Maternar https://maternar.blogfolha.uol.com.br Dilemas maternos e a vida além das fraldas Fri, 03 Dec 2021 15:35:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Parto antecipado pode ocasionar déficit de atenção e queda no rendimento escolar, aponta pesquisa https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/parto-antecipado-pode-ocasionar-deficit-de-atencao-e-queda-no-rendimento-escolar-aponta-pesquisa/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/parto-antecipado-pode-ocasionar-deficit-de-atencao-e-queda-no-rendimento-escolar-aponta-pesquisa/#respond Thu, 08 Jul 2021 12:48:47 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-07-at-19.41.22-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=9035 Antecipar o nascimento de um bebê por meio de uma cesárea pode ocasionar uma série de problemas na saúde da criança.

Os desfechos negativos vão desde os relacionados à maturidade pulmonar, deixando-o menos alerta, com menos condição de interagir com a mãe na primeira hora, até consequências futuras, como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, queda no rendimento escolar, aparecimento de doenças psiquiátricas e surgimento de doenças metabólicas como diabetes, por exemplo.

Esses são alguns dos resultados observados pelo estudo “Dias potenciais de gravidez perdidos: uma medida inovadora da idade gestacional para avaliar intervenções e resultados de saúde materno-infantil”.

Coordenado pela professora Simone Diniz, do Departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade e vice-diretora da Faculdade de Saúde Pública da USP, o levantamento inédito no país mostra as consequências negativas da abreviação da gestação no curto, médio e longo prazo e prova que cada dia dentro da barriga impacta de forma positiva o desenvolvimento do bebê.

No curto prazo, há maior número de neonatos internados em UTIs, icterícia, alterações da glicemia e dificuldades na amamentação. No longo prazo, há maior impacto no desenvolvimento cognitivo, quadros de déficit de atenção e maior risco para diversas doenças crônicas que poderão surgir ao longo da vida.

“O processo de trabalho de parto mostra a maturidade gestacional e a prontidão para essa transição dramática da vida fetal para a neonatal”, explica Simone.

A pesquisa reforça que crianças nascidas de parto vaginal entram em contato com o microbioma [ecossistema do corpo composto por micróbios, como bactérias, vírus e fungos] da mãe, o que faz com que a semeadura do microbioma do bebê seja mais apropriada. Já os que nascem de cesariana tomam contato em primeiro lugar com bactérias hospitalares.

Além desses resultados, a pesquisa mostra que mulheres com maior escolaridade, residentes em áreas de maior IDH, tendem a ter mais partos prematuros, mas os desfechos tendem a ser positivos por causa do maior acesso às tecnologias.

A literatura considera gravidez “a termo” o bebê que nasce entre 37 e 42 semanas. Porém essa pode ser subdividida em três fases: o termo precoce, entre 37 e 38 semanas e seis dias, o termo pleno, de 39 a 40 semanas e seis dias, e o termo tardio, entre 41 e 42 semanas.

Icterícia, problemas pulmonares, alterações da glicemia e dificuldades na amamentação estão entre os problemas ao antecipar o parto (Adobe Stock)

Maternar – Quais as principais diferenças encontradas entre bebês que nasceram de forma espontânea e os que nasceram de uma cesárea agendada (sendo saudáveis e sem motivo para serem tirados antes do tempo)?

Simone Diniz- Hoje sabemos que o trabalho de parto espontâneo representa um conjunto de eventos epigenéticos, que desligam uma parte dos genes do período intrauterino, para melhor adaptar o bebê para a vida extrauterina. Bebês que nascem de parto espontâneo tendem a nascer quando estão maduros do ponto de vista respiratório, imunológico, metabólico, etc, fazendo essa transição fetal-neonatal de forma mais segura e efetiva, com menor risco de complicações.

Maternar -Na reta final, quais partes do corpo do bebê sofrem mais por ele ter sido tirado antes do prazo correto?

O problema mais visível relacionado ao nascimento antes de uma duração ótima da gravidez diz respeito à maturação pulmonar, com vários problemas para o estabelecimento de um padrão respiratório saudável no recém-nascido. Outra questão importante é que os bebês que nascem de parto espontâneo nascendo mais maduros, também estão mais alertas, e com mais condição de interagir com a mãe na primeira hora, estabelecer amamentação e o contato pele a pele.

Maternar – Boa parte da nossa geração nasceu por cirurgia e até hoje há maternidades que têm 90% de partos cirúrgicos. Quais consequências são claramente causadas pelo nascimento antecipado em nossa geração?

Temos poucos estudos no Brasil sobre os resultados de longo prazo, mas os que já temos indicam um risco aumentado de obesidade e doenças crônicas em geral, na infância e na juventude. Quando vemos os grandes estudos de coortes [pessoas que têm em comum um evento que se deu no mesmo período] dos países escandinavos, que têm publicado muitos dos estudos sobre os efeitos da cesária e da duração reduzidas a gravidez, eles mostram problemas do desenvolvimento neuropsicomotor, do rendimento escolar, de doenças psiquiátricas, doenças metabólicas como diabetes e outras, além de outras doenças crônicas, asma alergias e cânceres.

Então o que deve fazer toda geração que nasceu de cesária, para reduzir seus riscos?

Levar ao máximo uma vida saudável, sobretudo atenção à alimentação e uma comida de verdade, atividade física, e buscar uma vida que vale a pena ser vivida, na companhia de pessoas que gosta. Isso se aplica a todos nós.

Maternar – A pesquisa explica que o trabalho de parto sinaliza ao corpo uma mudança epigenética [mudanças no fenótipo, que se perpetuam nas divisões celulares, sem alterar a sequência de DNA] necessária para ativar ou desativar os genes de uma etapa para a outra. Porém, há uma queima das etapas quando o nascimento é antecipado. Quais são essas etapas cruciais?

Os processos epigenéticos do parto, da transição fetal-neonatal, e perdas no desenvolvimento cerebral, por exemplo, são efeitos desta antecipação. Também há efeitos sobre as mães. Antigamente nós médicos entendíamos o parto apenas como um período doloroso e desnecessário para as mulheres, e arriscado para os bebês. Hoje entendemos que o trabalho de parto e o parto representam o amadurecimento final do bebê, e que pode ser uma experiência muito melhor para a mulher do que tem sido. Dizemos que a experiência do parto tem sido pessimizada (tornada muito mais difícil, dolorosa e arriscada do que poderia), e deveria ser otimizada, que as mulheres devem ser cuidadas e bem tratadas para quererem um parto espontâneo, e não obrigadas a isso. Isso se torna fundamental, mudar a cultura do parir, a partir do reconhecimento dos processos epigenéticos e de formação do microbioma associado ao parto, etapa dos quais se beneficiam tanto os bebês quanto as mães.

Maternar – Qual a relação social entre mulheres mais ricas e maior número de casos prematuros?

Vimos que os padrões de cesárea no setor público e privado são muito diferentes. Quando uma mulher mais rica tem um filho que nasceu antes do que devia e tem algum problema respiratório, ou outro, o acesso à UTI neonatal já está previsto e é muito facilitado. Este efeito seria melhor descrito como as mulheres ricas tendo desfechos piores do que as pobres, no que diz respeito à maturidade dos bebês. Na verdade, agora estamos começando a ver os efeitos negativos da redução da duração da gravidez, isso deve servir de alerta para todos nós, lembrando que atualmente o padrão ouro da assistência para gestações normais é o mínimo de intervenção compatível com a segurança. Hoje em dia muitas mulheres querem ter um parto como a Kate Middleton e outras famosas, com partos sem intervenções, toda tecnologia disponível mas apenas se precisar, indo ao hospital ao final do trabalho de parto, atendida por parteiras, de forma que depois do parto esteja bem o suficiente para sair andando com as próprias pernas, para viver seu puerpério sossegada e apoiada porque o pós-parto precisa de muita ajuda, para pobres e ricas.

Maternar – Qual a diferença entre indução e condução do parto, citadas na pesquisa?

A indução do parto significa que o parto não havia se iniciado e um conjunto de drogas e procedimentos será aplicado para fazer o parto começar. A condução do parto, também chamada aceleração do parto, é um conjunto de procedimentos e drogas para tornar as contrações mais intensas e mais frequentes, para tornar o parto mais rápido. Esses procedimentos eram usados de rotina, e tendem a aumentar o sofrimento e os riscos para mães e bebês. Atualmente sabemos que precisam ser usados com muito critério e cautela, pelos riscos associados.


DICA: GRAVIDEZ SEMANA A SEMANA

Estreia nesta quinta-feira (8), a série “Gravidez Semana a Semana”, no canal do YouTube Mãe de Primeira Viagem.

Serão 42 vídeos, com cinco minutos cada, um para cada semana de gestação. Produzido e apresentado pela jornalista Silvia Faro, a série vai abordar assuntos como exames, alimentação e comportamento.

A supervisão do conteúdo é feita por cinco profissionais de saúde do Elas Parto.

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Bebê nasce em motel e estabelecimento cobra multa ‘por orgia’ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/10/01/bebe-nasce-em-motel-e-local-cobra-multa-por-orgia/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2019/10/01/bebe-nasce-em-motel-e-local-cobra-multa-por-orgia/#respond Tue, 01 Oct 2019 12:28:00 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/7db108ccc7a8740292c4d6d0680db22ebb92d81f9a6e77c42b7d6ba505f68149_5d83fbd37f972-320x213.jpeg https://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=8543 Para que um bebê chegue ao mundo de forma natural, em geral, são necessárias algumas horas de trabalho de parto. Da fase latente, passando pela fase ativa, expulsivo até o nascimento da placenta são esperadas pelo menos 12 horas.

Também há relatos de parto que duraram alguns dias e outros que ocorrem a jato: o bebê nasce em casa (sem planejamento), no carro ou na recepção do hospital, por exemplo.

E foi exatamente assim que Chloe escolheu chegar no último dia 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil. A filha da analista financeira Priscila Bomfim e do professor Vitor Neves nasceu em um motel de São Paulo. Abaixo, o pai conta melhor essa história:

“11:40 Eu chego em casa e juntos nos preparamos para correr para o hospital. A Chloe vai nascer! Lá, demos entrada no PS, onde para nossa tristeza, após exame de toque, a Priscila não apresentou dilatação suficiente. Sugeriram refazer o exame em duas horas. Neste intervalo, fomos ao restaurante, almoçamos e aguardamos. Após nova avaliação, nada! A equipe sugeriu que retornássemos para casa (buááááá).

Como já era próximo das 18h, sexta-feira, véspera de feriado, greve de ônibus, e chovendo, fizemos contato com nossa doula, Isabela Colaço, que sugeriu, irmos para um hotel próximo.

Para localizar você, que está lendo, estávamos no hospital Sepaco, na Vila Mariana, então buscamos um local próximo, na [avenida] Ricardo Jafet. Às 17h acabamos entrando em um motel.

Na recepção, disse que minha esposa estava em trabalho de parto e que precisávamos de uma banheira apenas para ela relaxar. A recepcionista se assustou. Eu corrigi e disse que iríamos apenas descansar, pois precisávamos evitar ir para casa, para não correr risco de enfrentar o trânsito de São Paulo.

Até então, tudo certo. Entramos, a Pri foi para a banheira, e durante a noite ocorreram contrações bem espaçadas e irregulares, tudo monitorado pela equipe médica e por nossa Doula, à distância.

No sábado, às 5h45, fiz contato com a equipe para informar que as contrações estavam ficando mais fortes, mas ainda irregulares. A Fernanda, que prestou o atendimento, informou que o plantão estava encerrando às 8h a Mika, obstetriz, assumiria. O Coletivo Nascer trabalha com esquema de rodízio das equipes.

Às 7h03, as contrações ainda estavam irregulares e espaçadas. Já às 7h28, minha esposa soltou o primeiro palavrão. Apesar de irregular, a contração já estava mais forte.

Às 9h33 chamamos a doula, que prontamente se deslocou para vir para o motel. Lembrando que nosso plano era seguir para o hospital, quando o trabalho de parto já estivesse engrenado.

Como estávamos em um motel, informei que iríamos receber uma massagista para acalmar nossa esposa, e assim a entrada seria liberada.

Mas, às 9h40 estourou bolsa. Priscila entra no banho, mas começa a sair muito sangue. Imediatamente, aviso a Isa. Tensão no ar!

Minha esposa começou a gritar: Vai nascer! Vai nascer. Aviso a doula que a bebê vai nascer. ‘Isa, vem logo’, escrevi pra doula às 10h02.

As contrações ficaram regulares e a doula disse para seguirmos para o hospital, onde nos encontraríamos. Impossível! A esta altura, a Pri esmurrava a banheira, e dizia aos berros: vai nascer!

A Isa pediu para tirá-la da banheira. Toda equipe estava a caminho do motel.

No banho, minha esposa se tocou e sentiu Chloe já coroada. Exausta e sem forças, ela caminhou de perna aberta até a cama. Foi quando vi a cabeça da bebê para fora. Que adrenalina!

Em uma chamada de vídeo fui recebendo orientações. Uma mão segurava o telefone e a outra, abaixo da Pri, esperando a Chloe sair. Apesar da tensão, pude ver uma das imagens mais incríveis da vida: era a cabeça toda da minha bonequinha, que já estava prestes a nascer. Pri gritava ‘espera Chloe, espera’.

Rapidamente, apareceu o braço direito da Chloe. Na sequência, ploft, nasceu! Às 10h05 veio ao mundo a minha bonequinha, para dar o seu grito de liberdade. Ela caiu em minha mão e puder agarrar, com toda a segurança, mas ela caiu com a barriga para cima.

Pelo telefone a Paula, obstetriz que nos auxiliava, pediu para virá-la e massageá-la. Chloe soltou o seu grito de independência e chorou. Que alívio! Após todo o desespero da melhor experiência de minha vida, recebi a Isa, que me abraçou forte. Choramos juntos, de felicidade, após o parto.

Ela prestou os primeiros atendimentos e na sequência chegaram Mika, a obstetriz e Ana, a enfermeira obstetra”.

VISÃO DA MÃE

“Acho que ela já nasceu fazendo história e fazendo com que esse momento se eternizasse em nossas memórias e mudasse nossas vidas para sempre. Estamos cheios de amor como nunca antes”, conta Priscila.

Chloe nasceu com 3,605 kg e 49 cm e pela “orgia” causada no motel, a família desembolsou R$ 1.082, quatro vezes mais que o combinado na entrada. Segundo a administração do local, o valor a mais referia-se a cada pessoa que estava no quarto, além da higienização necessária.

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O parto está perto e ainda tem dúvidas? Evento gratuito em SP ajuda https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/14/evento-gratuito-esclarece-duvidas-sobre-o-parto/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/14/evento-gratuito-esclarece-duvidas-sobre-o-parto/#respond Mon, 14 May 2018 22:39:21 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/A28A19322_Gestante-Talita-de-Villi-320x213.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7464 Na próxima quarta-feira (16), a Casa do Brincar realizará um debate para esclarecer dúvidas sobre o parto.

O bate-papo vai abordar os principais temas que envolvem a escolha, entre eles: a diferença entre a cesárea e o parto normal, o trabalho de parto, o medo da dor e a recuperação da mãe.

Conduzida pelo obstetra Paulo Noronha, a roda também contará com a enfermeira obstétrica e parteira Mariana Chagas, a pediatra Marcia Dias Zani e a doula Fabiola Cassab.

As inscrições para as 60 vagas gratuitas devem ser feitas clicando aqui.

Casa do Brincar, às 19h

Rua Ferreira de Araújo, 388, Pinheiros, São Paulo, SP

 

 

 

 

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‘Renascimento do Parto 2’ destaca violência obstétrica e SUS que dá certo https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/10/renascimento-do-parto-2-destaca-violencia-obstetrica-e-sus-que-da-certo/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/05/10/renascimento-do-parto-2-destaca-violencia-obstetrica-e-sus-que-da-certo/#respond Thu, 10 May 2018 11:15:52 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/O-Renascimento-do-Parto-2-O-Filme_fotografia-de-Elis-Freitas-1-320x213.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7431 Mais uma vez o debate sobre a humanização dos partos estará nas telas dos cinemas. O documentário “O Renascimento do Parto 2” estreia nesta quinta-feira (10), e dessa vez, trata sobre violência obstétrica.

O filme também fala sobre o SUS que dá certo e evidencia o modelo usado pelo Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte (MG). Enfermeiras Obstétricas da Inglaterra também falam sobre atendimento domicilar –aquele que utiliza a mesma equipe durante toda a gestação e pós-parto. Foi esse o modelo usado pela duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e que causou estranheza pela rápida recuperação após o nascimento dos seus três filhos (todos partos normais).

A apresentadora Fernanda Lima também participa do filme e conta sua experiência de parto normal dos filhos gêmeos, em 2010.

O diretor e roteirista do longa, Eduardo Chauvet, diz que recebeu muitos feedbacks positivos após a exibição do primeiro filme. “Inclusive ouvi que muitos médicos abriram novos horizontes para o atendimento mais respeitoso”, conta.

“A mulher não é obrigada a parir. Eu milito, inclusive para que as mulheres façam suas cesáreas eletivas. O problema é quem quer parir e não consegue”, diz a pediatra neonatologista Ana Paula Caldas, no filme.

O Brasil é o país que mais realiza cesáreas no mundo. Em 2017, estatísticas do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, mostraram que dos três milhões de partos realizados por aqui, 55,5% foram cesáreas. A OMS recomenda que essa taxa seja de 15% no máximo.

Segundo Chauvet, o filme instiga novamente o diálogo. “Não temos a pretensão de responder tudo. A ideia é que as pessoas busquem informação para decidirem o melhor caminho a tomar”.

“RENASCIMENTO 1”

Lançado em 2013, o primeiro filme da série fechou o ano como a segunda maior bilheteria de documentários no Brasil. A produção também bateu o recorde brasileiro de crowdfunding ao arrecadar R$140 mil.

“O Renascimento do Parto 3” deve ser lançado em setembro desse ano e falará sobre violência obstétrica contra recém-nascidos.

 CONFIRA AS SALAS DE CINEMA

São Paulo
Espaço Itaú de Cinema Augusta – 14h e 18h
Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca – 16h e 20h
Espaço Itaú de Cinema Pompéia – 18h30

Santos
Cinespaço – 15h e 19h

Rio de Janeiro
Espaço Itaú de Cinema de Botafogo – 14h e 20h
Rio Design Barra – 18h

Curitiba
Espaço Itaú de Cinema no Shopping Crystal – 16h e 20h

Porto Alegre
Espaço Itaú de Cinema no Shopping Bourbon Country – 16h e 20h

Brasília
Espaço Itaú de Cinema no Shopping CasaPark – 16h, 17h50 e 19h40

Belo Horizonte
Cine Belas Artes em BH – 16h e 20h

Salvador
Espaço Itaú de Cinema da Glauber Rocha – 15h30 e 19h

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‘Cultura do medo’ gera estranheza em alta precoce de Kate Middleton https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/04/24/cultura-do-medo-gera-estranheza-em-alta-precoce-de-kate-middleton/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/04/24/cultura-do-medo-gera-estranheza-em-alta-precoce-de-kate-middleton/#respond Tue, 24 Apr 2018 23:50:03 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/casalreal-320x213.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7419 O nascimento do terceiro filho do príncipe William e de sua mulher, Kate Middleton, foi um dos assuntos mais comentados no início dessa semana.

Mais do que a chegada do bebê real, a rapidez com que Kate saiu da maternidade gerou novamente grande repercussão.

Assim como no parto dos dois primeiros filhos, George e Charlotte, a duquesa de Cambridge teve alta no mesmo dia, poucas horas após o nascimento.

Vale lembrar que ela utilizou o sistema público de saúde de Londres. “Por lá, é comum o incentivo ao parto domiciliar ou em casas de parto”, explica Juliana Yoshinaga Novaes, ginecologista e obstetra.

A especialista em cardiologia fetal estudou em Londres e explica que o modelo de atenção domiciliar utiliza a mesma equipe durante a gestação e após o parto.  A equipe avalia as condições gerais da mãe e bebê, além de apoiar a amamentação.

E POR AQUI?

Uma portaria do Ministério da Saúde prevê que a mulher só pode ser liberada, no mínimo, após 24 horas em caso de parto normal e 48 horas em casos de cesárea.

“No Brasil, há a cultura do medo. É como se uma mulher grávida fosse uma bomba relógio e o parto fosse patológico”, diz o obstetra Paulo Noronha, da Casa Moara.

Para ele, é necessário mudar a cultura de que o parto normal só possa ser realizado com médicos. “Se a gestação é de baixo risco e a mãe e o bebê estão bem, o nascimento pode ser acompanhado por obstetrizes ou enfermeiras obstétricas”.

Assim como a OMS preconiza, o médico lembra que 85 % dos partos são fisiológicos e deveriam ocorrer sem intercorrências.

O Brasil é o país que mais realiza cesáreas no mundo. Em 2017, estatísticas do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, mostraram que dos três milhões de partos realizados por aqui, 55,5% foram cesáreas. A OMS recomenda que essa taxa seja de 15% no máximo.

Para reduzir o número de cesáreas, o Ministério da Saúde lançou no ano passado uma série de medidas que estimulam o parto humanizado.

Entre as recomendações, estão o uso de métodos para alívio da dor, como massagens e banhos quentes, a presença de uma doula e de um acompanhante durante o parto, a não obrigatoriedade de jejum, o direito ao uso de anestesia e a liberdade da gestante escolher a posição mais confortável durante o parto.

 

 

 

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Vítima de tromboembolia por uso de pílula, mãe comemora nascimento sadio da filha https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/03/28/vitima-do-anticoncepcional-mae-comemora-nascimento-sadio-da-filha/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2018/03/28/vitima-do-anticoncepcional-mae-comemora-nascimento-sadio-da-filha/#respond Wed, 28 Mar 2018 11:58:36 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/WhatsApp-Image-2018-03-22-at-12.32.53-320x213.jpeg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7382
Foram 226 injeções. Uma por dia. Esse foi o tratamento realizado pela tradutora de libras Lívia Vilas Boas, 32, durante a gestação de Lis.
O motivo: tromboembolia pulmonar, causada pelo uso de anticoncepcional antes da gestação.
O problema começou em 2011, após o uso de um anticoncepcional. Ganho de peso, dores de cabeça e enjoos frequentes foram alguns dos problemas que sentiu após tomar a medicação.
Em 2012, teve uma forte crise respiratória, tratada inicialmente como pneumonia pelos médicos do pronto-socorro. Como a falta de ar persistia, uma médica pediu exames de coagulação. Foi aí que descobriu a tromboembolia e deixou de usar o medicamento.
Como consequência, até hoje o seu sangue tem forte propensão à formação de coágulos e isso fez com que sua gravidez fosse considerada de alto risco. As consultas de pré-natal foram realizadas pelo convênio e pelo SUS (para conseguir a medicação gratuitamente).
Lívia , o marido Philipe e Lis, com 11 dias (Crédito: Verde Lima Estúdio)
Lívia , o marido Philipe e Lis, com 11 dias (Crédito: Verde Lima Estúdio)
Desde a nona semana de gestação até os quarenta dias da bebê precisou tomar injeções para evitar coágulos. “Muitas vezes tive medo de não ter minha filha em meus braços”, desabafou a mãe que precisou fazer um curto repouso por causa da baixa oxigenação do útero.
No pré-natal ouviu de seu obstetra que jamais conseguiria um parto normal por causa da sua condição. “Tentei agendar a cesárea, como meu médico havia orientado, mas nenhum hospital que procurei admitia agendar antes de 39 semanas”.
Então decidiu esperar e monitorar, como orientaram todos os demais médicos pelos quais passou.
“Ouvi de cinco profissionais diferentes que eu tinha condições para ter a Lis de parto normal, então comecei a me sentir segura”, diz Lívia.
No dia 4 de fevereiro, às 3h30, poucas horas após realizar a indução, nasceu Lis, super saudável, de parto normal.
Lívia comemora o nascimento sadio da filha e afirma que ficará longe dos anticoncepcionais. “Eu e meu marido estamos decidindo outro método que usaremos para evitar uma nova gravidez”, afirma a tradutora.

Leia abaixo o relato de Lívia nas redes sociais:
“Ontem encerramos um ciclo.
Em 2012, tive uma tromboembolia pulmonar devido ao uso de anticoncepcionais. O médico não me alertou o quanto eram perigosos, não me pediu nenhum exame… cheguei bem perto da morte.
Passada a recuperação, passei a levar uma vida normal e não achava que isso poderia ser um problema numa gravidez, mas era.
Meu sangue tem forte propensão à formação de coagulos, por isso o TEP, e esses podem tomar conta da placenta e ocasionar um aborto.
Recebi essa notícia na primeira consulta pré-natal, um susto, mas não maior do que saber que a profilaxia é feita com uma injeção beeem cara. Precisava delas todos os dias da gravidez e puerpério. Dava pra comprar um carro! O.O
Consegui pelo SUS, não foi fácil, muitas idas e vindas, muitas lágrimas, muitos meses não tinham injeções disponíveis, às vezes estavam disponíveis em UBSs do outro lado da cidade, meu sogro comprou algumas para termos uma reserva (gratidão eterna!)
Muitas, muitas vezes tive medo de não ter minha filha em meus braços. Também tive medo da morte (era uma possibilidade, caso tivesse alguma complicação) e com ela a impossibilidade de ver minha filha crescer.
Me senti frustrada, pois meu médico descartou o parto normal e me alertou que teríamos que tirar o bebê mais cedo.
Em determinado momento da gravidez, meu útero não estava recebendo toda a circulação necessária, o bebê teve uma queda muito grande na curva de crescimento, havia uma possibilidade de parto prematuro.
Enfim, foram muitos momentos difíceis, mas ontem tomei a última dose e hoje só posso ser grata!
Sou grata a Deus por todo cuidado, por suprir o bebê com tudo o que precisava, ainda que meu corpo não fosse eficiente em fazer isso. Sou grata pela feliz surpresa de poder trazer a Lis ao mundo com 39 semanas e 7 dias num parto normal e sem anestesia (dor infinita! Rs). Sou grata por ter família e amigos tão queridos que nos deram o suporte que precisamos e nos ajudaram a ter as injeções em mãos todos os dias.”
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Professora escolhe obstetra, ex-aluno, para acompanhar seu parto https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2017/12/15/professora-de-medicina-escolhe-ex-aluno-para-acompanhar-seu-parto/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2017/12/15/professora-de-medicina-escolhe-ex-aluno-para-acompanhar-seu-parto/#respond Fri, 15 Dec 2017 18:42:31 +0000 https://maternar.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/capa-180x120.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=7223 Quem deseja viver um parto natural, geralmente, busca recomendação de profissionais com mulheres que viveram essa experiência. Foi o que fez Kris Regia Colombi, 36, moradora de Vitória (ES).

Um dos médicos selecionados foi Frederico Vitorino, 35. Para sua surpresa, descobriu que ele foi seu aluno no curso de medicina na Universidade do Espírito Santo. Kris ministrou a disciplina de histologia durante o primeiro ano dele, em 2004.

“Nas consultas de pré-natal era interessante quando ele falava sobre as alterações que ocorriam na pele por causa da gravidez. Lembrei que eu ensinei isso a ele”, brinca.

Essa ligação foi essencial para a condução do parto, conta a mãe. Para ela, a identificação com o médico gerou maior confiança.

“Ao contrário do primeiro parto, fiquei em casa com meu marido e com a enfermeira obstetra me monitorando e cuidando de mim. No hospital, pude escolher a posição mais confortável para dar a luz”, diz a mãe de Laura, que nasceu no último dia 11.

Em uma das fotos do parto, Vitorino, após receber o casal no hospital, caminha pelo corredor de mãos dadas com ela (primeira foto da galeria abaixo).

“Esta foto representa muito pra mim! É uma retribuição da vida! Uma prova de que recebemos o que plantamos! Um dia ela pegou na minha mão e hoje eu, segurando a dela, pude conduzi-la a esta travessia! Muita gratidão, pelo carinho e confiança!”, comemorou em sua conta no Instagram.

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 

A experiência vivida no parto de seu primeiro filho foi o que impulsionou Kris a buscar o parto humanizado.

Ela lamenta que durante o nascimento de Davi, em 2004, foi obrigada a ficar em silêncio e imóvel durante as contrações. Além disso, romperam sua bolsa artificialmente, o que causou muita dor durante todo o processo.

“Descobri que me deram hormônio para acelerar o parto porque o médico tinha uma viagem e não poderia continuar ali comigo na sala”.

Ela relata que assim que o bebê nasceu, foi retirado dela, pesado, limpo e vestido. “Quando ele enfim chegou ao meu colo, o anestesista, que havia sido tão grosso, ficou com o celular na mão insistindo para que eu passasse o telefone de onde fazia pilates, pois não tive laceração e ele queria indicá-lo para sua mulher, que estava grávida”.

“O parto é um momento em que a mulher está fragilizada. Ela precisa ser apenas encorajada e respeitada”, conclui Kris.

 

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Após projeto, hospitais elevam taxa de parto normal e reduzem a de internação em UTI neonatal https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/04/05/apos-projeto-hospitais-elevam-taxa-de-parto-normal-e-reduzem-a-de-internacao-em-uti-neonatal/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/04/05/apos-projeto-hospitais-elevam-taxa-de-parto-normal-e-reduzem-a-de-internacao-em-uti-neonatal/#respond Tue, 05 Apr 2016 18:14:34 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5505 Mulher usa banheira durante parto em hospital público (Foto: Divulgação)
Mulher usa banheira durante parto em hospital público de Minas (Foto: Divulgação)

Após um ano, os hospitais participantes do projeto parto adequado elevaram a taxa de parto normal de 22% para 31%. Desenvolvido pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em parceria com o hospital Albert Einstein e o IHI (Institute for Healthcare Improvement , o projeto quer reduzir o número de cesáreas consideradas desnecessárias.

Dos 40 hospitais participantes, 21 conseguiram ampliar a taxa de parto vaginal para 40% seis meses antes do fim do projeto, previsto para agosto.

A realidade fora do projeto ainda é bem diferente. No Brasil, as cesáreas representaram 84,6% dos partos realizados para beneficiários de planos de saúde em 2015. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que os partos cirúrgicos não ultrapassem 15% do total.

“Além disso, estamos observando mudanças positivas também em um dos indicadores mais importantes, a redução da admissão em UTI neonatal, o que nos dá a certeza de estarmos no caminho certo”, diz a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira.

Em seis dos hospitais do programa houve queda. Segundo a ANS, 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis ocorridos no Brasil estão relacionados à prematuridade. A cesárea sem indicação médica aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.

Além dos riscos para o bebê e para a mãe, a internação em UTI neonatal também eleva os custos hospitalares.

Para reduzir o percentual de cesáreas sem tirar da grávida o direito de escolha do obstetra, o projeto trabalha com três modelos de atendimento da mulher em trabalho de parto: 1) equipe de plantonistas; 2) enfermeiras obstetras e acompanhante; 3) equipe de médicos que atendem a grávida no pré-natal.

Nesse último modelo, a gestante pode ser atendida por até quatro médicos durante seu pré-natal. Um desses ficaria de sobreaviso para fazer seu parto.

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Com 40 semanas de gestação, advogada vai à Justiça para permitir entrada de doula em maternidade https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/03/30/com-40-semanas-de-gestacao-advogada-vai-a-justica-para-permitir-entrada-de-doula-em-maternidade/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/03/30/com-40-semanas-de-gestacao-advogada-vai-a-justica-para-permitir-entrada-de-doula-em-maternidade/#respond Wed, 30 Mar 2016 09:58:53 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5476 Ana Carolina tenta levar doula para sala de parto (Reprodução/Facebook)
Ana Carolina tenta levar doula para sala de parto (Reprodução/Facebook)

A proibição da entrada das doulas nas maternidades do Rio está obrigando muitas grávidas a entrar na Justiça para garantir a presença dessa profissional durante o parto. Esse é o caso da advogada Ana Carolina Braga Monte, 34 anos, grávida de 40 semanas e dois dias.

Ela já tinha planejado contar com o apoio da doula Karla Fuentes em seu parto quando foi surpreendida pela decisão da maternidade municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda de barrar a entrada dessas profissionais.

A medida, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, cumpre a resolução do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio).

Ana Carolina diz que está muito preocupada com a possibilidade de não ter sua doula durante o parto. “Isso me causa bastante angústia. Sei que doulas não são acessíveis a todas, mas se podemos contar com os serviços delas, o parto e toda a sua evolução parecem ficar mais tranquilos.”

Ela diz que decidiu ter parto normal depois de passar por uma internação. “Eu estava convicta pela cesárea […] . Conversei com uma gestante que me encaminhou para a minha doula e ela me convenceu [a fazer o parto normal], me passando muita segurança e todas as informações necessárias.”

Para garantir que a doula esteja com ela na hora do parto, Ana Carolina entrou com um pedido de tutela antecipada na Justiça. A decisão ainda não saiu.

“Achei essa proibição um tanto descabida, tendo em vista que o trabalho das doulas não interfere em nada no trabalho do médico. É uma ajuda e um apoio a gestante nesse momento”, afirma a advogada.

Em nota, o Cremerj informa que “veda a participação de pessoas não habilitadas e/ou de profissões não reconhecidas na área da saúde durante e após a realização do parto, em ambiente hospitalar, ressalvados os acompanhantes legais”. “O objetivo é garantir um atendimento de qualidade à população, sem interferências de pessoas que desconheçam o procedimento da equipe médica e de saúde no momento do parto”, diz a nota.

Publicada em 2012, a resolução do Cremerj foi suspensa após ação civil pública do Coren-RJ (Conselho Regional de Enfermagem), que entendeu que a medida proibia o livre exercício da enfermagem _já que também veda a atuação de parteiras e obstetrizes no parto.

O Cremerj recorreu então ao TRF (Tribunal Regional Federal), onde um desembargador pediu vista em 2015, se posicionou contra o entendimento do Coren e o julgamento foi suspenso.

Em janeiro deste ano, o mesmo desembargador se posicionou contra o entendimento do Coren-RJ alegando que a resolução não afetava a categoria de enfermagem, que continuaria livre para atender partos domiciliares.

Outra resolução do Cremerj, que também estava em discussão, proíbe a atuação de médicos em partos domiciliares.

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Hospital vai passar a levar bebê para o quarto da mãe logo após o nascimento https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/02/29/hospital-vai-passar-a-levar-bebe-para-o-quarto-da-mae-logo-apos-o-nascimento/ https://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/02/29/hospital-vai-passar-a-levar-bebe-para-o-quarto-da-mae-logo-apos-o-nascimento/#respond Mon, 29 Feb 2016 10:14:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://maternar.blogfolha.uol.com.br/?p=5170  

O bebê nasce na maternidade, fica um pouquinho perto da mãe e logo é levado para um berçário. Em alguns hospitais, a separação entre mãe e filho pode chegar a mais a mais de 4 horas.

Essa rotina vai começar a mudar a partir de 1° de março no Hospital São Luiz, localizado no Itaim, em São Paulo.  A maternidade vai permitir que mãe e filho fiquem juntinhos desde o início.

Em vez de ser levado para o berçário de transição, o bebê irá direto para o quarto da mãe.

“A mãe terá a chance de escolher se quer o bebê imediatamente em seu quarto. Pode ser que algumas, que ficaram muitas horas em trabalho de parto, prefiram descansar um pouco antes. As mães são muito diferentes, não sabemos ainda como será a resposta delas”, diz Marcia Maria da Costa, diretora da maternidade.

O projeto será voltado, nessa fase piloto, para bebês não-prematuros, com peso acima de 2,5 kg e nascidos de parto normal de mães sem doenças crônicas, como diabetes.

Na unidade Itaim do São Luiz, onde acontecem cerca de 800 nascimentos por mês, cerca de 40% deles são de parto normal. O projeto será estendido à unidade Anália Franco e para bebês nascidos de cesárea em uma segunda etapa.

Essa mudança de rotina acontece em meio ao debate sobre o nascimento humanizado. Marcia afirma que o São Luiz já adota uma série de protocolos que permitem um contato maior da mãe com o bebê. Um deles, batizado de ‘sentindo a luz’, numa referência ao momento em que o ele começa a enxergar o mundo fora da barriga.

O hospital também leva o recém-nascido vá para o colo da mãe logo após o parto, pois o contato pele a pele ajuda a regular a temperatura corporal do bebê.

“Estimulamos o aleitamento na primeira hora de vida, pois há estudos que mostram que a chance de sucesso da amamentação será maior se o bebê mamar ou sugar nesse período”, afirma Marcia.

Mesmo que o bebê não mame na sala de parto, Marcia diz que o simples ato de sugar o peito já ajuda na produção de leite.

O hospital lembra que é importante que a primeira amamentação seja feita na 1ª hora de vida do bebê, pois além de reforçar o vínculo entre mãe e filho, também faz com que ele entre em contato com a microbiata (bactérias do bem) da mãe.

Márcia diz que há procedimentos que são questionados pelos pais, mas são previstos em lei e seguem orientações internacionais, como a aplicação do colírio de nitrato de prata no bebê.

“As pessoas alegam que o nitrato pode causar conjuntivite química. Mas o risco é mínimo. E o que é pior: a conjuntivite ou o risco de ser contaminado por alguma doença que leve à cegueira?”, defende ela.

Os pais que não quiserem que o colírio seja aplicado ao filho podem assinar um termo de recusa se responsabilizando por essa decisão.

SANTA JOANA

O Hospital Santa Joana, que conta com uma das maiores maternidades de São Paulo, informa que incentiva o contato pele a pele desde o nascimento, quando o bebê é incentivado a mamar ainda na sala de parto.

Segundo o Santa Joana, o bebê é levado para perto da mãe assim que ela estiver em condições clínicas estáveis.

“Os bebês ficam com os pais durante todo período da internação. Ele só irá para o berçário setorial se necessitar de cuidados especiais”, informa o hospital.

O Santa Joana informa que há uma câmera em cada leito do berçário, o que permite que os pais acompanhem seu bebê através de uma TV no quarto.

 

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