grande maioria.

O evento também conta com Natália Basile, embriologista sênior e coordenadora do IVI Bank da Argentina, que falará sobre o passo a passo para a importação de óvulos ou sêmen para o Brasil, a busca da doadora ideal e muitos aspectos relevantes sobre esse tema amplo da mulher atual, dentro da sociedade 2020.

Serviço
Evento Ovodoação – Conheça essa maneira de gerar amor, da Nós Tentantes – Projeto de Vida
Quando: sábado, 8 de agosto de 2020, das 15h às 17h
Onde:  Inscrição gratuita link bit.ly/nostentantesovodoacao

Curta o Maternar no Instagram e no Twitter.

]]>
0
Campanha defende incluir maternidade como experiência positiva no currículo https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/05/08/campanha-defende-incluir-maternidade-como-experiencia-positiva-no-curriculo/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/05/08/campanha-defende-incluir-maternidade-como-experiencia-positiva-no-curriculo/#respond Fri, 08 May 2020 12:37:00 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/WhatsApp-Image-2020-05-07-at-16.52.19.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8858 Você já imaginou incluir a maternidade ou paternidade como fator positivo em seu currículo?

No lugar de pouco destaque ou até omissão dessa informação, incluí-la em destaque e como motivo de orgulho?

Essa é a proposta da campanha “Ser mãe e ser pai é Potência”, da ONG Somos Mães, que atua no setor 2.5, área de saúde psicoemocional, cultura e humanização do ambiente de trabalho. O Instagram deles é @somosmaesnasempresas.

A proposta é incluir no perfil do Linkedin o cargo de mãe ou pai e descrever as habilidades e sentimentos que os filhos trouxeram.

“Meus valores ficaram mais claros e potentes. Criei um senso de propósito e melhoria constante. Desenvolvi minha comunicação e esta passou a ser mais assertiva e amorosa. Passei a ter um olhar mais empático e acolhedor”, diz um dos perfis.

Anne Bertoli, facilitadora de grupos e responsável pelos programas da empresa conta que a proposta ainda assusta muitos profissionais. “Que senso comum é esse que faz a gente acreditar que nossas forças da maternidade vão sempre causar um distanciamento da nossa potência profissional?”, questiona.

“Vida profissional e pessoal até podem ser separadas, mas a psicológica não. A gente não guarda no bolso a parentalidade quando entra em uma empresa. Essa pandemia [do coronavírus] evidenciou isso” observa Anne.

Para ela, empresas que não abrirem espaços para esses profissionais vão perder talentos. “Esperamos que nosso movimento iniba empresas que se posicionam contrários a isso. É preciso acolher profissionais como pessoas de verdade”, conclui a profissional.

Curta o Maternar no Instagram e no Twitter.

]]>
0
Enzo Gabriel e Maria Eduarda são os nomes mais registrados em 2019 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/29/enzo-gabriel-e-maria-eduarda-sao-os-nomes-mais-registrados-em-2019/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/29/enzo-gabriel-e-maria-eduarda-sao-os-nomes-mais-registrados-em-2019/#respond Sun, 29 Dec 2019 15:18:15 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/WhatsApp-Image-2019-12-29-at-11.57.54-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8754 Nomes compostos lideraram a lista de preferência por nomes de bebês em 2019.

Pela segunda vez consecutiva, Enzo Gabriel está no topo dos nomes mais registrado no Brasil. Em segundo lugar, está João Miguel e, em terceiro, Maria Eduarda.

Os dados são do Portal Transparência do Cartório Civil  com base nos 4.472.331 registros realizados até o dia 19 de dezembro de 2019.

Entre os 10 nomes mais usados, apenas Miguel e Arthur não são compostos. Eles ficaram na oitava e décima posição, respectivamente.

Confira abaixo a lista com os 30 nomes mais usados em 2019:

1º Enzo Gabriel (16.672 registros)

2º João Miguel (15.082 registros)

3º Maria Eduarda (12.063 registros)

4º Pedro Henrique (11.103 registros)

5º Maria Clara (10.751 registros)

6º Maria Cecília (9.570 registros)

7º Maria Júlia (9.448 registros)

8º Miguel (9.436 registros)

9º Maria Luiza (9.132 registros)

10º Arthur (8.525 registros)

11º Ana Clara (8.452 registros)

12º Maria Alice (8.388 registros)

13º João Pedro (8.372 registros)

14º Ana Júlia (8.232 registros)

15º Helena (7.765 registros)

16º Heitor (6.829 registros)

17º Alice (6.660 registros)

18º João Lucas (6.557 registros)

19º Davi Lucas  (6.543 registros)

20º Maria Vitória (6.059 registros)

21º Davi Lucca (6.010 registros)

22º Gabriel (5.875 registros)

23º Laura (5.794 registros)

24º Maria Helena (5.674 registros)

25º Ana Laura (5.623 registros)

26º João Guilherme (5.508 registros)

27º Bernardo (5.487 registros)

28º Davi (5.332 registros)

29º João Gabriel (5.264 registros)

30º Ana Luiza (4.955 registros).


O Maternar vai entrar de férias (a dona dele também). Voltamos em fevereiro de 2020 com muita informação sobre parto, amamentação, criação com apego, educação, dicas de passeios e, principalmente, maternidade real. Um beijo e que Deus abençoe vocês!

 

 

 

]]>
0