Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quer contratar uma babá e não sabe por onde começar? Veja algumas dicas https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/#respond Sat, 30 Oct 2021 17:38:50 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-25-at-15.42.40-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9354 Está pensando em contratar uma babá e não sabe por onde começar? Aqui vão algumas dicas que poderão te dar uma luz na hora de escolher alguém para cuidar dos seus pequenos.

Em primeiro lugar, pergunte para pessoas próximas se há alguma indicação. Grupos de pais da escola, academia, do condomínio, amigos dos amigos e colegas no trabalho podem facilitar a busca e indicar pessoas conhecidas.

Durante o período de entrevista e contratação, verifique referências (ligando para antigos patrões),  pergunte sobre flexibilidade de horário, verifique a experiência (facilidades e dificuldades), se tem noção de primeiros socorros e quais atividades ela poderia fazer com a criança da idade da sua.

Sonde se a profissional está disposta a aprender e se é aberta a novos conceitos: envie posts, artigos e empreste livros. Vale perguntar qual o sonho dela e como você poderia ajudá-la. “Essa pergunta aproxima, conecta e abre infinitas possibilidades de troca”, diz Olga Capri, do Amamente Mais. Olga também orienta pedir um relato de alguma situação difícil que ela viveu e como resolveu a questão.

Valores inegociáveis como tempo de telas, uso de bicos artificiais ou ingestão de açúcares, por exemplo, devem ser pontuados o quanto antes.

DIREITOS

As babás se enquadram na modalidade serviços domésticos. Precisam ser registradas em carteira e ter vale transporte, FGTS, férias, 13º salário, horas extras, adicional noturno, licença-maternidade, aviso prévio e outros benefícios que o empregador queira oferecer.

É importante ter claro que além do salário bruto, é preciso incluir na organização financeira o INSS de 8,8% e os 11,2 % do FGTS, além do vale transporte (é permitido descontar até 6% do salário da profissional para arcar com esse benefício).

Babás não podem receber salário inferior ao mínimo federal ou piso da categoria no estado. Em São Paulo, por exemplo, o piso hoje está em R$ 1.163,55. A experiência da profissional, formação, quantidade de crianças sob sua responsabilidade, se precisará dirigir e demais tarefas que ela realizará também devem influenciar no valor a ser pago.

FUNÇÃO E COMBINADOS

Pelas regras da CBO, Classificação Brasileira de Ocupações, as babás devem cuidar de bebês e crianças, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer.

Todos os combinados com a funcionária, sejam horários, salário, intervalos e atividades devem estar descritos em um contrato. Pode haver um ajuste para que ela exerça outras atividades, como lavar as roupas do bebê, por exemplo. “O importante é que as atividades estejam descritas no contrato para que não se configure acúmulo ou desvio de função”, explica Karolen Gualda, advogada e especialista na área do Direito do Trabalho.

“O contrato estabelece todas as cláusulas que irão reger essa relação. Assim, as duas partes ficarão seguras a respeito do que foi ajustado”, explica a coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Mansur.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Ao empregar uma profissional pela primeira vez, Karolen indicada fazer um contrato de experiência. “Assim, é possível avaliar o trabalho, se o envolvimento com a criança foi o esperado e se a relação está se desenvolvendo como o esperado (o que, principalmente nesse tipo de relação tão próxima, só se descobre mesmo na prática)”.

Se a experiência não for satisfatória, o empregador poderá rescindir o contrato sem precisar arcar com os custos do aviso prévio indenizado ou multa do FGTS. É preciso, porém, ficar atento à dois pontos: o contrato de experiência deverá ser, necessariamente, por escrito e seu prazo não poderá ultrapassar 90 dias.

Nessa situação, se a rescisão acontecer por iniciativa do empregador (antes do final do período), ele deverá pagar as mesmas verbas que a empregada teria direito no final do contrato, além de uma indenização equivalente à metade do salário que ela receberia até a data final.

Se a rescisão antecipada acontecer por iniciativa da empregada, ela receberá as verbas citadas, mas deverá indenizar o empregador pelos prejuízos causados. Esse valor não poderá ser superior ao devido na situação contrária, ou seja, metade dos valores a que ainda teria direito no curso da contratação.

FÉRIAS

A cada 12 meses de trabalho a colaboradora tem direito a 30 dias de férias remuneradas com acrescimo de 1/3. A data não precisa ser exatamente quando a funcionária completa um ano no serviço, mas não pode ultrapassar 12 meses após completar um ano no trabalho. Se isso ocorrer, a babá terá direito a receber férias em dobro.

PAUSAS E DESCANSO

De acordo com a PEC das Domésticas, o intervalo para repouso e alimentação deve ser no mínimo de 30 minutos, e no máximo de 2 horas. Os intervalos não são considerados como horas trabalhadas no cálculo do salário, e devem ser concedidos a cada 6 horas de trabalho.

O trabalho exercido após às 22h até às 5h deverá ser pago com adicional de 20% a mais, como noturno, e caso a pessoa more na empresa, não poderá ser chamada nesse período, tendo em vista se for chamada, o empregador deverá pagar o adicional.

Gleibe Pretti, professor de direito trabalhista da Estácio lembra que o horário noturno deverá ser calculado com a hora reduzida, ou seja, 52 minutos e 30 segundos .

O professor explica que os trabalhos aos finais de semana, que excedam às 44h semanais, tem como escopo o pagamento de 50%. “Caso o descanso semanal remunerado não seja respeitado, o pagamento será de 100%”, diz.

MONITORAMENTO

Se os pais quiserem instalar câmeras para monitorar os filhos em casa, a babá precisa estar ciente.

DEMISSÃO

Quando a babá indica que quer deixar o emprego, ela precisa escrever uma carta de próprio punho pedindo demissão. Devem ser pagos o saldo de férias (se houver), férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário integral ou proporcional.

Se a demissão partir do empregador, ele deve pagar o aviso prévio, saldo de salários, férias, 13º salário e levantar o FGTS, e guias de seguro desemprego. A multa de 40% já foi recolhida nas guias do FGTS/DAE.

Já nos casos em que há maus tratos (natureza física ou psicológica),  improbidades como furto, roubo ou estelionato, assédios ou desleixo, a demissão pode ser por justa causa. “Neste caso, a babá só receberá apenas o saldo de salário e férias vencidas se houver”, explica o professor Gleibe Pretti.

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Colar de âmbar não alivia dores, aponta pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/colar-de-ambar-nao-alivia-dores-aponta-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/colar-de-ambar-nao-alivia-dores-aponta-pesquisa/#respond Fri, 03 Sep 2021 12:29:25 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-02-at-13.19.56-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9249 Querido entre muitos pais, o colar de âmbar é vendido como calmante natural, anti-inflamatório e analgésico. Famosas como Isis Valverde, Karina Bacchi e Gisele Bündchen também são adeptas ao objeto, que é feito de resina vegetal fossilizada da região báltica.

A alta concentração de ácido succínio promete atuar sobre cólicas, instabilidade no sono infantil, alergias e incômodos durante o nascimento dos dentes.

Porém, uma pesquisa jogou um balde de água fria nessas crenças. A publicação da revista Altern Complement Med não encontrou evidências que sugiram que o ácido succínico possa ser liberado dos grânulos para a pele humana.

Além disso, os pesquisadores Michael Nissen, Esther Lau, Peter Cabot e Kathryn Steadman também não encontraram evidências que sugiram que o ácido tenha propriedades anti-inflamatórias.

Mãe de oito filhos, a doula e educadora perinatal Laura Muller acreditava nas promessas de calmaria do colar que ganhou de presente. Usou o enfeite em sua segunda filha, Margot, 5, a partir do terceiro mês.

Ela diz que acreditava nos “efeitos visíveis” do colar, porém “Margot vivia no peito, aconchegada no colo ou no sling”, lembra a empreendedora digital.

“Nunca foi o colar, sempre foi meu colo”, reconhece Laura, que, inclusive, foi quem divulgou essa pesquisa em suas redes sociais.

“Erramos tentando acertar. O desespero e a exaustão fazem isso com a gente”, diz.

“Falam muito sobre as dores de cólica ou dos dentes, mas se esquecem de que os saltos e picos de crescimento também alteram o sono e o comportamento do bebê. É sempre mais fácil associar essa mundaça a algo errado do que a um processo fisiológico e natural que se resolve sozinho”, afirma a doula criticando o mercado que vende soluções rápidas para as famílias.

Mãe de Pedro, 1, Christine Dias, 31, atribui ao colar o fato de seu bebê ser tranquilo e não ter sofrido com cólicas ou dores durante a dentição. Ele passou apenas por leves alterações no sono, mas sem febre ou diarreia –comuns aos bebês nessa fase.

“Não consigo dizer se foi o âmbar ou não, não tenho como provar que foi ele, mas vou continuar usando”, afirma a mãe.

RISCOS

Em 2019, a agência feral americana FDA (Food an Drug Administration, espécie de Anvisa deles) emitiu uma advertência sobre o risco que colares, pulseiras ou tornozeleiras representavam para bebês e crianças pequenas.

No documento, os riscos apontados são de mortes por estrangulamento e engasgo.

Casos os pais ainda queiram usar a joia, pediatras não recomendam usá-la sem supervisão, durante a noite ou quando os filhos estejam sentados no banco traseiro do carro, sem adultos por perto.

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Introdução alimentar: não estamos prontos para aceitar o não de um bebê https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/13/introducao-alimentar-nao-estamos-prontos-para-aceitar-o-nao-de-um-bebe/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/13/introducao-alimentar-nao-estamos-prontos-para-aceitar-o-nao-de-um-bebe/#respond Fri, 13 Aug 2021 14:23:33 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/mario-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9188 Que atire o primeiro brócolis quem nunca se preocupou com a introdução alimentar do seu filho.

O que dar? De que forma? Quanto oferecer e como lidar com a frustração após seu pequeno jogar no chão todo alimento que você passou a manhã preparando para ele devorar feliz.

Quando atende mães e pais nesta fase, a nutricionista materno-infantil Carla Massuia bate sempre na mesma tecla: o enfoque da introdução não é comer, mas ter a oportunidade de conhecer os alimentos.

“Somos de uma geração ensinada a raspar o prato a todo custo e muitas vezes esperamos que nossos filhos comam tudo que é oferecido para eles, mas não há ninguém que goste de tudo”, afirma a especialista.

Ela pontua que os pais se esquecem de que o ato de comer vai se repetir muitas vezes ao dia até o final da vida, e quanto melhor for a relação da criança com o alimento logo no começo, melhor será a relação para o resto da vida.

“Quanto maior guerra para comer, maior será a recusa. Ninguém é feliz comendo a qualquer custo”, diz a nutricionista. Ela também elenca diversos problemas alimentares na vida adulta com os traumas causados durante a alimentação na infância.

A nutricionista, que também é mãe de Mário, de 1 ano, é adepta do método BLW (do inglês Baby Led Weaning ou desmame guiado pelo bebê), aquele em que os pais colocam a criança em um cadeirão e oferecem na bandeja alimentos que ele pode comer usando as mãos. O intuito é estimular o bebê a conhecer diferentes texturas e comer o quanto quiser, na velocidade que desejar.

A principal fonte de nutrição da criança dessa fase ainda é o leite materno ou a fórmula, então a comida é apenas um complemento para eles nessa fase.

Close em Mario, um bebê de 11 meses comendo um brócolis com as mãos. Ele é branco, tem olhos claros, cabelo levemente ruivo. Seu body branco está sujo de comida, assim como seu rosto e cabelo. Apesar da boca cheia, está sorrindo, sentado no cadeirão.
Mário entre os pais Carla e Renê; introdução alimentar é para conhecer diferentes alimentos e não encher a barriga (Fotos de Arquivo Pessoal)

MAS, E A SUJEIRA?

Mesmo que você opte por outro método, certamente alguma sujeira vai ter que encarar, afinal, os bebês estão aprendendo e acidentes podem acontecer (leia comida na roupa, no cabelo ou pratos voando por causa das mãozinhas ágeis deles).

Caso a sujeira seja um impeditivo para experimentar o BLW, Carla Massuia indica o contato com alimentos mais secos, como cenoura ou quiabo, e sugere ao menos uma refeição no estilo, pelo menos uma vez por semana.

“Nossas mãos têm receptores de reconhecimento e ao usá-las para comer, as crianças treinam a coordenação motora, criam intimidade com o alimento e exploram sua cavidade oral. Bebês que reconhecem o que comem ficam mais confortáveis e se alimentam melhor”, diz.

Vale lembrar que nós adultos adoramos apalpar as coisas antes de comprar (seja uma fruta, um livro ou uma roupa). “Com as crianças é igual. Permitir essa experiência, nem que seja uma vez na semana, vai desenvolver habilidades e ampliar o repertório durante a fase oral, que vai até os 18 meses”, completa.

ENGASGO

Quando mama, o bebê faz um tipo de movimento com a língua. Ao começar a comer, a língua passa a lateralizar a comida e jogar o alimento para ser amassado no céu da boca. Para evitar engasgos, os bebês nascem com um mecanismo de defesa chamado reflexo de GAG. É uma ânsia que ele pode apresentar durante a introdução alimentar e que evita que a comida desça de uma vez.

Ao ofertar alimentos para as crianças, os pais devem cortá-los de forma a evitar o engasgo, principalmente os esféricos, como tomate cereja e ovo de codorna (veja mais dicas de cortes de segurança abaixo). Nunca ofereça comida quando o bebês estiverem reclinados, na cadeira de balanço ou deitados. E lembre-se que não são só os sólidos que causam engasgos.

Uma criança nunca deve comer desassistida, principalmente no início. Os pais ou cuidadores devem estar de frente para a criança e com a atenção voltada totalmente para ela. Vale a pena aprender manobras de desengasgo (melhor pecar pelo excesso).

RECUSA

Aos pais cabem três coisas: definir onde a criança vai se alimentar, o que ela irá comer e que horas será a refeição. Evite comer na frente da TV ou sair atrás da criança com o prato na mão. O ideal é sentar-se à mesa e comer junto com os filhos.

A decisão sobre qual alimento dar é de responsabilidade dos adultos, portanto, o filho pode escolher o que quer comer desde que as opções tenham sido dadas pelos pais.

A sensação de previsibilidade traz segurança para os pequenos, por isso, busque ter uma rotina básica, com horários para se alimentar.

Já ao bebê cabe definir a quantidade de alimento, e se vai ou não comer. Afinal, o estômago é dele e o gosto também. “Não estamos prontos pra aceitar o não de um bebê. Fomos criados para comer a todo custo, achando que criança não tinha que querer. Temos uma grande oportunidade de reverter isso, respeitando a escolha dos nossos filhos”, afirma a nutricionista, que atende famílias há 12 anos.

Para tornar esse processo mais leve, a especialista dá mais dicas:

  1. Para o bebê poder iniciar sua aventura com a comida, é necessário que tenha pelo menos 6 meses e que dê sinais de aptidão para iniciar sua jornada: demonstrar interesse pelo alimento, sustentar o tronco e coordenar o movimento mão boca. Isso pode acontecer no dia em que ele faz 6 meses ou não.
  2. A partir daí, podem ser ofertadas todas as frutas, vegetais, cereais (como arroz, aveia, trigo), proteínas de origem animal (ovo, carne, peixe, frango). Neste início, o bebê não precisa de sal e nem de leite de vaca e derivados.
  3. Açúcar deve ser evitado até os 2 anos de vida.
  4. Em geral, essa fase é próxima ao nascimento dos dentes, o que já causa um enorme desconforto para o bebê. Há casos em que a introdução alimentar coincide com o retorno da mãe ao trabalho, então a descoberta pode ser ainda mais angustiante para eles nesse momento, assim como para seus pais. Paciência é a palavra chave.
  5. Ofereça alimentos recusados em novas formas e com outros temperos. No caso de uma recusa recorrente, nunca engane a criança, incluindo esse alimento escondido para forçá-la comer. Isso pode refletir na recusa de mais alimentos.
  6. Comer junto com o bebê e de preferência a mesma comida (apenas temperadas de forma diferente), traz ainda mais confiança para a criança.
  7. Fuja dos mitos e palpites sem base científica. Bebês podem comer todos os tipos de banana, maçã e laranja.
  8. Ofereça bastante água ao longo do dia.
  9. Não há problema algum em repetir as refeições. Nosso filho precisa da gente mais inteira possível. Se um brócolis congelado permitir ter mais tempo com seu filho, vá em frente.
  10. O bebê é exatamente igual a gente: gosta de comida bonita, gostosa, cheirosa e apetitosa. Bote em jogo a boa e velha refoga de alho com cebola, aproveite e já use a salsinha, alecrim, azeite, coentro (há controvérsias), cúrcuma e mais um monte de temperos naturais.
  11. Aos maiores, deixem participar da rotina da alimentação, permita que pegue os alimentos antes do preparo, que lavem as frutas e verduras
  12. Já dizia o ditado: O ladrão de felicidade é a comparação. Cada bebê tem um tempo e um gosto. Relaxe e procure focar em estar com a criança no processo. Comer vai muito além do nutrir o corpo.

MAIS INFORMAÇÕES 

https://www.instagram.com/carlamassuia.nutri/

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Problemas com a amamentação? Veja locais que oferecem ajuda de graça https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/06/problemas-com-a-amamentacao-veja-locais-que-oferecem-ajuda-de-graca/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/06/problemas-com-a-amamentacao-veja-locais-que-oferecem-ajuda-de-graca/#respond Thu, 06 Aug 2020 20:21:48 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-08-05-at-16.22.26-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8932 Apesar da amamentação estar cada vez mais na mídia, é muito comum ouvirmos relatos de mulheres que, mesmo informadas, penaram até a amamentação engrenar.

O respeito à hora dourada (a primeira de vida fora do útero e que o bebê fica em contato pele a pele com a mãe), a pega correta e a distância de mamadeiras e chupetas para evitar confusão de bico não significam sucesso no processo.

Débora que o diga. A mãe da pequena Lucia, de 4 meses, teve apoio no hospital onde a filha nasceu e contou com quatro visitas de uma consultora em amamentação ao longo dos últimos meses. Porém, até hoje passa por incômodos que achava que estariam distantes pelas informações que adquiriu ainda grávida.

“Uma das partes mais difíceis foi a apojadura [descida do leite, que pode ocorrer de 3 a 7 dias depois do parto]. Você tem alta do hospital e sozinha em casa, por causa da pandemia, se vê perdida, com dor, febre e sem saber posicionar o bebê, mesmo sendo algo tão simples”, conta.

“A desinformação ainda é a maior barreira a ser vencida para mudar o perfil de amamentação do nosso país. Muitas gestantes pensam que a amamentação é um processo instintivo e se informam pouco sobre o assunto durante o pré-natal”, observa Cristina Nunes dos Santos, coordenadora da sala e parto e alojamento conjunto do Hospital Sepaco, em São Paulo.

Para se ter uma ideia de como amamentar não é instintivo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a gestante tenha uma consulta com o pediatra ainda durante o pré-natal com 32 semanas de idade gestacional para se preparar para amamentar, mas essa prática não é comum no Brasil.

Deixar programada uma consulta para avaliação da amamentação de 48 a 72 horas após a alta hospitalar também pode ajudar no processo. “Pode ser na UBS ou Banco de Leite mais próximo da sua casa, uma consultora de amamentação ou com o pediatra”, explica Cristina.

Apesar das dores, culpa e até frustrações que passou, Débora conta que insistiu na amamentação por causa dos benefícios que Lucia teria e a insistência trouxe muitos resultados. A bebê está saudável, ganhando peso e apesar das dores que vivenciou por muitas ocasiões, a mãe comemora o resultado.

Em uma situação diferente está Aline. Sua filha, Lorena, de 8 semanas, nasceu bem antes da hora. A data provável do seu parto era 20 de setembro, mas uma pré-eclâmpsia antecipou o parto e a bebê, que nasceu com 26 semanas e 730 gramas, precisou ficar internada no Hospital Santa Joana, em São Paulo, desde então.

Lorena chegou a utilizar leite materno do banco de leite do hospital e hoje toma apenas o leite da mãe. “É impressionante como o leite materno tem trazido resultados no ganho de peso dela”, conta a mãe, que doa em média, 200 ml por dia ao hospital.

“Lorena precisou da doação e do mesmo jeito que foi beneficiada quero ajudar outros bebês na mesma situação”, afirma a mãe.

A previsão de alta é no próximo mês. Enquanto isso, Aline continua extraindo leite do peito e cuida dos hábitos alimentares, aguardando o dia em que pegará a filha e poderá amamentá-la direto no peito, em casa.

“O leite de uma mulher que teve bebê prematuro é diferente do leite de uma mãe que teve o filho com 40 semanas, por exemplo. O leite  tem nutrientes compatíveis com a necessidade de cada bebê”, explica Mercedes Sakagawa, nutricionista e coordenadora responsável pelo lactário e Banco de Leite Humano do Grupo Santa Joana.

Segundo ela, o corpo sempre vai se adaptar e produzir nutrientes necessários para cada fase do bebê. A profissional ressalta também que o leite da mãe tem benefícios de transferência imunológica que nenhum outro alimento pode oferecer.

ENCONTRE APOIO

Para quem não pode pagar pelos serviços de uma consultora em amamentação ou não que sair de casa durante a quarentena, para evitar se contaminar pelo novo coronavírus, segue uma lista de locais que apoiam lactantes de graça. Vale lembrar que gestantes e puérperas fazem parte do grupo de risco e muitas dúvidas podem ser sanadas por telefone, ou chamada de vídeo pelo WhatsApp, inclusive.

Grupo de Quinta – Grupo de Amamentação da Lumos Cultural – SP
Projeto da Lumos cujo objetivo é reunir gestantes e lactantes para discussões à respeito deste tema tão complexo. A roda acontece toda quinta-feira, às 14h30, gratuita e sem necessidade de inscrição prévia. A moderação fica à cargo da fonoaudióloga Kely Carvalho e da pediatra Renata Lamano tendo como premissa o respeito à individualidade e o acesso à informação baseadas em evidências científicas. Durante a pandemia a roda acontece virtualmente. Telefone: (11) 3862 5327 ou (11) 3872 6344


GVA (Grupo Virtual de Amamaentação – Facebook) – https://www.facebook.com/groups/grupovirtualdeamamentacao


Casa Curumim – SP

Rua Pereira Leite, 513, Sumarezinho, São Paulo – SP,

 Atendimento toda terça, no período da manhã, precisa agendar. Telefone: (11) 98133-9360 e (11) 3803-9926

Aplicativo Bella Materna

Em comemoração ao mês de incentivo à amamentação, o Agosto Dourado, a MAM disponibiliza um cupom de acesso a um mês de teste no aplicativo Bella Materna. A experiência oferece às mães e grávidas o acesso gratuito, 24 horas por dia, a consultas com pediatras, obstetras e enfermeiras, além de contar com um conteúdo exclusivo, informativo e especializado. Para utilizar o aplicativo, basta se cadastrar, inserir o cupom e começar a experiência de um mês, até 31 de agosto.  O aplicativo está disponível para Android e iOS, ou pode ser baixado por meio do link: https://www.bellamaterna.com.br/.


Lactare, banco de leite da Eurofarma

Telefone (11) 4144-9604, por WhatsApp (11)  96629-0681 e por e-mail:  bancodeleite@eurofarma.com.br

Hospital da Mulher – Santo André- SP

Rua América do Sul, 285 – Parque Novo Oratório,  Santo André – SP

Segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, Telefone: (11) 4478-5048 ou (11) 4478-5027


Banco de Leite – Unifesp – SP

R. Dr. Diogo de Faria, 395 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04037-001

Telefone: (11) 5576-4891

 


Banco de Leite do Hospital Fêmina – Porto Alegre- RS

Rua Mostardeiro, 17, 8º andar,  Porto Alegre, RS

Telefone: (51) 3314-5362

 


Mais endereços e telefones espalhados pelo país (cadastrados na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano)

Norte: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=norte

Nordeste: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=nordeste

Sudeste: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=sudeste

Centro-oeste: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=centro-oeste

Sul: https://producao.redeblh.icict.fiocruz.br/portal_blh/blh_brasil.php?regiao=sul


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É verdade, na maternidade tudo passa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/02/26/e-verdade-na-maternidade-tudo-passa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/02/26/e-verdade-na-maternidade-tudo-passa/#respond Tue, 26 Feb 2019 17:11:01 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/Fotolia_105310969_Subscription_Monthly_M-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7933 É verdade. Tudo passa. E só melhora!

Chega o dia em que sua filha pede para dormir com a vovó e não pede mais o tetê para dormir.  Chega o dia em que ela dorme a noite inteira e é você quem acorda algumas vezes sem motivo aparente.

Chega o momento em que ela te dá bom dia e diz que quer café da manhã antes mesmo do peito.

E quando ela diz: mamãe vai “trabaiá” e “chá vota”?

E chega o momento em que ela não fica mais pendurada na sua perna chorando enquanto você tenta escovar os dentes ou se pentear.

Agora, ela não chora mais quando saio e me acompanha até a porta dizendo alegremente “tchau mamãe, vai cum Deus”.

Esse é o momento que vivo agora. Ontem ela completou dois anos e já não quer tanto colo, já diz quando sente medo, fome ou sono. Também usa meus sapatos pela casa e pede para usar meu batom (quando não corre e se esconde para passar até na orelha).

Também decide que quer ir ao shopping tomar sorvete.

E aí, ela diz “mamãe, ti amu muito muito muito muito”. E eu entendo quando diziam que o começo é duro, mas passa e dá saudade.

É verdade.

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FMU abre sindicância para apurar caso da estudante de Odonto que diz furar gengiva de crianças https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/06/fmu-abre-sindicancia-para-apurar-caso-da-estudante-de-odonto-que-diz-furar-gengiva-de-criancas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/06/fmu-abre-sindicancia-para-apurar-caso-da-estudante-de-odonto-que-diz-furar-gengiva-de-criancas/#respond Fri, 06 May 2016 14:40:30 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5673 Conversa do Face entre supostas estudantes de Odonto (Reprodução)
Conversa do Face entre supostas estudantes de Odonto (Reprodução)

O caso da estudante de Odontologia que escreveu em seu perfil no Facebook que furava gengiva de criança para que ela parasse de chorar enfureceu muita gente. De forma irônica, ela diz que perguntou a um menino se ele queria o tratamento com ou sem dor.

Depois do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), agora é o Complexo Educacional FMU que informa ter aberto uma sindicância interna para verificar o caso. É que ela seria estudante da FMU.

Em nota, a universidade afirma que vai tomar as providências e que “a condução explicitada em post de Facebook não condiz com as orientações da instituição”.

“Ressaltamos que o Complexo Educacional FMU incentiva o atendimento humanizado da comunidade por intermédio das clínicas da sua escola da saúde”, diz a nota.

No post, a aluna diz que a professora que “sempre berra com crianças que fazem birra” pediu que tomasse uma atitude com o garoto que chorava. “Eu peguei a carpule e dei uma furadinha na gengiva dele, o moleque deu um PULO aí eu falei: vc quer com dor ou sem dor? Aí ele sem dor, ai eu falei então abre a boca e fica quieto! NÃO CHOROU MAIS NADA”, escreveu.

A amiga responde que olha feio para fazer as crianças ficarem quietas. “Mas FURAR amei.”

Os nomes dos perfis das duas supostas alunas não podem mais ser localizados no Facebook.

Segundo o Crosp, é comum haver “manifestações de medo e ansiedade por parte do paciente, em especial quando se trata de crianças, que geram a necessidade de o profissional recorrer a estratégias de comunicação para estabelecer uma relação de confiança, com o uso de técnicas de controle de comportamento e condicionamento”.

Mas afirma que “não há qualquer recomendação técnica no sentido de furar a gengiva do paciente para estabelecer um vínculo de respeito, confiança e colaboração”.

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Conselho de Odontologia vai investigar caso de aluna que diz furar gengiva de criança que chora https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/05/conselho-de-odontologia-vai-investigar-caso-de-aluna-que-diz-furar-gengiva-de-crianca-que-chora/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/05/05/conselho-de-odontologia-vai-investigar-caso-de-aluna-que-diz-furar-gengiva-de-crianca-que-chora/#respond Thu, 05 May 2016 10:27:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5646 Conversa do Face entre supostas estudantes de Odonto (Reprodução)
Conversa do Face entre supostas estudantes de Odonto (Reprodução)

O Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) divulgou nota nesta quarta (4) informando que “está adotando medidas pertinentes para averiguar a veracidade dos fatos” relacionados a uma postagem no Facebook de supostas alunas de um curso de Odontologia da cidade.

Na conversa divulgada nas redes sociais, uma das alunas diz que furou a gengiva de um menino que chorava enquanto ela fazia a profilaxia.

Segundo ela, a professora que “sempre berra com crianças que fazem birra” pediu que tomasse uma atitude com o garoto que chorava. “Eu peguei a carpule e dei uma furadinha na gengiva dele, o moleque deu um PULO aí eu falei: vc quer com dor ou sem dor? Aí ele sem dor, ai eu falei então abre a boca e fica quieto! NÃO CHOROU MAIS NADA”, escreveu ela na postagem.

A amiga da conversa responde que olha feio para que as crianças fiquem quietas. “Mas FURAR amei.”

Os nomes dos perfis das duas supostas alunas não podem mais ser localizados no Facebook.

O Crosp afirma que vai fazer a “identificação dos citados, em prol da ética, da proteção da população e da valorização da Odontologia”.

Segundo o Crosp, é comum haver “manifestações de medo e ansiedade por parte do paciente, em especial quando se trata de crianças, que geram a necessidade de o profissional recorrer a estratégias de comunicação para estabelecer uma relação de confiança, com o uso de técnicas de controle de comportamento e condicionamento”.

Mas afirma que “não há qualquer recomendação técnica no sentido de furar a gengiva do paciente para estabelecer um vínculo de respeito, confiança e colaboração”.

“[…] O Crosp repudia toda e qualquer conduta que visa estigmatizar os procedimentos odontológicos e a figura do cirurgião-dentista como um profissional que provoca dor ou que se relaciona com seus pacientes de forma desumana ou antiética”, diz a entidade.

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Pasta com flúor pode, mamadeira noturna não! Saiba como prevenir a cárie infantil https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/10/02/pasta-com-fluor-pode-mamadeira-noturna-nao-saiba-como-prevenir-a-carie-infantil/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/10/02/pasta-com-fluor-pode-mamadeira-noturna-nao-saiba-como-prevenir-a-carie-infantil/#respond Thu, 02 Oct 2014 11:35:17 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=2168 Estudo divulgado nesta semana no Reino Unido apontou alta incidência de cáries em crianças de até 3 anos. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Odontopediatria, crianças de até 5 anos são as mais afetadas pelo problema.

O presidente da ABO, Paulo Cesar Rédua, diz que pais e cuidadores podem ajudar a combater a cárie infantil por meio de novos hábitos de alimentação e de higiene.

Uma situação muito comum é a de crianças que tomam mamadeira no meio da noite. O problema é que elas adormecem depois sem escovar os dentes. Nesse caso, a recomendação é a de acabar com essa mamada.

O odontopediatra também aconselha os pais a não acostumarem os filhos a mamarem para adormecer.

Aos pais que não conseguirem suspender essas mamadas, Rédua diz que eles não devem adoçar o leite.

Ele também condena a introdução de sucos artificiais nas mamadeiras. “Tem muita gente que coloca suco de caixinha na mamadeira, e ele é muito açucarado.”

HIGIENE

O especialista recomenda a escovação do dente da criança com creme com flúor ao menos três vezes ao dia: de manhã, após o almoço e antes de dormir.

Antigamente, alguns odontopediatras diziam que crianças de até 3 anos não podiam usar creme dental com flúor por não saberem cuspir e pelo risco de engolir a pasta.

Segundo Rédua, existe uma quantidade de pasta, que mesmo que a criança engula, não traz riscos à saúde. É equivalente a um grão de arroz cru _quantidade, de acordo com ele, recomendada por várias sociedades internacionais de odontopediatria.

“Foi a pasta com flúor que ajudou a reduzir a incidência de cáries na população. Crianças podem sim usá-la. Só que pasta não foi feita para ser comida. E crianças de até 3 anos precisam ser supervisionadas durante a escovação”, diz ele.

Além dos hábitos alimentares e de higiene, Rédua diz que os pais devem levar o filho ao dentista assim que surgir o primeiro dente.

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Como fazer a escovação e a ida ao dentista ser sem traumas para os filhos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/07/16/como-fazer-a-escovacao-e-a-ida-ao-dentista-ser-sem-traumas-para-os-filhos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/07/16/como-fazer-a-escovacao-e-a-ida-ao-dentista-ser-sem-traumas-para-os-filhos/#respond Wed, 16 Jul 2014 15:11:34 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=1732 Muitos bebês e crianças fazem um verdadeiro ‘escândalo’ na hora que uma escova de dentes é levada em sua direção. Mas, como fazer com que esse momento do nosso cotidiano seja o menos ‘traumático’ para nós e nossos filhos? Se a escovação é ruim, imagina então a ida ao dentista. Mas, dentistas dizem que é possível transformar em diversão esses momentos de ‘tensão’.

Uma dica é deixar a criança ‘brincar’ com a escova, mastigar as cerdas até que acabe a ‘curiosidade’ e ela se ‘familiarize’ com aquele objeto. “Na hora da escovação, é muito importante ter delicadeza na manipulação. Por ser uma região sensível, pode gerar algum tipo de desconforto para o bebê”, comenta a dentista Marina Beloti.

Ela também aconselha os pais a escovar os seus dentes com o bebê para “dar o exemplo”. Outro fator importante é colocar a escovação como rotina na higiene do bebê assim como lavar as mãos, por exemplo.  “A consciência da higienização e a criação do hábito de ter a boca limpa são fatores relevantes para a saúde bucal da criança. A limpeza deve iniciar já com o nascimento dos primeiros dentes”, explica.

Segundo a dentista, os pais no início podem utilizar apenas uma gaze umedecida ou escova pediátrica macia. “Quando o bebê apenas mama ainda não é necessário o uso de creme dental”, ressalta. Após a introdução de alimentos, após os seis meses, as pastas podem começar a ser introduzidas.  A recomendação é usar pasta sem flúor até que a criança aprenda a bochechar e cuspir a pasta já que o flúor não deve ser engolido.

PRIMEIRA CONSULTA

A dentista aconselha a procura de um odontopediatra quando o bebê ainda está na barriga da mãe. Segundo ela, nessa consulta os pais são apenas orientados sobre a importância da higienização, a amamentação e até os prejuízos causados por utilizar chupetas e mamadeiras. Depois, ela aconselha retornar ao consultório somente quando começarem a surgir os primeiros dentes do bebê – normalmente após os seis meses de vida.

A dentista Mônica Barreto Pereira diz que nem sempre o bebê vai desde cedo ao dentista, mas que isso deve ser feito assim como é o acompanhamento com o pediatra pois a criança vai ganhando empatia com o profissional.

Já com os maiorzinhos que vão pelo consultório pela primeira vez, ela conta que conversa muito com a criança e descobre suas preferências antes da consulta. “Se gosta de super-herói, por exemplo, puxo as brincadeiras e fantasias nessa direção. Se gosta de Peppa, invento outras historinhas”, comenta. A luzinha usada para examinar pode virar a o farol de um carro, os óculos colocados na profissional e no pequeno paciente também viram momentos de brincadeira.

“É muito importante os pais tratarem a escovação como um momento natural, como dar banho, trocar a fralda. Cada pai tem seu jeitinho de ‘convencer’ a criança a fazer esses procedimentos de higiene, então, não deve ser diferente na hora de escovar os dentes”, comenta.  A odontopediatra diz que vale usar musiquinhas, livros, dancinhas e outros artifícios lúdicos.

Para ela, os pais também não devem demostrar para os filhos o medo que muitas vezes eles próprios têm do dentista.

O exame odontológico nos pequenos é um procedimento minimamente invasivo. “O consultório odontológico é transformado em uma verdadeira brinquedoteca e por meio de brincadeiras o profissional apresenta os equipamentos, instrumentos e acessórios que irão condicionar a criança e aceitar a intervenção de maneira mais tranquila”, diz Marina, que dá cursos de orientação aos pais sobre higiene bucal. Ela comenta que quanto mais relaxada e confiante estiver a criança, melhor será o desenrolar da consulta.

A publicitária Miriam Barreto, 33, levou recentemente a filha Sara,3, na primeira consulta. Ela conta que a dentista conversou muito com a criança antes de irem para a cadeira.  “Ela usou fantoches, livros, contou historinhas. Foi tudo muito lúdico. Ela literalmente preparou ‘o meio de campo’ para ganhar a confiança da minha filha”, comenta.

Durante a consulta, a menina deixou que a dentista olhasse dentro da sua boca sem a menor crise. “Ela chegou a colocar um óculos nela de brinquedo e no fim a cadeira da consulta virou um escorregador”, diz Miriam, uma das autoras do blog Na Pracinha.

CÁRIE DE MAMADEIRA

Nas consultas, uma dos alertas dos dentistas é em relação a um dos erros mais comuns cometidos pelos pais após a criança desmamar do seio materno: dar o leite na mamadeira após a escovação dos dentes. “A mamadeira com leite artificial envolve um alimento com açúcar e, associado à má higiene, predispõe a criança à cárie”, comenta Marina.

A dentista Mônica diz que a chamada ‘cárie de mamadeira’ pode ser evitada se os pais mudarem esse costume de deixar a criança adormecer com a mamadeira na boca.

Para a maioria dos dentistas, a mamadeira e a chupeta são dois ‘vilões’ e devem ser evitados devido aos prejuízos que pode causar na arcada dentária da criança.

A alternativa é recorrer aos copinhos onde o bebê consegue realizar o movimento de sucção de maneira muito semelhante à que realizaria no seio de sua mãe. Essa opção deve ser usada principalmente, segundo especialistas em amamentação, por bebês que mamam no seio da mãe e que são amamentados por terceiros enquanto a mãe está no trabalho, por exemplo. Os copos fazem com que não haja confusão de bicos, ou seja, o bebê não vai querer trocar o seio pela mamadeira.

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