Ensaio fotográfico aborda dilemas de mães que prolongam amamentação; veja imagens
Amamentar uma criança maior de 12 meses pode ser tão constrangedor quanto dar de mamar em um estádio de futebol. Mulheres que prolongam a amamentação de seus bebês se sentem julgadas e pressionadas a interromper essa fase da maternidade.
Para abordar o tema, a fotógrafa Natalie Mccain realizou um ensaio com mães que amamentam crianças acima de 1 ano. “Minha esperança é que essa série abra os olhos dos que estão injustamente criticando o aleitamento prolongado. Nenhuma mãe merece ser julgada pela forma como ela escolhe alimentar seu bebê”, escreveu ela.
Natalie conta que ela também estendeu a amamentação dos seus filhos. “Posso dizer que é uma experiência muito natural e bonita. É hora de nos apoiarmos. O que funciona para uma família pode não dar certo para você, mas não significa que o outro está errado.”
“Amamentar não perde magicamente seus benefícios só porque a criança fez 1 ano. Há tantas razões para continuar amamentando, embora possa parecer estranho para quem não vivenciou essa experiência”, disse a fotógrafa para a revista Self.
Pesquisa realizada em 2014 pela Lansinoh com 13 mil mulheres de nove países identificou diferentes percentuais de rejeição à amamentação prolongada, dependendo da origem da mãe.
Para 6% das húngaras e 6% das francesas, uma criança de 2 anos não deveria ser mais amamentada. Já no Brasil, 44% aprovam a amamentação de crianças crescidas.
Mães retratadas no ensaio dizem que o que mais as incomoda são perguntas sobre quando elas vão parar de amamentar. “Por que eu tenho de parar? Precisamos ter uma data na cabeça?”, questiona uma delas.
Conheça o trabalho de Natalie na página de seu projeto “The Honest Body”. Veja abaixo as fotos do ensaio.