Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Dores, lágrimas e culpa: o que nem sempre te contam sobre amamentação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/25/dores-lagrimas-e-culpa-o-que-nem-sempre-te-contam-sobre-amamentacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/08/25/dores-lagrimas-e-culpa-o-que-nem-sempre-te-contam-sobre-amamentacao/#respond Tue, 25 Aug 2020 16:31:10 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-08-19-at-17.55.36-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8960 Todo ano, a campanha #AgostoDourado fala sobre os benefícios de dar de mamar, fala sobre a importância da informação, da preparação ainda no pré-natal, sobre confusão de bicos, consultorias de amamentação e sobre rede de apoio.

Saber sobre tudo isso é essencial, mas não é garantia de sucesso no processo. E é isso que esse relato corajoso da minha amiga Dani Braga mostra. Mesmo bem informada, cercada por uma rede de apoio e de profissionais especialistas no assunto, ela vivenciou momentos muito doloridos no corpo e na mente para seguir em frente com a amamentação de seu filho.

“Embora eu reconheça o vínculo que se estabelece por meio da amamentação, posso dizer que aqui em casa o entrosamento não veio por meio dela, ao menos não apenas por essa via. Hoje, o amor pelo meu filho é imenso, ao ponto de sentir saudade de estar perto dele mesmo estando no cômodo ao lado, e amamentar deixou de ser um peso”, comemora a mãe do Ian, um dos bebês mais simpáticos que já conheci (virtualmente, por causa da pandemia, claro).


“Quando engravidei, estudei e decidi pelo parto normal, mas sabia que poderia precisar de uma cesárea. E tudo bem, não sofria com isso, de verdade.

Algo que eu não tinha dúvida, no entanto, era que a amamentação seria com leite materno e em livre demanda (sempre que o bebê solicita). Fiz um curso de amamentação online e aprendi sobre os inúmeros benefícios para a criança e para a saúde da mãe. No meu plano de parto, expressei meu desejo pela “golden hour” — quando o bebê é colocado para mamar na sua primeira hora de vida.

Ao completar 40 semanas, senti todas as dores do parto até atingir nove dedos de dilatação. Ian nasceu rapidamente. Que sorte eu tive! Agora viria o próximo passo: o bebê em meu colo para ser amamentado. Aqui começa a história que quase ninguém conta. Você até lê que há alguma dificuldade, mas sempre impera o clima de que é algo tão natural que tudo se ajeita rapidamente. Provavelmente o obstetra não vai abordar o assunto a fundo e aquela médica humanizada que você segue no Instagram vai dizer que o grande problema é a cultura da indústria da fórmula láctea.

Quando o bebê veio para os meus braços, eu sabia que a boca dele tinha de ter a abertura semelhante a de um peixinho, que o corpinho dele devia estar barriga com barriga comigo e que ele tinha de abocanhar a aréola. Lembrei de checar tudo, mas não contava com um fator importante: não estava ali sozinha com o bebê da teoria. Ian chegou sugando com pressão e força e não abria a boca suficientemente, nem com a ajuda da minha mão.

Na primeira abocanhada, voou sangue do mamilo na cara dele. A enfermeira veio ajudar e falou que estava tudo certo no manejo. Uma outra técnica confirmou. Passei para o outro seio: sangue e hematoma no primeiro minuto. Doeu. Doeu muito, mas achei que na próxima daria certo. Até posei para uma foto sorrindo.

Não, não deu certo na próxima nem nas seguintes. Piorou. Dois dias depois, veio a apojadura —momento em que o leite de fato desce. Eu também já conhecia o termo. Estava presente quando ela surgiu para minha cunhada, há um ano e meio. Ela passou mal, quase desmaiou, sentiu-se fraca e ofegante durante o banho. Comigo, porém, não foi assim.

Fui tomar banho esperando sintomas semelhantes, mas nada fora do normal ocorreu. De repente, acordei com as mamas muito inchadas. A dor era tão alucinante que quando os fios do cabelo tocavam o peito, eu beliscava minha perna para ver se me concentrava em outra dor. O desespero era tão grande que cancelei todas as visitas.

Duas enfermeiras, uma de cada lado, massageavam as mamas de três em três horas. Eu chorava antes, durante e depois dos procedimentos. O bebê passou a mamar sangue em todas as doloridas tentativas. Foi então que começou a tomar alternadamente fórmula e meu leite ordenhado em um copinho.

Eu detestava ver a cena do bebê bebendo leite no copo, embora soubesse que era o mais indicado na ausência do peito, para não causar a má afamada confusão de bicos. Ao mesmo tempo, sentia-me culpada por odiar a fórmula, afinal, não fosse meu privilégio social, nem teria essa saída. Fórmulas custam caro.

A cabeça foi para o espaço e eu fui para casa sem nem saber quem eu era direito. E permaneci assim por um mês e meio. Queria amamentar, mas odiava. Lembro de bater a cabeça na parede de tanta dor e de desejar que o relógio parasse para não ter de amamentar de novo. Procurava na internet mães que desistiram da amamentação e, curiosamente, só encontrava relatos daquelas que superaram todas as adversidades. Estava claramente procurando na minha bolha, já que, no Brasil, o tempo médio que uma mãe amamenta é de apenas 54 dias.

Comecei a acreditar que era eu quem não amava suficientemente o próprio filho, por isso me sentia daquela forma, sem vontade de amamentar e sem ânimo para qualquer coisa que não fosse chorar. Diagnóstico psiquiátrico: princípio de depressão pós-parto –ao mesmo tempo em que o país entrava de cabeça na pandemia pelo coronavírus.

Além da dor física, doía mais ainda ouvir e ler que se a mãe não está bem, o bebê não fica bem. Era como se alguém gritasse na minha cara que eu estava prejudicando o meu filho.

Remédio. Terapia. Amor da família. Rede de apoio. Eu tive tudo isso, mas a dor da amamentação não passava, as feridas não cicatrizavam. Era peito no sol, peito na compressa fria, peito na pomada, peito no laser e peito na boca do nenê, que lacerava novamente.

Consultora de amamentação 1, consultora de amamentação 2, banco de leite, vídeos, conversas com especialistas. Lancei mão de tudo, insisti. Por quê? Não faço ideia. Talvez por querer que Ian tivesse todos os benefícios nutricionais, uma vez que, nos primeiros dias, não conseguia doar todo o meu afeto? Seria perfeccionismo? Ou por almejar ter a liberdade de alimentar meu filho a qualquer momento e em qualquer lugar, sem ter de esterilizar mamadeiras e carregar trambolhos? Hoje, penso que foi tudo isso.

Usei bombinha elétrica para tirar leite (tenho trauma do barulho que ela faz até hoje), fiz ordenha manual, Ian tomou leite no copinho, na colher dosadora e na mamadeira. Tive mastite e necessitei de antibiótico. Enquanto isso, insistia em colocá-lo no peito.

Precisei dar fórmula nos primeiros dias em casa também, mas não fazia ideia de como oferecer, só sabia sobre aleitamento materno. É ridículo para uma jornalista, que prega ouvir todos os lados, ter ido apenas atrás da informação que me interessava.

Durante a gestação, imaginava as respostas que daria quando falassem que era hora de desmamar ou quando sugerissem que seria melhor me esconder para amamentar, mas, no fim das contas, o pitaco que eu mais desejava ouvir era “minha filha, use logo uma mamadeira e pare de sofrer”.

Das poucas opiniões que recebi, uma das mais clássicas: “Seu meu leite não está sustentando o bebê”. Diante da perda de peso dele nas duas primeiras semanas, parecia muito real, o que me jogou ainda mais para baixo.

No mais, todas as pessoas a minha volta respeitaram a minha vontade de persistir amamentando. Enfim, depois de longas semanas, o negócio engrenou.

Quando estava no terceiro mês e tudo parecia normal, uma nova inflamação e um ducto lactífero entupido surgiram. Dor lancinante. O tratamento: usar uma agulha esterilizada ou esfregar uma toalha molhada até estourar a bolha de leite formada no mamilo, além de massagear as ingurgitações doloridas que apareceram no seio. Tentei tudo, sem sucesso imediato. Feito isso, coloquei o bebê para mamar em diferentes posições, a principal delas era a que eu ficava em quatro apoios com o seio na boca do bebê. A cena se repetiu no quarto mês e no quinto, com uma nova mastite e um febrão de três dias.

Alguém já viu alguma propaganda, filme, série ou novela com uma mãe nesta posição? Só observo mãe e filho se entreolhando e sorrindo, como se fosse um ato totalmente instintivo.

Nesta última crise, a ferida aberta no terceiro mês voltou a incomodar. Ao redor dela, o mamilo fica todo esbranquiçado, como se não circulasse sangue na região. Arde demais.

Obviamente nem todas as mães percorrem essa via crucis e muitas sentem prazer desde o início com a amamentação, mas isso não pode ser considerado o padrão. É necessário falarmos sobre as dificuldades para munirmos de informação outras mulheres. Sabendo dos eventuais problemas, podemos buscar soluções que não sejam o desmame precoce, para quem deseja continuar, e também apoio, para quem prefere desistir.

Seria hipocrisia dizer que não me orgulho de olhar as dobrinhas do Ian, frutos da amamentação. Ainda assim, não penso que toda mãe deva passar por isso, sobretudo as que têm pouco ou nenhum apoio. Respeitar-se e estabelecer limites também são atos de amor. Amor próprio e amor materno.

Embora eu reconheça o vínculo que se estabelece por meio da amamentação, posso dizer que aqui em casa o entrosamento não veio por meio dela, ao menos não apenas por essa via. Hoje, o amor pelo meu filho é imenso, ao ponto de sentir saudade de estar perto dele mesmo estando no cômodo ao lado, e amamentar deixou de ser um peso.

A maternidade tem um mantra, o “vai passar”. Junto dele deveríamos incluir “não julguemos outras mães. Não nos comparemos. Falemos sobre nossos filhos e nossas experiências sem precisar esfregar na cara de mães que estão inseguras nosso sucesso com as tais siglas LM/LD/PN/SN, entre outras. Não meçamos outro maternar com a nossa própria régua”.

Feliz fim de agosto dourado e início de primavera florida para quem amamenta no peito, para quem oferece mamadeira e principalmente para quem faz uso real da palavra da moda: empatia.”

 

]]>
0
Apoiar a mãe é a primeira grande oportunidade que o homem tem ao se tornar pai https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/09/apoiar-a-mae-e-a-primeira-grande-oportunidade-que-o-homem-tem-ao-se-tornar-pai/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/08/09/apoiar-a-mae-e-a-primeira-grande-oportunidade-que-o-homem-tem-ao-se-tornar-pai/#respond Fri, 09 Aug 2019 20:18:39 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/WhatsApp-Image-2019-08-09-at-17.08.09-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8505 De uns tempos pra cá a importância da participação do pai na criação dos filhos tem sido amplamente debatida. Apesar disso, ainda é muito comum um pai atuante ser elogiado, enquanto a mãe participativa é apenas uma mãe, mesmo.

Muitos homens defendem que apenas quando o bebê nasce é que a ficha sobre a paternidade cai, enquanto a mãe carrega o bebê no ventre, sente o filho mexer, além de passar pelo parto. Foi o caso de Beto Lima, pai de João Pedro, 5 e Helena, 1. Ele conta que enfrentou dificuldades para achar seu papel após o nascimento do primeiro filho.

Sua esposa enfrentou muitas dificuldades com a amamentação, ao ponto de não querer visitas em casa para não atrapalhar o processo. “Eu não sabia o que fazer e combinamos que ela deveria dizer o que queria, porque também estava perdido”. Ao evitar as visitas e apoiar a esposa, Beto entendeu que o papel de mediador do desejo da mãe foi importante para o sucesso da amamentação dela.

“Quando o bebê chega, a primeira grande oportunidade que o homem tem para ser pai é apoiando a mãe”, conclui.

Beto participou da 4ª mesa redonda sobre amamentação, realizada nesta quinta-feira (8), em São Paulo. Especialistas da Pro Matre e influenciadores digitais dividiram suas experiências sobre o assunto para fechar a semana mundial do aleitamento materno.

Pai do Léo, de apenas dois meses, Luan Ferreira acompanhava da plateia a fala da esposa Isabella Matte. Ele conta que também se viu perdido quando o filho chegou em casa. “Tudo é muito novo, tive muito medo de fazer algo errado, mas estou aprendendo”, conta o pai.

Debate sobre a amamentação promovido pela Pro Matre em São Paulo (Foto: Katia Lopes)

PATERNIDADE ATIVA

Um estudo divulgado em 2016 pela Universidade de Michigan comprovou que quanto mais atuante é o pai, mais autocontrole e cooperação terão os filhos. Essa relação também influencia na qualidade do desenvolvimento social da criança. Na ocasião, foram analisadas 730 famílias de diferentes regiões dos Estados Unidos.

Pai de Ana, de três anos, Pedro de Oliveira, do Canal Ser Pai, conta que quando pegou a filha no colo, se deu conta de que “pela primeira vez na vida teria algo que era pra sempre”.

Para ele, um bom pai vai muito além de prover financeiramente. “Ele deve prover afeto e atenção para o filho porque as crianças preferem ter o pai do lado e não um Porsche na garagem. Eles preferem muito mais dormir em nossa cama do que viver em uma casa enorme”, diz.

Ele critica o “aborto masculino”, aquele cometido pelos pais que colocam filhos no mundo e os ignoram após o nascimento. “Acredito que para mudar nossa sociedade, deixá-la mais igualitária e justa é preciso suprir as necessidades emocionais na infância”.

Nesse vídeo, se você é um pai participativo, certamente vai rolar uma identificação!

 

Feliz Dia dos Pais!

 

Curta o Maternar no Instagram.

]]>
0
Está grávida e quer massagem? Espaço oferece esse e outros serviços gratuitos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/esta-gravida-e-quer-massagem-espaco-oferece-esse-e-outros-servicos-gratuitos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/esta-gravida-e-quer-massagem-espaco-oferece-esse-e-outros-servicos-gratuitos/#respond Fri, 12 Jul 2019 13:27:04 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/WhatsApp-Image-2019-07-12-at-09.36.29-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8355 Entre os dias 15 e 19 de julho, o Espaço Mãe, em São Paulo, vai oferecer uma série de atividades gratuitas para as famílias.

Dança materna, yoga para bebês, rodas de bate-papo, oficinas sensoriais e massagens estão entre os serviços oferecidos.

A Semana do Acolhimento faz parte do trabalho de divulgação do espaço particular de atendimento, que será oficialmente inaugurado no dia 20 de julho.

Confira a agenda:

SEGUNDA-FEIRA – 15/07

 

14h às 15h | DANÇA MEU BEBÊ E EU com Thais Santiago

 

Aberto para mães e seus bebês de 3 a 12 meses. A Dança traz o acolhimento que ambos precisam nessa fase de descobertas e transformações. As mães mantém contato com outras mães e os movimentos da dança trazem tranquilidade e relaxamento para os bebês. Mães com bebês de colo devem trazer sling para a aula.
Vagas: 30 mães

 

15h às 16h | OFICINA SENSORIAL com Thais Santiago

 

Para bebês a partir dos 3 meses até 12 meses, acompanhados por um responsável. A estimulação sensorial realizada através da exploração dos sentidos favorecem o desenvolvimento neurológico, estimula a inteligência e a criatividade e permitem que as crianças compreendam melhor seu corpo, garantindo uma aprendizagem mais completa e duradoura.
Vagas: 20 pessoas.

 

16h às 17h | BATE-PAPO SOBRE ALEITAMENTO com Mila Rosa

 

Para gestantes, casais grávidos e avós. Esclarecendo as principais dúvidas sobre amamentação: mitos, benefícios e desafios.
Vagas: 25 participantes

 

18h às 19h | CUIDADOS NATURAIS NO PÓS-PARTO com Mila Rosa

 

Para gestantes, casais grávidos e demais interessados. Entenda como você pode se beneficiar de métodos naturais para complementar os cuidados com você e seu bebê durante o pós-parto.
Vagas: 20 participantes

 

19h às 21h | ENCONTRO COM AS DOULAS

 

Aberto para mães, gestantes, casais grávidos e tentantes, o encontro com as doulas que integram a equipe Espaço Mãe será uma grande roda para tirar dúvidas sobre pré-natal, parto e puerpério.
Vagas: 30 participantes

 

TERÇA-FEIRA – 16/07

 

10h às 11h | DESMISTIFICANDO A FRALDA DE PANO com Thamires Manoela

 

Para gestantes, mães e avós. Entenda o que mudou, conheça as novidades e saiba como as fraldas de pano podem beneficiar a dinâmica de cuidados com o bebê e como seu uso pode impactar positivamente a todos.
Vagas: 30 participantes

 

11h às 12h | BABY YOGA com Veena Mukti

 

Aberto para mães com bebês a partir de 3 meses até começar a engatinhar. A prática de Yoga com o seu bebê é uma maneira maravilhosa de retomar os cuidados com o seu corpo, mente e emoções, cuidando com respeito da musculatura no pós-parto, ajudando a fortalecer o abdome e o períneo, cuidando da postura para auxiliar também na amamentação e no acolhimento para o bebê.
Vagas: 10 participantes

 

14h às 15h30 | MEU PÓS-PARTO – VAMOS CONVERSAR? com Damiana Nigri e Mila Rosa

 

Espaço de escuta terapêutica e acolhimento direcionado às mães e seus bebês.
Vagas: 20 participantes

 

15h30 às 17h | BATE PAPO: OUTRO FILHO UMA NOVA HISTÓRIA com Thamires Manoela e Samantha Ribeiro

 

Casais grávidos que já tiveram um ou mais filhos. Vamos entender que cada nascimento, amamentação e puerpério tem suas necessidades e questões, e que muitas vezes a história não se repete, e podemos aprender mais ainda com isso.
Vagas: 30 participantes

 

17h às 18h YOGA PARA GESTANTES com Veena Mukti
Para gestantes e casais grávidos em qualquer período gestacional. Uma prática para grávidas em qualquer período gestacional, com dicas de posturas reduzir os principais desconfortos da gestação e para o melhor posicionamento do bebê (o que facilita o parto).
Vagas: 10 participantes

 

19h às 21h | ENCONTRO COM A EQUIPE MÉDICA

 

Aberta para mulheres – em qualquer fase da vida – e suas famílias, o encontro com a equipe médica do Espaço Mãe busca tirar dúvidas sobre a saúde e sexualidade da mulher, incluindo o período gestacional, parto e puerpério.
Vagas: 30 participantes

 

QUARTA-FEIRA – 17/07

 

15h às 16h | OFICINA SENSORIAL com Thais Santiago

 

Para crianças de 12 meses até 3 anos, acompanhadas por um responsável. O mundo é cheio de informações que chegam através dos sentidos, por isso é fundamental estimular os diversos canais sensoriais de forma integrada. A estimulação sensorial realizada através da exploração dos sentidos favorecem o desenvolvimento neurológico, estimula a inteligência e a criatividade e permitem que as crianças compreendam melhor seu corpo, garantindo uma aprendizagem mais completa e duradoura.
Vagas: 20 pessoas.

 

16h às 17h | CORPO EM MOVIMENTO com Thais Santiago

 

Para crianças a partir dos 3 anos até 7 anos de idade. As oficinas de Corpo em Movimento são atividades psicomotoras que visam trabalhar o corpo através de atividades, circuitos, jogos e brincadeiras. Por meio dessas atividades é possível provocar estímulos que desenvolvam os aspectos: cognitivo, motor e afetivo.
Vagas: 20 crianças.

 

18h às 19h | DANÇA MEU BEBÊ E EU com Thaís Santiago

 

Para gestantes a partir do terceiro mês de gestação. A Dança para gestantes promove uma adaptação da mãe às mudanças que a gestação provoca, proporcionando harmonia entre o corpo e a mente.
Vagas: 30 participantes.

 

19h às 21h | RECEPÇÃO NEONATAL HUMANIZADA

 

Uma conversa sobre o papel do pediatra na sala de parto humanizada e sua importância no cuidado com o bebê.
Vagas: 30 participantes

 

QUINTA-FEIRA – 18/07

 

11h às 12h | DANÇA MEU BEBÊ E EU com Thais Santiago 

 

Aberto para mães e seus filhos (andantes de 12 meses até 2 anos). A Dança é um momento de interação, troca e aprendizado entre mãe e filho. Durante a aula de dança explora-se a criatividade, o lúdico de uma forma divertida e prazerosa para ambos.
Vagas: 30 mães.

 

15h às 16h GESTAÇÃO, PARTO, PÓS-PARTO E MASSAGEM com Mila Rosa e Veena Mukti

 

Vivência de massagem para gestantes e casais grávidos. O toque é um importante aliado da gestação. Nesta oficina, serão ensinadas técnicas para reproduzir em casa.
Vagas: 20 participantes

 

16h30 às 17h30 | COMO ALIVIAR OS DESCONFORTOS DO BEBÊ ATRAVÉS DO CONTATO AFETIVO com Mila Rosa

 

Gestantes, casais grávidos, avós e demais interessados. Entendendo como o contato afetivo nas diversas situações de cuidado: massagem, troca, banho pode contribuir para o alívio dos desconfortos sentidos pelo bebê.
Vagas: 20 participantes

 

19h às 21h | ENCONTRO COM A EQUIPE MÉDICA

 

Aberta para mulheres – em qualquer fase da vida – e suas famílias, o encontro com a equipe médica do Espaço Mãe busca tirar dúvidas sobre a saúde e sexualidade da mulher, incluindo o período gestacional, parto e puerpério.
Vagas: 30 participantes

 

SEXTA-FEIRA – 19/07

 

14h às 15h | ENCONTRO GENTLEBIRTH com Samantha Ribeiro

 

Para gestante mais um acompanhante. Gentlebirth é uma metodologia que visa trazer ao casal grávido resiliência emocional para viver o parto da forma mais positiva possível, independentemente de seus desfechos. Traz conceitos do mindfulness, hipnose, TCC e psicologia do esporte.
Vagas: 10 casais

 

17h30 às 20h30 | SPINNING BABIES com Gabriele Garbin

 

Para gestantes e acompanhantes. Obrigatório presença do acompanhante mais próximo, que tenha convivência diária com a
mulher. Spinning Babies é uma abordagem que visa melhorar o equilíbrio pélvico para uma gestação mais confortável e um parto mais fácil e fluído.
Vagas: 5 casais

 

SÁBADO – 20/7 | DE PORTAS ABERTAS

 

10h | ABERTURA OFICIAL ESPAÇO MÃE

 

Bate-papo com Paulo Noronha, Fabiana Garcia, Mariana Chagas e Bianca Rocha.

 

11h | OS DESAFIOS DA PATERNIDADE

 

Bate-papo com Leonardo Piamonte do podcast Balaios de Pais sobre os desafios da paternidade atual.

 

14h | A REDE DE APOIO E SUA IMPORTÂNCIA NA FAMÍLIA MODERNA

 

Bate-papo com a equipe de doulas e terapeutas do Espaço Mãe sobre a importância da rede de apoio para pais e mães no mundo moderno.

 

15h | DANÇA MEU BEBÊ E EU 

 

Oficina de dança para mães e pais e seus bebês, com auxílio de sling, com Thais Santiago.

 

16h | A VOLTA AO TRABALHO E O DESMAME GENTIL 

 

Bate-papo com Giovanna Balogh, do site Mães de Peito, sobre os desafios da volta ao trabalho e manutenção da amamentação até o desmame gentil.

 

 10H às 17h | MÚSICA AO VIVO

Apresentação ao vivo, nos intervalos das atividades, ao longo de todo o dia para os nossos convidados.

 

10h às 17h | SORTEIOS

 

Durante o dia serão sorteados dois ensaios de gestante – por Bia Takata e Kalu Gonçalves – e uma pintura de barriga.

SERVIÇO

Espaço Mãe
Rua Correia Dias, 454 Paraíso, São Paulo, SP
Telefone: 11  5093-0415

As inscrições devem ser feitas pelo site do Espaço Mãe. As vagas são limitadas. Corra!
]]>
0
Conheça 24 direitos das grávidas no trabalho, no médico e na vida cotidiana https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/05/15/pai-tambem-deve-arcar-com-despesas-da-gestante-veja-outros-direitos-das-gravidas/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/05/15/pai-tambem-deve-arcar-com-despesas-da-gestante-veja-outros-direitos-das-gravidas/#respond Wed, 15 May 2019 12:52:39 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/WhatsApp-Image-2019-05-14-at-17.18.30-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8134 Provavelmente, você já ouviu que toda grávida tem direito ao atendimento prioritário em instituições públicas e privadas, assim como assento prioritário nos transportes coletivos. Mas além desses direitos, há muitos outros garantidos por lei.

 

A Constituição prevê estabilidade da gestante no emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Vale ressaltar que a garantia da estabilidade no emprego também vale para a gestante em contrato de experiência.

 

A empregada gestante tem direito a licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e salário. Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos mesmos 120 (cento e vinte) dias.

 

Mães adotivas também têm direito à licença-maternidade de 120 dias no caso de criança até 1 ano de idade; de 60 dias no caso de criança de 1 até 4 anos de idade e de 30 dias no caso de criança de 4 até 8 anos de idade.

 

A licença-maternidade de 180 dias é obrigatória no serviço público e opcional para empresas do setor privado inscritas no Programa Empresa Cidadã.

 

É direito da gestante ter as despesas decorrentes da gestação custeadas pelo futuro pai. Isso vale para despesas com alimentação, médico, psicólogo, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições indispensáveis, segundo seu médico, além de outros itens que o juiz considerar pertinentes.

 

A gestante também tem direito a transferência de função, quando sua condição de saúde exigir (mediante atestado médico), tendo assegurada a retomada da função anteriormente.

 

Vale mencionar que a gestante que exerce atividade considerada insalubre em grau máximo (contato com agentes químicos, biológicos, infecciosos e fatores físicos prejudiciais à saúde) deverá ser afastada da atividade enquanto durar a gestação, sem prejuízo do adicional de insalubridade recebido.

 

Entre os cargos que se encaixam nesse perfil estão: soldadoras, técnica em radiologia, profissionais da metalurgia, bombeira, química, mineradora, profissional da construção civil, mergulhadora e enfermeira.

 

A alteração também vale se a gestante tiver um atestado médico nos casos das atividades consideradas de grau médio (lugares quentes e úmidos) ou mínimo (locais ruidosos).

 

A gestante ainda tem direito à dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

 

Mães desempregadas que contribuíram para Previdência Social também podem receber o salário de licença-maternidade. A solicitação do benefício pode ser feita até a criança completar cinco anos.

 

Após o nascimento da criança, a mulher tem direito a dois intervalos especiais de meia hora cada para amamentação até o filho completar seis meses.

É garantido por lei acesso a uma sala de amamentação no trabalho para que ela realize a extração do leite. O local deve obedecer a regulamentação técnica dos bancos de leite: ambiente tranquilo, privado e confortável, com freezer e lavatório.

 

No caso de aborto até a 22ª semana de gestação, a mulher tem direito ao afastamento por 14 dias.

 

A licença-maternidade de 120 a 180 dias também é garantida em casos de natimorto (feto que morre no útero e tem mais de 500 gramas ou mais de 23 semana de gestação), em casos de prematuridade ou quando o bebê morre no parto.

 

PRÉ-NATAL E PARTO

 

Toda gestante tem direito a realizar até seis consultas pré-natal gratuitas no posto de saúde, fazer exames gratuitos de urina, sangue, verificação de peso e pressão.

 

A mulher deve ser atendida com respeito e dignidade pelas equipes de saúde, sem discriminação de cor, raça, orientação sexual, religião, idade ou condição social.

Também é seu direito aguardar  atendimento sentada, em lugar arejado, com água para beber e banheiros limpos à sua disposição.

A gestante tem o direito de ser informada anteriormente, pela equipe do pré-natal, sobre qual a maternidade de referência para seu parto e de visitar o serviço antes do parto.

Neste vídeo, do Despertar do Parto, saiba mais sobre a importância do plano de parto, outro direito da gestante.

 

Também são seus direitos:

  • Vaga em hospitais: para o parto, a mulher gestante deve ser atendida no primeiro serviço de saúde que procurar. Em caso de necessidade de transferência para outro local, o transporte deverá ser garantido de maneira segura.
  •  Acompanhamento especializado durante a gravidez, o que inclui exames, consultas e orientações gratuitas.
  • No SUS, Sistema Único de Saúde, a mulher grávida tem direito a um acompanhante (homem ou mulher), de sua indicação, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto.
  • A mulher internada para dar à luz em qualquer estabelecimento hospitalar integrante do SUS tem o direito de realizar o teste rápido para detecção de sífilis e/ou HIV.
  • A mãe portadora do vírus HIV ou HTLV não deve amamentar o bebê. Por conta disso, ela tem o direito de receber leite em pó, gratuitamente, pelo SUS, até o a criança completar seis meses ou mais.

Segundo a OMS, o uso de ocitocina sintética para acelerar o parto (sem indicação ou consentimento da mulher), episiotomia (corte no períneo que facilita a passagem do bebê) ou indicação de cesárea sem necessidade (geralmente por conveniência do profissional) são considerados violência obstétrica.

Além disso, repetidos exames de toque, descolamento das membranas ou redução de colo durante o toque também são práticas violentas. Saiba mais aqui.

 

A mulher também tem direito a uma doula e se movimentar durante o trabalho de parto e ficar na posição mais confortável para ela.

 

As informações acima são da advogada trabalhista Cintia Lima, do Despertar do Parto, do Ministério da Saúde , do Direito das Mulheres no Parto  e Trotta e Beiriz Advocacia.

 

Curta o Maternar no Instagram.

 

 

 

]]>
0
Laser auxilia o tratamento de fissuras durante amamentação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/08/07/laser-auxilia-tratamento-de-fissuras-durante-amamentacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/08/07/laser-auxilia-tratamento-de-fissuras-durante-amamentacao/#respond Tue, 07 Aug 2018 14:51:18 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/fotolia_206231521-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7578 A pega incorreta no seio durante a amamentação é um dos principais motivos do desmame precoce, segundo o Ministério da Saúde.

Em evento em comemoração à Semana Mundial da Amamentação, o governo também listou a falta de apoio familiar ou de empregadores, a insegurança em relação à produção de leite e o uso de mamadeiras e chupetas como impeditivos para a continuidade do aleitamento exclusivo até o sexto mês.

A pega incorreta é quando o bebê suga apenas o bico e não a aréola do seio, gerando fissuras, que ocasionam muita dor.

Outros problemas comuns para quem amamenta são mastite (inflamação das glândulas mamária), ingurgitamento mamário (que é o acúmulo de leite nas mamas) e candidíase mamária (infecção por fungo).

 

Thaisa e a filha Manuela: laser ajudou na recuperação dos seios após candidíase mamária

Uma forma de tratar esses problemas é com a laserterapia. O procedimento, que é indolor e sem efeitos colaterais, acelera a cicatrização por meio de ondas de luz.

Conhecer de cor a parte técnica da amamentação não livrou a obstetra Aline Calixto, 30, das temidas fissuras. “Mesmo com toda teoria que sabia, a pega incorreta da bebê gerou alguns machucados”, diz.

Aline conta que na primeira sessão de laser sentiu a diminuição da dor e percebeu a aceleração do processo de cicatrização.

A enfermeira Thaisa Moraes,30, também não conseguiu evitar a candidíase mamária, mesmo munida de informações.

“Comecei a sentir dores no seio, vermelhidão e algumas rachaduras. Fiquei desesperada, tentando entender o que estava acontecendo”, conta a mãe, após nove meses de aleitamento. “O laser salvou minha amamentação”, afirma.

 

Por causa das dores, Luciene quase desistiu de amamentar o filho Ian há 9 meses

“As dores eram horríveis e eu chorava em todas as mamadas”, lembra a publicitária Luciene Camaliote,37. A mãe de Ian, hoje com 10 meses, relata também que já na primeira sessão as dores causadas pelas rachaduras foram embora. “Foi incrível amamentar depois. Eu estava quase desistindo”, explica.

“Mas o laser isolado não resolve. É um tratamento coadjuvante”, explica a enfermeira obstétrica e laserterapeuta Mariana Chagas. Ela indica consultores em amamentação atualizados para corrigir a causa do problema.

Laserterapeuta durante uma sessão

Vale lembrar que o serviço de consultoria em amamentação também é encontrado de forma gratuita nos bancos de leite.

Curta a página do Maternar no Facebook e no Instagram.

]]>
0
Em grupo, mulheres constroem rede de apoio para vencer período pós-parto https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/em-grupo-mulheres-constroem-rede-de-apoio-para-vencer-periodo-pos-parto/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/em-grupo-mulheres-constroem-rede-de-apoio-para-vencer-periodo-pos-parto/#respond Sun, 13 May 2018 05:00:29 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/cf5b1578f77510080b6b7783cd7cc9a7117b0049bade71e5187bd6fbfcb24877_5af5c7de6188a-1-320x213.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7447
Privação do sono, falta de apoio, problemas com a amamentação, frustração ao lidar com um bebê. Cenas totalmente diferentes das idealizadas durante a gestação.

 

Esses são alguns dos principais temas que mães compartilham, toda quarta-feira, em reuniões para falar sobre o puerpério, o período logo após o parto. Ele pode durar bem mais que os tais 40 dias de resguardo recomendados por alguns médicos.

 

“Eu não sabia mais quem eu era”, diz a empresária Priscilla Manfredi, 34. Segundo ela, o mais difícil foi abrir mão da individualidade após o nascimento de Serenna, 1. “Você tem um bebê lindo nos braços e não pode dizer que está infeliz, porque assustaria todo mundo”, afirma Camila Caslini, mãe de Arthur, 2.

 

Esse comportamento de esconder a dor, segundo o psicólogo e terapeuta familiar Alexandre Coimbra Amaral, está atrelado à cultura judaico-cristã, na qual “é proibido uma mulher abençoada reclamar da sua bênção. É uma heresia”, explica.

 

O especialista diz que a chegada de um filho exige da mulher tempo para a construção de uma nova identidade. Até mesmo o desejo de ficar recolhida pode auxiliar uma nova mãe a entender em quem ela está se transformando.

 

“O sentimento de solidão era constante”,diz a psicóloga Carla Capuano, 42. Após uma experiência difícil nesse período, ela decidiu abrir mão da carreira em uma empresa para fundar a Casita, espaço de convivência em Santo André, no ABC, onde ocorrem as rodas de apoio às mães. “Hoje eu consigo oferecer o que eu não tive no meu pós-parto”, diz a mãe de Clara Liz, 7.

 

Para as mulheres ouvidas pela Folha, desromantizar a maternidade ajudaria bastante, afinal, o bebê da novela ou da revista não representa a maioria dos recém-nascidos.

 

Além disso, segundo especialistas, quem está perto pode ajudar. De palavras de incentivo à amamentação, cuidar de uma roupa suja, lavar a louça acumulada, oferecer-se para ficar com o bebê enquanto ela vai ao banheiro ou toma um banho com mais calma.

 

Segundo o psicólogo, no puerpério é muito comum os parceiros sentirem-se coadjuvantes. Ele alerta: vale lembrar que a mãe também pode estar perdida, e uma conversa franca ajuda a ambos.

 

Outra ajuda eficaz é perguntar a essa mulher como ela está e apenas deixá-la falar. Para a pediatra Vania Gato, desabafar gera alívio para essa mãe.

 

Acostumado a trabalhar com rodas maternas, o psicólogo observa que mulheres que calam sentimentos costumam ficar mais irritadas e melancólicas.

 

A professora Janaína Dutra, 38, mãe de André Luiz, 3, e Luiz Henrique, 2, vive longe da mãe e das irmãs, que moram em outro estado. Ela encontrou espaço nas rodas de ajuda. “É muito mais fácil ser compreendida e poder desabafar com quem está passando pela mesma situação. Só outra mãe vai te entender e acolher sem julgamentos”, diz.

 

“Quando aceitei que a minha vida não seria mais a mesma, as coisas começaram a ficar mais leves”, completa Priscilla Manfredi, que também frequenta as rodas.

 

Se ajustar-se à amamentação, cuidar do umbigo, receber visitas, lidar com o choro e a privação do sono são difíceis, imagine somar a isso um problema de saúde no bebê.

 

A designer de interiores Amanda Borges, 36, abriu mão de todos os alimentos que mais gostava porque o filho, Joaquim, 1, teve alergia ao leite. “O meu puerpério mostrou quem eu era. Eu não estava preparada para abrir mão do que me fazia feliz, ou achava que me fazia feliz.”

 

“Foi aí que eu entendi que o isolamento forçado era exatamente o que eu precisava para me conhecer de verdade. Nossa essência sempre está ocupada: nós trabalhamos, temos nossa família, viajamos, saímos, planejamos o futuro. Quando o bebê chega, você perde o controle do tempo”, diz Amanda.

 

“É preciso coragem e pessoas que encorajem essa mulher”, explica a doula e educadora parental Janie Paula, 34.

 

Para ela, apesar de difícil, a fase é uma grande oportunidade de se conhecer e tirar importantes lições. “Há muita potência no puerpério”, conclui Janie.
]]>
0
Licença-maternidade aprovada para pesquisadoras é utópica, dizem mães https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/licenca-maternidade-aprovada-para-pesquisadoras-e-utopica-dizem-maes/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/licenca-maternidade-aprovada-para-pesquisadoras-e-utopica-dizem-maes/#respond Fri, 22 Dec 2017 11:07:00 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/gestante-180x119.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7257 Se o início da maternidade não é fácil para a maioria das mulheres, imagine para uma mãe que é pesquisadora bolsista.

Para conseguir dar conta dos prazos das atividades propostas, é preciso apelar para o malabarismo entre mamadas, trocas de fralda, leituras e produção de textos. Ah, e o sono, também.

No início desta semana, entrou em vigor a lei que já é adotada pelas principais agências de fomento a estudos e pesquisas no país: a licença-maternidade às bolsistas que tiverem bebês ou adotaram filhos durante os estudos.

As alunas poderão suspender as atividades acadêmicas por até 120 dias e continuar recebendo a bolsa. Além disso, a vigência da bolsa terá o período de afastamento prorrogado.

Por meio da assessoria, a autora do projeto, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), explicou que várias estudantes da pós-graduação precisaram abandonar a pesquisa para cuidar dos filhos. Muitas relataram dificuldades para conseguir a licença após o nascimento dos bebês, mesmo com portarias que previam o afastamento. Agora, institucionalizada, a ideia é que o caminho seja mais fácil para essas mães.

Na teoria, a lei é bem-vinda, mas na prática, a licença-maternidade inexiste para a maioria das pesquisadoras. Isso porque, muitos prazos para submissão de trabalhos não são alterados.

Foi o que ocorreu com a professora Vanessa Rossi, 29. Ela conseguiu a prorrogação da bolsa, mas tinha data para a entrega e precisou dormir ainda menos para dar conta da pesquisa, entregue quando o bebê tinha apenas um mês.

“Foi muito difícil, não dava para desligar do mestrado. Ele nasceu no domingo, na quarta, estava lendo textos e escrevendo”, conta a ex-aluna da Universidade Estadual de Londrina.

Mesmo dividindo as funções com o marido, Vanessa lembra que teve muitas dificuldades de concentração, porque estava se adaptando à nova rotina,  se recuperando do parto normal e ainda sentia muitas dores nos seios por conta da amamentação do Francisco, hoje com 2 anos.

 

Kiara precisou fazer malabarismo para conciliar a maternidade com a pesquisa (Arquivo Pessoal)

“É um dos momentos mais cansativos da vida de uma mulher. A memória fica prejudicada, assim como a concentração, diz a pediatra Nicole Martim, 31. “É um ato heroico cuidar de um bebê e dar conta de uma pesquisa científica”, completa.

Ela explica que a disponibilidade integral da mãe é essencial para conseguir amamentar exclusivamente até os seis meses, como orienta a Organização Mundial de Sáude (OMS). Além disso, a sobrecarga causada pelo cansaço físico e mental durante a adaptação do bebê recém-chegado pode gerar ainda mais estresse na mulher.

“É um ambiente de muita competitividade”, diz a antropóloga Renata Albuquerque, 30, doutoranda na UnB (Unvirsidade de Brasília). Para ela, a academia pode ser muito cruel com quem não tem a pesquisa como prioridade exclusiva de vida.

“A gente faz de tudo para não ficar pra trás: manda artigos pras melhores revistas, quer escrever os melhores textos, estar nos melhores congressos, apresentar os melhores trabalhos. É um ritmo louco. Com bebê, simplesmente não dá”, diz.

“Pensei em desistir muitas vezes, lembra Julia Angelo, 36. A pesquisadora, mãe de Caetano, 1, é bolsista e chegou a pedir a licença-maternidade. Mas assim como as demais estudantes, precisou entregar trabalhos quando o bebê era pequeno.

Ela defenderá sua teste na área de educação em maio do ano que vem e diz dar conta porque o filho está em uma escola atualmente.

 

Lilian e Helena, com dois meses e meio, durante a orientação de uma aluna (Arquivo pessoal)

O mesmo problema ocorre na vida das orientadoras de pesquisa. Mãe de Helena, de sete meses, a professora universitária Lilian Anami, 30, orientava cinco alunos de mestrado e doutorado e  outros dois de iniciação científica. “Os alunos têm prazos e eu tenho que respeitá-los, estando ou não de licença. Ao aceitar uma orientação, tenho que garantir que estarei à disposição dele pelos próximos anos –e isso independe de licença-maternidade, doença, férias ou viagem”.

Ela provou a disponibilidade quando precisou passar horas em um laboratório de olho no microscópio quando sua bebê ainda estava com dois meses e meio. “Não tinha como deixar a aluna na mão, então lá fomos nós, eu, Helena, carrinho e fraldas”, conta.

Acostumada com prazos apertados, a professora lembra quando precisou acelerar para submeter um artigo. A pressa foi necessária porque estava na maternidade entre uma contração e outra, prevendo que não conseguiria cumprir o prazo após o nascimento da filha.

A LEI

Durante a votação no Senado, o projeto contou com uma emenda que também permite a licença remunerada para pós-graduandos que adotarem crianças ou obtiverem guarda judicial para fins de adoção.

Uma das justificativas para aprovação foi evitar o desperdício de verba causado pela evasão das alunas que não conseguiam conciliar estudos e maternidade.

Curta a página do Maternar no Facebook clicando aqui.

]]>
0
Seu filho não come? Gonzáles vem ao Brasil ensinar os pais a lidarem com a preocupação https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/09/30/seu-filho-nao-come-gonzales-vem-ao-brasil-ensinar-os-pais-a-lidarem-com-a-preocupacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/09/30/seu-filho-nao-come-gonzales-vem-ao-brasil-ensinar-os-pais-a-lidarem-com-a-preocupacao/#respond Fri, 30 Sep 2016 10:00:39 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6542 Pais não devem insistir nem forçar filho a comer, segundo o pediatra (Crédito: Fotolia)
Pais não devem insistir nem forçar filho a comer, segundo o pediatra (Crédito: Fotolia)

A alimentação dos filhos é um dos temas que mais preocupa os pais. A aflição fica maior à medida que a quantidade de alimento que a criança come diminui.

Por isso é comum os pais chegarem aos consultórios dos pediatras dizendo que o filho não come nada.

Para acalmar pais e mães, o pediatra espanhol Carlos Gonzáles escreveu o livro “Mi Niño No Me Come’, sobre alimentação infantil. A versão em português da publicação será lançada em novembro no Brasil pela editora Timo.

Para falar sobre o livro “Meu Filho Não Come” e temas relacionados à amamentação e criação, Gonzáles participará de uma série de encontros.

No livro, o espanhol diz que os pais não devem forçar o filho a comer. Segundo ele, é normal que as crianças reduzam a quantidade de alimento ingerido a partir de 1 ano, pois crescerão numa velocidade menor que a registrada nos primeiros 12 meses de vida.

“Da mesma forma que não se diz quanto ar se deve respirar, não devemos ditar aos filhos quanto eles devem comer”, disse ele em julho de 2015 ao Maternar.

Outro erro é que os pais colocam mais comida que o filho aguenta no prato. Por isso é necessário adequar a quantidade de alimentos à realidade do seu filho.

Os encontros com Gonzáles no Brasil acontecerão no dia 19 no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo. Na parte da manhã ele falará sobre necessidades afetivas das crianças, como sono, contato físico e choro. À tarde, a conversa será sobre alimentação infantil.

Para participar, é preciso se inscrever no site da editora Timo (www.editoratimo.com.br). Os ingressos para cada palestra estão sendo vendidos por R$ 330.

Carlos Gonzáles diz que colo demais não deixa criança mal acostumada (Foto: Divulgação)
Carlos Gonzáles diz que colo demais não deixa criança mal acostumada (Foto: Divulgação)
]]>
0
Estação Luz do metrô tem exposição sobre amamentação; veja fotos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/05/estacao-luz-do-metro-tem-exposicao-sobre-amamentacao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/05/estacao-luz-do-metro-tem-exposicao-sobre-amamentacao/#respond Fri, 05 Aug 2016 12:03:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6124 Uma das fotos da exposição (Crédito: Lidi Lopez)
Uma das fotos da exposição (Crédito: Lidi Lopez)

Amamentar pode ser em qualquer lugar, inclusive no metrô. Para marcar o início da Semana Mundial de Amamentação, a estação Luz da Linha 4-Amarela do metrô recebe a exposição fotográfica “Amamentar é…” adesde esta segunda (1º).

O objetivo da exibição é quebrar o tabu de que amamentar em local público é feio e incômodo. “Eu vou amamentar meu filho até quando ele quiser. Não vou forçar o desmame”, diz a blogueira Priscila Kotzent, editora do Portal Mundo Mommy, idealizadora da exposição.

As imagens são da fotógrafa Lidi Lopez. Priscila também está entre as mães retratadas por Lidi.

O tema da Semana Mundial de Amamentação de 2016 é “Presente Saudável, Futuro Sustentável”.

A exposição acontece até o dia 31.

]]>
0
Não existe leite fraco; sucesso da amamentação depende da posição e sucção https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/03/nao-existe-leite-fraco-sucesso-da-amamentacao-depende-da-posicao-e-succao/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/03/nao-existe-leite-fraco-sucesso-da-amamentacao-depende-da-posicao-e-succao/#respond Wed, 03 Aug 2016 11:30:56 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6128 Mãe de trigêmeos amamenta (Foto: Lela Beltrão/Coletivo Buriti de Fotografia)
Mãe de trigêmeos amamenta (Foto: Lela Beltrão/Coletivo Buriti de Fotografia)

Um dos maiores temores das mães é o de não conseguir amamentar o bebê. E não é para menos. O ato de amamentar deixou de ser instintivo e passou a ser ensinado.

Muitas mulheres não foram amamentadas quando bebês, então não podem contar com a experiência das mães para ajudá-las.

O obstetra Corintio Mariani Neto, diretor-técnico do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, referência em banco de leite humano em São Paulo, diz que a chave para o sucesso da amamentação é a posição e a sucção corretas.

“A mãe deverá estar relaxada e confortável, o corpo do bebê encostado ao seu, com cabeça e tronco alinhados e seu queixo deve tocar o peito materno. O braço da mãe será o suporte de apoio do bebê. Para a sucção correta, o bebê deverá estar com a boca bem aberta, de modo a cobrir quase toda a parte inferior da aréola mamária, o lábio inferior voltado para fora, sua língua acoplada ao peito, suas bochechas estarão arredondadas, a sucção será lenta e profunda intercalada por pequenas pausas, de modo que se consiga ver ou ouvir os movimentos de deglutição”, afirma o especialista.

Outra queixa comum das mulheres é a dor causada por fissuras nos mamilos. O que os especialistas dizem é que se está doendo é porque o bebê não está fazendo uma pega adequada do peito.

“É muito importante a mãe aprender que a técnica correta é quando a criança suga a aréola, não o mamilo”, afirma Mariani Neto.

A Semana Mundial de Amamentação é celebrada de 1 a 7 de agosto. O tema deste ano é “amamentação: a chave para o desenvolvimento sustentável”.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses. Estudo publicado na revista britânica “The Lancet”, lançado no Brasil em março, mostrou que 39% dos bebês brasileiros recebiam exclusivamente leite materno até os seis meses de vida.

Para Mariani Neto, ainda há muito para o que fazer para chegar a uma taxa maior de amamentação no país.

O obstetra responde abaixo a algumas das principais dúvidas que as mulheres têm sobre amamentação.

Existe leite fraco? Tamanho de peito interfere? Quais as principais preocupações?

Ao mesmo tempo em que a mãe deseja muito amamentar seu bebê, ela tem muito medo de não produzir este leite em quantidade suficiente ou que ele seja fraco, que o bebê não queira mamar no peito. O entendimento por “leite fraco” é uma causa muito frequente para o chamado desmame precoce. Não existe leite fraco nem leite forte, cada mãe produz o leite mais adequado possível para o seu bebê. Além disso, o tamanho do seio não tem influência nenhuma no sucesso da amamentação.

Quais alimentos devem ser ingeridos e quais devem ser evitados?

Dieta balanceada e constituída por carnes magras, aves, ovos, peixes e frutos do mar, verduras, cereais e frutas. Durante a amamentação, sugere-se moderação de alguns produtos que podem provocar alergias ou mesmo gases e cólicas intestinais na criança, como leite de vaca, amendoim, frutas secas, soja, café, chocolate, refrigerantes, chá preto, mate, feijão, repolho e batata doce. Importante beber bastante líquido, pelo menos dois litros por dia, especialmente água natural.

O que fazer para o leite não secar?

Quanto mais a criança suga o peito materno, mais leite é produzido. O que ocorre com muita frequência é que, por falta de conhecimento ou orientação incorreta, a mãe complementa a alimentação da criança com fórmula artificial por meio de mamadeira. Essa introdução precoce do bico artificial pode levar o bebê a recusar o peito, fazendo que o leite diminua progressivamente.

É preciso revezar o peito durante as mamadas?

Durante a mesma mamada, interromper a amamentação para mudar de lado é uma orientação errada. Quando a criança começa a sugar, ela recebe o leite chamado anterior, que está próximo à saída e que é mais diluído. Depois de certo tempo, que é variável, começa a chegar o leite posterior, recém-produzido, que é bem mais rico em gorduras e que sacia a fome do bebê.

É verdade que quando a mulher amamenta, ela não engravida?

Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação quando o ciclo menstrual pode estar bloqueado devido à supressão dos hormônios. Para prevenir uma nova gravidez, é necessário que a amamentação seja exclusiva com as mamadas frequentes e nenhum intervalo superior a seis horas entre uma e outra. Além disso, vale só para os primeiros seis meses e a mulher não pode ter menstruado. Como esta rotina não é fácil, recomenda-se, para maior segurança, que ela comece a adotar algum tipo de método contraceptivo a partir da sexta semana após o parto.

Pode usar pílula anticoncepcional durante a amamentação?

É possível encontrar pílula anticoncepcional desenvolvida especialmente para as mamães que estão amamentando, que é composta de progestagênio, hormônio que pode ou não inibir a ovulação, dependendo do tipo e dosagem. Existem as minipílulas e as pílulas só de progestagênio em dose maior. Ambas podem ser tomadas a partir da sexta semana depois do parto. Como são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite materno nem interferem na sua qualidade e volume. Outro benefício é que não alteram o gosto do leite. Além dessas pílulas, também podem ser usados neste período injeções trimestrais de medroxiprogesterona, implante subdérmico de etonogestrel e o DIU com levonorgestrel.

]]>
0