Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Chegada de um filho é uma situação traumática, mesmo quando tudo vai bem https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/17/chegada-de-um-filho-e-uma-situacao-traumatica-mesmo-quando-tudo-vai-bem/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/17/chegada-de-um-filho-e-uma-situacao-traumatica-mesmo-quando-tudo-vai-bem/#respond Sat, 17 Jul 2021 13:44:48 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-15-at-14.40.04-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9084 Para a psicanálise, a chegada de um bebê precisa ser entendida como uma situação traumática.

Isso ocorre porque a entrada de um novo membro na família é “potencialmente desorganizadora”, que pode deixar pais e mães assustados, sem conseguir produzir um sentido para tamanha mudança.

Em geral, a preocupação mais velada é a financeira. Como vou pagar os estudos? E as fraldas, as roupas, remédios e seu lazer? Mas a desorganização vai muito além.

Pai e mãe deixam de ser somente “filhinhos” e passam a ter um “filhinho”. Fora isso, o nascimento de um bebê revisita o passado, onde há traumas, dores e situações nem sempre tratadas.

O relacionamento dentro de casa muda: os planos, horários, saídas e as viagens também.

Porém, essa crise interna não é socialmente aceita, já que o filho é uma bênção e a ideia de trauma não combina com o anúncio feliz e a chuva de “parabéns” que os pais ganham quando contam a novidade para os amigos e familiares.

Só que ela é mais comum do que se imagina. Para quem reconhece em si esse trauma, a indicação é buscar ajuda, tanto de profissionais de saúde mental, quanto criar uma rede de apoio e compartilhamento.

“É absolutamente necessário que mãe e pai possam contar com um ambiente próximo que apoie, dê continência e tolere esse mal-estar inicial”, explica a psicanalista Rachele Ferrari.

No dia 29 de julho, a mestre em Psicologia Clínica pela PUC/SP e doutoranda em Psicologia Clínica pela USP vai comandar uma roda online gratuita para debater esse assombro e sua elaboração.

“É preciso renunciarmos ao idílio tão veiculado pelas mídias. Há delícias sim e muitas, mas também há dores que precisam ser ouvidas. Falar sobre essas dores e poder receber uma escuta empática é curativo, porque a experiência vai sendo nomeada, transformada e integrada como repertório da vida”, conclui a psicanalista.


SERVIÇO

Maternidade: assombro e elaboração

Dia 29 de Julho – gratuito (pelo Zoom)

 

]]>
0
Parto antecipado pode ocasionar déficit de atenção e queda no rendimento escolar, aponta pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/parto-antecipado-pode-ocasionar-deficit-de-atencao-e-queda-no-rendimento-escolar-aponta-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/parto-antecipado-pode-ocasionar-deficit-de-atencao-e-queda-no-rendimento-escolar-aponta-pesquisa/#respond Thu, 08 Jul 2021 12:48:47 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-07-at-19.41.22-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9035 Antecipar o nascimento de um bebê por meio de uma cesárea pode ocasionar uma série de problemas na saúde da criança.

Os desfechos negativos vão desde os relacionados à maturidade pulmonar, deixando-o menos alerta, com menos condição de interagir com a mãe na primeira hora, até consequências futuras, como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, queda no rendimento escolar, aparecimento de doenças psiquiátricas e surgimento de doenças metabólicas como diabetes, por exemplo.

Esses são alguns dos resultados observados pelo estudo “Dias potenciais de gravidez perdidos: uma medida inovadora da idade gestacional para avaliar intervenções e resultados de saúde materno-infantil”.

Coordenado pela professora Simone Diniz, do Departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade e vice-diretora da Faculdade de Saúde Pública da USP, o levantamento inédito no país mostra as consequências negativas da abreviação da gestação no curto, médio e longo prazo e prova que cada dia dentro da barriga impacta de forma positiva o desenvolvimento do bebê.

No curto prazo, há maior número de neonatos internados em UTIs, icterícia, alterações da glicemia e dificuldades na amamentação. No longo prazo, há maior impacto no desenvolvimento cognitivo, quadros de déficit de atenção e maior risco para diversas doenças crônicas que poderão surgir ao longo da vida.

“O processo de trabalho de parto mostra a maturidade gestacional e a prontidão para essa transição dramática da vida fetal para a neonatal”, explica Simone.

A pesquisa reforça que crianças nascidas de parto vaginal entram em contato com o microbioma [ecossistema do corpo composto por micróbios, como bactérias, vírus e fungos] da mãe, o que faz com que a semeadura do microbioma do bebê seja mais apropriada. Já os que nascem de cesariana tomam contato em primeiro lugar com bactérias hospitalares.

Além desses resultados, a pesquisa mostra que mulheres com maior escolaridade, residentes em áreas de maior IDH, tendem a ter mais partos prematuros, mas os desfechos tendem a ser positivos por causa do maior acesso às tecnologias.

A literatura considera gravidez “a termo” o bebê que nasce entre 37 e 42 semanas. Porém essa pode ser subdividida em três fases: o termo precoce, entre 37 e 38 semanas e seis dias, o termo pleno, de 39 a 40 semanas e seis dias, e o termo tardio, entre 41 e 42 semanas.

Icterícia, problemas pulmonares, alterações da glicemia e dificuldades na amamentação estão entre os problemas ao antecipar o parto (Adobe Stock)

Maternar – Quais as principais diferenças encontradas entre bebês que nasceram de forma espontânea e os que nasceram de uma cesárea agendada (sendo saudáveis e sem motivo para serem tirados antes do tempo)?

Simone Diniz- Hoje sabemos que o trabalho de parto espontâneo representa um conjunto de eventos epigenéticos, que desligam uma parte dos genes do período intrauterino, para melhor adaptar o bebê para a vida extrauterina. Bebês que nascem de parto espontâneo tendem a nascer quando estão maduros do ponto de vista respiratório, imunológico, metabólico, etc, fazendo essa transição fetal-neonatal de forma mais segura e efetiva, com menor risco de complicações.

Maternar -Na reta final, quais partes do corpo do bebê sofrem mais por ele ter sido tirado antes do prazo correto?

O problema mais visível relacionado ao nascimento antes de uma duração ótima da gravidez diz respeito à maturação pulmonar, com vários problemas para o estabelecimento de um padrão respiratório saudável no recém-nascido. Outra questão importante é que os bebês que nascem de parto espontâneo nascendo mais maduros, também estão mais alertas, e com mais condição de interagir com a mãe na primeira hora, estabelecer amamentação e o contato pele a pele.

Maternar – Boa parte da nossa geração nasceu por cirurgia e até hoje há maternidades que têm 90% de partos cirúrgicos. Quais consequências são claramente causadas pelo nascimento antecipado em nossa geração?

Temos poucos estudos no Brasil sobre os resultados de longo prazo, mas os que já temos indicam um risco aumentado de obesidade e doenças crônicas em geral, na infância e na juventude. Quando vemos os grandes estudos de coortes [pessoas que têm em comum um evento que se deu no mesmo período] dos países escandinavos, que têm publicado muitos dos estudos sobre os efeitos da cesária e da duração reduzidas a gravidez, eles mostram problemas do desenvolvimento neuropsicomotor, do rendimento escolar, de doenças psiquiátricas, doenças metabólicas como diabetes e outras, além de outras doenças crônicas, asma alergias e cânceres.

Então o que deve fazer toda geração que nasceu de cesária, para reduzir seus riscos?

Levar ao máximo uma vida saudável, sobretudo atenção à alimentação e uma comida de verdade, atividade física, e buscar uma vida que vale a pena ser vivida, na companhia de pessoas que gosta. Isso se aplica a todos nós.

Maternar – A pesquisa explica que o trabalho de parto sinaliza ao corpo uma mudança epigenética [mudanças no fenótipo, que se perpetuam nas divisões celulares, sem alterar a sequência de DNA] necessária para ativar ou desativar os genes de uma etapa para a outra. Porém, há uma queima das etapas quando o nascimento é antecipado. Quais são essas etapas cruciais?

Os processos epigenéticos do parto, da transição fetal-neonatal, e perdas no desenvolvimento cerebral, por exemplo, são efeitos desta antecipação. Também há efeitos sobre as mães. Antigamente nós médicos entendíamos o parto apenas como um período doloroso e desnecessário para as mulheres, e arriscado para os bebês. Hoje entendemos que o trabalho de parto e o parto representam o amadurecimento final do bebê, e que pode ser uma experiência muito melhor para a mulher do que tem sido. Dizemos que a experiência do parto tem sido pessimizada (tornada muito mais difícil, dolorosa e arriscada do que poderia), e deveria ser otimizada, que as mulheres devem ser cuidadas e bem tratadas para quererem um parto espontâneo, e não obrigadas a isso. Isso se torna fundamental, mudar a cultura do parir, a partir do reconhecimento dos processos epigenéticos e de formação do microbioma associado ao parto, etapa dos quais se beneficiam tanto os bebês quanto as mães.

Maternar – Qual a relação social entre mulheres mais ricas e maior número de casos prematuros?

Vimos que os padrões de cesárea no setor público e privado são muito diferentes. Quando uma mulher mais rica tem um filho que nasceu antes do que devia e tem algum problema respiratório, ou outro, o acesso à UTI neonatal já está previsto e é muito facilitado. Este efeito seria melhor descrito como as mulheres ricas tendo desfechos piores do que as pobres, no que diz respeito à maturidade dos bebês. Na verdade, agora estamos começando a ver os efeitos negativos da redução da duração da gravidez, isso deve servir de alerta para todos nós, lembrando que atualmente o padrão ouro da assistência para gestações normais é o mínimo de intervenção compatível com a segurança. Hoje em dia muitas mulheres querem ter um parto como a Kate Middleton e outras famosas, com partos sem intervenções, toda tecnologia disponível mas apenas se precisar, indo ao hospital ao final do trabalho de parto, atendida por parteiras, de forma que depois do parto esteja bem o suficiente para sair andando com as próprias pernas, para viver seu puerpério sossegada e apoiada porque o pós-parto precisa de muita ajuda, para pobres e ricas.

Maternar – Qual a diferença entre indução e condução do parto, citadas na pesquisa?

A indução do parto significa que o parto não havia se iniciado e um conjunto de drogas e procedimentos será aplicado para fazer o parto começar. A condução do parto, também chamada aceleração do parto, é um conjunto de procedimentos e drogas para tornar as contrações mais intensas e mais frequentes, para tornar o parto mais rápido. Esses procedimentos eram usados de rotina, e tendem a aumentar o sofrimento e os riscos para mães e bebês. Atualmente sabemos que precisam ser usados com muito critério e cautela, pelos riscos associados.


DICA: GRAVIDEZ SEMANA A SEMANA

Estreia nesta quinta-feira (8), a série “Gravidez Semana a Semana”, no canal do YouTube Mãe de Primeira Viagem.

Serão 42 vídeos, com cinco minutos cada, um para cada semana de gestação. Produzido e apresentado pela jornalista Silvia Faro, a série vai abordar assuntos como exames, alimentação e comportamento.

A supervisão do conteúdo é feita por cinco profissionais de saúde do Elas Parto.

Curta o Maternar no Instagram.

 

]]>
0
Grávidas e lactantes não transmitem coronavírus para o bebê https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/03/13/gravidas-e-lactantes-nao-transmitem-coronavirus-para-o-bebe/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/03/13/gravidas-e-lactantes-nao-transmitem-coronavirus-para-o-bebe/#respond Fri, 13 Mar 2020 17:42:57 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/WhatsApp-Image-2020-03-13-at-14.24.52-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8791 Grávidas não transmitem coronavírus para o feto. Conhecida como transmissão vertical (da gestante para filho), a contaminação foi descartada pela Organização Mundial de Saúde e pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Quem amamenta também pode ficar tranquila, porque não há relatos de transmissão pelo leite materno. Inclusive, a recomendação é de que as mamadas sejam em livre demanda, uma vez que o leite da mãe é uma espécie de vacina para o bebê e reforça seu sistema imunológico.

“Se a mãe tiver algum quadro há alguns dias ou até mesmo outros vírus, o corpo dela produzirá a defesa para o bebê”, afirma o ginecologista Antonio Fernandes Lages, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno da Febrasgo.

“Os benefícios da amamentação superam os possíveis riscos”, completa o especialista.

Vale lembrar que a doença pode ser transmitida pelo contato com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Se a mãe estiver contaminada e não quiser amamentar no peito ou necessite se afastar do bebê, o leite pode ser ordenhado e oferecido normalmente. Nos casos em que a mãe quiser manter a amamentação, a higienização das mãos e o uso de máscara já criam barreiras para a proliferação da doença.

O único estudo clínico disponível foi realizado na China e analisou amostra de seis grávidas que tinham a doença. Foram observados o líquido amniótico, o sangue do cordão umbilical, o leite materno e o swab da orofaringe do recém-nascido (teste com cotonete nas vias respiratórias). Todas as amostras deram negativo. Também não houve relato sobre nenhum tipo de malformação nos bebês.

Precauções para mães infectadas

  • As mães devem lavar bem as mãos antes de tocar no bebê, bomba extratora ou mamadeira;
  • O uso de máscaras é aconselhável durante as mamadas;
  • Siga rigorosamente as recomendações para limpeza das ordenhadeiras após cada uso;
  • Considere a possibilidade de solicitar a ajuda de alguém que esteja saudável para oferecer o leite materno ordenhado ao bebê;

Precauções para mães em geral

  • Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Usar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir (etiqueta respiratória);
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados.

PODCAST

Na edição desta segunda-feira (9) do podcast 40 Semanas, eu e o Renan Sukevicius falamos sobre o assunto com a infectologista Rosana Richtmann. Ela trabalha no Emilio Ribas, instituto referência em infecções no Brasil, e no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Vale a pena ouvir, também!

Curta o Maternar no Instagram e no Twitter.

]]>
0
Tratamento para infertilidade é caro, mas já está mais acessível https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/23/tratamento-para-infertilidade-e-caro-mas-ja-esta-mais-acessivel/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/12/23/tratamento-para-infertilidade-e-caro-mas-ja-esta-mais-acessivel/#respond Mon, 23 Dec 2019 11:03:21 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/c4d5e9ab8874f7be2e280be408c2492cf3d2a55bf645c63edcd5eee6d6bb0c47_5dfd626c98bc9-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8739 Reportagem: Tatiana Cavalcanti

Receber um diagnóstico de infertilidade é uma péssima notícia a qualquer casal que tenha o sonho de ter um filho. Um dos fatores mais comuns, mas não o único, é a idade avançada da mulher —a partir dos 35 anos, elas começam a entrar na terceira idade biologicamente.

O homem também pode apresentar dificuldades, que podem ser analisadas com exames simples. A tecnologia ajuda, mas os tratamentos artificiais ainda são muito caros e não são garantia de sucesso. Apesar disso, há projetos com preços mais acessíveis.

Os valores da FIV (fertilização in vitro) podem chegar a R$ 30 mil, considerando a estimulação ovariana (com remédios que custam, em média, R$ 7.000), a cirurgia para a retirada dos óvulos e a transferência de embriões, além de tratamentos paralelos que podem surgir.

Há programas que oferecem o procedimento por metade desse valor em troca de doação de óvulos, por exemplo— ou para quem comprove baixa renda. Recorrer a um procedimento, como inseminação artificial, coito programado ou fertilização in vitro pode significar um rombo no orçamento mas, muitas vezes, a única esperança.

Segundo Thaís Domingues, médica especialista em reprodução assistida e coordenadora do programa de Ovodoação do Grupo Huntington, é possível baratear os custos de várias formas —doando óvulos, por exemplo. Mas essa medida só é válida a mulheres de até 35 anos. “As mulheres mais velhas, que não conseguem com os próprios óvulos, podem sugerir doadoras e, assim, baratear o custo.”

Quando a mulher não tem mais óvulos de qualidade (que por problemas cromossômicos podem causar abortos ou deformidades), a ovodoação —doação de óvulos de outra mulher— se torna opção  muitas vezes dolorida, mas que pode ajudar a conquistar a maternidade.

A consultora de marcas de moda Karina Steiger, 45 anos, e seu marido, o ator Pedro Cordetta Ribeiro, 46 anos, e o filho deles, Enrico, na maternidade (Arquivo Pessoal)

Engajamento materno

Durante quatro anos, a consultora de marcas de moda Karina Steiger, 45 anos, passou por duas FIVs, indução de ovulação e até coito programado, sem sucesso. Até que descobriu a opção da doação de óvulos.

“Eu queria sentir a barriga crescer e ter o parto. Essa era a única maneira na minha situação, eu já tinha 43 anos. Porque tudo que eu desejava era gerar amor”, diz Karina, que hoje morre de amores pelo filho, Enrico, de 1 ano, gerado graças a um óvulo doado por uma espanhola.

“Ele é a cara do meu marido, não tem o que por, nem o que tirar”, afirma ela sobre a semelhança entre Enrico e seu marido, o ator Pedro Corbetta, 46 anos.

Para divulgar o tema da ovodoação —ainda desconhecido por muita gente e pouco debatido, muitas vezes um tabu—, Karina passou a falar do tema em palestras que ela chama de encontros. “É uma grande reunião entre estranhas que parecem amigas íntimas. Isso acontece pela identificação da situação.”O engajamento de Karina gerou o “Nós Tentantes – Projeto de Vida”,  um bate-papo que teve início em agosto, com a primeira palestra em Porto Alegre (RS), e que no dia 12 de dezembro aconteceu em São Paulo, em parceria com o Grupo Huntington.

“Tudo começou porque queria trocar experiências nessa jornada, tão árdua, e para as mulheres sentirem que não estão sozinhas. Minha luta é fazer com que as pessoas se desarmem e encarem a ovodoação com mais naturalidade.”

Segundo Thaís, as chances de gravidez com a ovodoação em uma mulher de 35 anos são de 65%, contra 50% com óvulos dela. “Os óvulos doados estão ligados à idade da doadora. Por isso, a mulher que recebe um óvulo mais jovem pode ser mãe bem mais velha.”

Onde buscar ajuda:
Huntington (Pró-FIV)
Pacientes de até 42 anos podem participar
Condições: precisa comprovar baixa renda
Informações: www.profiv.com.brwww.profiv.com.br
 
Ideia Fértil
Não há restrição de idade
Condições: não há, mas casal precisa realizar diversos exames

Informações:  www.ideiafertil.com.brwww.ideiafertil.com.br

Gera (Girassol)

Não há restrição de idade
Condições: basta agendar consulta pelo telefone
Informações: www.projetogirassol.med.br
 Telefone/WhatsApp: (11) 99840-8309
  
IPGO (fertilizando sonhos)
Pacientes até 50 anos podem participar
Condições: médico decide após série de exames para saber o histórico da paciente

Mais informações pelo email saude@ipgo.com.br e pelo www.ipgo.com.br/projetos-fertilizando-sonhoswww.ipgo.com.br/projetos-fertilizando-sonhos

SUS
Ingressam pacientes que recebem diagnóstico de infertilidade após dois anos de tentativa

Em média, são quatro anos de espera e direito a duas tentativas
13 clínicas no Brasil atendem pelo Sistema Único de Saúde

Em São Paulo, são elas: Pérola Byington,  Unifesp, Faculdade de Medicina do ABC, Santa Casa de SP, Hospital das Clínicas de SP e Faepa de Ribeirão Preto

ATENÇÃO: Para doar óvulos, são aceitas apenas mulheres de até 35 anos. 

Fonte: Clínicas e Ministério da Saúde
]]>
0
Filha de Sabrina Sato nasceu com quase 10 meses; médicos dizem que é normal https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/11/29/filha-de-sabrina-sato-nasceu-com-quase-10-meses-medicos-dizem-que-e-normal/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/11/29/filha-de-sabrina-sato-nasceu-com-quase-10-meses-medicos-dizem-que-e-normal/#respond Thu, 29 Nov 2018 21:05:56 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/4460ed99092979ede17bbbf527ec04ade45125bb76ffc5c3ec637fc079259f12_5bf6fc3ce03c5-320x213.jpg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7750 Nasceu nesta quinta-feira (29) a filha da apresentadora Sabrina Sato, 37, com o ator Duda Nagle,35.

Segundo os colegas do F5, Zoe nasceu de cesárea, após 24 horas de trabalho de parto, pesando 3,360kg.

Sabrina sempre declarou que iria esperar o tempo necessário para o nascimento da filha. “Claro que tô muito ansiosa pra sua chegada, mas me preocupo em respeitar o tempo dela, protegendo e cuidando para que tudo dê certo sempre”, disse a apresentadora em sua rede social no início desta semana.

É muito comum gestações durarem mais de nove meses. Inclusive, a literatura médica diz que gestações acima de 41 semanas, como a de Sabrina, ocorrem em 10% dos casos.

“Um dos sinais que evidenciam que o bebê está pronto para nascer é quando a mãe entra em trabalho de parto”, explica a obstetriz Bianca Rocha.

“Aguardar esse tempo é importante para concluir o processo de maturação do feto. É muito benéfico esperar, mesmo que passe da data provável de parto”, completa a profissional.

Para garantir que está tudo bem, a ginecologista e obstetra Fabiana Garcia diz ser preciso monitorar a vitalidade do bebê, com cardiotocografia e ultrassonografia, por exemplo.

“Quando a vitalidade é boa, e a gestação é risco habitual, dá para aguardar o trabalho de parto espontâneo até 42 semanas”, explica a médica.

Para que o nascimento seja normal, ainda é possível utilizar métodos naturais de indução como acupuntura e descolamento de membranas, aponta Fabiana.

Partos que evoluem para uma cesárea, como o de Sabrina Sato, tendem a ter menos sangramento, explica a ginecologista e obstetra Desireé Encinas, da Casita.

“Quando o corpo entra em trabalho de parto, as contrações deixam o local da cesárea mais fino. Com isso, o sangramento é menor”, observa a médica.

Curta o Maternar no Facebook e no Instagram.

 

]]>
0
Sem tratamento, grávida de trigêmeos viraliza ao postar evolução da barriga https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/09/12/sem-tratamento-gravida-de-trigemeos-viraliza-ao-postar-evolucao-da-barriga/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/09/12/sem-tratamento-gravida-de-trigemeos-viraliza-ao-postar-evolucao-da-barriga/#respond Wed, 12 Sep 2018 19:38:08 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/WhatsApp-Image-2018-09-12-at-16.31.48-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7649 Grávida de 35 semanas, a norueguesa Maria, 36, publicou uma montagem no Instagram onde mostra a evolução da sua gestação a partir da 12ª semana.

Moradora de Copenhague, na Dinamarca, Maria e o marido Anders, 40, também são pais de Mikael, de 2 anos.

Montagem mostra avanço da gravidez de trigêmeos (Crédito: triplets_of_copenhage)

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, os pais disseram que foram surpreendidos com a gestação de duas meninas e um menino porque não fizeram nenhum tratamento de fertilidade. A ideia inicial era dar apenas um irmãozinho ou irmãzinha para Mikael.

Ainda de acordo com a publicação, a probabilidade de conceber trigêmeos de forma natural ocorre a cada 4.400 gestações.

“É estranho ter uma barriga tão grande e mais estranho ainda é vê-la aumentando sem cair”, disse na legenda da montagem publicada na conta triplets_of_copenhagen (trigêmeos de Copenhague).

A montagem recebeu 18 mil curtidas e em apenas dois dias Maria ganhou mais de 46 mil seguidores na rede social.

]]>
0
Após 12 anos sem partos, Fernando de Noronha tem nascimento de bebê https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/21/apos-12-anos-sem-partos-bebe-nasce-em-fernando-de-noronha/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/21/apos-12-anos-sem-partos-bebe-nasce-em-fernando-de-noronha/#respond Mon, 21 May 2018 21:13:10 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/575818-work-320x213.jpeg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7474 Após 12 anos sem partos, a Ilha de Fernando de Noronha (PE) recebeu um novo morador. No último sábado, 19, uma dona de casa que não quer ser identificada teve seu bebê em casa.

Segundo a assessoria de imprensa da ilha, a mãe não sabia da gravidez.

Sob a justificativa de que a manutenção da estrutura era alta demais, a única maternidade na ilha foi desativada em 2004.

O assunto ganhou destaque no documentário “Ninguém nasce no Paraíso”, do brasiliense Alan Schvarsberg, em 2015 (foto de reprodução abaixo).

A nota da assessoria de imprensa de Fernando de Noronha informa que a criança recém-nascida foi trazida pelo casal à unidade hospitalar da ilha após o pai auxiliar a mãe no parto domiciliar.

Ainda segundo o documento, a jovem não fez pré-natal e sua gestação não está registrada nas unidades de saúde do local. Mães que estão nesse registro precisam sair da ilha no sétimo mês de gravidez e retornam cerca de 15 dias após dar à luz. Elas seguem para Recife, a 545 km de distância.

Durante o pré-natal são monitorados na mãe os índices glicêmicos, hipertensão, diabetes, anemia, doenças transmissíveis, além da avaliação da condição da criança no útero.
O arquipélago pernambucano é um dos principais destinos turísticos do Brasil, santuário ecológico e Patrimônio Natural da Humanidade, segundo a Unesco.

 

]]>
0
Livro gratuito traz dicas para gestação e pós-parto serem mais leves https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/01/16/livro-gratuito-traz-dicas-para-gestacao-e-pos-parto-serem-mais-leves/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/01/16/livro-gratuito-traz-dicas-para-gestacao-e-pos-parto-serem-mais-leves/#respond Tue, 16 Jan 2018 18:39:44 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/WhatsApp-Image-2017-05-31-at-11.33.30-180x120.jpeg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7254 Quando uma mulher engravida, é muito comum surgirem interrogações sobre a gestação, o parto, a amamentação e a criação do(s) filho(s).

E pra ajudar, muitos olham para uma grávida como ‘domínio público’ e aproveitam qualquer brecha durante uma  conversa pra cobri-la de palpites, críticas e insegurança– tudo que ela não precisa nessa fase.

Para munir mulheres de informação e, consequentemente, mais segurança, surgiu o “Guia da Gestação ao Puerpério – Como Viver Cada Fase Com Mais Leveza”.

Segundo Jéssica Scipioni, autora do livro gratuito, a ideia do guia nasceu após uma experiência de supervisão de estágio em um hospital do SUS em Arapongas (PR), onde diversas mulheres chegavam sentindo contrações, mas não tinham ideia de como seus corpos trabalhavam.

“Refleti muito sobre a importância de preparar as mulheres antes do parto. Percebi que as as mulheres que se informam e se preparam antes têm relatos de parto mais positivos”, observa.

Formada em direito, Jéssica fez o curso de doula e começou a atuar no grupo Doulas em Londrina em 2014. A partir daí reuniu os principais medos, dúvidas e anseios das gestantes. E todos eles entraram na publicação.

O livro também fala sobre a decisão da via de parto, as fases da gestação, a participação do pai durante o processo,  questões emocionais e amamentação. Em cada capítulo há curiosidades históricas e dicas para tornar cada fase menos tensa.

Até hoje, sete mil cópias foram baixadas. Para surpresa da autora, parte do público é formada por médicos e fisioterapeutas, “Acredito que o livro traga um olhar um pouco menos técnico e mais humano para lidar com a mulher”, conclui.

Capa do livro
Capa do livro gratuito “Guia da Gestação ao Puerpério”; para baixá-lo, basta clicar aqui.

Curta a página do Maternar no Facebook, clicando aqui.

]]>
0
Como comunicar a gravidez no local de trabalho https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/18/como-comunicar-a-gravidez-no-local-de-trabalho/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/08/18/como-comunicar-a-gravidez-no-local-de-trabalho/#respond Thu, 18 Aug 2016 12:37:54 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6242 Comunique a gravidez e a previsão de parto, ensina coach (Crédito: Fotolia)
Comunique a gravidez e a previsão de parto, ensina coach (Crédito: Fotolia)

Comunicar a gravidez no local de trabalho não deveria ser motivo para insegurança ou apreensão entre as mulheres. Infelizmente, alguns gestores mudam de comportamento com a funcionária depois que ela comunica que está grávida.

Foi isso o que aconteceu com a diretora jurídica P.E., 35 anos, mãe de duas meninas _uma de 3 e outra de 6 anos. Ela foi transferida de um projeto de destaque em uma multinacional assim que avisou a chefia sobre sua gestação.

Segundo ela, o trabalho dos seus sonhos foi parar nas mãos de um colega do sexo masculino. O projeto foi premiado, o colega ficou com todos os créditos e ela não recebeu nenhum reconhecimento pelo trabalho.

“Fiquei frustrada pelo fato de o projeto ser transferido para um colega que tinha acabado de entrar na empresa pelo simples fato de eu estar grávida”, diz P., que pediu para não se identificar.

“Fiquei com sensação ruim, de algo que foi tirado de mim. Entendo que eu sairia de licença, mas poderiam ter reconhecido minha participação de alguma forma. Foi meio como se fosse uma punição por eu ter ficado grávida, por ficar de licença.”

O relacionamento com alguns colegas também mudou. “Além de tirarem a minha posição naquele trabalho, ainda fiquei com medo de perder o espaço que levei anos para conquistar quando retornasse da licença-maternidade”, relata a advogada.

A executiva ainda ficou mais alguns anos nessa empresa antes de trocar de emprego. Quando  ficou grávida da segunda filha, fazia seis meses que ela havia feito a mudança de companhia.

“Fiquei muito nervosa, tinha acabado de entrar na empresa. Fiquei alguns dias sem dormir pensando em como ia contar”, diz a advogada.

Ela tinha dois chefes, um brasileiro e um americano. “Com o brasileiro foi tranquilo. Com o americano, deu pra sentir que ele não gostou. Senti cinismo e hostilidade na sua voz. É uma coisa muito velada, nunca é escancarada. Mas ele não foi bobo de falar nada, pois sabe que não pode fazer discriminação.”

Para a advogada, o principal problema é a forma como as empresas diferenciam homens de mulheres quando o assunto é família.

“O mundo do trabalho é injusto e cruel para as mulheres. As mães sofrem uma pressão que os homens não sentem. A mulher fica grávida, mas o filho  e as responsabilidades são dos dois. Falta as empresas se conscientizarem e tratarem os dois a mesma forma. A mulher avisa o chefe que está grávida e recebe uma cara de desânimo. O homem fala que vai ser pai e todo mundo fica feliz.”

Apesar da implicância do chefe americano, P. não perdeu o emprego. Mas afirma que no mundo ideal ela não deveria ter ficado noites sem dormir com medo de dar a notícia da gravidez aos chefes.

“Eu não precisava ter sofrido tanto. Hoje não perderia nenhuma noite de sono com essa preocupação. Mas também não me imagino com uma carreira executiva em uma multinacional com três filhos. Essa é uma preocupação que os homens não têm”, afirma ela.

Como dar a notícia da gravidez ao chefe então? A analista comportamental e coach Tayná Leite diz que neste momento, menos é mais. “Basta um comunicado simples: ‘Estou grávida, esta é a previsão de parto’ e basta.”

Segundo ela, não existe um momento ideal para fazer o anúncio –o que importa é que aconteça quando a gestante se sentir confortável para compartilhar a notícia.

Se a funcionária ainda não estiver grávida, mas tiver tomado a decisão de engravidar, não é necessário antecipar o desejo de aumentar a família para os colegas do escritório.

“Além de ser muito pessoal, tentar engravidar não é sinônimo de conseguir”, aconselha. “Além disso, a mera informação de estar com a intenção de engravidar já pode trazer prejuízos para a profissional, que muitas vezes pode ser excluída de projetos e desconsiderada para promoções, sendo duplamente penalizada.”

Para quem chefia uma mulher grávida, Tayna recomenda ter compreensão “A gravidez de uma mulher é um evento ainda erroneamente tido como individual –como se fosse só dela a responsabilidade por aquela crianç – e isso dificulta muito o jogo”, conclui a analista comportamental.

]]>
0
Empresa estende para mães adotivas programa de gestação segura https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/04/12/empresa-estende-para-maes-adotivas-programa-de-gestacao-segura/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/04/12/empresa-estende-para-maes-adotivas-programa-de-gestacao-segura/#respond Tue, 12 Apr 2016 10:30:49 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5496 Funcionária tem local para ordenhar e armazenar o leite dentro da empresa (Divulgação)
Funcionária tem local para ordenhar e armazenar o leite dentro da empresa (Divulgação)

O fim da licença-maternidade traz uma série de preocupações para as mulheres, como a manutenção da amamentação e a escolha de quem ficará com o filho enquanto a mãe estiver trabalhando. Por isso, muitas empresas implantaram políticas voltadas para a qualidade de vida de suas colaboradoras.

Na Seguros Unimed, onde as mulheres representam 65% do quadro de funcionários, o programa gestação segura acaba de ser estendido para as mães adotivas da empresa. “A mãe em processo de adoção passa a ter os mesmos benefícios”, diz Ana Célia Gonzales, gerente de desenvolvimento de pessoas da Seguros Unimed .

O programa envolve um curso de três meses, com aulas a cada 15 dias, que ensinam desde cuidados básicos com o bebê até aulas de shantala, além de palestras com psicólogos e fisioterapeutas. Ao final do curso, as funcionárias recebem uma bolsa de maternidade e alguns livros sobre cuidados com a criança.

Na palestra da última sexta-feira (1°), a fisioterapeuta ensinou como as grávidas devem fazer massagem nos bebês. Ela também disse que era equivocada a ideia de que segurar o bebê no colo iria acostumá-lo mal.

Assim que retorna ao trabalho, cada funcionária recebe uma frasqueira térmica com seis garrafinhas de vidro para armazenar seu leite. A frasqueira contém ainda um kit para ser ligado à bomba de tirar leite que fica na sala de amamentação da empresa.

Nessa sala de amamentação, com poltrona, freezer, bomba elétrica e pia, também há quadrinhos com as fotos dos filhos das funcionárias que estão amamentando.

“Nada foi feito por acaso, inclusive esse espaço para as fotos. Há estudos dizendo que  a mulher produz mais leite se estiver olhando para a imagem do filho”, afirma Ana Célia Gonzales.

A enfermeira Lígia Lacerda da Costa Meirelles, 35, é uma das usuárias da sala. Com dois filhos gêmeos, os meninos Lucas e Theo, de 10 meses, ela diz ordenhar cerca de 180 ml de leite por dia na sala.

“O leite que tiro na empresa, somado com o que tiro em casa, ajuda a manter a alimentação dos dois com leite materno. Eu mando uma parte para o berçário e congelo outra”, diz.

A empresa também paga um auxílio-creche de R$ 370 para funcionárias com filhos de até 6 anos e 11 meses. Aquelas com bebês de até 6 meses têm direito a um auxílio-babá de R$ 687 mensais.

No ambulatório da empresa, além do médico e enfermeira do trabalho, também há uma nutricionista que presta atendimento às trabalhadoras.

Por ter um quadro de funcionários predominantemente feminino, a empresa ainda avalia o impacto de ampliar a licença-maternidade para 180 dias. Mas todas as colaboradoras podem acrescentar ao período de licença um adicional de 15 dias para a amamentação.

Outra política, que a empresa acredita que ajuda as funcionárias que são mães, é a jornada flexível de trabalho.

“Esse horário flexível foi muito útil quando minha filha era pequena e ficou internada no hospital”, afirma a superintendente de gestão de pessoas, Rosana Balote.

E por que a empresa investe tanto nas suas funcionárias? “Porque um funcionário feliz produz mais e melhor”, diz Rosana.

No ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, havia 100 salas de amamentação dentro das empresas. Para 2016, a meta  era certificar mais 100 salas desse tipo.

]]>
0