Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 ‘De cócoras’, podcast quer dar voz a gestantes e sanar dúvidas sobre parto https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/19/de-cocoras-podcast-quer-dar-voz-a-gestantes-e-sanar-duvidas-sobre-parto/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/10/19/de-cocoras-podcast-quer-dar-voz-a-gestantes-e-sanar-duvidas-sobre-parto/#respond Tue, 19 Oct 2021 14:04:07 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-15-at-20.27.53-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9339 Preciso fazer exame de toque vaginal em toda consulta de pré-natal? Até quando é seguro transar grávida? A analgesia pode atrapalhar o parto normal?

Essas foram algumas das dúvidas mais comuns recebidas nas caixinhas das redes socias de Fabiana Garcia e Bianca Rocha, obstetra e obstetriz, respectivamente.

Sem conseguir aprofundar nos assuntos, mas alcançando cada vez mais mulheres, a dupla decidiu criar um podcast para sanar dúvidas sobre gestação e parto.

O nome escolhido foi De Cócoras Podcast. “Primeiro e único nome cotado, a ideia é tirar da horizontal, do tradicional, e fazer pensar em novas possibilidades”, explica Fabiana Garcia.

A dupla também usará a bagagem em consultório para responder a mais questionamentos.

“Ainda recebemos mulheres que sabem muito pouco sobre o processo fisiológico de uma gestação e de um parto. Vemos que elas carregam uma grande insegurança por saberem tão pouco sobre esse período de suas vidas”, observa.

A primeira temporada tem oito episódios e tratará sobre até quando é seguro esperar o nascimento, indicações reais de cesariana, analgesia no parto, parto normal gemelar, entre outros.

Os programas contam sempre com convidados que podem ser pacientes ou profissionais com saberes que elas não dominam ou que vivem realidades obstétricas diferentes das delas.

Logotipo do podcast De Cócoras, que estreia nesta quarta-feira (20), no Spotify

SERVIÇO

De Cócoras Podcast 

Estreia quarta-feira (21), no Spotify e Youtube.

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Autora sobre violência obstétrica ganha apoio virtual e já mira 2ª edição de livro https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/06/01/autora-sobre-violencia-obstetrica-ganha-apoio-virtual-e-ja-mira-2a-edicao-de-livro/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/06/01/autora-sobre-violencia-obstetrica-ganha-apoio-virtual-e-ja-mira-2a-edicao-de-livro/#respond Mon, 01 Jun 2020 12:13:37 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/WhatsApp-Image-2020-05-29-at-14.54.27.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8872 Em menos de 15 dias, a jornalista Caira Lima,22, trocou o sentimento de frustração pela comemoração após o sucesso nas vendas de seu livro.

Dia 14 de maio, ela usou sua conta no Twitter para desabafar. “Quis realizar o sonho de publicar meu livro. A editora disse que eu poderia ir pagando conforme vendesse, mas eles acabaram me enrolando, fiz uma dívida enorme com a gráfica e agora com a pandemia os eventos que eu ia pra vender estão cancelados. Não sei o que fazer”, disse na postagem.

Mesmo com apenas 775 seguidores, a publicação alcançou mais de 48 mil pessoas e rapidamente os livros foram sendo vendidos pelo país. A autora conta que a segunda tiragem está prestes a se esgotar e ela já mira a segunda edição do projeto. 01Ah, e a gráfica foi paga!

Fruto de seu trabalho de conclusão do curso em Jornalismo pela pela Universidade Federal do Tocantins, A dor mais doída – Relatos de Violência Obstétrica traz dados e entrevistas com mulheres que foram violentadas nas mais diferentes formas no dia em que era para ser um dos mais felizes de suas vidas.

“É muito comum culparem as mulheres pela falta de informação, mas esquecem que durante o processo do parto, muitas são excluídas das decisões que vão ocorrer em seus corpos. Elas sentem como se qualquer pessoa naquela sala [de parto] poderia tomar decisões pelo corpo, menos ela, a mãe, que vira coadjuvante, quando deveria ser a protagonista”, observa.

Caira disse ter se surpreendido com o fato de que a violência obstétrica não está restrita às pacientes do SUS.

“Em minha pesquisa também percebi que a violência obstétrica gera um peso para o resto da vida. Mulheres mudam a forma de ver o mundo e isso pode desencadear problemas psicológicos futuros como depressão pós-parto ou dificuldades na amamentação, por exemplo”.

Caira percebeu que a mágoa é um ponto comum entre as entrevistadas. “Além da dor sofrida no dia do parto, elas demonstram sofrimento por não terem sido acolhidas por familiares e pessoas próximas também”. Muitas delas precisavam falar, desabafar, e não encontraram a escuta em ninguém.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Recentemente, o Ministério da Saúde decidiu abolir o uso do termo “violência obstétrica” das políticas públicas e normas do governo. Contrariando a decisão, o Ministério Público Federal de São Paulo reconheceu o direito de uso do termo e afirmou que o termo é legítimo.

“Durante crises políticas é muito comum os direitos das mulheres serem retirados”, lembra Caira. Para a autora, esse tipo de violência só será combatida se toda a sociedade for informada a fundo sobre o assunto e não só as mulheres que passarão pelo parto. “Informação é direito e não privilégio”, conclui a jornalista.

TRECHO DO LIVRO

“Ísis queria que Ícaro viesse logo ao mundo, aquele sofrimento tinha que acabar. Durante essas horas, apenas um médico que estava de plantão a examinou, uma única vez. A dor e desespero foram tão grandes naquele momento, ela se sentiu tão invadida, que sua reação foi de arranhar a pele do médico com as próprias unhas. Era um desespero difícil de imaginar, uma dor que ela não conhecia, um momento que ela jamais imaginava que seria daquela forma. – Ele foi muito grosso pra fazer o meu exame de toque. Eu tava com muita dor e disse que, se era assim o exame de toque, ele que me perdoasse, mas eu não queria mais nenhum. Depois de fazer o exame de toque, o médico disse que só tinha quatro centímetros de dilatação e que ela deveria esperar porque aquele processo ia demorar. Ela ficou sozinha novamente, sem respostas, com medo e totalmente desnorteada. O tampão saiu. Começou a gritar alto chamando as enfermeiras, só queria saber se o chuveiro estava funcionando, porque queria colocar água quente nas costas para tentar aliviar um pouco da dor. Não estava funcionando. Naquele momento, o quarto era invadido pelos gritos desesperados de Ísis. A única coisa que estava ao seu alcance era clamar por ajuda, mas isso de nada adiantava. Ninguém fazia nada por ela, ninguém lhe massageava as costas, ninguém lhe dizia que tudo ia ficar bem. Pelo contrário, as enfermeiras diziam que quanto mais ela gritasse, menos viriam lhe ver. Acabou fazendo xixi na roupa, na sala do pré-parto, porque ninguém foi com ela ao banheiro e ela tinha medo de se machucar. – Eu cansei de gritar porque ninguém ouvia. Eu dizia que não tinha mais forças e elas respondiam: “mãezinha, é natural. Você tem força”. Ninguém segurou a minha mão. E ninguém deixou o meu marido entrar. Ninguém nem avisou. E ninguém avisou pra ele que eu tava na sala”.

Capa do livro A Dor Mais Doída, de Caira Lima

A DOR MAIS DOÍDA

(Editora Cultura, 87 páginas) 

R$30,00 + frete R$ 7,00

Encomendas pelo telefone (63) 98123-4812 –

Instagram: @kkcaira

PODCAST

Para saber mais sobre violência obstétrica, ouça o podcast 40 Semanas. Três episódios foram dedicados ao tema. Neles, foram ouvidos especialistas e mulheres que, mesmo informadas, não conseguiram escapar da violência física e psicológica durante o nascimento dos filhos.

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Sepaco proíbe enfermeiras obstetras nos partos; para advogada, medida é ilegal https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/04/16/sepaco-proibe-enfermeiras-obstetras-nos-partos-para-advogada-medida-e-ilegal/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2020/04/16/sepaco-proibe-enfermeiras-obstetras-nos-partos-para-advogada-medida-e-ilegal/#respond Thu, 16 Apr 2020 19:22:38 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/WhatsApp-Image-2020-04-16-at-15.46.42-1.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8828 A partir do dia 1º de maio, o hospital paulistano Sepaco  vai proibir a entrada de enfermeiras obstetras e obstetrizes nas salas de parto. Apesar da pandemia do coronavírus, a medida não tem relação com a Covid-19.

Em comunicado enviado a grupos de atendimento humanizado, o hospital disse que a mudança era analisada há algum tempo e que essa é uma ação estratégica para “maior controle desse processo, bem como a linearidade das ações e eliminação de conflitos técnicos e comportamentais das equipes”.

Isso significa que se uma mulher contratou uma enfermeira obstetra ou obstetriz para seu parto, deverá abrir mão da profissional que a acompanha no pré-natal e aceitar a ofertada pelo hospital.

Para a advogada Renata Antunes Archilia, que atua em casos de violência obstétrica, a medida é ilegal porque contraria a norma 398 (2016), da ANS, que obriga hospitais a cadastrarem enfermeiras obstetras e obstetrizes externas. Essa norma foi publicada após uma ação civil pública.

“Todos os hospitais credenciam médicos para atender partos particulares. É necessário manter o credenciamento de enfermeiros externos porque essa norma possibilita a escolha da equipe, e assim diversifica o atendimento, além de proporcionar o maior número de partos normais”, diz.

Enfermeiras no parto ajudam a reduzir mortes maternas (Foto: @katialopesfotografiadeparto )

Para se ter uma ideia da importância dessa profissional, o relatório SowMy (OPA/OMS) de 2014, mostrou que a presença da enfermagem obstétrica é responsável pela redução de até dois terços das mortes maternas e neonatais motivadas pelas boas práticas com menores índices de intervenções cirúrgicas e medicamentosas.

“Gestantes que se sentirem lesadas podem acionar a Justiça por danos morais”, afirma Renata.

GESTANTES PREOCUPADAS

A publicação da informação gerou uma mobilização de muitas gestantes que tinham o Sepaco como opção de maternidade.

“Mudarei meu planejamento de parto. [O Sepaco] era minha primeira opção, mas com essa decisão arbitrária e ilegal, fica impossível. Farei uma denúncia à ANS”, afirma uma gestante na página do hospital nas redes sociais.

“Onde está a humanização num local onde a parturiente não pode levar sua equipe de confiança, que inclui as obstetrizes e enfermeiras obstetras? Lamentável se dizer humanizado, tomando tal medida”, lamenta outra grávida na página.

“Tinha planejado o parto do meu filho com vocês. Quando soube que vocês estão proibindo a entrada de profissionais de assistência ao parto vi que vocês não tem a menor ideia do que é acolher uma vida”, criticou um pai.

O Blog Maternar entrou em contato com a ANS e o Coren-SP, mas até o momento não recebemos resposta. Caso enviem nota, esse texto será atualizado.

PANDEMIA E O DIREITO DAS GRÁVIDAS

A pandemia do coronavírus mudou a rotina de muitos hospitais pelo país, impedindo a entrada de enfermeiros obstétricos, obstetrizes, doulas, fotógrafos ou cinegrafistas na sala de parto. Muitos hospitais pelo Brasil estão, inclusive, impedindo a presença de acompanhante na sala de parto, outro direito previsto por lei. 

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Está grávida e quer massagem? Espaço oferece esse e outros serviços gratuitos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/esta-gravida-e-quer-massagem-espaco-oferece-esse-e-outros-servicos-gratuitos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/esta-gravida-e-quer-massagem-espaco-oferece-esse-e-outros-servicos-gratuitos/#respond Fri, 12 Jul 2019 13:27:04 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/WhatsApp-Image-2019-07-12-at-09.36.29-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8355 Entre os dias 15 e 19 de julho, o Espaço Mãe, em São Paulo, vai oferecer uma série de atividades gratuitas para as famílias.

Dança materna, yoga para bebês, rodas de bate-papo, oficinas sensoriais e massagens estão entre os serviços oferecidos.

A Semana do Acolhimento faz parte do trabalho de divulgação do espaço particular de atendimento, que será oficialmente inaugurado no dia 20 de julho.

Confira a agenda:

SEGUNDA-FEIRA – 15/07

 

14h às 15h | DANÇA MEU BEBÊ E EU com Thais Santiago

 

Aberto para mães e seus bebês de 3 a 12 meses. A Dança traz o acolhimento que ambos precisam nessa fase de descobertas e transformações. As mães mantém contato com outras mães e os movimentos da dança trazem tranquilidade e relaxamento para os bebês. Mães com bebês de colo devem trazer sling para a aula.
Vagas: 30 mães

 

15h às 16h | OFICINA SENSORIAL com Thais Santiago

 

Para bebês a partir dos 3 meses até 12 meses, acompanhados por um responsável. A estimulação sensorial realizada através da exploração dos sentidos favorecem o desenvolvimento neurológico, estimula a inteligência e a criatividade e permitem que as crianças compreendam melhor seu corpo, garantindo uma aprendizagem mais completa e duradoura.
Vagas: 20 pessoas.

 

16h às 17h | BATE-PAPO SOBRE ALEITAMENTO com Mila Rosa

 

Para gestantes, casais grávidos e avós. Esclarecendo as principais dúvidas sobre amamentação: mitos, benefícios e desafios.
Vagas: 25 participantes

 

18h às 19h | CUIDADOS NATURAIS NO PÓS-PARTO com Mila Rosa

 

Para gestantes, casais grávidos e demais interessados. Entenda como você pode se beneficiar de métodos naturais para complementar os cuidados com você e seu bebê durante o pós-parto.
Vagas: 20 participantes

 

19h às 21h | ENCONTRO COM AS DOULAS

 

Aberto para mães, gestantes, casais grávidos e tentantes, o encontro com as doulas que integram a equipe Espaço Mãe será uma grande roda para tirar dúvidas sobre pré-natal, parto e puerpério.
Vagas: 30 participantes

 

TERÇA-FEIRA – 16/07

 

10h às 11h | DESMISTIFICANDO A FRALDA DE PANO com Thamires Manoela

 

Para gestantes, mães e avós. Entenda o que mudou, conheça as novidades e saiba como as fraldas de pano podem beneficiar a dinâmica de cuidados com o bebê e como seu uso pode impactar positivamente a todos.
Vagas: 30 participantes

 

11h às 12h | BABY YOGA com Veena Mukti

 

Aberto para mães com bebês a partir de 3 meses até começar a engatinhar. A prática de Yoga com o seu bebê é uma maneira maravilhosa de retomar os cuidados com o seu corpo, mente e emoções, cuidando com respeito da musculatura no pós-parto, ajudando a fortalecer o abdome e o períneo, cuidando da postura para auxiliar também na amamentação e no acolhimento para o bebê.
Vagas: 10 participantes

 

14h às 15h30 | MEU PÓS-PARTO – VAMOS CONVERSAR? com Damiana Nigri e Mila Rosa

 

Espaço de escuta terapêutica e acolhimento direcionado às mães e seus bebês.
Vagas: 20 participantes

 

15h30 às 17h | BATE PAPO: OUTRO FILHO UMA NOVA HISTÓRIA com Thamires Manoela e Samantha Ribeiro

 

Casais grávidos que já tiveram um ou mais filhos. Vamos entender que cada nascimento, amamentação e puerpério tem suas necessidades e questões, e que muitas vezes a história não se repete, e podemos aprender mais ainda com isso.
Vagas: 30 participantes

 

17h às 18h YOGA PARA GESTANTES com Veena Mukti
Para gestantes e casais grávidos em qualquer período gestacional. Uma prática para grávidas em qualquer período gestacional, com dicas de posturas reduzir os principais desconfortos da gestação e para o melhor posicionamento do bebê (o que facilita o parto).
Vagas: 10 participantes

 

19h às 21h | ENCONTRO COM A EQUIPE MÉDICA

 

Aberta para mulheres – em qualquer fase da vida – e suas famílias, o encontro com a equipe médica do Espaço Mãe busca tirar dúvidas sobre a saúde e sexualidade da mulher, incluindo o período gestacional, parto e puerpério.
Vagas: 30 participantes

 

QUARTA-FEIRA – 17/07

 

15h às 16h | OFICINA SENSORIAL com Thais Santiago

 

Para crianças de 12 meses até 3 anos, acompanhadas por um responsável. O mundo é cheio de informações que chegam através dos sentidos, por isso é fundamental estimular os diversos canais sensoriais de forma integrada. A estimulação sensorial realizada através da exploração dos sentidos favorecem o desenvolvimento neurológico, estimula a inteligência e a criatividade e permitem que as crianças compreendam melhor seu corpo, garantindo uma aprendizagem mais completa e duradoura.
Vagas: 20 pessoas.

 

16h às 17h | CORPO EM MOVIMENTO com Thais Santiago

 

Para crianças a partir dos 3 anos até 7 anos de idade. As oficinas de Corpo em Movimento são atividades psicomotoras que visam trabalhar o corpo através de atividades, circuitos, jogos e brincadeiras. Por meio dessas atividades é possível provocar estímulos que desenvolvam os aspectos: cognitivo, motor e afetivo.
Vagas: 20 crianças.

 

18h às 19h | DANÇA MEU BEBÊ E EU com Thaís Santiago

 

Para gestantes a partir do terceiro mês de gestação. A Dança para gestantes promove uma adaptação da mãe às mudanças que a gestação provoca, proporcionando harmonia entre o corpo e a mente.
Vagas: 30 participantes.

 

19h às 21h | RECEPÇÃO NEONATAL HUMANIZADA

 

Uma conversa sobre o papel do pediatra na sala de parto humanizada e sua importância no cuidado com o bebê.
Vagas: 30 participantes

 

QUINTA-FEIRA – 18/07

 

11h às 12h | DANÇA MEU BEBÊ E EU com Thais Santiago 

 

Aberto para mães e seus filhos (andantes de 12 meses até 2 anos). A Dança é um momento de interação, troca e aprendizado entre mãe e filho. Durante a aula de dança explora-se a criatividade, o lúdico de uma forma divertida e prazerosa para ambos.
Vagas: 30 mães.

 

15h às 16h GESTAÇÃO, PARTO, PÓS-PARTO E MASSAGEM com Mila Rosa e Veena Mukti

 

Vivência de massagem para gestantes e casais grávidos. O toque é um importante aliado da gestação. Nesta oficina, serão ensinadas técnicas para reproduzir em casa.
Vagas: 20 participantes

 

16h30 às 17h30 | COMO ALIVIAR OS DESCONFORTOS DO BEBÊ ATRAVÉS DO CONTATO AFETIVO com Mila Rosa

 

Gestantes, casais grávidos, avós e demais interessados. Entendendo como o contato afetivo nas diversas situações de cuidado: massagem, troca, banho pode contribuir para o alívio dos desconfortos sentidos pelo bebê.
Vagas: 20 participantes

 

19h às 21h | ENCONTRO COM A EQUIPE MÉDICA

 

Aberta para mulheres – em qualquer fase da vida – e suas famílias, o encontro com a equipe médica do Espaço Mãe busca tirar dúvidas sobre a saúde e sexualidade da mulher, incluindo o período gestacional, parto e puerpério.
Vagas: 30 participantes

 

SEXTA-FEIRA – 19/07

 

14h às 15h | ENCONTRO GENTLEBIRTH com Samantha Ribeiro

 

Para gestante mais um acompanhante. Gentlebirth é uma metodologia que visa trazer ao casal grávido resiliência emocional para viver o parto da forma mais positiva possível, independentemente de seus desfechos. Traz conceitos do mindfulness, hipnose, TCC e psicologia do esporte.
Vagas: 10 casais

 

17h30 às 20h30 | SPINNING BABIES com Gabriele Garbin

 

Para gestantes e acompanhantes. Obrigatório presença do acompanhante mais próximo, que tenha convivência diária com a
mulher. Spinning Babies é uma abordagem que visa melhorar o equilíbrio pélvico para uma gestação mais confortável e um parto mais fácil e fluído.
Vagas: 5 casais

 

SÁBADO – 20/7 | DE PORTAS ABERTAS

 

10h | ABERTURA OFICIAL ESPAÇO MÃE

 

Bate-papo com Paulo Noronha, Fabiana Garcia, Mariana Chagas e Bianca Rocha.

 

11h | OS DESAFIOS DA PATERNIDADE

 

Bate-papo com Leonardo Piamonte do podcast Balaios de Pais sobre os desafios da paternidade atual.

 

14h | A REDE DE APOIO E SUA IMPORTÂNCIA NA FAMÍLIA MODERNA

 

Bate-papo com a equipe de doulas e terapeutas do Espaço Mãe sobre a importância da rede de apoio para pais e mães no mundo moderno.

 

15h | DANÇA MEU BEBÊ E EU 

 

Oficina de dança para mães e pais e seus bebês, com auxílio de sling, com Thais Santiago.

 

16h | A VOLTA AO TRABALHO E O DESMAME GENTIL 

 

Bate-papo com Giovanna Balogh, do site Mães de Peito, sobre os desafios da volta ao trabalho e manutenção da amamentação até o desmame gentil.

 

 10H às 17h | MÚSICA AO VIVO

Apresentação ao vivo, nos intervalos das atividades, ao longo de todo o dia para os nossos convidados.

 

10h às 17h | SORTEIOS

 

Durante o dia serão sorteados dois ensaios de gestante – por Bia Takata e Kalu Gonçalves – e uma pintura de barriga.

SERVIÇO

Espaço Mãe
Rua Correia Dias, 454 Paraíso, São Paulo, SP
Telefone: 11  5093-0415

As inscrições devem ser feitas pelo site do Espaço Mãe. As vagas são limitadas. Corra!
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‘Renascimento do Parto 2’ destaca violência obstétrica e SUS que dá certo https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/10/renascimento-do-parto-2-destaca-violencia-obstetrica-e-sus-que-da-certo/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/10/renascimento-do-parto-2-destaca-violencia-obstetrica-e-sus-que-da-certo/#respond Thu, 10 May 2018 11:15:52 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/O-Renascimento-do-Parto-2-O-Filme_fotografia-de-Elis-Freitas-1-320x213.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7431 Mais uma vez o debate sobre a humanização dos partos estará nas telas dos cinemas. O documentário “O Renascimento do Parto 2” estreia nesta quinta-feira (10), e dessa vez, trata sobre violência obstétrica.

O filme também fala sobre o SUS que dá certo e evidencia o modelo usado pelo Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte (MG). Enfermeiras Obstétricas da Inglaterra também falam sobre atendimento domicilar –aquele que utiliza a mesma equipe durante toda a gestação e pós-parto. Foi esse o modelo usado pela duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e que causou estranheza pela rápida recuperação após o nascimento dos seus três filhos (todos partos normais).

A apresentadora Fernanda Lima também participa do filme e conta sua experiência de parto normal dos filhos gêmeos, em 2010.

O diretor e roteirista do longa, Eduardo Chauvet, diz que recebeu muitos feedbacks positivos após a exibição do primeiro filme. “Inclusive ouvi que muitos médicos abriram novos horizontes para o atendimento mais respeitoso”, conta.

“A mulher não é obrigada a parir. Eu milito, inclusive para que as mulheres façam suas cesáreas eletivas. O problema é quem quer parir e não consegue”, diz a pediatra neonatologista Ana Paula Caldas, no filme.

O Brasil é o país que mais realiza cesáreas no mundo. Em 2017, estatísticas do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, mostraram que dos três milhões de partos realizados por aqui, 55,5% foram cesáreas. A OMS recomenda que essa taxa seja de 15% no máximo.

Segundo Chauvet, o filme instiga novamente o diálogo. “Não temos a pretensão de responder tudo. A ideia é que as pessoas busquem informação para decidirem o melhor caminho a tomar”.

“RENASCIMENTO 1”

Lançado em 2013, o primeiro filme da série fechou o ano como a segunda maior bilheteria de documentários no Brasil. A produção também bateu o recorde brasileiro de crowdfunding ao arrecadar R$140 mil.

“O Renascimento do Parto 3” deve ser lançado em setembro desse ano e falará sobre violência obstétrica contra recém-nascidos.

 CONFIRA AS SALAS DE CINEMA

São Paulo
Espaço Itaú de Cinema Augusta – 14h e 18h
Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca – 16h e 20h
Espaço Itaú de Cinema Pompéia – 18h30

Santos
Cinespaço – 15h e 19h

Rio de Janeiro
Espaço Itaú de Cinema de Botafogo – 14h e 20h
Rio Design Barra – 18h

Curitiba
Espaço Itaú de Cinema no Shopping Crystal – 16h e 20h

Porto Alegre
Espaço Itaú de Cinema no Shopping Bourbon Country – 16h e 20h

Brasília
Espaço Itaú de Cinema no Shopping CasaPark – 16h, 17h50 e 19h40

Belo Horizonte
Cine Belas Artes em BH – 16h e 20h

Salvador
Espaço Itaú de Cinema da Glauber Rocha – 15h30 e 19h

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Assembleia de Santa Catarina aprova implantação de medidas contra violência obstétrica https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/12/14/assembleia-de-santa-catarina-aprova-implantacao-de-medidas-contra-violencia-obstetrica/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/12/14/assembleia-de-santa-catarina-aprova-implantacao-de-medidas-contra-violencia-obstetrica/#respond Wed, 14 Dec 2016 11:28:19 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6931 Manobra de Kristeller é considerada uma violência obstétrica (Reprodução)
Manobra de Kristeller é considerada uma violência obstétrica (Reprodução)

Os deputados estaduais de Santa Catarina aprovaram nesta terça-feira projeto de lei que tenta coibir atos de violência obstétrica. De autoria da deputada Angela Albino, o projeto prevê a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente.

“É um ganho para Santa Catarina, que sai na frente dos outros Estados”, disse a deputada Ana Paula Lima (PT). “O parto é um momento tão especial para a mulher e ela e a criança não podem sofrer violência.”

De acordo com o texto aprovado, considera-se violência obstétrica “todo ato  praticado pelo médico, equipe do hospital, familiar ou acompanhante que ofenda, de forma verbal ou física, as mulheres gestantes, em trabalho de parto ou ainda no puerpério [período de até 45 dias após o parto]”.

Como exemplo, o projeto diz que “tratar a gestante de forma agressiva, não empática, zombeteira, ou de qualquer outra forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido” pode se considerar como uma forma de agressão.

Também é agressão “fazer graça ou recriminar a parturiente por qualquer comportamento, como gritar, chorar, ter medo, vergonha, dúvidas”.

O projeto também considera como violência “submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários ou humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica de portas abertas ou exame de toque por mais de um profissional”.

Fazer episiotomia [corte do ânus à vagina] sem necessidade ou deixar de aplicar anestesia quando a mulher pede também são consideradas agressões.

Para que as mulheres sejam informadas sobre o direito a um tratamento hospitalar digno e humanizado, o projeto determina que Secretaria de Saúde elabore cartilhas.

O projeto segue agora para sanção do governador. De acordo com o texto, o cumprimento da lei será fiscalizado pelos órgãos públicos competentes, a quem caberá a atuações (leia texto do projeto original).

*com informações do site da Assembleia Estadual de Santa Catarina
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Procuradoria quer apuração de casos de violência obstétrica em maternidade de SP https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/10/31/procuradoria-quer-apuracao-de-casos-de-violencia-obstetrica-em-maternidade-de-sp/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/10/31/procuradoria-quer-apuracao-de-casos-de-violencia-obstetrica-em-maternidade-de-sp/#respond Mon, 31 Oct 2016 08:30:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=6715 Manobra de Kristeller é considerada uma violência obstétrica (Reprodução)
Manobra de Kristeller é considerada uma violência obstétrica (Reprodução)

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) quer que a Maternidade Sacrecoeur, localizada no centro de SP, apure a responsabilidade dos profissionais que atuaram em partos em teria ocorrido a chamada manobra de Kristeller. Esse procedimento consiste em empurrar a barriga da mulher para forçar a saída do bebê, o que pode provocar danos à saúde da mãe e da criança.

Três mulheres já relataram ao MPF que médicos e enfermeiros do hospital adotaram a técnica. Um dos bebês nasceu com fraturas e teve de ficar internado.

Após a primeira denúncia, a Procuradoria cobrou explicações do hospital. A maternidade, que faz parte do Grupo NotreDame Intermédica, alegou na ocasião que a manobra de Kristeller não fazia parte do protocolo de assistência obstétrica da unidade.

Em junho, entretanto, a Procuradoria recebeu dois novos relatos sobre o  uso do procedimento em partos realizados na maternidade.

Em recomendação Sacrecoeur, o MPF pede também que médicos e enfermeiros do hospital sejam formalmente comunicados de que a adoção da manobra de Kristeller está proscrita e passem por treinamentos sobre métodos humanizados de parto.

A procuradora da República Ana Carolina Previtalli Nascimento, autora dos pedidos, também quer que cartazes sejam afixados na unidade alertando o público e a equipe médica sobre  a proibição do procedimento.

OUTRO LADO

Em nota, o Grupo NotreDame Intermédica informou que analisou o prontuário das pacientes atendidas e concluiu que dois partos tiveram complicações que colocavam em “a vida da mãe e do bebê ou somente a do bebê”.

“Para tratar estas complicações foram realizadas manobras tecnicamente corretas e que certamente contribuíram para a boa evolução da mãe e do bebê. Concluímos portanto, que não houve violência obstétrica e que os procedimentos obstétricos aplicados foram tecnicamente corretos e determinantes da boa evolução dos dois partos”, diz a nota.

O Grupo informa ainda que seus hospitais “seguem um protocolo oficial que contraindica a manobra de Kristeller”.

“Após a primeira manifestação do Ministério Público Federal sobre o alerta relacionado a referida manobra, o Hospital e Maternidade Sacrecouer, assim como os demais hospital do Grupo, intensificaram ações relacionadas ao tema e vem constantemente monitorando o cumprimento do referido protocolo oficial.”

 

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‘Fui hostilizada’, diz mulher obrigada pela Justiça a fazer cesárea https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/03/31/fui-hostilizada-diz-mulher-obrigada-pela-justica-a-fazer-cesarea/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/03/31/fui-hostilizada-diz-mulher-obrigada-pela-justica-a-fazer-cesarea/#respond Tue, 31 Mar 2015 11:10:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=3328 Adelir com o marido e a filha ainda no hospital (Foto: Erika Carolina - 03.abr.2014/Folhapress)
Adelir com o marido e a filha ainda no hospital (Foto: Erika Carolina – 03.abr.2014/Folhapress)

Na próxima quarta-feira (1º) a filha de Adelir Carmem Lemos de Goes, 30, comemora um ano. A pequena Yuja Kali já fala suas primeiras palavras e anda confiante após dar os primeiros passos aos dez meses de vida.

Apesar da alegria em poder amamentar e ver a caçula brincar com os irmãos, Adelir diz que não terá como passar a data sem lembrar do nascimento da filha, que foi feito por meio de uma cesárea contra a sua vontade. Os médicos procuraram a Justiça para que ela fosse internada à força pois consideravam que havia risco de morte da mãe e do bebê. A reportagem sempre tentou, sem sucesso, contato com a equipe médica que atendeu Adelir.

Um ano após o caso ter sido noticiado pela Folha, Adelir diz que estava segura das suas decisões e que sabe que nem ela nem o bebê estavam em perigo. Como mora na pequena cidade de Torres (193 km de Porto Alegre), Adelir diz que se pudesse teria tentado ser atendida em um hospital em Porto Alegre, onde os partos humanizados são mais frequentes. No ano passado, ela disse que seu parto foi roubado.

“Infelizmente me hostilizaram, quiseram fazer eu parecer que era uma louca. Nos afastamos de várias pessoas depois disso, inclusive, familiares”, comenta Adelir, que entrou com um processo contra a equipe médica que a atendeu.

Grávida de 42 semanas e com duas cesáreas anteriores, Adelir foi levada de casa por policiais militares e encaminhada ao hospital Nossa Senhora dos Navegantes, onde passou pela cirurgia. Os médicos alegaram na época que o bebê estava sentado.

Stephany Hendz, que era a doula de Adelir, disse que durante os exames preliminares foi constatado que o bebê estava saudável e com batimentos cardíacos dentro dos padrões.

Após ser examinada e ver que ainda não estava em trabalho de parto ativo, a paciente assinou um termo de responsabilidade e voltou para casa. A médica que a atendeu no plantão decidiu procurar o Ministério Público, que acionou a Justiça.

Adelir voltou a dizer que não pretendia ter o bebê em casa, mas que queria esperar entrar em trabalho de parto para então retornar ao hospital.

Ela diz que a repercussão do seu caso trouxe alguns avanços para que mais mulheres possam se informar e ter partos respeitosos. “Mas ainda há um longo caminho pela frente para a humanização. Ainda existe muita violência obstétrica que as mulheres passam”, comenta.

ATO NA ASSEMBLEIA DE SP

Nesta quarta-feira, para lembrar a data, será feito um protesto pacífico, a partir das 13h, na porta da Assembleia Legislativa, na zona sul de SP. A Artemis (ONG de defesa da mulher), que chegou a denunciar o caso na época por violação de direitos humanos, é quem organiza o ato.

Além de lembrar do caso, será entregue na ocasião um manifesto aos deputados pedindo a aprovação do projeto de lei das doulas (PL 250/2013), que regulamenta a atuação dessas profissionais nos hospitais e maternidades, públicos e privados, do Estado.

O projeto, de autoria da deputada Leci Brandão (PCdoB), prevê a presença da doula durante toda a presença da parturiente na unidade de saúde sem tirar o lugar do acompanhante – que pode ser o pai da criança ou qualquer outra pessoa de sua escolha que está estabelecida pela Lei Federal 11.108/2005.

O projeto deixa ainda claro que as doulas podem entrar com a gestante levando bolas de pilates, massageadores, bolsa de água quente, óleos para massagem e banqueta auxiliar para parto entre outros objetos que achar necessário. O projeto das doulas está pronto para votação, mas está parado na Casa desde fevereiro do ano passado.

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Médicos do SUS terão de justificar uso de episiotomia e outros procedimentos https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/03/27/medicos-do-sus-terao-de-justificar-uso-de-episiotomia-e-outros-procedimentos/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/03/27/medicos-do-sus-terao-de-justificar-uso-de-episiotomia-e-outros-procedimentos/#respond Fri, 27 Mar 2015 11:06:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=3273 Mulher com acompanhante durante trabalho de parto (Foto: Bia Fotografia)
Mulher com acompanhante durante trabalho de parto (Foto: Bia Fotografia)

Os médicos da rede púbica de saúde do Estado de São Paulo terão de justificar o uso de episiotomias (corte feito entre a vagina e o ânus), administração de ocitocina (para acelerar o parto) e lavagem intestinal feita nas pacientes durante o parto. As medidas fazem parte da lei do parto humanizado sancionada na quinta-feira (26) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O projeto, de autoria do deputado Carlos Bezerra Jr., também estabelece que a gestante tenha direito à anestesia durante o parto normal e escolha também métodos não farmacológicos, como a massagem, para aliviar a dor. No SUS (Sistema Único de Saúde) nem sempre as maternidades têm anestesistas disponíveis para atender as parturientes.

Pela lei, a mulher também tem direito a comer e beber durante o trabalho de parto e ainda se movimentar durante as contrações. A gestante também poderá escolher a posição que fique mais confortável para parir. Normalmente, as gestantes são colocadas em posição ginecológica, o que aumenta as dores das contrações e dificulta o nascimento do bebê. A lei também deixa claro que os médicos devem fazer a “mínima interferência” possível e usar métodos “menos invasivos e mais naturais.”

PLANO DE PARTO

A gestante também poderá fazer o plano individual de parto onde será orientada durante o pré-natal e poderá indicar se quer ter anestesia, quais as opções não-farmacológicas para alívio da dor e o modo que será feito o acompanhamento e monitoramento cardíaco-fetal. O plano será feito em conjunto com o médico que vai informar a parturiente sobre as suas escolhas. Saiba mais sobre o plano de parto.

A parturiente também poderá saber com antecedência onde o parto será realizado. Uma das propostas da nova lei também é garantir o direito a um acompanhante, que já é prevista em uma lei federal e é descumprido em várias maternidades públicas e privadas do país.

A única coisa que não ficou clara ainda é de que maneira a lei será fiscalizada e como será feita a humanização de parto na rede pública.

LEI MUNICIPAL

Em novembro de 2013, o prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou um projeto de lei semelhante ao que passa a valer em todo o Estado.

O projeto também permite que as mulheres optem por métodos não farmacológicos de alívio da dor, como massagens e banho quente, e solicite anestesia se essa for sua vontade. Elas podem ainda saber com antecedência onde darão à luz e escolher o tipo de parto e um acompanhante – que pode ser desde um parente até uma doula.

A vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), autora do projeto, disse na época que nenhuma das iniciativas era praxe nos hospitais municipais de São Paulo.

Apesar da lei estar em vigor, mulheres ainda têm dificuldades em conseguir partos respeitosos com o mínimo de interferência médica tanto na rede pública como na privada.

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Hospital proíbe manobra de Kristeller e reconhece violência obstétrica https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/12/16/hospital-proibe-manobra-de-krilsteller-e-reconhece-violencia-obstetrica/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/12/16/hospital-proibe-manobra-de-krilsteller-e-reconhece-violencia-obstetrica/#respond Tue, 16 Dec 2014 15:34:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=2613 Enfermeira faz manobra de Kristelller em gestante durante trabalho de parto (Foto: Reprodução)
Enfermeira faz manobra de Kristelller em gestante durante trabalho de parto (Foto: Reprodução)

Um hospital público de São Paulo aboliu neste mês a prática chamada de manobra de Kristeller durante os partos após uma paciente procurar o Ministério Público Federal para relatar as dores que sentiu durante o procedimento.

De acordo com a Procuradoria, o Hospital Geral de Pedreira, na zona sul da cidade, reconheceu que a manobra é uma violência obstétrica. A técnica consiste em pressionar com força a parte superior do útero para agilizar a saída do bebê, o que pode causar lesões graves para a mãe, como fratura de costelas e descolamento da placenta. Já os bebês podem sofrer traumas encefálicos com o procedimento. O hospital estadual é gerido por  uma OS (organização social).

A paciente que procurou o MPF relatou que sentiu “dores extremas” durante o procedimento. Segundo a denúncia, o médico que a atendeu subiu duas vezes sobre a sua costela para “empurrar o bebê com os punhos fechados”.

Assim que tiveram conhecimento do caso, as procuradoras Luciana da Costa Pinto e Ana Previtalli recomendaram para a direção da unidade que não fizesse mais a prática e que informasse os profissionais de saúde que o procedimento não deve mais ser usado. A recomendação determinava ainda que os funcionários tivessem um treinamento para oferecer um atendimento mais humanizado para as parturientes. Na unidade de saúde, foram espalhados cartazes de orientação aos pacientes e funcionários dizendo que a “manobra de Kristeller é uma violência obstétrica e, portanto, é contra-indicada”.

Segundo o Ministério da Saúde, a manobra de Kristeller deve ser evitada por ser “ineficaz e algumas vezes prejudiciais”.  Mesmo não sendo recomendada, inclusive pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), o procedimento é muito comum nas maternidades do país.

De acordo com a pesquisa “Nascer no Brasil”, da Fiocruz, 37% das mulheres tiveram ou o  médico ou o auxiliar de enfermagem pressionando a sua barriga durante o parto.

O levantamento, divulgado no ano passado, mostra que a prática é tão comum nas maternidades públicas como nas privadas.  A prática é mais comum ainda no Centro-Oeste e no Nordeste onde  as taxas foram ainda superiores, ou seja, 45,5% e 40,6%, respectivamente.

As procuradoras acreditam que o combate à adoção da técnica depende tanto dos profissionais de saúde quanto das parturientes. “Os médicos que estão habituados a realizar a manobra de Kristeller devem, com urgência, rever suas práticas”, alerta Ana Previtalli. Para Luciana da Costa Pinto, “as mulheres precisam se informar de que se trata de procedimento perigoso e que não deve ser realizado”. Em caso de ocorrência, as gestantes devem denunciar os fatos na página eletrônica do MPF.

Em março, o MPF abriu um inquérito civil público para investigar os casos de violência obstétrica, como a episiotomia e outros procedimentos sem o consentimento da parturiente.

Quem realizar a  técnica, segundo as procuradoras,  pode receber sanções administrativas perante os conselhos regionais de medicina, além de ações cíveis e penais se houver danos à saúde da mulher ou do bebê.

Procurada pelo Maternar, a Secretaria de Estado da Saúde A informou que está redefinindo a linha de cuidados com as gestantes, com a inclusão de novas diretrizes no plano de boas práticas de assistência ao parto seguro, dentre elas, a restrição à manobra de Kristeller.

“O novo plano já está sendo elaborado e, inclusive, na última segunda-feira (15) e na terça-feira (16) ocorreram dois seminários com representantes da secretaria e de outros órgãos relacionados à saúde da mulher para tratar do tema”, diz nota enviada pela pasta.

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