Após dois meses ativa, sala de parto normal é fechada para reforma
Em dezembro do ano passado, o hospital Sepaco, na Vila Mariana (zona sul de SP), criou quartos com banheira onde a gestante pode ter seu bebê da forma mais natural, várias grávidas procuraram a unidade e planejavam ter seus bebês lá. O Maternar chegou a divulgar a inauguração, que foi comemorada por gestantes e ativistas do parto humanizado.
A surpresa foi que as que procuraram atendimento nesta semana foram informadas que as salas com banqueta, bola de pilates, banheira, estão temporariamente fechadas. Os espaços foram inaugurados no início de dezembro.
A poucos dias de ter seu filho, Daiane Oliveira Sinzato, 21, estava com tudo planejado para ter seu bebê no novo quarto. “Estou com 39 semanas e seis dias. Liguei lá e me informaram que está fechado sem previsão de quando vão reabrir”, lamenta.
Segundo ela, a alternativa agora será um hospital que a taxa de cesárea é alta (em torno de 90%) e que não conta com uma sala de parto normal. Daiane diz que esse é o único, além do Sepaco, que aceita o seu convênio. “Vou ter que parir meu bebê num centro cirúrgico, ambiente nada propício e que não tem recursos para o parto natural.”
Daiane diz que estava planejando há meses ter o filho Enzo no Sepaco. “Visitei o hospital, gostei da instalação e agora sou surpreendida. Estou desesperada”, lamenta. Outras grávidas ligaram para a unidade de saúde e foram informadas que por “problemas estruturais” a sala está inativa. Os atendentes informam que a gestante pode ter o parto normal somente no centro obstétrico.
Procurada, a assessoria de imprensa confirmou que as salas, que foram inauguradas em dezembro, foram temporariamente fechadas. Segundo o hospital, houve um problema na tubulação da banheira e, por isso, foi necessário uma reforma.
A unidade diz que a expectativa é reabrir o espaço na próxima semana.