Prefeitura de SP recua e libera doulas em casa de parto

Giovanna Balogh

A casa de parto de Sapopemba, na zona leste de SP, decidiu recuar da decisão de limitar o acesso às doulas na unidade mantida pela Prefeitura de São Paulo.

Na terça-feira (5), o Maternar divulgou que a unidade passou a permitir a entrada de doula somente se ela fosse a acompanhante da parturiente. Como cada paciente tem direito a só um acompanhante, na prática essa nova regra significava que a gestante teria de escolher se iria querer a doula ou o pai da criança, por exemplo, durante o trabalho de  parto e na hora do nascimento.

A Secretaria Municipal da Saúde informou na noite de terça-feira que uma reunião realizada ontem decidiu manter o direito da gestante de escolher o seu acompanhante, quer seja o marido ou outra pessoa de sua escolha, além da doula, como já ocorria antes na unidade. A casa de parto é administrada pela organização social SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

“No encontro, os representantes da Supervisão Técnica de Saúde Vila Prudente, da gerência da Casa de Parto de Sapopemba e da SPDM – que mantém convênio para administrar a unidade -, reafirmaram o processo de qualificação da unidade e a participação da doula no atendimento realizado pela equipe técnica da unidade à gestante”, diz nota enviada pela gestão Fernando Haddad (PT).

A casa de parto atende gestantes de baixo risco e permite o parto humanizado, ou seja, a mulher pode ter o bebê dentro da banheira, se movimentar e se alimentar durante o trabalho de parto. Outra vantagem das casas de parto é que o bebê não fica longe da mãe em nenhum momento. A alta da mãe e do filho, se tudo ocorrer bem, acontece em 24 horas.

Na casa de parto de Sapopemba são feitos, em média, 20 partos por mês. O local, no entanto, tem capacidade de atender até 60 nascimentos.