Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 No mês da ‘paciência negra’, curadora de livros cobra mais pesquisa em obras infantis https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/no-mes-da-paciencia-negra-curadora-de-livros-cobra-mais-pesquisa-em-obras-infantis/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/no-mes-da-paciencia-negra-curadora-de-livros-cobra-mais-pesquisa-em-obras-infantis/#respond Fri, 19 Nov 2021 13:24:45 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/kit-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9438 Ao longo de todo o mês de novembro, a educadora Sarah Carolina, do @maternagempreta, está usando seu Instagram para publicar pílulas antirracistas.

“Bullying é diferente de racismo” ou “Assuma que definitivamente não somos todos iguais” estão entre os tópicos das postagens do mês da Consciência (ou paciência) negra, como ela diz.

Leitora voraz, aos 11 anos Sarah percebeu pela primeira vez a falta de representatividade nos livros em “O mundo de Sofia”.

“Perguntei pra minha mãe se não existia filósofo preto. Ela me deu uma resposta bem dura, mas que foi muito importante: pessoas brancas escrevem sobre pessoas brancas, para leitores brancos. Então eu tive o start de procurar autores negros”, conta.

Sarah começou a lecionar em escolas públicas em 2010 e sempre se deparou com racismo, inclusive conta que ele era reproduzido entre os alunos negros.

“Achei que era uma obrigação como professora e também como negra educar para mudar isso.  Nós, pessoas pretas, geralmente não podemos nos dar ao luxo de não incentivar o antirracismo, é uma questão de sobrevivência”, afirma.

Ao deixar a sala de aula, decidiu manter a empreitada que iniciou na última escola onde lecionou: divulgar publicações de qualidade. Nasceu aí o kit Kekerê, um clube de assinatura de literatura infantil antirracista, cujo lema é que a leitura não pode ser privilégio de famílias brancas, com dinheiro, e sim, deve alcançar a todos.

Curadora de livros infantis cobra mais pesquisa e respeito à história dos negros (Arquivo Pessoal)

Na curadoria, ela leva em consideração se as histórias apresentam personagens negros, se todas as crianças, inclusive brancas sentem interesse, se a publicação valoriza a cultura e história afro-brasileiras, se os autores são negros (que sabem o que é ser uma criança preta em uma sociedade racista), ou brancos com trajetória assumidamente antirracista e se o material possui impressão de qualidade.

“No fim tem que passar pelo crivo da criançada. Leio pro meu filho Lucas ou filhos de amigos e observo as reações deles. Já aconteceu de eu achar um livro incrível e as crianças acharem chato”, revela a mãe de Murilo, 18, Lucas, 6 e Maya, 1.

Sarah faz uma crítica aos livros que são considerados afirmativos, mas que foram escritos apenas  para atender um nicho. “Pessoas negras finalmente passaram a ser vistas como consumidoras e por isso muita gente correu para escrever para leitores negros, apenas para se aproveitar da demanda e pela pressa do lucro. Não se deram tempo de refletir sobre o que e como essas obras estavam sendo escritas”, observa.

“Não adianta apenas pegar um personagem branco e lhe atribuir características físicas que o transformem em negro. Falta criticidade e conhecimento sobre alguns temas. Faltam pesquisa e um diálogo sobre as dores do ser negro: mesmo na infância, a vivência da pessoa negra é diferente, e um autor comprometido precisa entender isso”, pontua.

Ela diz que um autor que se propõe a escrever sobre a cultura esquimó, por exemplo, pesquisa e conversa com pessoas que vivenciam essa cultura. Da mesma forma, escrever sobre pessoas pretas requer pesquisa. “Muitos autores parecem dispensar essa etapa, pois supostamente já conhecem nossa cultura (ensinada tortamente na escola onde o negro é sempre o escravizado, a mão de obra etc). Isso é inclusive, o reflexo de um racismo estrutural onde o negro não representa uma cultura, separado da história branca eurocêntrica”, conclui.

SERVIÇO

Kit Kekerê – clube de assinatura de leitura infantil com conteúdo antirracista, a partir de R$29,90 (assinatura mensal)

Instagram –https://www.instagram.com/maternagempreta/

Contato: maternagempreta@gmail.com

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Como explicar o autismo para crianças? Livro infantil sobre cientista pode ajudar https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/08/como-explicar-o-autismo-para-criancas-livro-infantil-sobre-cientista-pode-ajudar-veja-mais-dicas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/08/como-explicar-o-autismo-para-criancas-livro-infantil-sobre-cientista-pode-ajudar-veja-mais-dicas/#respond Mon, 08 Nov 2021 14:38:18 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-02-at-13.12.13-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9351 Contar histórias para uma criança é uma poderosa oportunidade para aumentar o vínculo com os pais ou cuidadores, transformar a maneira como elas compreendem o mundo e como enfrentam seus problemas.

As histórias auxiliam no desenvolvimento da imaginação, na capacidade cognitiva e na inteligência emocional. Além disso, a leitura pode ajudar na formação da identidade e ser um meio para afastar preconceitos.

O livro “A Menina Que Pensava Por Meio de Imagens – A História da Cientista Temple Grandin” (Julia Finley Mosca, nVersinhos), por exemplo, é muito útil para explicar o comportamento e a maneira de agir de alguém diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Capa do livro traz Temple ainda menina com camisa azul e branca e lenço amarelo no pescoço olhando para cima. Saindo dos seus pensamentos sobre ela, desenhos de prêmios, um foguete, uma cavaleira sobre o cavalo e rascunhos de projetos que ela desenhou.

A obra traz a biografia da cientista Temple Grandin, que chegou a ser expulsa da escola por mau comportamento. Na verdade, ela não gostava de claridade, barulhos e abraços apertados. Enquanto os médicos diziam que seu cérebro não funcionava, sua mãe sabia que ela era apenas diferente e não inferior. Seu desenvolvimento foi surpreendente após ser levada para a fazenda. Aprendeu a falar com quatro anos, estudou e se formou em três universidades. Temple foi premiada por diversas invenções que auxiliam na criação de animais e, em 2010, foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes, segundo a revista Time.

“A Vaca foi pro Brejo” (Adriana Fernandes e Daniel Kondo, VR editora) passeia de forma bem-humorada por algumas expressões populares da língua portuguesa como “deu zebra”, “na mosca” e “a porca torce o rabo”.

Capa do livro A vaca foi pro brejo traz uma vaquinha preta e branca atolada em um brejo

O primeiro dia de aula pode ser amedrontador, né? Mas “O Monstro da Cores” (Anna llenas, Editora Aletria) vai à escola e descobre que a aula de música, o intervalo, a soneca e a contação de história não se assemelham aos monstros, selvas cheias de armadilha e local cheio de animais ferozes que imaginava ser.

Mudar de lugar e descobrir que seus medos podem ser trocados por alegria também é o mote de “O Muro no Meio do Livro” (Jon Agee, Editora Pequena Zahar). Um cavaleiro está seguro de que o muro o protege dos perigos do outro lado, mas nem tudo é o que parece.

Alguma vez você se sentiu culpada por não ser uma mãe perfeita? Existe mãe perfeita? Qual o momento mais bizarro ou constrangedor que você viveu ao lado de sua mãe em um local público? Nas reuniões de pais na escola, o que sua mãe mais ouvia a seu respeito? Até que ponto você confia em sua mãe?

Essas são algumas das 100 perguntas do livro-caixinha “Mãe e Filha” (Solange Depera Gelles, Giovanna e Paula Depera Rodella, Editora Matrix). Escrita por mãe e filhas, a obra pretende estimular o diálogo e tornar o convívio mais harmonioso e intenso.

Para os pais que preferem usar aplicativos de leitura, seguem mais dicas:

Livrin (gratuito, mas é também possível comprar livros dentro do aplicativo por R$ 16,90 cada)
A ferramenta conta com histórias infantis que colaboram com uma criação feminista para meninas e meninos, e valoriza o enriquecimento cultural da criança, apresentando novas palavras e oportunidades de aprendizado. As histórias são ótimas para que os pais leiam com as crianças, mas elas também podem se divertir sozinhas, já que há a possibilidade de narração e texto bastão, que facilita a leitura para as crianças em alfabetização. Além disso, os conteúdos são apresentados em três idiomas – português, inglês e espanhol. Interessante para um contato inicial com outras línguas. O app está disponível para download na Google Play Store e Apple Store.

As minhas histórias (gratuito)

Conjunto de histórias infantis para ler em família, com possibilidade de responder a pequenas perguntas sobre cada história e desenvolver a interpretação de texto.
No app disponível para Android, a criança pode escolher um conto da lista ou clicar no botão “história aleatória”. Os títulos são atualizados com frequência e entre os disponíveis, estão: João e Maria, A Princesa e o Sapo, O Gato de Botas, A Galinha dos Ovos de Ouro e outros.

Glorify (gratuito e planos mensal e anual, de R$ 14,90 a R$ 149,90)

O aplicativo disponibiliza diariamente citações, reflexões bíblicas, meditações guiadas, orações e músicas. Há uma playlista em parceria com 3 Palavrinhas e Hora de Dormir, além de histórias infantis contadas por embaixadores do app. As histórias são indicadas para ouvir antes de dormir. Está disponível na Google Play Store e Apple Store.

StoryMax (gratuito)

A premiada publicadora StoryMax tem um app que reúne todas as suas histórias já publicadas (gratuitas e pagas). Os livros recontam clássicos, narrativas populares e poemas com textos originais e adaptações, efeitos de som, narração e interatividade na medida certa para engajar crianças e jovens que adoram ficar imersos em tablets e smartphones. O app também está disponível para download na Google Play Store e Apple Store.

Inventeca (há histórias gratuitas, mas o app também oferece planos que vão de US$ 5,99 a US$ 31,99)

O aplicativo Inventeca apresenta histórias ilustradas para envolver leitores de todas as idades. Pais e outros cuidadores podem reforçar laços com os pequenos por meio da narração. Basta escolher uma história, soltar a imaginação e contar sua própria versão individualmente ou em grupo: ela ficará gravada no app, podendo ser compartilhada com amigos e parentes e até virar livros impressos para colecionar e presentear.
Com narrativas ilustradas assinadas por autores de livros infantis premiados, o app exercita a fala e capacidade de ler imagens e contar histórias em qualquer língua. Está disponível para download na Google Play Store e Apple Store.

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‘Equilíbrio não existe’, afirma Flávia Calina sobre atenção dada aos filhos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/equilibrio-nao-existe-afirma-flavia-calina-sobre-atencao-dada-aos-filhos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/equilibrio-nao-existe-afirma-flavia-calina-sobre-atencao-dada-aos-filhos/#respond Fri, 05 Nov 2021 17:01:23 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/2-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9360 Quem assiste aos vídeos da educadora Flávia Calina no YouTube pode até pensar que seus filhos nunca brigam, não fazem birra ou jogam as coisas longe quando são contrariados.

Na verdade, ela afirma que Victória, 7, Henrique, 5 e Charlie, 2, são como todas as crianças e passam por tudo isso também, mas que exibir cenas constrangedoras deles não é o intuito do canal, que tem quase oito milhões de inscritos.

Seu primeiro vídeo no YouTube foi publicado em fevereiro de 2009. Na época, ensinava a usar maquiagem e testava produtos.

Com o nascimento de Victoria, há 7 anos, as gravações saíram da frente do espelho e passaram a acompanhar a rotina da família, incluindo viagens, idas ao médico e teste de receitas. As gestações seguintes também foram exibidas no canal, assim como a mudança de casa e um surto recente de pé mão boca.

Flávia mora nos Estados Unidos desde 2005 e conta que algumas diferenças culturais são bastante acentuadas. A principal delas, a forma como os pais americanos ensinam seus filhos a serem independentes desde cedo.

Em conversa com o Blog Maternar, Flávia falou sobre educação respeitosa, equilíbrio na hora de dar atenção para as crianças e a importância de respeitar os sentimentos delas, assunto que aborda nos três livros que lançou recentemente em parceria com a Johnson’s.

Blog Maternar – Você está nos Estados Unidos desde 2005 e trabalhou um tempo como educadora aí. Quais as principais diferenças você encontrou na educação entre os dois países?

Flávia Calina – Há muitas diferenças, mas a principal delas é a independência. No Brasil, a gente era “babá” dos alunos. É normal tratarem as crianças como bebezões por mais tempo. Aqui, com dois anos, por exemplo, eles já se servem e raspam o prato. Em 2007, eu fiz um curso na Califórnia sobre respeito com bebês. Ele abriu minha mente sobre o quanto tentamos fazer tudo por eles, inclusive controlar os sentimentos ou ditar como devem se sentir. Quando comecei a observar as crianças no meu trabalho e depois os meus filhos, a relação melhorou muito, porque eles se sentiam vistos e ouvidos. Também trabalhei com muitas professoras tradicionais que achavam que criança tinha que ficar no seu lugar, eram ríspidas. É difícil mudar essa mentalidade, não fomos ensinados dessa forma. A gente tem vergonha do que a gente sente, não falamos que temos inveja para ninguém. Precisamos aplicar esses ensinamentos primeiro com a gente e aí enxergamos a criança como uma pessoa completa.

Blog Maternar – Os livros trazem seus filhos em momentos de raiva, tranquilidade, medo, confiança, tristeza e alegria. Como escolheu os temas e como faz para trazer leveza a temas delicados, como a birra? 

Flávia Calina – Assim como os adultos, as crianças também experimentam quase todos os dias raiva, tristeza, inveja e medo. A diferença é que nem sempre eles conseguem identificar esses sentimentos. E por não conseguirem explicar o que estão sentindo, pode ser que se joguem no chão ou joguem alguma coisa na parede. Isso não é ok, mas todo comportamento é uma comunicação que ocorre quando elas não conseguem expressar o que estão sentindo. É a partir desses comportamentos que elas mostram o que realmente precisam. Os livros convidam a prestar atenção nesses sentimentos, porque muitas vezes ficamos cegos diante dos comportamentos e mascaramos a necessidade real das crinaças.

Blog Maternar – O choro das crianças pode causar incômodo em alguns adultos e por vezes é silenciado pelo famoso “engole o choro”. Como mudar essa raíz cultural que normaliza esse e outros tipos de violência?  

Flávia Calina- Temos que normalizar o choro. Uma criança não chora porque é mimada, mas porque está realmente sentindo algo. Muitos buscam distrair a criança porque ficam desconfortáveis com aquele sentimento. Normalizar os sentimentos move a violência para longe, por meio da empatia. Chorar não é errado e não é defeito, como digo no livro. Se a criança está com raiva, por exemplo, no lugar de falar “não pode”, observe e diga: você tá com raiva? Como está se sentindo? O que podemos fazer para você não sentir raiva? Eu não sou perfeita, também piso na bola, mas quando isso ocorre, eu peço desculpas e aproveito para ensinar aos meus filhos que sempre há uma nova chance, uma esperança que dá para melhorar, fazer diferente.

Equilíbrio não existe, diz Flávia sobre atenção dada aos filhos (Arquivo Pessoal)

Blog Maternar – Você tem três filhos de idades diferentes (7, 5 e 2). Como faz para equilibrar a atenção para cada um deles e continuar produzindo conteúdo na internet, cuidando da casa e da empresa (loja de roupas)?

Flávia Calina – Cheguei a conclusão de que o equilíbrio não existe. Sempre a gente vai dar mais atenção de um lado e acabar deixando o outro. Mas sigo alguns principios que me ajudam a priorizar. Por exemplo, o Charlie quando era bebê precisava de muito colo, do contato físico. A Vic pede uma atenção diferente , típica da idade dela. O Henrique é o mais independente, mas tem necessidade de ter um tempo junto brincando. Em geral não me pede muitas coisas, apenas para que eu jogue um pouco com ele. O importante é sempre enxergar a pessoa, ouvir, se colocar no lugar e perceber qual a necessidade naquele momento. Todos querem se sentir vistos e amados.

Blog Maternar – Recentemente, no aniversário de um dos seus filhos, os demais irmãos entregaram presentes para o aniversariante e não ganharam nada. Como educar para não sentir inveja e entender que naquele dia não ganharão nada?   

Flávia Calina – Não há solução rápida para criar filhos, todo dia é uma sementinha. É preciso regar, falar e aparar arestas. Quem tem irmão ou teve primos próximos sabe que há competição. O que não devemos fazer é envergonhá-los por sentirem o que sentem, porque muitas vezes eles não sabem lidar com aquilo. Já passei por isso aqui e procuro dizer: você também queria isso? Eu entendo, mas você se lembra de quando foi sua vez? Como será no seu aniversário? Procuro levar pro lado de sentir algo gostoso ao ver o outro feliz e curtir junto. Nós ensinamos o ABC para as crianças, a se vestirem, e não ficamos bravos quando erram a conta ou a forma de colocar a roupa. Porém, quando sentem ciúmes, nós ficamos bravos. O problema é que eles vão dar um jeito desse sentimento fazer sentido para eles e o comportamento pode virar uma bola de neve. Costumo dizer que o papel dos pais é serem mentores: como eu quero que ele enxergue a vida? As crianças têm que saber que eles sempre têm com quem contar.

Blog Maternar – Seu canal exibe sua vida, sua rotina, você fala sobre algumas dificuldades e até expõe vulnerabilidades. Um exemplo é quando se trancou no closet e chorou falando sobre suas dores no puerpério do Charlie. Qual o limite da exposição? O que entra e o que você prefere ocultar do seu público?

Flávia Calina – Essa é a pergunta que me faço diariamente. Eu tento me colocar no lugar deles, mas sei que não sou eles. Evito choros, cenas que podem soar engraçadinhas, mas que gerem constrangimentos. Vídeos com biquini ou momento de birras também não entram. Pode até soar que quero parecer perfeita, mas não é isso. Não consigo imaginar eu discutindo com meu marido e alguém colocando o vídeo na internet. Eu sempre aviso que vou gravar antes e agora que são maiores conseguem entender esse trabalho, principalmente quando nos reconhecem na rua.  A Vi é quem mais veta coisas. Ela tem mais vergonha e o não dela é não. Além disso, o canal não é das crianças. Se fosse, teria que forçar a gravação. Depender somente da criança é ruim porque uma hora expana. Minha bandeira é o respeito com a criança. Minha missão é que mais  pessoas entendam essa mensagem.

LIVROS

Flávia lançou recentemente, em parceria com a Johnson´s, três livros infantis que falam sobre emoções. Cada “Me sinto amado quando estou…” traz dois sentimentos distintos (tristeza e felicidade, medo e confiança, e raiva e tranquilidade).

Por meio de vivências com seus filhos, ela mostra como reconhece, valida e lida da melhor forma com o que sentem. “Sentir-se amado em todas as ocasiões faz toda diferença”, diz a idealizadora do movimento “Ganhe o coração de uma criança”.

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Quer contratar uma babá e não sabe por onde começar? Veja algumas dicas https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/30/quer-contratar-uma-baba-e-nao-sabe-por-onde-comecar-veja-algumas-dicas/#respond Sat, 30 Oct 2021 17:38:50 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-25-at-15.42.40-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9354 Está pensando em contratar uma babá e não sabe por onde começar? Aqui vão algumas dicas que poderão te dar uma luz na hora de escolher alguém para cuidar dos seus pequenos.

Em primeiro lugar, pergunte para pessoas próximas se há alguma indicação. Grupos de pais da escola, academia, do condomínio, amigos dos amigos e colegas no trabalho podem facilitar a busca e indicar pessoas conhecidas.

Durante o período de entrevista e contratação, verifique referências (ligando para antigos patrões),  pergunte sobre flexibilidade de horário, verifique a experiência (facilidades e dificuldades), se tem noção de primeiros socorros e quais atividades ela poderia fazer com a criança da idade da sua.

Sonde se a profissional está disposta a aprender e se é aberta a novos conceitos: envie posts, artigos e empreste livros. Vale perguntar qual o sonho dela e como você poderia ajudá-la. “Essa pergunta aproxima, conecta e abre infinitas possibilidades de troca”, diz Olga Capri, do Amamente Mais. Olga também orienta pedir um relato de alguma situação difícil que ela viveu e como resolveu a questão.

Valores inegociáveis como tempo de telas, uso de bicos artificiais ou ingestão de açúcares, por exemplo, devem ser pontuados o quanto antes.

DIREITOS

As babás se enquadram na modalidade serviços domésticos. Precisam ser registradas em carteira e ter vale transporte, FGTS, férias, 13º salário, horas extras, adicional noturno, licença-maternidade, aviso prévio e outros benefícios que o empregador queira oferecer.

É importante ter claro que além do salário bruto, é preciso incluir na organização financeira o INSS de 8,8% e os 11,2 % do FGTS, além do vale transporte (é permitido descontar até 6% do salário da profissional para arcar com esse benefício).

Babás não podem receber salário inferior ao mínimo federal ou piso da categoria no estado. Em São Paulo, por exemplo, o piso hoje está em R$ 1.163,55. A experiência da profissional, formação, quantidade de crianças sob sua responsabilidade, se precisará dirigir e demais tarefas que ela realizará também devem influenciar no valor a ser pago.

FUNÇÃO E COMBINADOS

Pelas regras da CBO, Classificação Brasileira de Ocupações, as babás devem cuidar de bebês e crianças, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer.

Todos os combinados com a funcionária, sejam horários, salário, intervalos e atividades devem estar descritos em um contrato. Pode haver um ajuste para que ela exerça outras atividades, como lavar as roupas do bebê, por exemplo. “O importante é que as atividades estejam descritas no contrato para que não se configure acúmulo ou desvio de função”, explica Karolen Gualda, advogada e especialista na área do Direito do Trabalho.

“O contrato estabelece todas as cláusulas que irão reger essa relação. Assim, as duas partes ficarão seguras a respeito do que foi ajustado”, explica a coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Mansur.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Ao empregar uma profissional pela primeira vez, Karolen indicada fazer um contrato de experiência. “Assim, é possível avaliar o trabalho, se o envolvimento com a criança foi o esperado e se a relação está se desenvolvendo como o esperado (o que, principalmente nesse tipo de relação tão próxima, só se descobre mesmo na prática)”.

Se a experiência não for satisfatória, o empregador poderá rescindir o contrato sem precisar arcar com os custos do aviso prévio indenizado ou multa do FGTS. É preciso, porém, ficar atento à dois pontos: o contrato de experiência deverá ser, necessariamente, por escrito e seu prazo não poderá ultrapassar 90 dias.

Nessa situação, se a rescisão acontecer por iniciativa do empregador (antes do final do período), ele deverá pagar as mesmas verbas que a empregada teria direito no final do contrato, além de uma indenização equivalente à metade do salário que ela receberia até a data final.

Se a rescisão antecipada acontecer por iniciativa da empregada, ela receberá as verbas citadas, mas deverá indenizar o empregador pelos prejuízos causados. Esse valor não poderá ser superior ao devido na situação contrária, ou seja, metade dos valores a que ainda teria direito no curso da contratação.

FÉRIAS

A cada 12 meses de trabalho a colaboradora tem direito a 30 dias de férias remuneradas com acrescimo de 1/3. A data não precisa ser exatamente quando a funcionária completa um ano no serviço, mas não pode ultrapassar 12 meses após completar um ano no trabalho. Se isso ocorrer, a babá terá direito a receber férias em dobro.

PAUSAS E DESCANSO

De acordo com a PEC das Domésticas, o intervalo para repouso e alimentação deve ser no mínimo de 30 minutos, e no máximo de 2 horas. Os intervalos não são considerados como horas trabalhadas no cálculo do salário, e devem ser concedidos a cada 6 horas de trabalho.

O trabalho exercido após às 22h até às 5h deverá ser pago com adicional de 20% a mais, como noturno, e caso a pessoa more na empresa, não poderá ser chamada nesse período, tendo em vista se for chamada, o empregador deverá pagar o adicional.

Gleibe Pretti, professor de direito trabalhista da Estácio lembra que o horário noturno deverá ser calculado com a hora reduzida, ou seja, 52 minutos e 30 segundos .

O professor explica que os trabalhos aos finais de semana, que excedam às 44h semanais, tem como escopo o pagamento de 50%. “Caso o descanso semanal remunerado não seja respeitado, o pagamento será de 100%”, diz.

MONITORAMENTO

Se os pais quiserem instalar câmeras para monitorar os filhos em casa, a babá precisa estar ciente.

DEMISSÃO

Quando a babá indica que quer deixar o emprego, ela precisa escrever uma carta de próprio punho pedindo demissão. Devem ser pagos o saldo de férias (se houver), férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário integral ou proporcional.

Se a demissão partir do empregador, ele deve pagar o aviso prévio, saldo de salários, férias, 13º salário e levantar o FGTS, e guias de seguro desemprego. A multa de 40% já foi recolhida nas guias do FGTS/DAE.

Já nos casos em que há maus tratos (natureza física ou psicológica),  improbidades como furto, roubo ou estelionato, assédios ou desleixo, a demissão pode ser por justa causa. “Neste caso, a babá só receberá apenas o saldo de salário e férias vencidas se houver”, explica o professor Gleibe Pretti.

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Campanha quer desmitificar que filhos arruínam carreiras https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/campanha-quer-desmistificar-que-filhos-arruinam-carreiras/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/campanha-quer-desmistificar-que-filhos-arruinam-carreiras/#respond Thu, 07 Oct 2021 16:13:40 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/filhosnocurriculo-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9319 “Manhêêê, terminei, vem me limpar? Muitos profissionais em home office certamente passaram por essa situação durante a pandemia.

Mesmo quem não possui filhos foi convidado a olhar essa cena com outros olhos, afinal, o trabalho invisível ganhou luz.

Pensando em aumentar o sentimento de pertencimento e acolher colabordores com filhos, a campanha #filhosnocurrículo estimula patrões e empregados a incluirem essa informação nas redes sociais.

“Convidamos empresas a repensarem as suas relações de trabalho e desconstruírem vieses para que se tornem um lugar inspirador onde pessoas queiram entrar, estar e construir uma carreira”, diz Camila Antunes, cofundadora da Filhos no Currículo.

“Acreditamos que é possível construir uma relação de vínculo e presença com os filhos sem desconstruir uma carreira”, conclui.

Um dos modelos de card disponíveis para quem quiser participar da campanha (link abaixo para download)

NAS REDES

Quem deseja participar da campanha pode postar uma imagem  no Instagram ou Linkedin (link para download abaixo), incluir a hashtag #filhosnocurrículo e escrever uma breve reflexão sobre as  habilidades que os filhos ou enteados agregaram.

“A maternidade me estimulou a desenvolver gestão do tempo, capacidade de observação e percepção mais aguçadas, maior vontade de vencer, acolher os problemas do outro e [aprendi] a ouvir mais que falar”, destaca assistente executiva Annie Baracat,43, mãe de Lilo, 5.

“Hoje não sou somente mulher, ou somente mãe. Sou mulher-mãe, ou mãe-mulher. Uma não existe sem a outra. Após me tornar mãe, me senti muito mais potente e motivada e sou uma profissional muito melhor apos ele”, afirma Annie.

Para ganhar mais força, as organizadoras também sugerem desafiar amigos nas redes sociais.

Link para mais informações: https://filhosnocurriculo.com.br/downloads/

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Quer desmamar seu filho? Sinais ajudam a reconhecer o melhor momento https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/quer-desmamar-seu-filho-sinais-ajudam-a-reconhecer-o-melhor-momento/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/quer-desmamar-seu-filho-sinais-ajudam-a-reconhecer-o-melhor-momento/#respond Thu, 09 Sep 2021 13:50:43 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-08-at-12.49.25-6-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9269 Assim como sentar, andar, correr ou falar, o desmame deve ser encarado como um processo e não um evento.

Partindo desse princípio, nenhuma criança anda ou fala antes de estar pronta e nenhuma deveria ser desmamada antes de estar madura para isso.

literatura não crava uma idade certa, mas aponta maturidade quando a criança aceita outras formas de consolo, permite não ser amamentada em certas ocasiões, consegue dormir fora do peito e prefere outra atividade a mamar. Além disso, não demonstra ansiedade quando o peito é recusado e tem uma alimentação variada estabelecida.

Aguardar os sinais do desmame nem sempre é fácil para todas as mulheres. Há crianças que acordam mais vezes durante a noite para mamar ou demoram para aceitar o fim da amamentação. Há um cansaço invisível e muitas antecipam o processo.

A OMS recomenda amamentar até os dois anos ou mais, e se uma mãe chegou nessa fase da vida, ela tem muitos motivos para comemorar, afinal o Brasil em 2020 apresentava a média de apenas 54 dias de amamentação exclusiva no peito.

Amamentar exclusivamente por seis meses e seguir amamentando até os dois anos, infelizmente, ainda é um privilégio em nosso país.

Especialistas no assunto orientam desmamar de forma gradual, em uma momento tranquilo da vida da criança, ou seja, sem estar enfrentando outras mudanças drásticas como início da vida escolar, chegada de um irmão ou desfralde. É preciso paciência, porque desmamar pode ser imprevisível e até doloroso para mãe para o filho.

Vale lembrar que desde o nascimento o peito é um local de aconchego, segurança e descanso para o bebê. É o maior porto seguro dele, além de fonte de alimentação, é claro.

Quando Jean* completou dois anos, a empresária Fabiana* decidiu começar o processo de desmame. Leu muito sobre o assunto, fez curso de desmame gentil e aos poucos foi aplicando o que aprendeu na consultoria.

“Sou superativista e pró-amamentação, queria que fosse algo suave e tranquilo igual a tantos relatos que a gente lê na internet, mas não foi tão simples assim”, conta a mãe.

A única “vitória” no processo foi conseguir desvincular o peito do sono do filho, mas no restante do dia, incluindo as madrugadas, o menino demandava muito.

“Quando ele me via já corria pro peito. Ele mamava sempre que estava comigo. A situação estava, na minha opinião, descontrolada”, diz.

Fabiana decidiu parar de ofertar de uma vez, oito meses após o início do processo. “A gentileza já tinha ido pro espaço. Acabei indo por um caminho considerado errado e foi um processo doloroso emocionalmente, que faz com que até hoje eu me sinta culpada pela forma que ele aconteceu”, desabafa.

Já para Mayara Freire, 30, desmamar não estava nos planos, mas Estêvão, de dois anos e sete meses começou a dar os primeiros sinais de que esse tempo está chegando.

Grávida de 5 meses, Mayara conta que surgiram fissuras em seus peitos e ela percebeu que a quantidade de leite também diminuiu.

O filho já ficou três dias sem mamar e inclusive disse que “o tetê agora é do neném”, referindo-se ao bebê que está na barriga. “Nós nunca falamos nada sobre isso com ele. A última vez que mamou foi bem rápido, só um aconchego antes de dormir”, conta a mãe. “Acredito também que o gosto do leite tenha mudado”, observa.

Segundo a pediatra Kelly Oliveira, Mayara tem razão. O leite materno pode sofrer alterações no sabor e na quantidade quando a mãe está grávida novamente.

Na maior parte das vezes é possível amamentar estando grávida. Essa condição é chamada de lactogestação.

“O cuidado maior nesses casos são os aspectos nutricionais da mãe, que devem ser acompanhados de perto. Quando a gestação é de risco, aí então o desmame pode ser considerado”, diz a consultora internacional de amamentação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE).

Outra forma possível é a amamentação em tandem, quando a mãe oferece o peito para crianças de idades diferentes. A orientação do ginecologista e obstetra também é imprescindível para esses casos.

Kelly não recomenda desmamar de um dia para o outro. “Desmamar de forma abrupta pode trazer consequências negativas para o bebê, principalmente gerar traumas e recusa de alimentos”.

A orientação da especialista é estipular combinados e conversar muito com a criança, cumprindo os combinados para que ela sinta segurança no processo. “Se a mãe define o desmame e volta atrás, a criança ficará confusa, sem saber o que esperar”, explica.

Para a mãe, é importante fazer ordenhas de alívio, retirando leite quando o peito estiver mais cheio. Isso evitará problemas como mastite e fará com que o corpo pare aos poucos de produzir leite. 

*Nomes trocados a pedido da entrevistada

MASTERCLASS

Pais que desejam mais informações sobre desmame gentil podem participar de um evento online e gratuito no YouTube da Pediatria Descomplicada na próxima quinta-feira (9), às 20h30.

A pediatra Kelly Oliveira, consultora internacional de amamentação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE), Alergista e Imunologista pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) dará uma aula sobre como desmamar sem romper o vínculo com a mãe.

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Pais empreendedores servem famílias e fazem dos clientes rede de apoio https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/07/pais-empreendedores-servem-familias-e-fazem-dos-clientes-rede-de-apoio/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/08/07/pais-empreendedores-servem-familias-e-fazem-dos-clientes-rede-de-apoio/#respond Sat, 07 Aug 2021 14:04:33 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-04-at-16.27.28-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9161 Antes de fechar uma venda, Ricardo Figaro, 34, pergunta outras coisas além de quais serão os sabores das comidas que o cliente levará pra casa.

Quer saber a história dos bebês, o que gostam de comer, como anda o sono e como os pais têm lidado com o cansaço típico de quem tem um filho pequeno.

Sua empresa, a Papai Que Fez, fabrica porções de refeições orgânicas congeladas para bebês a partir do sexto mês de vida, quando ocorre o início da introdução alimentar.

O empurrãozinho para abrir um negócio veio da pediatra do filho. Vários pacientes dela estavam preocupados com o início da alimentação dos filhos. Qual grupo de alimentos usar? Como temperar? O terror de muitos pais era a paixão de Ricardo, e a doutora viu um nicho e brincou com a sugestão. Ricardo tinha acabado de perder o emprego por causa da pandemia.

Comidas congeladas facilitam a vida de pais que trabalham fora (Reprodução Instagram @papaiquefez_)

“Cresci vendo meus avós na cozinha e todos os grandes momentos da minha vida têm alguma relação com a comida”, explica o pai de Henrique, de um ano e meio.

Além do feedback sobre os pratos, ele e sua esposa, Erika, também trocam figurinhas com outros pais -e clientes- sobre sono, cama compartilhada, introdução alimentar e salto de desenvolvimento.

“Gosto de passar para os clientes que essa é uma fase gostosa. Meu objetivo é facilitar a vida de outros pais e também proporcionar experiências gustativas como as que eu tento proporcionar para meu filho”, conta.

Foi um pedido do filho ainda pequeno que despertou outro pai para empreender.

Quando era menor, Henry, 12, pediu um cavalinho para Bruno Soares, 35, de Dia das Crianças. Ele também ganhou um boneco que falava, era cheio de luzes e soltava teias pelas mãos.

O cavalo ganhou a corrida. Senta lá, Spider!

“Foi essa simplicidade do meu filho que me impulsionou para trabalhar com meu hobby. O boneco ficou de lado e ele preferiu o cavalo de pau”, conta o artesão, proprietário da Imaginação Sem Limite.

Parte da produção de brinquedos pedagógicos da Imaginação sem Limites (Arquivo Pessoal)

Após também perder o emprego como orientador socioeducativo, ele passou a trabalhar integralmente com a arte em madeira -ofício que aprendeu sozinho, “na marra”, conta.

No começo, fazia peças religiosas, porta-retratos e luminárias e, recentemente, passou a investir em brinquedos montessorianos, que estimulam o desenvolvimento infantil.

Assim como Ricardo, que aproveita as sugestões dos clientes para criar novas receitas, Bruno também recebe diversos pedidos para criar brinquedos em madeira.

“Quando você ouve um pai ou uma mãe falando que sua arte fez o filho deles feliz é emocionante. Ser uma referência de criatividade para meu filho e pros seus amigos, também”, diz.

Bruno passou a fazer objetos de madeira após um pedido do filho Henry, há alguns anos (Arquivo Pessoal)

SERVIÇO

Imaginação Sem Limites – Arte em Madeira

(peças a partir de R$ 35)

Instagram: https://www.instagram.com/isl_imaginacao

Contato: 11 99017-5143

 

Papai Que Fez – Comida para bebês

Porções a partir de R$ 9

Instagram:  https://www.instagram.com/papaiquefez_/

Contato: 11  4211-9606

 

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Pandemia obriga mães a pedirem demissão após licença-maternidade https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/06/23/pandemia-obriga-maes-a-pedirem-demissao-apos-licenca-maternidade/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/06/23/pandemia-obriga-maes-a-pedirem-demissao-apos-licenca-maternidade/#respond Tue, 23 Jun 2020 13:55:29 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/WhatsApp-Image-2020-06-22-at-19.11.50.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8886 Em meio à pandemia do coronavírus, mães que estão de licença-maternidade e precisam retornar ao trabalho estão preocupadas com o futuro dos filhos. Sem poder colocá-los em creches ou contratar babás, muitas delas são empurradas a pedir demissão por não encontrarem uma saída.

“Não sei o que fazer. Preciso voltar pessoalmente para a empresa, lá não tem home office lá. Fora isso, não tenho parentes por perto, nem posso contratar ninguém para ficar com meu filho”, diz Rute*, mãe solo de Matheus*.

Marcela* também está prestes a voltar ao trabalho após quatro meses de licença-maternidade e mais um mês de férias. Apesar da possibilidade de trabalhar no esquema de home office, não sabe como vai fazer com a pequena Ingrid*. Seu marido trabalha em horário comercial, ela não tem parentes próximos nem pode contratar uma babá para a menina.

“Sem escola, como vou fazer com a bebê sem comprometer meu trabalho? É uma vantagem estar em casa, mas a minha filha vai exigir uma atenção que meus patrões não estão dispostos a permitir”, lamenta a profissional que já pensou em pedir demissão assim que retornar.

“Meu pensamento desde o início era de colocar meu filho na creche, mas com a pandemia, não consegui fazer a matrícula. Meus sogros moram perto, mas os dois trabalham. Minha mãe é de outro estado e não pode ficar aqui porque é grupo de risco”, conta Beatriz*.

“Por um lado, sair do trabalho e ficar cuidando dele seria maravilhoso, pois acompanharia todo o desenvolvimento. Por outro lado, sair do trabalho no meio dessa crise é desesperador. Qual garantia vou ter que conseguirei retornar ao mercado de trabalho? Como vou sustentar meu filho?”, questiona a auxiliar de escritório.

“É uma escolha muito difícil, mas até o momento o que está mais certo é que terei que arriscar e parar de trabalhar. Vou colocar meu filho em primeiro lugar” diz Beatriz*, que retornará da licença daqui 10 dias.

Sem escolas, nem parentes disponíveis para ficar com os bebês, mães são obrigadas a pedir demissão após o fim da licença-maternidade (Imagem: Adobe Stock)

Pensando em reduzir essa vulnerabilidade, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) apresentou o projeto de lei 2765/2020, que garante a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias, e o da licença-paternidade, de 5 para 45 dias.

O texto, que está na fila para ser votado com urgência, também cria a licença-cuidador, que visa ampliar o período de licença para cuidados com o bebê por mais 180 dias. Neste caso, ela pode ser compartilhada com o companheiro, a critério da mãe, sem prejuízo do emprego e nem do salário.

“Em condições normais, 50% das mulheres são demitidas após o retorno da licença. Pensando em uma crise sanitária, sem perspectiva de fim, a situação ainda é pior. Sabemos que muitas empresas podem quebrar e, como sempre, as consequências das crises recaem sobre as mulheres”, afirma a deputada.

Integrante da Bancada Ativista em São Paulo, a deputada estadual e presidente da Associação Artemis, Raquel Marques, lembra que o ECA e a Constituição Federal dizem que crianças são responsabilidade do Estado, da sociedade e das famílias. “Na prática o Estado assume pouca responsabilidade, a sociedade, representada pelas empresas, também fazem pouco e a criança passa a ser vista como problema privado da família e, em última instância, apenas da mulher que a pariu”.

“De um lado a mulher precisa trazer sustento -lembrando das muitas famílias que são chefiadas por mulheres- e ao mesmo tempo se a mãe deixa a criança em casa é abandono de incapaz. Essa conta só fecha colocando uma vida em risco, deixando criança sozinha ou abrindo mão do emprego e tendo consequências financeiras”, afirma a ativista.

Raquel lembra que para o projeto ganhar força no Congresso é preciso pressão popular. Ela cita o envio de e-mails cobrando dos deputados a inclusão do projeto na pauta como uma urgência como uma das formas de mobilização.

“Não é possível que o cuidado com as crianças seja colocado como algo não prioritário. Estamos expondo a vida das crianças e aumentando a desigualdade dessas mulheres. Esse assunto não pode ser tratado como um problema privado”, reforça Raquel Marques.

*Os nomes foram trocados a pedido das mães.

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Grávidas e lactantes não transmitem coronavírus para o bebê https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/03/13/gravidas-e-lactantes-nao-transmitem-coronavirus-para-o-bebe/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/03/13/gravidas-e-lactantes-nao-transmitem-coronavirus-para-o-bebe/#respond Fri, 13 Mar 2020 17:42:57 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/WhatsApp-Image-2020-03-13-at-14.24.52-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8791 Grávidas não transmitem coronavírus para o feto. Conhecida como transmissão vertical (da gestante para filho), a contaminação foi descartada pela Organização Mundial de Saúde e pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Quem amamenta também pode ficar tranquila, porque não há relatos de transmissão pelo leite materno. Inclusive, a recomendação é de que as mamadas sejam em livre demanda, uma vez que o leite da mãe é uma espécie de vacina para o bebê e reforça seu sistema imunológico.

“Se a mãe tiver algum quadro há alguns dias ou até mesmo outros vírus, o corpo dela produzirá a defesa para o bebê”, afirma o ginecologista Antonio Fernandes Lages, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno da Febrasgo.

“Os benefícios da amamentação superam os possíveis riscos”, completa o especialista.

Vale lembrar que a doença pode ser transmitida pelo contato com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Se a mãe estiver contaminada e não quiser amamentar no peito ou necessite se afastar do bebê, o leite pode ser ordenhado e oferecido normalmente. Nos casos em que a mãe quiser manter a amamentação, a higienização das mãos e o uso de máscara já criam barreiras para a proliferação da doença.

O único estudo clínico disponível foi realizado na China e analisou amostra de seis grávidas que tinham a doença. Foram observados o líquido amniótico, o sangue do cordão umbilical, o leite materno e o swab da orofaringe do recém-nascido (teste com cotonete nas vias respiratórias). Todas as amostras deram negativo. Também não houve relato sobre nenhum tipo de malformação nos bebês.

Precauções para mães infectadas

  • As mães devem lavar bem as mãos antes de tocar no bebê, bomba extratora ou mamadeira;
  • O uso de máscaras é aconselhável durante as mamadas;
  • Siga rigorosamente as recomendações para limpeza das ordenhadeiras após cada uso;
  • Considere a possibilidade de solicitar a ajuda de alguém que esteja saudável para oferecer o leite materno ordenhado ao bebê;

Precauções para mães em geral

  • Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Usar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir (etiqueta respiratória);
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados.

PODCAST

Na edição desta segunda-feira (9) do podcast 40 Semanas, eu e o Renan Sukevicius falamos sobre o assunto com a infectologista Rosana Richtmann. Ela trabalha no Emilio Ribas, instituto referência em infecções no Brasil, e no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Vale a pena ouvir, também!

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Maltratar pessoas, dirigir após beber ou usando celular lideram preocupações das crianças em relação aos pais https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/maltratar-pessoas-dirigir-apos-beber-ou-usando-celular-lideram-preocupacoes-das-criancas-em-relacao-aos-pais/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/maltratar-pessoas-dirigir-apos-beber-ou-usando-celular-lideram-preocupacoes-das-criancas-em-relacao-aos-pais/#respond Wed, 04 Dec 2019 22:06:31 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/WhatsApp-Image-2019-12-04-at-19.09.14-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8705 Não maltratar pessoas, dirigir embriagado, abusar da velocidade ou usar o celular dirigindo lideram a lista de preocupações das crianças em relação aos pais. Foi o que mostrou a pesquisa “Eu, Criança: Presente do Futuro”, realizado pelo o canal Gloob, pelo coletivo Tsuru e o Quantas.

Foram ouvidas 600 crianças entre 6 e 9 anos das classes A, B e C (que assistem ao canal pago), além de 400 pais.

Em uma lista de 12 assuntos, onde eles podiam escolher 10, “não maltratar pessoas” liderou, com 94% das respostas. Não dirigir depois de beber foi citado por 93% dos pequenos e na sequência, empatados, “respeitar a velocidade do trânsito” e “não falar no celular dirigindo” tiveram 92% das menções.

Parar de fumar está em quinto lugar, com 91% e não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes está em sexto, com 90% das respostas.

Quando o assunto é a rotina, 100% disseram assistir a vídeos em casa: 72% são tutoriais, 67% assistem outras crianças brincando e 56% escolhem música e dança. O celular é o aparelho preferido por 74% das crianças.

94% deles disseram que sua opinião importa na escola. Em casa, 91% dizem ser ouvidos.

Em relação aos pais, a média de idade deles é de 36,3 anos, enquanto elas têm média de 35,9 anos. 62% das mulheres ouvidas se consideram boas mães, enquanto 59% se acham bons pais. 26% delas acham mais difícil criar os filhos hoje em dia. Para o homens, a porcentagem salta para 61%.

 

IMPACTO

Uma criança, por mais nova que seja, é capaz de impactar seu entorno e gerar ações coletivas que alterem a vida de quem está ao seu redor. Com título homônimo ao estudo, o minidocumentário “Eu, Criança: Presente do Futuro” prova isso. Meninos e meninas empreendedores de Brasília, Juazeiro do Norte, Palmas, Porto Alegre, Rio Branco, Crato, São Paulo e Rio de Janeiro mostram como desenvolveram negócios e atuam em diversas causas de interesse coletivo.

Produzido pela Plataforma Gente, da Globosat, o minidoc está  disponível aqui:

 

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