Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Campanha quer desmitificar que filhos arruínam carreiras https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/campanha-quer-desmistificar-que-filhos-arruinam-carreiras/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/campanha-quer-desmistificar-que-filhos-arruinam-carreiras/#respond Thu, 07 Oct 2021 16:13:40 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/filhosnocurriculo-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9319 “Manhêêê, terminei, vem me limpar? Muitos profissionais em home office certamente passaram por essa situação durante a pandemia.

Mesmo quem não possui filhos foi convidado a olhar essa cena com outros olhos, afinal, o trabalho invisível ganhou luz.

Pensando em aumentar o sentimento de pertencimento e acolher colabordores com filhos, a campanha #filhosnocurrículo estimula patrões e empregados a incluirem essa informação nas redes sociais.

“Convidamos empresas a repensarem as suas relações de trabalho e desconstruírem vieses para que se tornem um lugar inspirador onde pessoas queiram entrar, estar e construir uma carreira”, diz Camila Antunes, cofundadora da Filhos no Currículo.

“Acreditamos que é possível construir uma relação de vínculo e presença com os filhos sem desconstruir uma carreira”, conclui.

Um dos modelos de card disponíveis para quem quiser participar da campanha (link abaixo para download)

NAS REDES

Quem deseja participar da campanha pode postar uma imagem  no Instagram ou Linkedin (link para download abaixo), incluir a hashtag #filhosnocurrículo e escrever uma breve reflexão sobre as  habilidades que os filhos ou enteados agregaram.

“A maternidade me estimulou a desenvolver gestão do tempo, capacidade de observação e percepção mais aguçadas, maior vontade de vencer, acolher os problemas do outro e [aprendi] a ouvir mais que falar”, destaca assistente executiva Annie Baracat,43, mãe de Lilo, 5.

“Hoje não sou somente mulher, ou somente mãe. Sou mulher-mãe, ou mãe-mulher. Uma não existe sem a outra. Após me tornar mãe, me senti muito mais potente e motivada e sou uma profissional muito melhor apos ele”, afirma Annie.

Para ganhar mais força, as organizadoras também sugerem desafiar amigos nas redes sociais.

Link para mais informações: https://filhosnocurriculo.com.br/downloads/

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Quer desmamar seu filho? Sinais ajudam a reconhecer o melhor momento https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/quer-desmamar-seu-filho-sinais-ajudam-a-reconhecer-o-melhor-momento/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/09/quer-desmamar-seu-filho-sinais-ajudam-a-reconhecer-o-melhor-momento/#respond Thu, 09 Sep 2021 13:50:43 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-08-at-12.49.25-6-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9269 Assim como sentar, andar, correr ou falar, o desmame deve ser encarado como um processo e não um evento.

Partindo desse princípio, nenhuma criança anda ou fala antes de estar pronta e nenhuma deveria ser desmamada antes de estar madura para isso.

literatura não crava uma idade certa, mas aponta maturidade quando a criança aceita outras formas de consolo, permite não ser amamentada em certas ocasiões, consegue dormir fora do peito e prefere outra atividade a mamar. Além disso, não demonstra ansiedade quando o peito é recusado e tem uma alimentação variada estabelecida.

Aguardar os sinais do desmame nem sempre é fácil para todas as mulheres. Há crianças que acordam mais vezes durante a noite para mamar ou demoram para aceitar o fim da amamentação. Há um cansaço invisível e muitas antecipam o processo.

A OMS recomenda amamentar até os dois anos ou mais, e se uma mãe chegou nessa fase da vida, ela tem muitos motivos para comemorar, afinal o Brasil em 2020 apresentava a média de apenas 54 dias de amamentação exclusiva no peito.

Amamentar exclusivamente por seis meses e seguir amamentando até os dois anos, infelizmente, ainda é um privilégio em nosso país.

Especialistas no assunto orientam desmamar de forma gradual, em uma momento tranquilo da vida da criança, ou seja, sem estar enfrentando outras mudanças drásticas como início da vida escolar, chegada de um irmão ou desfralde. É preciso paciência, porque desmamar pode ser imprevisível e até doloroso para mãe para o filho.

Vale lembrar que desde o nascimento o peito é um local de aconchego, segurança e descanso para o bebê. É o maior porto seguro dele, além de fonte de alimentação, é claro.

Quando Jean* completou dois anos, a empresária Fabiana* decidiu começar o processo de desmame. Leu muito sobre o assunto, fez curso de desmame gentil e aos poucos foi aplicando o que aprendeu na consultoria.

“Sou superativista e pró-amamentação, queria que fosse algo suave e tranquilo igual a tantos relatos que a gente lê na internet, mas não foi tão simples assim”, conta a mãe.

A única “vitória” no processo foi conseguir desvincular o peito do sono do filho, mas no restante do dia, incluindo as madrugadas, o menino demandava muito.

“Quando ele me via já corria pro peito. Ele mamava sempre que estava comigo. A situação estava, na minha opinião, descontrolada”, diz.

Fabiana decidiu parar de ofertar de uma vez, oito meses após o início do processo. “A gentileza já tinha ido pro espaço. Acabei indo por um caminho considerado errado e foi um processo doloroso emocionalmente, que faz com que até hoje eu me sinta culpada pela forma que ele aconteceu”, desabafa.

Já para Mayara Freire, 30, desmamar não estava nos planos, mas Estêvão, de dois anos e sete meses começou a dar os primeiros sinais de que esse tempo está chegando.

Grávida de 5 meses, Mayara conta que surgiram fissuras em seus peitos e ela percebeu que a quantidade de leite também diminuiu.

O filho já ficou três dias sem mamar e inclusive disse que “o tetê agora é do neném”, referindo-se ao bebê que está na barriga. “Nós nunca falamos nada sobre isso com ele. A última vez que mamou foi bem rápido, só um aconchego antes de dormir”, conta a mãe. “Acredito também que o gosto do leite tenha mudado”, observa.

Segundo a pediatra Kelly Oliveira, Mayara tem razão. O leite materno pode sofrer alterações no sabor e na quantidade quando a mãe está grávida novamente.

Na maior parte das vezes é possível amamentar estando grávida. Essa condição é chamada de lactogestação.

“O cuidado maior nesses casos são os aspectos nutricionais da mãe, que devem ser acompanhados de perto. Quando a gestação é de risco, aí então o desmame pode ser considerado”, diz a consultora internacional de amamentação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE).

Outra forma possível é a amamentação em tandem, quando a mãe oferece o peito para crianças de idades diferentes. A orientação do ginecologista e obstetra também é imprescindível para esses casos.

Kelly não recomenda desmamar de um dia para o outro. “Desmamar de forma abrupta pode trazer consequências negativas para o bebê, principalmente gerar traumas e recusa de alimentos”.

A orientação da especialista é estipular combinados e conversar muito com a criança, cumprindo os combinados para que ela sinta segurança no processo. “Se a mãe define o desmame e volta atrás, a criança ficará confusa, sem saber o que esperar”, explica.

Para a mãe, é importante fazer ordenhas de alívio, retirando leite quando o peito estiver mais cheio. Isso evitará problemas como mastite e fará com que o corpo pare aos poucos de produzir leite. 

*Nomes trocados a pedido da entrevistada

MASTERCLASS

Pais que desejam mais informações sobre desmame gentil podem participar de um evento online e gratuito no YouTube da Pediatria Descomplicada na próxima quinta-feira (9), às 20h30.

A pediatra Kelly Oliveira, consultora internacional de amamentação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE), Alergista e Imunologista pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) dará uma aula sobre como desmamar sem romper o vínculo com a mãe.

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Colar de âmbar não alivia dores, aponta pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/colar-de-ambar-nao-alivia-dores-aponta-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/colar-de-ambar-nao-alivia-dores-aponta-pesquisa/#respond Fri, 03 Sep 2021 12:29:25 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-02-at-13.19.56-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9249 Querido entre muitos pais, o colar de âmbar é vendido como calmante natural, anti-inflamatório e analgésico. Famosas como Isis Valverde, Karina Bacchi e Gisele Bündchen também são adeptas ao objeto, que é feito de resina vegetal fossilizada da região báltica.

A alta concentração de ácido succínio promete atuar sobre cólicas, instabilidade no sono infantil, alergias e incômodos durante o nascimento dos dentes.

Porém, uma pesquisa jogou um balde de água fria nessas crenças. A publicação da revista Altern Complement Med não encontrou evidências que sugiram que o ácido succínico possa ser liberado dos grânulos para a pele humana.

Além disso, os pesquisadores Michael Nissen, Esther Lau, Peter Cabot e Kathryn Steadman também não encontraram evidências que sugiram que o ácido tenha propriedades anti-inflamatórias.

Mãe de oito filhos, a doula e educadora perinatal Laura Muller acreditava nas promessas de calmaria do colar que ganhou de presente. Usou o enfeite em sua segunda filha, Margot, 5, a partir do terceiro mês.

Ela diz que acreditava nos “efeitos visíveis” do colar, porém “Margot vivia no peito, aconchegada no colo ou no sling”, lembra a empreendedora digital.

“Nunca foi o colar, sempre foi meu colo”, reconhece Laura, que, inclusive, foi quem divulgou essa pesquisa em suas redes sociais.

“Erramos tentando acertar. O desespero e a exaustão fazem isso com a gente”, diz.

“Falam muito sobre as dores de cólica ou dos dentes, mas se esquecem de que os saltos e picos de crescimento também alteram o sono e o comportamento do bebê. É sempre mais fácil associar essa mundaça a algo errado do que a um processo fisiológico e natural que se resolve sozinho”, afirma a doula criticando o mercado que vende soluções rápidas para as famílias.

Mãe de Pedro, 1, Christine Dias, 31, atribui ao colar o fato de seu bebê ser tranquilo e não ter sofrido com cólicas ou dores durante a dentição. Ele passou apenas por leves alterações no sono, mas sem febre ou diarreia –comuns aos bebês nessa fase.

“Não consigo dizer se foi o âmbar ou não, não tenho como provar que foi ele, mas vou continuar usando”, afirma a mãe.

RISCOS

Em 2019, a agência feral americana FDA (Food an Drug Administration, espécie de Anvisa deles) emitiu uma advertência sobre o risco que colares, pulseiras ou tornozeleiras representavam para bebês e crianças pequenas.

No documento, os riscos apontados são de mortes por estrangulamento e engasgo.

Casos os pais ainda queiram usar a joia, pediatras não recomendam usá-la sem supervisão, durante a noite ou quando os filhos estejam sentados no banco traseiro do carro, sem adultos por perto.

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Autora sobre violência obstétrica ganha apoio virtual e já mira 2ª edição de livro https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/06/01/autora-sobre-violencia-obstetrica-ganha-apoio-virtual-e-ja-mira-2a-edicao-de-livro/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/06/01/autora-sobre-violencia-obstetrica-ganha-apoio-virtual-e-ja-mira-2a-edicao-de-livro/#respond Mon, 01 Jun 2020 12:13:37 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/WhatsApp-Image-2020-05-29-at-14.54.27.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8872 Em menos de 15 dias, a jornalista Caira Lima,22, trocou o sentimento de frustração pela comemoração após o sucesso nas vendas de seu livro.

Dia 14 de maio, ela usou sua conta no Twitter para desabafar. “Quis realizar o sonho de publicar meu livro. A editora disse que eu poderia ir pagando conforme vendesse, mas eles acabaram me enrolando, fiz uma dívida enorme com a gráfica e agora com a pandemia os eventos que eu ia pra vender estão cancelados. Não sei o que fazer”, disse na postagem.

Mesmo com apenas 775 seguidores, a publicação alcançou mais de 48 mil pessoas e rapidamente os livros foram sendo vendidos pelo país. A autora conta que a segunda tiragem está prestes a se esgotar e ela já mira a segunda edição do projeto. 01Ah, e a gráfica foi paga!

Fruto de seu trabalho de conclusão do curso em Jornalismo pela pela Universidade Federal do Tocantins, A dor mais doída – Relatos de Violência Obstétrica traz dados e entrevistas com mulheres que foram violentadas nas mais diferentes formas no dia em que era para ser um dos mais felizes de suas vidas.

“É muito comum culparem as mulheres pela falta de informação, mas esquecem que durante o processo do parto, muitas são excluídas das decisões que vão ocorrer em seus corpos. Elas sentem como se qualquer pessoa naquela sala [de parto] poderia tomar decisões pelo corpo, menos ela, a mãe, que vira coadjuvante, quando deveria ser a protagonista”, observa.

Caira disse ter se surpreendido com o fato de que a violência obstétrica não está restrita às pacientes do SUS.

“Em minha pesquisa também percebi que a violência obstétrica gera um peso para o resto da vida. Mulheres mudam a forma de ver o mundo e isso pode desencadear problemas psicológicos futuros como depressão pós-parto ou dificuldades na amamentação, por exemplo”.

Caira percebeu que a mágoa é um ponto comum entre as entrevistadas. “Além da dor sofrida no dia do parto, elas demonstram sofrimento por não terem sido acolhidas por familiares e pessoas próximas também”. Muitas delas precisavam falar, desabafar, e não encontraram a escuta em ninguém.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Recentemente, o Ministério da Saúde decidiu abolir o uso do termo “violência obstétrica” das políticas públicas e normas do governo. Contrariando a decisão, o Ministério Público Federal de São Paulo reconheceu o direito de uso do termo e afirmou que o termo é legítimo.

“Durante crises políticas é muito comum os direitos das mulheres serem retirados”, lembra Caira. Para a autora, esse tipo de violência só será combatida se toda a sociedade for informada a fundo sobre o assunto e não só as mulheres que passarão pelo parto. “Informação é direito e não privilégio”, conclui a jornalista.

TRECHO DO LIVRO

“Ísis queria que Ícaro viesse logo ao mundo, aquele sofrimento tinha que acabar. Durante essas horas, apenas um médico que estava de plantão a examinou, uma única vez. A dor e desespero foram tão grandes naquele momento, ela se sentiu tão invadida, que sua reação foi de arranhar a pele do médico com as próprias unhas. Era um desespero difícil de imaginar, uma dor que ela não conhecia, um momento que ela jamais imaginava que seria daquela forma. – Ele foi muito grosso pra fazer o meu exame de toque. Eu tava com muita dor e disse que, se era assim o exame de toque, ele que me perdoasse, mas eu não queria mais nenhum. Depois de fazer o exame de toque, o médico disse que só tinha quatro centímetros de dilatação e que ela deveria esperar porque aquele processo ia demorar. Ela ficou sozinha novamente, sem respostas, com medo e totalmente desnorteada. O tampão saiu. Começou a gritar alto chamando as enfermeiras, só queria saber se o chuveiro estava funcionando, porque queria colocar água quente nas costas para tentar aliviar um pouco da dor. Não estava funcionando. Naquele momento, o quarto era invadido pelos gritos desesperados de Ísis. A única coisa que estava ao seu alcance era clamar por ajuda, mas isso de nada adiantava. Ninguém fazia nada por ela, ninguém lhe massageava as costas, ninguém lhe dizia que tudo ia ficar bem. Pelo contrário, as enfermeiras diziam que quanto mais ela gritasse, menos viriam lhe ver. Acabou fazendo xixi na roupa, na sala do pré-parto, porque ninguém foi com ela ao banheiro e ela tinha medo de se machucar. – Eu cansei de gritar porque ninguém ouvia. Eu dizia que não tinha mais forças e elas respondiam: “mãezinha, é natural. Você tem força”. Ninguém segurou a minha mão. E ninguém deixou o meu marido entrar. Ninguém nem avisou. E ninguém avisou pra ele que eu tava na sala”.

Capa do livro A Dor Mais Doída, de Caira Lima

A DOR MAIS DOÍDA

(Editora Cultura, 87 páginas) 

R$30,00 + frete R$ 7,00

Encomendas pelo telefone (63) 98123-4812 –

Instagram: @kkcaira

PODCAST

Para saber mais sobre violência obstétrica, ouça o podcast 40 Semanas. Três episódios foram dedicados ao tema. Neles, foram ouvidos especialistas e mulheres que, mesmo informadas, não conseguiram escapar da violência física e psicológica durante o nascimento dos filhos.

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Grávidas e lactantes não transmitem coronavírus para o bebê https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/03/13/gravidas-e-lactantes-nao-transmitem-coronavirus-para-o-bebe/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/03/13/gravidas-e-lactantes-nao-transmitem-coronavirus-para-o-bebe/#respond Fri, 13 Mar 2020 17:42:57 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/WhatsApp-Image-2020-03-13-at-14.24.52-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8791 Grávidas não transmitem coronavírus para o feto. Conhecida como transmissão vertical (da gestante para filho), a contaminação foi descartada pela Organização Mundial de Saúde e pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Quem amamenta também pode ficar tranquila, porque não há relatos de transmissão pelo leite materno. Inclusive, a recomendação é de que as mamadas sejam em livre demanda, uma vez que o leite da mãe é uma espécie de vacina para o bebê e reforça seu sistema imunológico.

“Se a mãe tiver algum quadro há alguns dias ou até mesmo outros vírus, o corpo dela produzirá a defesa para o bebê”, afirma o ginecologista Antonio Fernandes Lages, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno da Febrasgo.

“Os benefícios da amamentação superam os possíveis riscos”, completa o especialista.

Vale lembrar que a doença pode ser transmitida pelo contato com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Se a mãe estiver contaminada e não quiser amamentar no peito ou necessite se afastar do bebê, o leite pode ser ordenhado e oferecido normalmente. Nos casos em que a mãe quiser manter a amamentação, a higienização das mãos e o uso de máscara já criam barreiras para a proliferação da doença.

O único estudo clínico disponível foi realizado na China e analisou amostra de seis grávidas que tinham a doença. Foram observados o líquido amniótico, o sangue do cordão umbilical, o leite materno e o swab da orofaringe do recém-nascido (teste com cotonete nas vias respiratórias). Todas as amostras deram negativo. Também não houve relato sobre nenhum tipo de malformação nos bebês.

Precauções para mães infectadas

  • As mães devem lavar bem as mãos antes de tocar no bebê, bomba extratora ou mamadeira;
  • O uso de máscaras é aconselhável durante as mamadas;
  • Siga rigorosamente as recomendações para limpeza das ordenhadeiras após cada uso;
  • Considere a possibilidade de solicitar a ajuda de alguém que esteja saudável para oferecer o leite materno ordenhado ao bebê;

Precauções para mães em geral

  • Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Usar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir (etiqueta respiratória);
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados.

PODCAST

Na edição desta segunda-feira (9) do podcast 40 Semanas, eu e o Renan Sukevicius falamos sobre o assunto com a infectologista Rosana Richtmann. Ela trabalha no Emilio Ribas, instituto referência em infecções no Brasil, e no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Vale a pena ouvir, também!

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Conheça Bento, o bebê que contraria estatísticas e resiste à doença fatal https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/02/29/conheca-bento-o-bebe-que-contraria-estatisticas-e-resiste-a-doenca-fatal/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/02/29/conheca-bento-o-bebe-que-contraria-estatisticas-e-resiste-a-doenca-fatal/#respond Sat, 29 Feb 2020 15:37:26 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/WhatsApp-Image-2020-02-26-at-14.24.13-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8774 Desde o terceiro mês de gestação Lorena e Filipe sabiam que Bento, o primeiro filho deles, tinha uma doença rara e que as chances dele sobreviver após o parto seriam mínimas.

Nesta semana, inclusive, a repórter especial Cláudia Collucci publicou a história de uma professora que entrou na Justiça pelo direito de doar o leite materno. A bebê dela morreu meia hora após o parto. O diagnóstico é o mesmo de Bento: Patau, uma síndrome cromossômica extremamente grave.

Bento nasceu no último dia 18 de fevereiro e tem resistido bravamente. Pesquisas acadêmicas  mostram que em São Paulo, 67% dos fetos com essa trissomia são abortados espontaneamente ou apresentam morte intrauterina. Dos que nascem vivos, 50% morrem na primeira semana de vida e somente 9% alcançam o primeiro ano.

“Nossa ideia é aproveitar o Bento ao máximo e fazer o melhor que pudermos para ele”, diz Lorena. Leia o relato abaixo.


A gestação do Bento foi tranquila, não tive nenhum efeito colateral que a maioria das mulheres reclama como enjoos ou desejos variados. Foi tudo muito tranquilo. Eu me preparei para a gestação antes mesmo da concepção. Fiz dieta e atividade física regular.

O momento de maior insegurança veio depois de saber do risco da síndrome de Patau no ultrassom que fizemos com 11 semanas e 6 dias. Como estávamos fazendo um acompanhamento bem específico, a ultrassonografia que nos acompanhou fez um teste e nos informou que as chances do Bento ter a trissomia do 13 era maior que 25%.

A amniocentese era o exame mais preciso, mas só poderia ser feito após a 15ª semana. Decidimos esperar.

Esse tempo de espera foi o mais sofrido na gestação, pois ficávamos com inúmeras perguntas na cabeça e tentando entender os traços da síndrome que podiam atingir o Bento.

Além disso, no ultrassom também havia dado um risco elevado para síndrome de Down. Tínhamos várias questões na cabeça.

A partir daí essas questões aumentaram, pois no Brasil não há legislação permitindo a interrupção da gravidez para esse caso. Existem algumas decisões judiciais esparsas, mas é preciso comprovar que aquele feto tem incompatibilidade com a vida.

E aí tínhamos dois grandes dilemas: tomar a decisão de interromper esse tipo de gestação e, ao tomar tal decisão, teríamos que tentar a via judicial, o que seria ainda mais problemático.

Meu marido e eu chegamos a conversar sobre, mas sempre que pensávamos no Bento e no tamanho que ele estava na barriga (nessa altura com 16 semanas), a ideia não nos confortava.

Parecia uma forma de simplesmente sumir com o problema, e isso nunca foi a forma como enfrentamos as coisas. Então, decidimos prosseguir com a gestação e tentar fazer o melhor que podíamos para o Bento.

Logo depois de sabermos o diagnóstico, avisamos às nossas famílias, tendo em vista que o Bento era muito esperado. Também avisamos os amigos mais próximos e ao colegas de trabalho.

Não escondemos o diagnóstico dos mais próximos e resolvemos curtir aquela gestação até o final.

Fizemos algumas festinhas em comemoração ao Bento, para que tivéssemos essas recordações. Tiramos fotos da barriga e começamos a preparar tudo que podíamos para o dia que ele nascesse.

No pré-natal, continuei fazendo Pilates, acompanhamento com fisioterapeuta pélvico e com nutricionista.

Os ultrassons eram acompanhados por toda a nossa família. Era uma forma de todos conhecerem o Bento, pelo menos dentro da barriga.

Continuamos com todos os nossos planos para a gestação e mantivemos a equipe de parto humanizado, aqui de Belo Horizonte (MG).

Resolvemos que teríamos o melhor parto possível para ele, que o momento do nascimento do Bento seria a nossa maior felicidade e que não perderíamos essa experiência com ele.

Além disso, decidimos filmar e fotografar o nascimento para que tivéssemos mais lembranças do Bento.

A equipe contratada nos apoiou na decisão do parto normal e fez de tudo para que os nossos desejos fossem respeitados. Nosso sonho era que ele nascesse vivo.

Com 40 semanas e 3 dias, num ultrassom de rotina do pré-natal, a minha obstetra percebeu que minha pressão estava subindo e que a placenta já não alimentava o Bento adequadamente.

Dessa forma, decidimos pela indução do parto. Começamos o processo no dia 17  de fevereiro e o Bento nasceu no dia seguinte.

Lorena, a mãe de Bento, conta que a família tem tentado aproveitá-lo ao máximo (Foto: Paula Beltrão)

A experiência tem sido inimaginável. Não esperávamos que o Bento sobreviveria por tantos dias, sem grandes intervenções. Esse era outro desejo nosso.

Além disso, temos recebido muito carinho e apoio das pessoas, o que tem sido um aprendizado. E tem o aprendizado com o próprio Bento, que luta dia após dia pela sua vida. É um verdadeiro guerreiro e isso nos inspira a prosseguir.

Ele é dorminhoco e bastante calmo. Mas não gosta que fiquem mexendo muito nele. Eu brinco dizendo que ele é de “opinião”.

Já havíamos decidido antes do nascimento que não faríamos nenhuma intervenção que fosse muito ofensiva ao corpo dele.

Ao longo da gestação falávamos mais sobre a possível morte dele. Agora, falamos menos. Temos tentado aproveitar esse tempo que ele está nos dando, porque é um verdadeiro milagre sem intervenções e manobras médicas.

Não somos muito religiosos, mas somos espiritualizados. No vídeo do nascimento, minha mãe batiza o Bento. Isso era um ritual que fazíamos questão, principalmente porque achávamos que ele morreria em poucas horas.

Estamos vendo que na vida tudo tem um sentido e um propósito. Nossa ideia é aproveitar o Bento ao máximo e fazer o melhor que pudermos para ele.


A obstetra que acompanhou a gestação e o parto de Lorena, Quésia Villamil, conta que o parto foi muito emocionante. “Foram ocorrendo pequenos milagres. Ele nasceu sem pulsação no cordão e achávamos que ele estava morto. Ao ser colocado no colo da mãe, ele reagiu e seu coração bateu. Chamamos toda a família para entrar na sala e ele foi melhorando”, lembra.

Para a médica, cada dia de vida do pequeno Bento é uma surpresa. “Nunca atendi um caso como esse. Todos os bebês com síndromes raras que atendi morreram logo após o nascimento”, explica.

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Enzo Gabriel e Maria Eduarda são os nomes mais registrados em 2019 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/29/enzo-gabriel-e-maria-eduarda-sao-os-nomes-mais-registrados-em-2019/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/29/enzo-gabriel-e-maria-eduarda-sao-os-nomes-mais-registrados-em-2019/#respond Sun, 29 Dec 2019 15:18:15 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/WhatsApp-Image-2019-12-29-at-11.57.54-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8754 Nomes compostos lideraram a lista de preferência por nomes de bebês em 2019.

Pela segunda vez consecutiva, Enzo Gabriel está no topo dos nomes mais registrado no Brasil. Em segundo lugar, está João Miguel e, em terceiro, Maria Eduarda.

Os dados são do Portal Transparência do Cartório Civil  com base nos 4.472.331 registros realizados até o dia 19 de dezembro de 2019.

Entre os 10 nomes mais usados, apenas Miguel e Arthur não são compostos. Eles ficaram na oitava e décima posição, respectivamente.

Confira abaixo a lista com os 30 nomes mais usados em 2019:

1º Enzo Gabriel (16.672 registros)

2º João Miguel (15.082 registros)

3º Maria Eduarda (12.063 registros)

4º Pedro Henrique (11.103 registros)

5º Maria Clara (10.751 registros)

6º Maria Cecília (9.570 registros)

7º Maria Júlia (9.448 registros)

8º Miguel (9.436 registros)

9º Maria Luiza (9.132 registros)

10º Arthur (8.525 registros)

11º Ana Clara (8.452 registros)

12º Maria Alice (8.388 registros)

13º João Pedro (8.372 registros)

14º Ana Júlia (8.232 registros)

15º Helena (7.765 registros)

16º Heitor (6.829 registros)

17º Alice (6.660 registros)

18º João Lucas (6.557 registros)

19º Davi Lucas  (6.543 registros)

20º Maria Vitória (6.059 registros)

21º Davi Lucca (6.010 registros)

22º Gabriel (5.875 registros)

23º Laura (5.794 registros)

24º Maria Helena (5.674 registros)

25º Ana Laura (5.623 registros)

26º João Guilherme (5.508 registros)

27º Bernardo (5.487 registros)

28º Davi (5.332 registros)

29º João Gabriel (5.264 registros)

30º Ana Luiza (4.955 registros).


O Maternar vai entrar de férias (a dona dele também). Voltamos em fevereiro de 2020 com muita informação sobre parto, amamentação, criação com apego, educação, dicas de passeios e, principalmente, maternidade real. Um beijo e que Deus abençoe vocês!

 

 

 

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Maltratar pessoas, dirigir após beber ou usando celular lideram preocupações das crianças em relação aos pais https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/maltratar-pessoas-dirigir-apos-beber-ou-usando-celular-lideram-preocupacoes-das-criancas-em-relacao-aos-pais/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/maltratar-pessoas-dirigir-apos-beber-ou-usando-celular-lideram-preocupacoes-das-criancas-em-relacao-aos-pais/#respond Wed, 04 Dec 2019 22:06:31 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/WhatsApp-Image-2019-12-04-at-19.09.14-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8705 Não maltratar pessoas, dirigir embriagado, abusar da velocidade ou usar o celular dirigindo lideram a lista de preocupações das crianças em relação aos pais. Foi o que mostrou a pesquisa “Eu, Criança: Presente do Futuro”, realizado pelo o canal Gloob, pelo coletivo Tsuru e o Quantas.

Foram ouvidas 600 crianças entre 6 e 9 anos das classes A, B e C (que assistem ao canal pago), além de 400 pais.

Em uma lista de 12 assuntos, onde eles podiam escolher 10, “não maltratar pessoas” liderou, com 94% das respostas. Não dirigir depois de beber foi citado por 93% dos pequenos e na sequência, empatados, “respeitar a velocidade do trânsito” e “não falar no celular dirigindo” tiveram 92% das menções.

Parar de fumar está em quinto lugar, com 91% e não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes está em sexto, com 90% das respostas.

Quando o assunto é a rotina, 100% disseram assistir a vídeos em casa: 72% são tutoriais, 67% assistem outras crianças brincando e 56% escolhem música e dança. O celular é o aparelho preferido por 74% das crianças.

94% deles disseram que sua opinião importa na escola. Em casa, 91% dizem ser ouvidos.

Em relação aos pais, a média de idade deles é de 36,3 anos, enquanto elas têm média de 35,9 anos. 62% das mulheres ouvidas se consideram boas mães, enquanto 59% se acham bons pais. 26% delas acham mais difícil criar os filhos hoje em dia. Para o homens, a porcentagem salta para 61%.

 

IMPACTO

Uma criança, por mais nova que seja, é capaz de impactar seu entorno e gerar ações coletivas que alterem a vida de quem está ao seu redor. Com título homônimo ao estudo, o minidocumentário “Eu, Criança: Presente do Futuro” prova isso. Meninos e meninas empreendedores de Brasília, Juazeiro do Norte, Palmas, Porto Alegre, Rio Branco, Crato, São Paulo e Rio de Janeiro mostram como desenvolveram negócios e atuam em diversas causas de interesse coletivo.

Produzido pela Plataforma Gente, da Globosat, o minidoc está  disponível aqui:

 

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Parem de responsabilizar a mãe pelo insucesso na amamentação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/26/parem-de-responsabilizar-a-mae-pelo-insucesso-na-amamentacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/26/parem-de-responsabilizar-a-mae-pelo-insucesso-na-amamentacao/#respond Mon, 26 Aug 2019 21:19:50 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/WhatsApp-Image-2019-08-26-at-18.02.38-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8514 Muitos casais quando engravidam destinam seus esforços para fazer um enxoval legal, uma decoração bacana no quarto do bebê e investem tempo na criação ou confecção das lembrancinhas que serão entregues após o nascimento.

Boa parte deles também se preocupa com o parto, mas quando o assunto é amamentação, ainda é muito comum encontrarmos pessoas que acreditem que dar de mamar é um ato natural e que não há segredos.

Porém, apesar do instinto em buscar o seio materno após o nascimento, o bebê precisa aprender a mamar.

Para se ter uma ideia do quão trabalhoso é, uma mamada no peito movimenta pelo menos 25 músculos diferentes da face.

O bebê, que era alimentado pelo cordão umbilical sem precisar fazer nada, precisa agora se esforçar um bocado para se alimentar.

Fissuras dolorosas podem aparecer quando a pega do bebê não está correta e o peito pode ficar pesado, dolorido e em casos extremos, desenvolver mastite.

Responsabilidade pelo sucesso na amamentação não é só da mulher (Crédito Adobe Stock)

Para evitar problemas como esses, recomenda-se que antes do nascimento busque-se informação com profissionais capacitados, como consultoras em amamentação ou especialistas em aleitamento materno.

Diversos locais oferecem cursos gratuitos sobre o assunto, como UBSs e Hospitais e maternidades.

Porém, essa busca pela informação não deveria partir somente da mãe. Pesquisas recentes mostram que um parceiro bem informado é responsável por parte do sucesso da amamentação. Isso porque um companheiro que entende as alterações físicas, psíquicas e emocionais da mulher tende a ficar mais calmo e acalmá-la também.

Mas ainda é alto o número de mulheres que percebem que os maridos não estão tão bem informados sobre o assunto.

Segundo a pesquisa Philips Avent, realizada em junho deste ano com 3500 pessoas em todo o mundo, 88,6% das mães disseram que os parceiros deveriam ser mais informados para tornar o período da amamentação mais fácil.

No Brasil, a pesquisa mostrou também que 77,9% dos homens responderam que gostariam de estar mais envolvidos no processo.

“A amamentação não é apenas entre mãe e bebê, pois esse processo só tem sucesso se todas as redes de apoio estiverem envolvidas. Precisamos diminuir a cobrança e tirar a responsabilidade do sucesso da amamentação da mãe. Todos precisam se responsabilizar”, afirma a enfermeira pediatra Eneida Souza, que também é consultora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia em Angeles.

Ela destaca que o marido pode pode controlar as visitas para que os três (mãe, bebê e pai) fiquem em um ambiente mais tranquilo e possam focar na amamentação.

Além disso, o pai pode preparar algo para a mãe comer, uma vez que ela precisa se alimentar e hidratar com frequência. Se ele se responsabilizar pela organização e limpeza da casa, além de fazer o supermercado, por exemplo, menos preocupações a mulher terá.

“Outro aspecto muito importante é o apoio emocional. Dizer palavras de incentivo, carinho, reforçar que a amamentação é um aprendizado entre mãe e bebê também é papel do pai”, completa Eneida.

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Autoestima da grávida reflete no vínculo com o bebê, revela pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/07/autoestima-da-gravida-reflete-no-vinculo-com-o-bebe-revela-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/07/autoestima-da-gravida-reflete-no-vinculo-com-o-bebe-revela-pesquisa/#respond Wed, 07 Aug 2019 11:14:53 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/WhatsApp-Image-2019-08-06-at-16.47.35-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8483 Quanto maior a autoestima de uma mulher grávida, maior será o vínculo que ela apresentará com seu bebê no futuro. A autoestima também reflete na qualidade de sono da mãe e na redução dos níveis de estresse, ansiedade e sintomas depressivos.

Esse é o resultado do Projeto Aconchego, uma pesquisa realizado durante três anos com 523 grávidas na primeira gestação e 211 parceiros.

O levantamento mapeou emoções, vínculo com o bebê, percepção de beleza da mulher e seus parceiros em diferentes trimestres da gravidez e início do pós-parto.

Ainda sobre a autoestima, o segundo trimestre da gestação é o que mais apresentou respostas sobre a insatisfação com o corpo.

A pesquisa apontou que o vínculo com o filho também aumenta na proporção do apoio de outros integrantes da família e de amigos próximos. Quanto mais pessoas participando da criação de uma criança, maior será a resiliência do casal.

Parceiros têm menor vínculo com a mulher no terceiro trimestre da gestação, porém esse vínculo aumenta no pós-parto. Já a ansiedade das mulheres tende a subir ao longo da gestação alcançando níveis até quatro vezes maiores após o nascimento do bebê.

“Percebemos que a ansiedade é tão recorrente quanto a depressão e que a percepção de felicidade do homem caminha junto com a da mulher. Quando ela abaixa, ele acompanha”, afirma Eduardo Zlotnik ginecologista e obstetra e vice-presidente do Hospital Albert Einstein.

“Um médico só vai perceber esses sintomas na mulher se fugir do pré-natal técnico, que apenas pesa a mãe, mede sua barriga e pede um ultrassom. É preciso uma escuta ativa para falar sobre o que ela não sabe perguntar”.

O obstetra defende a mudança do ensino da conduta médica ainda na faculdade. “Só assim será possível abrir portas que nunca foram abertas e saber como a gestante efetivamente está”, conclui.

 

“O vínculo é essencial para determinar o que a pessoa vai ser no futuro. Ele também determina como será a relação dessa criança com ela mesma e com os outros no futuro”, diz a especialista em desenvolvimento de marcas da Natura, Daniela Becker. “Quanto mais bem cuidada, melhor essa criança saberá cuidar de si mesma”, completa.

Os dados do Projeto Aconchego foram coletados pela área de Ciências e Bem-Estar da Natura, em parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Foram ouvidas gestantes das classes A, B e C nos hospitais Albert Einstein e Vila Santa Catarina e em UBS (Unidades Básicas de Sáude).

A pesquisa foi divulgada no início deste mês no relançamento da linha Mamãe e Bebê.

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